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RESUMO DE FISIOLOGIA

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RESUMO DE FISIOLOGIA
A HOMEOSTASE
Todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas uma finalidade, a de manter constantes as condições de vida no ambiente interno.
Os organismos mais evoluídos farão uso principalmente de dois 
recursos básicos que controlam o corpo:
O sistema nervoso, atuando basicamente no controle. (ação rápida e fugaz, é de curto prazo e tem efeito localizado).
O sistema endócrino, atuando principalmente na sinalização. (ação lenta e duradoura, é de médio a longo prazo e tem efeito amplo).
Os 2 sistemas agem de maneira integrada. Garantem a homeostasia do organismo.
Quaisquer que seja o mecanismo de ajuste da homeostase corporal são necessários no mínimo três componentes essenciais:
a) Órgãos sensoriais: altamente sensíveis à detecção de mudanças específicas dos meios interno ou externo.
b) Órgãos de processamento e de integração: local de recebimento e processamento da informação; está capacitado para a analisar e elaborar comandos de ação.
c) Órgãos Efetuadores: sistemas de órgãos que executam as tarefas necessárias para o restabelecimento do controle.
CONTROLE DE RETROALIMNETAÇÃO (FEEDBACK)
ESTÍMULO > ÓRGÃOS SENSORIAIS (Sistema nervoso e endócrino) > ÓRGÃOS EFETORES (Musculo-esquelético, órgãos viscerais, glândulas) > COMPORTAMENTO, RESPOSTA FISIOLOGICA.
1) Controle por retroalimentação negativa (Feedback negativo)
Quando uma determinada alteração é detectada pelos receptores sensoriais, esta é comunicada ao integrador. Este compara a variação com o ponto de ajuste ideal e elabora comandos apropriados para que os órgãos efetuadores contrabalancem o efeito do estimulo cancelando-o ou agindo contra ela. Inibe a ação que foi gerada.
2) Controle por retroalimentação positiva (Feedback Positivo)
Controla ou regula uma quantidade em um determinado nível por tempo limitado, ou seja, estimula a ação gerada por um certo tempo.
4) Junção tipo ‘’GAP’’ >> Sinal gerado por uma célula e transmitida a outra através de um canal ligando as duas.
OSMOSE
Osmose é um processo físico em que a água se movimenta entre dois meios com concentrações diferentes de soluto, separados por uma membrana semipermeável (permite somente a passagem das moléculas de água). Neste processo, a água passa de um meio hipotônico (menor concentração de soluto) para um hipertônico (maior concentração de soluto). Na osmose, o processo se finaliza quando os dois meios ficam com a mesma concentração de soluto (isotônico).
A osmose ocorre em vários sistemas da natureza. Nas células do corpo humano, a osmose é um processo de extrema importância.
A concentração de sais nas células, por exemplo, é controlada pelo sistema de osmose. Como não ocorre gasto de energia, a osmose é considerada um tipo de transporte passivo.
*Pressão osmótica é uma medida que corresponde à pressão necessária para impedir o movimento por osmose entre duas soluções separadas por uma membrana semi-permeável (neste caso permeável apenas para a água e não para as partículas do soluto). O soluto exerce pressão sobre o solvente, criando um gradiente de pressões que se deverá igualar no final em ambos os lados.
*Mol (M) é a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quanto são os átomos contidos em 0,012 quilograma de carbono-12; seu símbolo é "mol.
*Osmol (Osm/Osmol) corresponde à quantidade de moles de um composto que interfere na pressão osmótica de uma solução. A milésima parte do Osmol é conhecida como mOsm (miliosmol).
*Osmolaridade mede a quantidade de partículas existentes num determinado solvente. Mais concretamente define o nº de partículas osmoticamente activas por litro de solução (Osmol/L), partículas estas capazes de criar gradientes osmóticos. Logo quanto maior a osmolaridade de uma solução, maior será a quantidade de partículas que possui, menor será a concentração de água (as partículas ocupam o espaço que seria ocupado pela água) e por isso cria maior resistência à perda de água.
*Osmolaridade não deve ser confundida com osmolalidade. Ambas assumem uma medida de partículas osmoticamente activas, contudo a osmolalidade refere-se às mesmas num Kg de de água (Osm/Kg) ao passo que a osmolaridade num Litro de água (Osm/kg).
*Continuando, uma solução diz-se isosmótica quando a sua osmolaridade é igual à solução de referência, neste caso a bibliografia assume os 300 mOsm/L, o equivalente ao meio extracelular (a literatura aponta também para um intervalo de valores relativamente à osmolaridade do meio intravascular, nomeadamente entre 285-310 mOsm/L). Acima deste valor é hiperosmótica, abaixo hiposmótica. A solução de NaCl 0,9% (erradamente intitulada como Soro Fisiológico, um assunto que poderá ser explorado eventualmente mais tarde neste blogue) possui 308 mOsm/L.
TONACIDADE
Tonicidade é uma propriedade química, pertencente a soluções que estão contidas em uma membrana com permeabilidade seletiva (são permeáveis ao solvente da solução, mas impermeáveis a determinados solutos). Para medir a tonicidade de uma solução, faz-se a soma das concentrações de substâncias osmoticamente ativas que não conseguem atravessar determinada membrana.
É possível comparar a tonicidade de duas soluções que estão separadas por uma membrana semipermeável: quando o meio estudado possui tonicidade maior em relação ao outro meio, dizemos que esta solução é "hipertónica"; caso esta concentração seja menor, a solução é denominada "hipotônica"; se os dois meios tiverem a mesma tonicidade, a solução é "isotônica".
Quando dois meios possuem tonicidades diferentes, a tendência é que o solvente atravesse a membrana em direção à solução de maior tonicidade, até que haja um equilíbrio de forças (as soluções se tornem isotônicas, a pressão osmótica seja alcançada ou haja rompimento da membrana). Esse fato pode ser demonstrado com células vivas, mais especificamente eritrócitos (glóbulos vermelhos). Essas células possuem uma solução no seu interior, que contém água como solvente. A membrana plasmática dessas células é permeável à água, mas é impermeável a muitas substâncias, como íons, que estão presentes em diferentes concentrações, dentro e fora da célula. 
Em um meio hipertónico, a célula sofre crenação, ou seja, perde água para a solução, reduz seu volume e assume um aspecto enrugado;
Em um meio hipotônico, há uma maior entrada de água na célula, o que a deixa com um aspecto inchado. Se a entrada de água for muito acentuada, a membrana celular poderá romper, libertando o seu conteúdo celular.
 
POTENCIAL DE MEMBRANA
Uma tensão elétrica, ou diferença de potencial, sempre existe entre o interior e o exterior de uma célula. Esse fato é causado por uma distribuição de íons desigual entre os dois lados da membrana e da permeabilidade da membrana a esses íons. A tensão elétrica de uma célula inativa permanece em um valor negativo — considerando o interior da célula em relação ao exterior ― e varia muito pouco. Quando a membrana de uma célula excitável é despolarizada além de um limiar, a célula dispara um potencial de ação, comumente chamado de espícula.
Um potencial de ação é uma alteração rápida na polaridade da tensão elétrica, de negativa para positiva e de volta para negativa. Esse ciclo completo dura poucos milisegundos. Cada ciclo — e, portanto, cada potencial de ação, possui uma fase ascendente, uma fase descendente e, ainda, uma curva de tensão elétrica inferior a do potencial de repouso de membrana. Em fibras musculares cardíacas especializadas, uma fase de platô, com tensão elétrica intermediária, pode preceder a fase descendente.
O potencial de ação não permanece em um local da célula, ele percorre a membrana (leia Propagação). Ele pode percorrer longas distâncias no axônio, por exemplo para transmitir sinais da medula espinhal para os músculos do pé.
Tanto a velocidade quanto a complexidade do potencial de ação variam entre diferentes tipos de células. Entretanto, a amplitude das alteraçõesde tensão elétrica tende a ser rigorosamente a mesma. Dentro da mesma célula, potenciais de ação consecutivos são tipicamente indistinguíveis. Neurônios transmitem informação gerando seqüências de potenciais de ação, chamadas trens de pulsos (“spike trains” em inglês). Variando a freqüência ou o intervalo de tempo dos disparos de potencial de ação gerados, os neurônios podem modular a informação que eles transmitem.
Potenciais de ação são disparados quando uma despolarização inicial atinge o potencial limiar excitatório. Esse potencial limiar varia, e ocorre quando a entrada de íons de sódio na célula excede a saída de íons de potássio. O influxo líquido de cargas positivas devido aos íons de sódio causa a despolarização da membrana, levando à abertura de mais canais de sódio dependentes de tensão elétrica. Por esses canais passa uma grande corrente de entrada de sódio, que causa maior despolarização, criando um ciclo de realimentação positiva (feedback positivo) que leva o potencial de membrana a um nível bastante despolarizado.
O potencial limiar pode ser alcançado ao alterar-se o balanço entre as correntes de sódio e potássio. Por exemplo, se alguns canais de sódio estão em um estado inativado (comportas de inativação fechadas), então um dado nível de despolarização irá ocasionar a abertura de um menor número de canais de sódio (os que não estão inativados) e uma maior despolarização será necessária para iniciar um potencial de ação. 
Potenciais de ação são determinados pelo equilíbrio entre os íons de sódio e potássio (embora haja uma menor contribuição de outros íons como cloreto e cálcio, este último especialmente importante na eletrogênese miocárdica), e são usualmente representados como ocorrendo em células contendo apenas dois canais iônicos transmembrana (um canal de sódio tensão elétrica -dependente e um canal de potássio, não-tensão elétrica -dependente). 
O período refratário acompanha o potencial de ação na membrana. Tem como efeito limitar a freqüência de potenciais de ação, além de promover a unidirecionalidade da propagação do potencial de ação, o que pode ser entendido como consequência da limitação de salvas de potenciais de ação.
LEI DO TUDO OU NADA
 A lei do tudo ou nada diz que:
Um neurônio só consegue enviar um impulso se a intensidade do impulso for acima de um determinado nível, fazendo com que a sua membrana seja despolarizada e repolarizada. Este valor mínimo que permite a transmissão do potencial de ação é conhecido como potencial limiar. Os valores abaixo do potencial limiar são conhecidos como sublimiares, e cada célula um valor característico de potencial limiar.
BAINHA DE MIELINA
A bainha de mielina fornece um aumento do isolamento celular (aumento da resistência de membrana), em virtude de não haver canais de vazamento de membrana onde há mielina, deste modo, a fase passiva perde menos íons, o que aumenta a chance do potencial de ação ter sucesso. Além de não haver canais de vazamento de membrana, não há também praticamente nenhum tipo de canal de membrana quando há bainha de mielina (ex.: bombas de sódio e potássio), o que provoca para a célula uma menor necessidade de síntese protéica, ou seja, menos gasto energético.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.
As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.
NEURÔNIO
Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dendritos e axônio. No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas. Os dendritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.
O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dendritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular. Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. 
Os dendritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.
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CÉLULAS GLIA
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.
IMPULSO NERVOSO
A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). 
O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dendritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dendrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.
A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.
Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).
SINAPSES
Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses. A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.
As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.
Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).
Quandoos impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.
Diferentes tipos de sinapses podem ser diferenciados pelo critério de qual parte do neurônio é pós-sináptico em relação ao axônio terminal. Se a membrana pós-sináptica está em um dendrito, a sinapse é chamada axo-dendrítica. Se a membrana pós-sinpática está no corpo celular, a sinapse é chamada axo-somática. Em alguns casos a membrana pós-sináptica está em outro axônio, e essas sinapses são chamadas axo-axônicas. Em determinados neurônios especializados, os dendritos formam, na realidade, sinapses entre si, essas são as chamadas sinapses dendro-dendríticas.
SINAPSES NEUROMUSCULARES
A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.
SINAPSES ELÉTRICAS
Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
Neste tipo de sinapse as células possuem um intimo contato através junções abertas ou do tipo gap que permite o livre transito de íons de uma membrana a outra, desta maneira o potencial de ação passa de uma célula para outra muito mais rápido que na sinapse química não podendo ser bloqueado. Ocorre em músculo liso e cardíaco, onde a contração ocorre por um todo em todos os sentidos. 
SINAPSES QUÍMICAS
Acontece quando o potencial de ação, ou seja, impulso é transmitido através mensageiro químico, ou seja, neurotransmissores, que se liga a um receptor (proteína), na membrana pós-sinaptica, o impulso é transmitido em uma única direção, podendo ser bloqueado e em comparação com sinapse elétricas a sinapse química é muito mais lenta. Quase todas as sinapses do SNC são químicas.
Exemplo de neurotransmissores liberados nas sinapses químicas:
Histamina
Acetilcolina
Funcionamento de uma Sinapse Química
Na sinapse química o potencial de ação que está se movendo em ambos os lados na membrana quando chega na região adjacente a fenda sináptica, onde se encontram muitos canais de cálcio que através da despolarização da membrana se abrem liberando cálcio para dentro da célula. Este influxo de cálcio nas imediações da membrana pré sináptica, causará por atração iônica o movimento das vesículas com neurotransmissores na direção da
membrana pré sináptica onde os neurotransmissores serão liberados na fenda sináptica por exocitose. Na membrana pós sináptica existe um grande número de proteínas receptoras de neurotransmissores, estes receptores são canais iônicos permeáveis ao sódio (impulso excitatório) e cloreto (impulso inibitório).
Se os neurotransmissores ligarem-se aos canais iônicos permeáveis ao sódio, causará o influxo de sódio para dentro da célula o que consequentemente desencadeara um potencial de ação nesta célula. Se o neurotransmissor se liga a canais iônicos permeáveis ao cloreto, o que causa o influxo de cloreto para dentro da célula, o cloreto sendo um ânion, não deixará que a célula gere um potencial de ação, ou seja, impulso inibitório.
 Fases de Liberação de um neurotransmissor
• Despolarização 
• Entrada de cálcio no botão sinaptico
• Cálcio se liga aos sítios de liberação da membrana pré-sinaptica
• Exocitose da vesícula com neurotransmissores 
• Receptores deixam os neurotransmissores passarem 
• Reciclagem das vesículas com neurotransmissores 
• Remoção do neurotransmissores do botão sinaptico
-Difusão 
-Destruição enzimática
-Transporte ativo para terminação pré-sinaptica
Sinapse Excitatória
Sinapse excitatórias são aquelas onde a membrana pós-sináptica é despolarizada, como por exemplo, as sinapses entre neurônios motores e músculos esqueléticos, (PEPS). Isso acontece quando o efeito líquido da liberação do transmissor é para despolarizar a membrana, levando-o a um valor mais próximo do limiar elétrico para disparar um potencial de ação. Esse efeito é tipicamente mediado pela abertura dos canais da membrana (tipos de poros que atravessam as membranas celulares para os íons cálcio e potássio.
Se houver em qualquer momento, um grau mais elevado de excitação do que de inibição do neurônio, então dize-se que há um estado excitatório.
Há três diferentes tipos de neurônios aos níveis variáveis do estado excitatório; neurônio 1 tem baixo limiar de excitação, enquanto o neurônio 3 tem nível alto, enquanto o neurônio 2 observa-se que tem um nível de frequência máxima de carga enquanto o neurônio 3 tem a frequência máxima mais alta.
Bases iônicas do PEPS 
Quando transmissores que exercem um efeito excitatório caem na fenda sináptica e se ligam a receptores pós-sinápticos, eles causam a abertura de inúmeros canais iônicos encrustados na membrana pós-sináptica. Os axônios tipicamente possuem canais iônicos de Na e K, enquanto o corpo celular, dendritos e terminações axonais possuem um grande número de canais químicos diferentes. O tipo de resposta obtido por um transmissor depende do tipo de canal associado que é ativado por ele. A produção de Peps por acetilcolina nas sinapses nicotínicas onde a acetilcolina é um transmissor excitatório é um bom exemplo destes mecanismos. Quando a acetilcolina se liga a receptores nicotínicos, canais iônicos são abertos permitindo a passagem de Na e outros pequenos cátions. Na passagem para a célula por um gradiente elétrico e de concentração e um PPSE é produzido. No entanto, a área na qual este influxo de Na ocorre é tão pequena que não ocorre despolarização da membrana toda. Quando mais botões sinápticos estão ativados, mais Na entra na célula, o potencial de despolarização aumenta. Quando o influxo de Na atinge o nível suficiente, resulta em um potencial de ação. O efeito excitatório da acetilcolina dependerá portanto da estimulação de um número suficiente de terminações para causar despolarização da membrana. Peps como estes também podem ser obtidos através do fechamento de canais de K. Algumas vezes o estímulo de fibras pré-sinápticas pode desencadear uma resposta de hiperpolarização pós-sináptica nos neurônios motores espinais. Esta resposta geralmente começa 1 - 1.25ms após o estímulo aferente entrar na medula, atinge o pico máximo após 1.5 a 2ms, e declina exponencialmente com uma constante de tempo de cerca de 3ms. Durante este potencial de hiperpolarização, a excitabilidade do neurônio a outro estímulos está diminuída. Este é o IPSP (potencial inibitório pós-sináptico). 
Sinapse inibitória
O PIPS é frequentemente determinado por um aumento localizado da permeabilidade da membrana ao Cl. Quando um botão sináptico inibitório é ativado, o transmissor liberado na fenda ativa a abertura de canais de cloro na área da membrana pós-sináptica próxima ao botão. A carga negativa é transferida para dentro de célula e o potencial de membrana aumenta. Este fenômeno é bastante rápido e o retorno à condição de base é rapidamente restaurado. A diminuição da excitabilidade do neurônio durante o PPSI faz com que uma quantidade maior de PPSEs sejam necessárias para causar despolarização. Pips tambem podem ser obtidos por abertura dos canais de K na célula pós-sináptica, bem como através do fechamento de canais iônicos de Na e Ca.
Estímulo de certas fibras sensoriais pode produzir PEPs em alguns neurônios e PIPsem outros. Em vias inibitórias, um único neurônio está inserido entre a raíz aferente dorsal e o neurônio eferente ventral. Este neurônio especial, chamado neurônio de Golgi, é curto e possui um axônio grosso. Seu transmissor sináptico é a glicina e, quando este aminoácido é secretado do botão sináptico para os dendritos proximais do neurônio pós-sináptico, um PIPS é produzido. Assim, o impulso aferente excitatório é transformado em inibitório. 
Estes potenciais excitatórios lentos são devidos à uma diminuição da condutância de K, enquanto os inibitórios se devem a um aumento na condutância de K.
SISTEMA SENSORIAL
O sistema sensorial é constituido pelos órgãos do sentido, como pele, ouvido, olhos, fossas nasais e língua, onde são encontradas as terminações sensitivas do sistema nervoso periférico. Os diferentes estímulos do ambiente são transformados em estímulos nervosos devido à capacidade que esses órgãos possuem os receptores podem ser classificados, de acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, como: quimiorreceptores, fotorreceptores, termorreceptores, mecanorreceptores. Os quimiorreceptores, língua e nariz, são perceptíveis à substâncias químicas, responsáveis pelo paladar e o olfato.
Os termorreceptores respondem pela variação da temperatura, captando estímulos de natureza térmica. Os mecanorreceptores correspondem a estímulos mecânicos. Os fotorreceptores detectam a luz. A sensação do tato é proporcionada pelos mecanorreceptores, termorreceptores e receptores de dor, existentes na pele humana. As papilas gustativas situadas na língua, são os quimiorreceptores relacionados com o paladar, estabelece distinção entre os quatro sabores: salgado, doce, amargo e azedo. O epitélio olfatório é formado pelos quimiorreceptores relacionados com o olfato, estes estão localizados no teto das cavidades nasais.
Os fotorreceptores estão situados nos olhos. Os olhos são bolsas membranosas cheias de líquido, composto de três camadas: esclera, coróide e retina. Na retina estão situadas as células fotorreceptoras. As células fotorreceptoras são os cones e os bastonetes. As estruturas responsáveis pela recepção dos estímulos sonoros são o ouvido externo, o ouvido médio e a cóclea.
Classificação dos Receptores Sensoriais
De acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, os receptores sensoriais podem ser classificados em:
Quimiorreceptores – Detectam substâncias químicas. Exemplo: na língua e no nariz, responsáveis pelos sentidos do paladar e olfato;
Termorreceptores – Capta estímulos de natureza térmica, distribuídos por toda pele e mais concentrado em regiões da face, pés e das mãos;
Mecanorreceptores – Capta estímulos mecânicos. Nos ouvidos, por exemplo, capazes de captar ondas sonoras, e como órgãos de equilíbrio;
Fotorreceptores – Capta estímulos luminosos, como nos olhos.
De acordo com o local onde captam estímulos, os receptores sensoriais podem ser classificados em:
Exterorreceptores – Localizadas na superfície do corpo, especializadas em captar estímulos provenientes do ambiente, como a luz, calor, sons e pressão.
Exemplo: os órgãos de tato, visão, audição, olfato e paladar;
Propriorreceptores – Localizadas nos músculos, tendões, juntas e órgãos internos. Captam estímulos do interior do corpo;
Interorreceptores - Percebem as condições internas do corpo (pH, pressão osmótica, temperatura e composição química do sangue).

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