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Influência na Manifestação das Emoções e Inteligência Emocional

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Existem aspectos que influenciam o modo de manifestarmos as emoções, tais como:
Personalidade – Maneira de ser dos indivíduos que se faz conhecer através de sua conduta mais habitualmente manifesta. Recebe influencia de ordem genética (hereditariedade) e ambiental e é uma estrutura sempre passível de modificação, embora alguns traços mantenham a sua estabilidade.
Gênero – Atribuição de gênero masculino ou feminino que, culturalmente, forma aspectos de conduta apropriados e inapropriados para homens e mulheres, podendo haver alguma variabilidade conforme a cultura especifica de cada país e, ainda, da própria família.
Cultura – Modo de ser que traduz a conduta habitual das pessoas, podendo variar por classes sociais, bairros e até regiões.
Formação – A escolaridade interfere no padrão emocional das pessoas e também no modo de lidarem com as emoções alheias e o próprio estresse.
Um médico cetista acostumado a lidar com pacientes monitorados têm uma percepção distinta dos enfermeiros ali internados, por já ter vivenciados a estada de vários pacientes do CTI. O leigo que vai visitar o interno faz um esforço tremendo, porque percebe o doente somente como mais um sujeito para a morte (isto muda totalmente o modo de manifestar as emoções, além, é claro do próprio envolvimento com o paciente).
Condicionamento – Respostas mantidas ou extintas por efeito respetivo de premiação ou punição.
Estado de saúde – Pessoas com condições precárias de saúde ou que tenham doenças crônicas podem desenvolver condutas que tendam para a esperança (que significaria um meio de enfrentamento positivo de seu estado) ou o pessimismo (que pode leva-la a não investir em tratamentos com a disciplina que os mesmos exigem).
Além disso, pessoas enfermas podem apresentar comportamento empático a outras que vivenciam questão similar, o que ajuda muito sob o ponto de vista da interação (especialmente quando os enfermos não tem uma família que os 3 acompanhe de modo efetivo na doença). Há até quem se torne voluntário no trabalho com doentes.
Embora o estudo das emoções seja complexo, os estudiosos são consensuais em associá-las a três aspectos:
1 Cognitivo – que representa a percepção;
2 Fisiológico – marca as alterações ocorridas no organismo durante os estados de emoção (trabalho do SNA);
3 Comportamental – modo de manifestação das emoções.
Nem sempre o aspecto emocional se desenvolve de modo compatível ao próprio desenvolvimento humano. A maturidade, neste aspecto, evidencia pessoas capazes de se relacionarem com tolerância às diferenças e de colocarem suas opiniões e sentimentos sem, contudo, desejar adesão de 100% (o que denunciaria um caráter infantil).
Questões psíquicas que dificultem uma interação satisfatória interferem bastante nesta esfera emotiva.
Passemos a definição de inteligência. Hockenbury e Hockenbury (2001, p.241) associam capacidade intelectual a conhecimentos e afirmam:
“O conhecimento é um termo genérico que se refere às atividades mentais e que envolve a aquisição, a retenção e o uso da informação.”
No mundo do trabalho, nossos conhecimentos estão sempre em teste. Demonstramo-nos através de habilidades que traduzem o nosso nível potencial.
Somos muito bons em alguns aspectos e passíveis de melhora em outros. Este desenvolvimento acontece conjugando-se desejo, necessidade e oportunidades.
Alfred Binet (1857-1911) foi o inventor de teste de QI (quociente intelectual), que considera as inteligências lógico-matemática e verbal.
A medida da inteligência, nos dias atuais, não está restrita a estas habilidades, o que fez expandir seu conceito.
Em 1983, Gardner lançou o conceito de inteligência múltiplas, chamando a atenção para a importância de outras habilidades, antes pouco valorizadas. Na sua teoria são consideradas as inteligências verbais e matemáticas, além de:
Inteligência musical
Inteligência espacial
Inteligência corporal
Inteligência interpessoal
Goleman (1995) expande ainda mais os estudos acerca da inteligência, lançando o conceito de inteligência emocional (IE).
A IE é definida como: “capacidade de criar motivações para si próprio e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação dos seus desejos; de se manter em bom estado de espirito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar, de ser empático e autoconfiante”. (GOLEMAN, 1995, p.47)
Pesquisadores em IE defendem que esta pode ser desenvolvida, mas que existe a necessidade de:
• Ser autoconsciente em relação às próprias emoções;
• Automotivação;
• Reconhecer as emoções nos outros e lidar com as mesmas de modo satisfatório.
A IE é de extrema importância para o mundo do trabalho, tanto para o crescimento pessoal quanto para a satisfação das necessidades de ordem social.
Desenvolvemos habilidades já possuídas e adquirimos outras no ambiente de trabalho.
 O meio corporativo representa uma das maiores “escolas” na educação dos indivíduos por oportunizarem aprendizados e viabilizarem trocas interpessoais de extrema utilidade para o profissional e o pessoal de cada um.
Conforme os investimentos pessoais, maiores as chances de construção de diferenciais.
Cooper (1997) reforça a necessidade de pesquisas que relacionem trabalho e o desenvolvimento de inteligências e admite que pessoas que têm maior facilidade no trato interpessoal tendem a apresentar maiores chances de crescimento. 
Existem pessoas com boa capacidade intelectual que não crescem profissionalmente pelo impeditivo construído por barreira social.
Desenvolver habilidades sociais, hoje, faz-se obrigatório. 
A conjugação de “inteligencia” + habilidades sociais nas organizações viabilizam:
Lideranças – Líderes bem sucedidos não podem deixar de possuir a inteligencia interpessoal.
Empatia – Caracteristica desejável para gestores e todas as profissões em que se lida diretamente com pessoas.
Define-se como a capacidade de sensibilizar as pessoas, de se colocar no lugar das mesmas e de entender suas dificuldades e ou alegrias.
A não administração das emoções e das pressões vivenciadas no ambiente de trabalho ou na vida familiar podem gerar estresses que são prejudiciais à saúde humana.
O que significa estresse?
Originalmente este termo foi emprestado da física que designa “desgaste” a que diversos materiais estão expostos pela ação do tempo e de outros estímulos que possam modificar o estado natural de um objeto.
Davidoff (2001) observa que todos estamos expostos a agentes estressores, estando estes no trabalho e/ou na nossa vida pessoal. Basta que a percepção de um estímulo seja estressante para que o mesmo se inicie.
Fases do estresse (DAVIDOFF, 2001):
• 1ª Reação de alarme: o sistema nervoso simpático e as glândulas suprarrenais mobilizam as forças defensivas do corpo, para resistir ao agente de estresse. Se este for prolongado, vai-se à segunda fase; 
• 2ª Resistência: O preço que o corpo “paga” para manter-se em vigilância durante um período e, por isso, os sistemas lentificam; 
• 3ª Exaustão: O corpo não pode resistir indefinidamente ao estresse e, por isso, mostra exaustão.
Administrar condições de estresse evidencia várias inteligências, principalmente a emocional. Admitindo-se que nossa vida oferece desafios permanentes, precisamos aprender a lidar com os mesmos de modo a não nos prejudicarmos.
Excesso de tarefas resulta no estresse de sobrecarga e a falta delas no estresse de monotonia.
O meio organizacional oferece estresses que começam desde os processos seletivos aos desafios que nos são impostos a cada dia. Mas oportunizam aprendizados novos, bem como o aperfeiçoamento daqueles que já possuímos, seja por meio de treinamentos ou pelas trocas viabilizadas no intercâmbio com as outras pessoas.
Percebendo deste modo, os meios organizacionais são favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento de inteligências.

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