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Aula 1 panorama energ+®tico brasileiro

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PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO
1
É o recurso energético que se encontra disponível na natureza.
Há formas de energia primária que também podem ser disponibilizadas diretamente aos utilizadores, coincidindo nesses casos com a energia final. 
ENERGIA PRIMÁRIA
As energias primárias são o sol, a água, o petróleo o carvão vegetal o gas natural e outros.
2
É a energia primária convertida:
Óleo diesel;
Gasolina;
Coque de carvão mineral;
Eletricidade, etc.
Com as respectivas perdas na transformação.
ENERGIA SECUNDÁRIA
3
A energia como é recebida pelo usuário nos diferentes setores, seja na forma primária, seja na secundária
ENERGIA FINAL
4
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ENERGIA PRIMÁRIA NO MUNDO
5
A evolução da participação das diversas formas primárias de energia na matriz mundial teve o seguinte comportamento :
6
MATRIZ ENERGÉTICA – 2009 - BRASIL 
7
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA (%)
Tep – unidade que permite somar várias fontes de energia como petróleo, gás e óleo diesel.
8
MATRIZ DE OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA 2009 (%)
O gráfico setorial acima ilustra a matriz de OIEE. Observa-se, no box da direita abaixo do gráfico, as vantagens comparativas de 89,9% de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, contra apenas 16% nos países da OECD e de 18,2% na média mundial. 
9
OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%)
10
OFERTA INTERNA DE ENERGIA 2009 (%)
A Oferta Interna de Energia – OIE, em 2009, atingiu o montante de 243,7 milhões de tep - toneladas equivalentes de petróleo, montante 3,5% inferior ao de 2008 e equivalente a cerca de 2% da energia mundial. 
11
MATRIZ DE OFERTA INTERNA DE ENERGIA ELÉTRICA (GWh e %)
Em 2009, a Oferta Interna de Energia Elétrica chegou a 505,8 TWh, montante 0,1% superior ao de 2008 (505,3 TWh), apesar do recuo de 0,5% no consumo final de eletricidade (tabela 3). De fato, o expressivo aumento da geração hidráulica (5,8%) e a forte redução da geração térmica, proporcionaram maior transferência de cargas entre as usinas e os locais de consumo, o que resultou em maiores perdas relativas na transmissão.
	O recuo de 54% na geração por gás natural foi marcante em 2009, além dos recuos de 19% na geração por derivados de petróleo, de 16% na geração por carvão mineral e de 15% na geração por gases industriais.
	A supremacia da geração hidráulica ficou ainda mais significativa no contexto de 2009, subindo um pouco mais de 4 pontos percentuais na participação.
	No caso da biomassa, que inclui geração eólica, o destaque fica pelo aumento da geração a bagaço de cana. De acordo com os dados preliminares obtidos para o Balanço Energético, o setor sucroalcooleiro gerou 14.1 TWh em 2009, sendo 5,9 TWh destinados ao mercado e 8,2 TWh destinados ao consumo próprio. Em 2008, a geração do setor ficou em 12 TWh, com 4,4 TWh destinados ao mercado. 
	A geração eólica passou de 1.183 GWh em 2008 para 1.238 GWh em 2009, representando crescimento de 4,7%. 
	No conjunto da biomassa aparecem ainda a lixívia, a lenha e resíduos de madeira, todos provenientes da indústria de celulose, cuja produção aumentou 6,2% em 2009.
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MATRIZ DE OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%)
O processo de desenvolvimento dos países leva à redução natural do uso da lenha como fonte de energia. No setor agropecuário, os usos rudimentares da lenha em casas de farinha, em secagem de grãos e folhas, em olarias, em caieiras, na produção de doces caseiros e etc., perdem gradativamente importância em razão da urbanização e da industrialização. No setor residencial, a lenha é substituída por gás liquefeito de petróleo e por gás natural na cocção de alimentos. Na indústria, especialmente nos ramos de alimentos e cerâmica, a modernização dos processos leva ao uso de energéticos mais eficientes.
	No Brasil, a década de 70 foi marcada por grande substituição da lenha por derivados de petróleo, o que reduziu significativamente a sua participação na matriz energética. 
	
	Boa parte da redução da lenha na OIE foi compensada pela maior participação de produtos da cana, entretanto, ainda permanece menor participação do agregado “biomassa”. De qualquer forma, de 1973 para 2008, o Brasil praticamente mantém a mesma participação de fontes de energia não poluidoras já que as maiores participações de hidráulica, urânio e gás natural (este menos poluente que outros combustíveis fósseis) compensam a redução da biomassa e o incremento do carvão mineral. 
13
CONSUMO FINAL DE ENERGIA POR SETOR (%)
14
TRANSPORTE TOTAL – CONSUMO DE ENERGIA (%) 
15
AGROPECUÁRIO – CONSUMO DE ENERGIA (%)
16
OFERTA INTERNA DE ENERGIA POR FONTE E PAÍS – 2008 (%)
País
Carvão Mineral
Óleo
Gás Natural
Nuclear
Hidraú- lica
Outras Renová-veis
Total
Total (Mtep)
Argentina
1
34
55
3
4
4
100
76
Bolívia
0
41
39
0
4
16
100
6
Brasil
6
37
10
1
14
32
100
253
Chile
14
55
8
0
7
17
100
32
Colômbia
9
44
24
0
11
12
100
32
Equador
0
83
4
0
8
6
100
13
Guiana
0
53
0
0
0
47
100
1
Paraguai
0
28
0
0
16
56
100
5
Peru
5
42
26
0
10
18
100
17
Suriname
0
82
0
0
11
7
100
1
Uruguai
0
63
2
0
11
24
100
4
Venezuela
0
42
48
0
11
0
100
70
Total
5
40
23
1
11
20
100
508
17
GERAÇÃO DE ELETRICIDADE POR PAÍS E FONTE 2008 (%)
POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA AMÉRICA DO SUL 2008 (%)
RESERVAS DE URÂNIO E CARVÃO 2008 (%)
URÂNIO
CARVÃO MINERAL (medida)
(*) reservas medidas e inferidas (recuperáveis).
USINAS HIDRELÉTRICAS BINACIONAIS
AMÉRICA DO SUL – 2008
Ref.
Países
Nome
Rio
Potência
Situação
1
AR-UY
Salto Grande
Uruguay
1.890
Operação
2
AR-BR
Garabi
Uruguay
1.500
Estudo
3
AR-PY
Corpus
Paraná
3.400
Estudo
4
AR-PY
Yacyretá
Paraná
2.100
Operação (cota 76)
4
AR-PY
Yacyretá
Paraná
1.000
Ampliação (cota 83)
5
BR-PY
Itaipu
Paraná
14.000
Operação
PLANO NACIONAL DE ENERGIA PNE 2030
O Plano Nacional de Energia é elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, sob a coordenação e supervisão do Ministério de Minas e Energia.
Trata-se de estudo que cenariza as possibilidades de oferta e demanda de energia para o longo prazo, identificando as ações e diretrizes que vão garantir a infra-estrutura energética necessária ao suprimento de energia do País.
22
CENÁRIO DEMOGRÁFICO DE REFERÊNCIA
O acréscimo da população brasileira no período de 2005 a 2030 é da ordem de grandeza da atual população da Espanha, ou da população do Nordeste Brasileiro ou da população da França. 
23
Cenários Prospectivos 2030
Histórico
Fonte: IBGE, BEN 2006 e AEO 2006
BRASIL 78/2005
MUNDO 78/2005
BRASIL CENA ALTO
BRASIL CENA REF.
MUNDO CENA REF.
MUNDO CENA ALTO
ENERGIA
PIB
ENERGIA
PIB
2,9%
2,8%
PIB de 3,8% aa 2005/20 e 4,6% aa 2020/30
ECONOMIA E CONSUMO DE ENERGIA – 
TAXAS DE CRESCIMENTO 2005/2030
No período histórico, de 1978 a 2005, enquanto o PIB mundial cresceu bem acima do crescimento do consumo de energia (3,3% contra 1,6%), no Brasil as taxas de crescimento da energia e do PIB ficaram praticamente iguais (2,8 e 2,9 respectivamente). Chama atenção o fato do PIB do Brasil ter crescido abaixo da média mundial.
As hipóteses para o futuro são que o PIB do BR deve crescer acima da média mundial (4,1% contra 3,3%, nos cenários de referência), entretanto o esforço do país para reduzir a intensidade energética é muito menor do que as previsões para a média mundial. De fato, enquanto a taxa do PIB mundial fica apenas 20% abaixo da taxa do PIB brasileiro, a taxa de consumo de energia mundial fica 47% abaixo da taxa de consumo de energia do Brasil. 
Nota-se que na última década do período o Brasil passa a crescer com mais intensidade. Trata-se de um cenário realista, em que o atual estoque de capital humano e físico - que gerou crescimento pífio de 2,9% aa nos últimos 27 anos – passa por seguidas melhorias no conhecimento humano e na agregação de valor à produção industrial, proporcionando ao final do período a possibilidade de maior crescimento econômico, em razão do
longo prazo de maturação de tais melhorias.
24
0
100
200
300
400
500
1970
1980
1990
2000
2010
2020
2030
,
Cenário A
Cenário B1
Cenário C
Cenário B2
309,3
356,5
402,8
474,5
59,1
milhões de tep
CRESCIMENTO DO CONSUMO
1970 2005		2,9% ao ano
1980 2005		2,3% ao ano
(2005-2030)
 A	 B1	 B2	 C
 4,3%	 3,7%	 3,1%	 2,5%
Obs.: exclusive consumo não energético e consumo do setor energético
165,0 (2005)
CONSUMO FINAL DE ENERGIA - Evolução
Os estudos do PNE 2030 contemplam 4 cenários, dos quais se elegeu o “B1” como de referência. Trata-se de um cenário em que o consumo final de energia cresce a 3,7% ao ano, contra 4,1% ao ano do PIB. 
A taxa de 3,7% aa do consumo final de energia até 2030 é representativa quando comparada com a taxa de 2,3% aa verificada no período de 1980 a 2005. 
25
28,0
5,5
13,8
38,7
15,5
9,4
6,3
6,9
1,2
3,0
14,8
13,5
13,0
18,5
9,1
2,9
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2005
2030
PETRÓLEO
GÁS NATURAL
CARVÃO MINERAL
HIDRÁULICA
LENHA&C.VEGETAL
PRODUTOS DA CANA
NUCLEAR
OUTRAS RENOVÁVEIS
(4,3 H-BIO&BIODIESEL)
219 milhões tep e
44,5% renováveis
557 milhões tep e 
46,6% renováveis
MATRIZ DE OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%)
As principais alterações na Matriz de Oferta de Energia ocorrem na redução de participação do petróleo e da lenha e aumento de participação dos produtos da cana, de gás natural e de outras renováveis. 
No agregado “outras renováveis” destaca-se a forte presença de óleos vegetais em 2030.
26
38,7
28,0
9,4
3,6
13,0
5,5
5,4
13,8
37,7
0,3
15,5
6,9
6,3
3,0
1,2
0,0
14,8
5,1
13,5
47,6
18,5
0,3
2,9
9,1
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1970
2005
2030
PETRÓLEO E 
DERIVADOS
GÁS NATURAL
CARVÃO MINERAL
HIDRÁLICA E 
ELETRICIDADE
LENHA E 
CARVÃO VEGETAL
PRODUTOS DA CANA
NUCLEAR
OUTRAS RENOV.
milhões tep
557,1
66,9
218,7
renováveis %
46,6%
58,4%
44,5%
OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%)
A década de 70 foi marcada por processo de forte industrialização e urbanização do País, o que reduziu sobremaneira a participação da lenha na OIE.
Para 2030 se espera que a participação do agregado "lenha e carvão vegetal" na OIE continue decrescendo, em razão, principalmente: (a) da continuidade de substituição da lenha por GLP no setor residencial, (b) da continuidade do processo de urbanização, reduzindo o uso de lenha agropecuário e, (c) redução relativa da produção de aço a partir de carvão vegetal.
A redução de participação do agregado "lenha e carvão vegetal" de 1970 para 2005 é compensada em boa parte pela maior participação de produtos da cana e da hidráulica. Note-se que "petróleo e derivados" praticamente não altera de participação nestes dois anos, embora tenha atingido pico de 50,5% em 1978. 
A exemplo dos últimos anos, os derivados de petróleo continuam sendo substituídos por gás natural e por etanol, até 2030. O programa de biodiesel, recentemente criado, será, também, uma grande alternativa ao diesel de petróleo até 2030. Por estas razões, o agregado "petróleo e derivados" reduz sua participação na OIE.
O gá natural, a energia nuclear e o carvão mineral têm maior uso relativo na geração de energia elétrica, o que resulta em menor geração relativa por usinas hidráulicas, de 2005 para 2030. 
Assim, o agregado "outras renováveis", no qual está inserido o biodiesel (4,3% dos 9,1%), mais que triplica a sua participação, até 2030. Em seguida, os produtos da cana e o gás natural aparecem com grandes margens de aumento na participação. 
27
0
25
50
75
100
125
1970
1980
1990
2000
2010
2020
2030
Consumo
Produção
Produção com H-Bio e Biodiesel
PRODUÇÃO E CONSUMO DE DIESEL (milhões m³)
Nota-se que já a partir de 2015 pode haver superávit de diesel, em razão da adição de óleos vegetais. A produção de diesel de petróleo fica sempre abaixo do consumo total de diesel.
28
72,4
9,2
4,3
2,7
1,6
7,5
1,4
0,8
84,7
4,0
3,0
1,6
2,7
3,2
0,1
0,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2006
2030
GÁS 
NATURAL
NUCLEAR
CARVÃO 
MINERAL
HIDRÁU
LICA
DERIV.
PETRÓLEO
BIOMASSA
460,5 TWh em 2006 (88% renováel)
1.195 TWh em 2030 (81,3% renovável)
GÁS 
INDUSTRIAL
EÓLICA E 
BIOGÁS
2030 SP e APE:
89,6 TWh biomassa
10,3 TWh eólica
6,8 TWh biogás
10,1 TWh gás industrial
(Inclui importação)
OFERTA INTERNA DE ENERGIA ELÉTRICA 2006-2030 (%)
A oferta interna de energia elétrica passa de 460,5 TWh em 2006 para 1.195 TWh em 2030 – 4,1% aa -, com grande presença, ainda, de fontes renováveis (81%).
A geração por energia hidráulica e por derivados de petróleo decresce em termos relativos. A geração por gás natural e por biomassa apresenta crescimento relativo expressivo, vindo em seguida a energia nuclear e o carvão mineral. 
29
Gás Natural
11,8%
Cana-de-açúcar
3,7%
Eletricidade
35,6%
Petróleo e Derivados
48,8%
803 bilhões US$
INVESTIMENTOS ACUMULADOS 2006 A 2030, POR ÁREA (%)
Serão necessários um pouco mais de 30 bilhões de dólares anuais para se ter a infra-estrutura necessária ao atendimento da demanda de energia, ficando a área de petróleo com a maior parte dos investimentos. 
Os investimentos próximos de 20 bilhões de dólares ao ano no início do período passam a investimentos da ordem de 40 bilhões de dólares ao ano ao final do período.
A produção de gás cresce mais de 4 vezes no período, enquanto a produção de petróleo quase duplica.
A produção de álcool quase quadruplica e a produção de biodiesel chega a 473 mil bep por dia em 2030. 
30
DEMANDA DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS (%)
15,1
15,2
8,1
13,2
38,0
27,5
11,2
0,0
38,8
33,0
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2005
2030
H-Bio&Biodiesel = 473 mil bep/d em 2030
Etanol = 557 mil bep/d em 2030
Demanda Interna Total de energia em 
2030 = 10.990 mil bep/d
DIESEL PETRÓLEO
H-BIO&BIODIESEL
GASOLINA
ETANOL
OUTROS DE PETRÓLEO
1.780 mil bep/d
4.230 mil bep/d
A participação da gasolina permanece praticamente a mesma no período em estudo, havendo maior participação do etanol.
Os óleos vegetais passam a uma participação de 11,2% na matriz de combustíveis líquidos, fazendo com que o diesel total permaneça com participação de 38%. 
Os "outros" derivados de petróleo, com destaque para óleo combustível e nafta, perdem participação de 6 pontos percentuais. 
31
ENERGIA RENOVÁVEL
BRASIL 2009
MATRIZ DE OFERTA DE ENERGIA RENOVÁVEL 2009 (%)
MATRIZ DE OFERTA DE BIOENERGIA – 2009 (%)
OFERTA INTERNA DE BIOENERGIA
ESTRUTURA DA OFERTA INTERNA DE BIOENERGIA POR FONTE (%)
USOS DE PRODUTOS DA CANA
(milhões tep)
USOS DE PRODUTOS DA CANA (%)
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ÁLCOOL (mil m3)
Norte
P.A: 56 mil m3 – 0,2%
P.B: 16mil m3 – 1,4%
Nordeste
P.A: 2.372 mil m3 – 8,7%
P.B: 126 mil m3 – 10,8%
Sudeste
P.A: 19.212 mil m3 – 70,8%
P.B: 186 mil m3 – 15,9% 
Centro-Oeste
P.A: 3.588 mil m3 – 13,2%
P.B: 526 mil m3 – 45,1%
 Sul
P.A: 1.906 mil m3 – 7,0%
P.B: 313 mil m3 – 26,8% 
Legenda 
P.A: produção de álcool
P.B: produção de biodiesel
%: do Brasil
Total Brasil
P.A: 27.133 mil m3
P.B: 1.167 mil m3
PRODUÇÃO DE ÁLCOOL E BIODÍESEL POR REGIÃO 2008

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