Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
8/26/16 1 Atkins’ Physical Chemistry Chapter 5 Simple Mixtures Peter Atkins • Julio de Paula Figuras cedidas pela editora. Comentários Profa. Glaura Goulart Silva Termodinâmica de misturas • Cap 5: Misturas de substâncias que não reagem • Misturas binárias𝑥" + 𝑥% = 1 • Pressão parcial 𝑝) = 𝑥) 𝑝 8/26/16 2 (a) Volume parcial molar • 1 mol de H2O adicionado a grande volume de etanol leva a um DV de 14 cm3. • 14 cm3 mol-1 é o volume parcial molar da água no etanol puro 5.1 Grandezas parciais molares Volume parcial molar 𝑉+ • Ambiente químico das moléculas se altera em toda a faixa de composição. – Forças entre as moléculas são responsáveis pela varaição das propriedades termodinâmicas de uma mistura em função da composição. • Definição de 𝑉+ :𝑉) = 𝜕𝑉𝜕𝑛+ .,0,12 8/26/16 3 Volume parcial molar é o coeficiente angular da curva de volume total da amostras em função da composição. - Observe que o V(b) é negativo. -Volumes molares são sempre positivos, mas não os 𝑉+ Exemplo • A adição de 1 mol de MgSO4 a grande volume de água provoca uma diminuição de 1,4 cm3 no volume total. • Explique a contração da mistura: 8/26/16 4 Volume total da mistura binária • Quando a composição da mistura for alterada por quantidades infinitesimais de A e de B: 𝑑𝑉 = 𝜕𝑉𝜕𝑛" .,0,14 𝑑𝑛" + 𝜕𝑉𝜕𝑛% .,0,15 𝑑𝑛%𝑑𝑉 = 𝑉" 𝑑𝑛" + 𝑉% 𝑑𝑛% Integrado: 𝑉 = 𝑉" 𝑛" + 𝑉% 𝑛% Uma breve ilustração 8/26/16 5 Exercício proposto 5.1 • A 25 oC, a massa específica de uma solução a 50% ponderais de etanol em água é 0,914 g.cm-3. O volume parcial molar da água nesta solução é 17,4 cm3.mol-1. Qual é o volume parcial molar do etanol? (b) Energia de Gibbs Parcial Molar • Definição de potencial químico𝜇+ = 𝜕𝐺𝜕𝑛+ .,0,1’• 𝐺 = 𝑛" 𝜇" + 𝑛%𝜇% 8/26/16 6 Equação fundamental da termodinâmica química𝑑𝐺 = 𝑉𝑑𝑝 − 𝑆𝑑𝑇 + 𝜇"𝑑𝑛" + 𝜇%𝑑𝑛% +⋯ • A p e T constantes𝑑𝐺 = 𝜇"𝑑𝑛" + 𝜇%𝑑𝑛% +⋯ • E nessas condições: 𝑑𝐺 = 𝑑𝑤?,@áB . Trabalho extra pode provir de alteração na composição do sistema . Ex: célula eletroquímica (c) Significado mais amplo de µ • Mostra como todas as propriedades termodinâmicas extensivas U, H, A e G dependem da composição • 𝜇+ = CDC1E F,G,1’ 𝜇+ = CHC1E F,.,1’ 8/26/16 7 (d) A equação de Gibbs-Duhem Não vamos discutir o Exemplo 5.1 nesta disciplina (d) A equação de Gibbs-Duhem• 𝐺 = 𝑛" 𝜇" + 𝑛%𝜇% (Eq. 5.5)• 𝑑𝐺 = 𝜇"𝑑𝑛" + 𝜇%𝑑𝑛% + 𝑛"𝑑𝜇" + 𝑛%𝑑𝜇% • Mas a p, T constantes:• 𝑑𝐺 = 𝜇"𝑑𝑛" + 𝜇%𝑑𝑛% (Eq. 5.7) • Então: ∑ 𝑛"𝑑𝜇" = 0 �+ • Significado: – potenciais químicos dos componentes de uma mistura são correlacionados: se um aumenta o outro diminui. 8/26/16 8 5.2 A termodinâmica das misturas• 𝐺 = 𝑛" 𝜇" + 𝑛%𝜇% (Eq. 5.5) • A p e T constantes os sistemas tendem espontaneamente à menor energia de Gibbs possível. • Exemplo processo espontâneo de mistura de dois gases colocados num mesmo recipiente (a) A Energia de Gibbs da mistura de gases perfeitos • Estado inicial: – Dois gases contidos em dois recipientes a p e T. Cada gás tem potencial químico:• 𝜇 = 𝜇K + 𝑅𝑇𝑙𝑛 ..N • Ou 𝜇 = 𝜇K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝• 𝐺O = 𝑛" 𝜇" + 𝑛%𝜇% • Ou• 𝐺O = 𝑛" (𝜇"K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝) + 𝑛%(𝜇𝐵K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝) 8/26/16 9 • Estado final: depois da mistura: pressão total é a soma das pressões parciais e • 𝐺S = 𝑛" (𝜇"K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝𝐴) + 𝑛%(𝜇𝐵K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝𝐵) • A diferença 𝐺𝑓 − 𝐺𝑖 é a energia de Gibbs de misturar ∆𝑚𝑖𝑠𝐺• ∆𝑚𝑖𝑠𝐺 = 𝑛" 𝑅𝑇𝑙𝑛 .5. + 𝑛%𝑅𝑇𝑙𝑛 .4. (como 𝑛) = 𝑥)𝑛; 𝑒 𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐷𝑎𝑙𝑡𝑜𝑛 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠: 𝑥𝑗 = .f. ) • Então: ∆𝑚𝑖𝑠𝐺 = 𝑛𝑅𝑇(𝑥"𝑙𝑛𝑥" + 𝑥%𝑙𝑛𝑥%) (a) A Energia de Gibbs da mistura de gases perfeitos (a) A Energia de Gibbs da mistura de gases perfeitos • ∆𝑚𝑖𝑠𝐺 = 𝑛𝑅𝑇 𝑥"𝑙𝑛𝑥" + 𝑥%𝑙𝑛𝑥%• ∆𝑚𝑖𝑠𝐺 < 0 • Gases perfeitos se misturam espontaneamente em quaisquer composições 8/26/16 10 Exemplo 5.2 Exercício proposto 5.3 8/26/16 11 (b) Outras funções termodinâmicas de misturas • ∆@Oi𝑆 = − C∆jklmC0 𝑝, 𝑛", 𝑛%• ∆𝑚𝑖𝑠𝑆 = − 𝑛𝑅 𝑥"𝑙𝑛𝑥" + 𝑥%𝑙𝑛𝑥% • E a variação de entalpia do processo de mistura isotérmica e isobárica:• ∆𝐺 = ∆𝐻 − 𝑇∆𝑆 ⇒• ∆@Oi𝐻 = 0 5.3 Os potenciais químicos dos líquidos • Como G de uma mistura de líquidos varia com a composição? • Para resolver esta questão usamos para o equilíbrio:• 𝜇"(𝑔, 𝑝) = 𝜇"(𝑙) 8/26/16 12 (a) Soluções ideais • O que é puro terá o sobrescrito *• 𝜇"∗ (𝑙) = potencial químico do líquido A puro ; 𝑝"∗ = pressão de vapor de um líquido puro • No equilíbrio: 𝜇"∗ 𝑙 = 𝜇"K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝"∗ Eq 5.19(a) • Para mistura com solvente (A):• 𝜇" 𝑙 = 𝜇"K + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝" Eq 5.19(b) • Combinando Eqs 5.19 (a) e (b) 𝜇"∗ 𝑔 (a) Soluções ideais • Combinando Eqs 5.19 (a) e (b)• 𝜇" 𝑙 = 𝜇"∗ − 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝"∗ + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑝"• 𝜇" = 𝜇"∗ + 𝑅𝑇𝑙𝑛 .5.5∗ • Raoult em uma série de experimentos com líquidos quimicamente similares descobriu a razão𝑝" 𝑝"∗⁄ conhecida como Lei de Raoult:• 𝑝" = 𝑥"𝑝"∗ sendo 𝑥" fração molar no líquido • Isto leva a 𝜇" = 𝜇"∗ + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑥" 8/26/16 13 (a) Soluções ideais – Lei de Raoult• 𝑝" = 𝑥"𝑝"∗ no líquido Com soluto > Entropia Definição de solução ideal:𝜇" = 𝜇"∗ + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑥" – Lei de Raoult é consequência desta expressão • Origem molecular da Lei de Raoult – Solução tem uma desordem maior que o solvente puro • => A tendência a vaporizar diminui. 8/26/16 14 Soluções podem ter comportamento real muito diverso Mas para o ”solvente” (componente em grande excesso) a Lei de Raoult pode ser obedecida. (b) Soluções diluídas ideais • Henry descobriu experimentalmente que que para o soluto (componte B) a concentrações baixas de soluções reais:• 𝑝% = 𝑥%𝐾%• 𝐾% é um constante empírica (unidade de pressão) determinada com tangente à curva experimental no limite𝑥% → 0 8/26/16 15 Solução diluída ideal • Solvente (A): ambiente ~ solvente puro: Lei de Raoult 𝑝"= 𝑥"𝑝"∗ • Soluto (B): ambiente muito diferente dele puro: Lei de Henry 𝑝% = 𝑥%𝐾% Exemplo 5.3 • Investigação da validade da Lei de Raoult e da Lei de Henry Não vamos discutir Ilustração pág 140 e Exerc. Proposto 5.5 8/26/16 16 As propriedades das soluções 5.4 Misturas de líquidos • (a) Soluções ideais – Energia de Gibbs de mistura é calculada da mesma maneira que para mistura de dois gases– ∆𝑚𝑖𝑠𝐺 = 𝑛𝑅𝑇{𝑥"𝑙𝑛𝑥" + 𝑥%𝑙𝑛𝑥%} – E também: ∆𝑚𝑖𝑠𝑆 = − 𝑛𝑅 𝑥"𝑙𝑛𝑥" + 𝑥%𝑙𝑛𝑥%– ∆@Oi𝐻 = 0 ; ∆@Oi𝑉 = 0 • A idealidade de soluções ideais é baseada em que a energia média de interação A-B é igual às interações A-A e B-B – Para gás perfeito é diferente: não há interação Não será tratado o item 5.4 (b) Funções de excesso e soluções regulares 8/26/16 17 Propriedades Coligativas • Coligativa: dependem do conjunto e não do indivíduo – Dependem apenas do número de partículas do soluto em solução diluída e não da natureza das partículas • Admite-se que – soluto é não volátil: não contribui para o vapor da solução; – e que não se dissolve no solvente sólido (hipótese severa) (a) Os aspectos comuns das propriedades coligativas • Para uma solução diluída ideal ocorre diminuição do potencial químico segundo:• 𝜇" = 𝜇"∗ + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑥" • Elevação do ponto de ebulição • Abaixamento do ponto de congelamento • Osmose 8/26/1618 (a) Os aspectos comuns das propriedades coligativas • => tendência à formação do gás fica reduzida Na solução há uma contribuição adicional para a entropia do líquido (presença do soluto) (b) Elevação ebulioscópica• Equilíbrio o solvente no líquido e no vapor• 𝜇"∗ 𝑔 = 𝜇"∗ (𝑙) + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑥" • Demonstra-se que• ∆𝑇 = 𝐾𝑥% – onde 𝐾 = 0∗∆H – A dependência apenas com concentração torna a propriedade coligativa. 8/26/16 19 Justificativa 5.1 x dT e integrando ∆𝑇 = 𝐾𝑥% onde 𝐾 = 0∗∆H 8/26/16 20 Abaixamento crioscópico• Equilíbrio entre o solventepuro no sólido e a solução• 𝜇"∗ 𝑠 = 𝜇"∗ (𝑙) + 𝑅𝑇𝑙𝑛𝑥" • Demonstra-se que• ∆𝑇 = 𝐾′𝑥% – onde 𝐾′ = 0∗∆lH Elevação ebulioscópica e abaixamento crioscópica• Para aplicações práticas:• ∆𝑇 = 𝐾?𝑏 ∆𝑇 = 𝐾S𝑏 – Ebulição: 𝑇 = 𝑇∗ + ∆𝑇 – Fusão: 𝑇 = 𝑇∗ − ∆𝑇 8/26/16 21 Não vamos discutir neste momento o item (d) Solubilidade Página 145 (e) Osmose • Passagem espontânea de um solvente puro para uma solução que está separada dele por uma membrana semipermeável ao solvente, mas não ao soluto. • Pressão Osmótica Π é a pressão que deve ser aplicada à solução para impedir a passagem de solvente. • 𝜇"∗ 𝑝 = 𝜇"(𝑥", 𝑝 + Π) • Π = 𝐵 𝑅𝑇 onde 𝐵 = 14 G⁄ • Equação de van’t Hoff 8/26/16 22 Justificativa 5.3 Osmometria para medida de massa • Efeito da pressão osmótica é fácil de se medir e é acentuado. • Aplicação em medida de massas molares de macromoléculas (polímeros sintéticos e proteínas) • Grande moléculas dissolvidas não apresentam comportamento ideal então a equação de van’t Hoff é considerada como o primeiro termo de uma expansão virial:• Π = 𝐽 𝑅𝑇 {1 + 𝐵 𝐽 +⋯} – representando o soluto por J • B : contante empírica é o coeficiente osmótico de virial 8/26/16 23 Exemplo 5.4 8/26/16 24
Compartilhar