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AULA AÇÃO PENAL

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Aula 00
Direito Processual Penal p/ TJ-PE (Técnico - Função Judiciária) - Com videoaulas
Professor: Renan Araujo
00000000000 - DEMO
 
 
 
 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 10 
D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA 
Teoria e quest›es 
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 
 
AULA DEMO: A‚ÌO PENAL. 
 
SUMçRIO 
1 A‚ÌO PENAL ............................................................................................... 6 
1.1 Condi›es da a‹o penal ...................................................................... 6 
1.1.1 Possibilidade Jur’dica do pedido ............................................................. 6 
1.1.2 Interesse de Agir ................................................................................. 7 
1.1.3 Legitimidade ad causam ativa e passiva .................................................. 8 
1.2 EspŽcies de A‹o Penal ...................................................................... 10 
1.2.1 A‹o penal pœblica incondicionada ........................................................ 11 
1.2.2 A‹o penal pœblica condicionada (ˆ representa‹o do ofendido e ˆ requisi‹o 
do Ministro da Justia) ........................................................................................ 14 
1.2.3 A‹o penal privada exclusiva ............................................................... 16 
1.2.3.1 Renœncia, perd‹o e peremp‹o ..................................................... 18 
1.2.4 A‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica .............................................. 20 
1.2.4.1 Atua‹o do MP na a‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica .............. 22 
1.2.5 A‹o penal personal’ssima .................................................................. 22 
1.3 Denœncia e queixa: elementos ........................................................... 23 
1.3.1 Exposi‹o do fato criminoso ................................................................ 23 
1.3.2 Qualifica‹o do acusado ...................................................................... 23 
1.3.3 Classifica‹o do delito (tipifica‹o do delito) .......................................... 23 
1.3.4 Rol de testemunhas ............................................................................ 23 
1.3.5 Endereamento ................................................................................. 24 
1.3.6 Reda‹o em vern‡culo ........................................................................ 24 
1.3.7 Subscri‹o ........................................................................................ 24 
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ..................................................... 24 
3 SòMULAS PERTINENTES ........................................................................... 28 
3.1 Sœmulas do STF .................................................................................. 28 
3.2 Sœmulas do STJ .................................................................................. 29 
4 RESUMO .................................................................................................... 29 
5 LISTA DE EXERCêCIOS .............................................................................. 33 
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ....................................................................... 56 
7 GABARITO ................................................................................................ 98 
 
 
Ol‡, meus amigos! 
 
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo 
ESTRATƒGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir 
00000000000
00000000000 - DEMO
 
 
 
 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 10 
D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA 
Teoria e quest›es 
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 
 
para a aprova‹o de vocs no concurso do TJ-PE. N—s vamos estudar teoria 
e comentar exerc’cios sobre DIREITO PROCESSUAL PENAL, para o cargo 
de TƒCNICO JUDICIçRIO Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA. 
E a’, povo, preparados para a maratona? 
O edital acabou de ser publicado, e a Banca, como sab’amos, ser‡ 
o IBFC. As provas est‹o agendadas para o dia 15.10.2017. 
Bom, est‡ na hora de me apresentar a vocs, n‹o Ž? 
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico 
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de 
Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da 
UERJ. Antes, porŽm, fui servidor da Justia Eleitoral (TRE-RJ), onde 
exerci o cargo de TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito 
pela UNESA e p—s-graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama 
Filho. 
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos 
Pœblicos. Desde o comeo da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria 
para a minha vida! E querem saber? Isso faz toda a diferena! Algumas 
pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em t‹o 
pouco tempo. Simples: Foco + Fora de vontade + Disciplina. N‹o h‡ 
f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente secreto! Basta querer e correr atr‡s do 
seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona! 
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de 
concurseiro, poder colaborar para a aprova‹o de outros tantos 
concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a 
aprova‹oÓ, n‹o estou falando apenas por falar. O EstratŽgia Concursos 
possui ’ndices alt’ssimos de aprova‹o em todos os concursos! 
Neste curso vocs receber‹o todas as informa›es necess‡rias para 
que possam ter sucesso no concurso do TJ-PE. Acreditem, vocs n‹o 
v‹o se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com 
sua aprova‹o, com sua vaga, ou seja, com voc! 
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc 
ainda n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos 
Ž a melhor escolha. Eu entendo voc, j‡ estive deste lado do computador. 
Ës vezes Ž dif’cil escolher o melhor material para sua prepara‹o. Contudo, 
alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse: 
 
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D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA 
Teoria e quest›es 
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 
 
 
 
Esse print screen acima foi retirado da p‡gina de avalia‹o do curso 
de Direito Processual Penal para Delegado da PC-PE. Vejam que, dos 
62 alunos que avaliaram o curso, 61 o aprovaram. Um percentual de 
98,39%. 
Ainda n‹o est‡ convencido? Continuo te entendendo. Voc acha 
que pode estar dentro daqueles 1,61%. Em raz‹o disso, disponibilizamos 
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc possa analisar 
o material, ver se a abordagem te agrada, etc. 
Acha que a aula demonstrativa Ž pouco para testar o material? 
Pois bem, o EstratŽgia concursos d‡ a voc o prazo de 30 DIAS para 
testar o material. Isso mesmo, voc pode baixar as aulas, estudar, 
analisar detidamente o material e, se n‹o gostar, devolvemos seu dinheiro. 
Sabem porque o EstratŽgia Concursos d‡ ao aluno 30 dias para 
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso n‹o vai acontecer! 
N‹o temos medo de dar a voc essa liberdade. 
Neste curso estudaremos todo o conteœdo de Direito Processual 
Penal previsto no Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar tambŽm 
com exerc’cios comentados. 
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: 
! !
AULA CONTEòDO DATA 
Aula 00 A‹o Penal 20/07 
Aula 01 Sujeitos processuais 25/07 
Aula 02 
Atos e prazos processuais. 
Nulidades. Sentena. Extin‹o da 
punibilidade. 
30/07 
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D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA 
Teoria e quest›es 
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 
 
Aula 03 
Dos recursos: modalidades e 
princ’pios da fungibilidade. 
05/08 
Aula 04 
Processo dos crimes de 
responsabilidade dos funcion‡rios 
pœblicos 
10/08 
Aula 
EXTRA 
Quest›es da Banca IBFC 30.08 
! 
As aulas ser‹o disponibilizadas no site conforme o cronograma 
apresentado. Em cada aula eu trarei algumas quest›es que foram 
cobradas em concursos pœblicos, para fixarmos o entendimento 
sobre a matŽria. 
Como o IBFC Ž uma Banca com um acervo muito pequeno de 
quest›es da nossa matŽria, vamos utilizar quest›es de Bancas 
consagradas, como FCC, FGV e VUNESP. Ao final do curso, porŽm, vou 
trazer uma aula extra, apenas com quest›es da pr—pria IBFC, a fim 
de que vocs possam utilizar como uma espŽcie de ÒsimuladoÓ antes da 
prova. 
AlŽm da teoria e das quest›es, vocs ter‹o acesso a duas 
ferramentas muito importantes: 
¥! RESUMOS Ð Cada aula ter‡ um resumo daquilo que foi 
estudado, variando de 03 a 10 p‡ginas (a depender do tema), 
indo direto ao ponto daquilo que Ž mais relevante! Ideal 
para quem est‡ sem muito tempo. 
¥! FîRUM DE DòVIDAS Ð N‹o entendeu alguma coisa? Simples: 
basta perguntar ao professor Vinicius Silva, que Ž o 
respons‡vel pelo F—rum de Dœvidas, exclusivo para os alunos 
do curso. 
 
Outro diferencial importante Ž que nosso curso em PDF ser‡ 
complementado por videoaulas. Nas videoaulas ser‹o apresentados 
alguns pontos considerados mais relevantes da matŽria, seja atravŽs 
da apresenta‹o da teoria seja atravŽs da resolu‹o de exerc’cios 
anteriores, como forma de ajudar na assimila‹o da matŽria. 
 
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
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D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA 
Teoria e quest›es 
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 E-mail: profrenanaraujo@gmail.com 
 Periscope: @profrenanaraujo 
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia 
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br 
Youtube: 
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ 
 
Observa‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legisla‹o sobre direitos autorais e d‡ outras providncias. 
 
Grupos de rateio e pirataria s‹o clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente atravŽs do site EstratŽgia Concursos. 
;-) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1! A‚ÌO PENAL 
Quando alguŽm pratica um fato criminoso, surge para o Estado o 
poder-dever de punir o infrator. Esse poder-dever, esse direito, Ž chamado 
de ius puniendi. 
Entretanto, o Estado, para que exera validamente e legitimamente o 
seu ius puniendi, deve faz-lo mediante a utiliza‹o de um mecanismo 
que possibilite a busca pela verdade material (n‹o meramente a verdade 
formal), mas que ao mesmo tempo respeite os direitos e garantias 
fundamentais do indiv’duo. Esse mecanismo Ž chamado de Processo 
Penal. 
Mas, professor, onde entra a A‹o Penal nisso? A a‹o penal Ž, 
nada mais nada menos que, o ato inicial desse mecanismo todo chamado 
processo penal. 
 
1.1!Condi›es da a‹o penal 
	
Tal qual ocorre no processo civil, no processo penal a a‹o tambŽm 
deve obedecer a algumas condi›es. Sem elas a a‹o penal ajuizada deve 
ser rejeitada de imediato pelo Juiz. Nesse sentido temos o art. 395, II do 
CPP: 
Art. 395. A denœncia ou queixa ser‡ rejeitada quando: (Reda‹o dada pela Lei 
n¼ 11.719, de 2008). 
(...) 
II - faltar pressuposto processual ou condi‹o para o exerc’cio da a‹o penal; 
ou (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
 
S‹o condi›es da a‹o penal: 
 
1.1.1!Possibilidade Jur’dica do pedido 
	
Para que esteja configurada essa condi‹o da a‹o, basta que a a‹o 
penal tenha sido ajuizada com base em conduta que se amolde em 
fato t’pico. Assim, n‹o se exige que a conduta tenha sido t’pica, il’cita e o 
agente culp‡vel. Mesmo se o titular da a‹o penal (MP ou ofendido) verificar 
que o crime foi praticado em leg’tima defesa, por exemplo, (exclui a 
ilicitude) a conduta Ž t’pica, estando cumprido o requisito da possibilidade 
jur’dica do pedido. 
 
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1.1.2!Interesse de Agir 
Se no processo civil o interesse de agir Ž caracterizado como a 
necessidade da presta‹o da tutela jurisdicional, devendo a parte autora 
comprovar que n‹o h‡ outro meio para a resolu‹o do lit’gio que n‹o seja 
a via judicial, no processo penal Ž um pouco diferente. 
No processo penal a via judicial Ž obrigat—ria, n‹o podendo o 
Estado exercer o seu ius puniendi fora do processo penal. O processo 
civil Ž facultativo, podendo as partes resolver a lide sem a interven‹o do 
Judici‡rio. O processo penal, por sua vez, Ž obrigat—rio, devendo o titular 
da a‹o penal provocar o Judici‡rio para que a lide seja resolvida. 
H‡ quem defenda, inclusive, que n‹o necessariamente h‡ lide 
no processo penal (a lide Ž o fen™meno que ocorre quando uma parte 
possui uma pretens‹o que Ž resistida pela outra parte), pois ainda que o 
acusado reconhea que deve ser punido, a puni‹o s— pode ocorrer ap—s o 
processo penal, dado o interesse pœblico envolvido. 
No processo penal o interesse de agir est‡ mais ligado a quest›es 
como a utiliza‹o da via adequada. Assim, n‹o pode o membro do MP 
oferecer queixa em face de alguŽm que praticou homic’dio, pois se trata 
de crime de a‹o penal pœblica. Nesse caso, o MP Ž parte leg’tima, pois 
Ž o titular da a‹o penal. No entanto, a via escolhida est‡ errada 
(deveria ter sido ajuizada a‹o penal pœblica, denœncia). 
Alguns autores entendem que o interesse de agir no processo 
penal est‡ relacionado ˆ existncia de lastro probat—rio m’nimo 
(existncia de ind’cios de autoria e prova da materialidade). Esses 
elementos, no entanto, formam o que outra parte da Doutrina entende 
como justa causa. 
Obviamente que os autores que entendem serem estes elementos 
integrantes do conceito de Òinteresse de agirÓ, entendem tambŽm que n‹o 
existe a justa causa como uma condi‹o aut™noma da a‹o penal. 
O CPP, no entanto, em algumas passagens, prev a existncia 
da justa causa: 
Art. 395. A denœncia ou queixa ser‡ rejeitada quando: 
(...) 
III - faltar justa causa para o exerc’cio da a‹o penal. 
[...] 
Art. 648. A coa‹o considerar-se-‡ ilegal: 
I - quando n‹o houver justa causa; 
 
Percebam, no entanto, que em nenhum momento o CPP trata a 
justa causa como uma condi‹o da a‹o. Mais que isso: no momento 
em que o art. 395, II do CPP diz que a denœncia ou queixa ser‡ rejeitada 
quando faltar alguma das condi›es da a‹o penal, e, logo ap—s, em inciso 
diverso, diz que tambŽm ser‡ rejeitada a denœncia ou queixa quando faltar 
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justa causa, est‡, implicitamente, considerando que a justa causa n‹o Ž 
uma condi‹o da a‹o penal. 
O tema Ž bem polmico, e vocs devem saber que h‡ divergncia. Em 
provas discursivas, vale a pena se alongar sobre isso. Em provas objetivas, 
vocs devem ter em mente que, pela literalidade do CPP, a justa causa 
n‹o Ž condi‹o da a‹o, sendo assim considerada apenas por parte 
da Doutrina. 
O STJ, por sua vez, quando da an‡lise de diversos HCs que pretendiam 
o trancamento da a‹o penal por ausncia de justa causa, deixou claro que 
justa causa Ž a existncia de lastro probat—rio m’nimo, apto a justificar o 
ajuizamento da demanda penal em face daqueles sujeitos pela pr‡tica 
daqueles fatos1. 
 
1.1.3!Legitimidade ad causam ativa e passiva 
A legitimidade (e aqui nos aproximamos do processo civil) Ž o 
que se pode chamar de pertinncia subjetiva para a demanda. 
Assim, a presena do MP no polo ativo de uma denœncia pelo crime de 
homic’dio Ž pertinente, pois a Constitui‹o o coloca como titular exclusivo 
da A‹o Penal, o que Ž corroborado pelo CPP. TambŽm deve haver 
legitimidade passiva, ou seja, quem deve figurar no polo passivo (ser o rŽu 
da a‹o) Ž quem efetivamente praticou o crime2, ou seja, o sujeito ativo 
do crime. 
CUIDADO! O sujeito ativo do crime (infrator) ser‡, no processo penal, 
o sujeito passivo na rela‹o processual! 
 
Parte da Doutrina entende que os inimput‡veis s‹o partes ileg’timas 
para figurar no polo passivo da a‹o penal. Entretanto, essa posi‹o merece 
algumas considera›es. 
A inimputabilidade por critŽrio meramente biol—gico Ž somente 
uma, e refere-se ˆ menoridade penal. Ou seja, somente o menor de 18 
 
1 Ver, por todos: Ò(...)1. A alegada ausncia de justa causa para o prosseguimento da a‹o penal - 
em raz‹o da inexistncia de elementos de prova que demonstrem ter o paciente participado dos 
fatos narrados na denœncia e da ausncia de v’nculo entre ele e os supostos mandantes do crime - 
demanda a an‡lise de fatos e provas, providncia incab’vel na via estreita do habeas corpus, carente 
de dila‹o probat—ria. 
2. O trancamento da a‹o penal pela via do habeas corpus Ž cab’vel apenas quando demonstrada a 
atipicidade da conduta, a extin‹o da punibilidade ou a manifesta ausncia de provas da existncia 
do crime e de ind’cios de autoria. 
(...)Ó 
(HC 197.886/RS, Rel. Ministro SEBASTIÌO REIS JòNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 10/04/2012, 
DJe 25/04/2012) 
2 NinguŽm pode responder por crime alheio, j‡ que se adota o princ’pio da INTRANSCENDæNCIA 
da pena. 
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anos ser‡ sempre inimput‡vel, sem que se exija qualquer an‡lise do 
mŽrito da demanda. De plano se pode considerar sua ilegitimidade, 
conforme prev o art. 27 do CP: 
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos s‹o penalmente inimput‡veis, 
ficando sujeitos ˆs normas estabelecidas na legisla‹o especial. (Redação	dada	
pela	Lei	nº	7.209,	de	11.7.1984) 
 
Assim, se o titular da a‹o penal aju’za a a‹o em face de um menor 
de 18 anos, falta uma das condi›es da a‹o, que Ž a imputabilidade penal, 
pois de maneira nenhuma pode o menor de 18 anos responder 
criminalmente, estando sujeito ˆs normas do ECA. 
Entretanto, se estivermos diante dos demais casos de 
inimputabilidade, a hip—tese n‹o Ž de ilegitimidade passiva, pois a 
an‡lise da imputabilidade do agente depender‡ da avalia‹o dos 
fatores, das circunst‰ncias do delito, podendo se concluir pela sua 
inimputabilidade. ƒ o que ocorre com os doentes mentais que ao tempo 
do crime eram inteiramente incapazes de compreender o car‡ter il’cito da 
conduta e se comportar conforme o direito. 
A prova mais cabal de que nesse caso n‹o h‡ ilegitimidade Ž que, 
considerando o Juiz que o agente era inimput‡vel ˆ Žpoca do fato, n‹o 
rejeitar‡ a denœncia ou queixa (o que deveria ser feito, em raz‹o do art. 
395, II do CPP), mas absolver‡ o acusado e aplicar‡ medida de segurana 
(absolvi‹o impr—pria). Assim, o Juiz adentrar‡ ao mŽrito da causa. Ora, 
se a ausncia de condi‹o da a‹o obsta a aprecia‹o do mŽrito, 
fica claro que nessa hip—tese n‹o h‡ ilegitimidade. 
Quanto ˆ pessoa jur’dica, Ž pac’fico o entendimento doutrin‡rio e 
jurisprudencial no sentido de que a Pessoa Jur’dica pode figurar no polo 
ativo (podem ser autoras) do processo penal, atŽ porque h‡ previs‹o 
expressa nesse sentido: 
Art. 37. As funda›es, associa›es ou sociedades legalmente constitu’das 
poder‹o exercer a a‹o penal, devendo ser representadas por quem os 
respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silncio destes, pelos 
seus diretores ou s—cios-gerentes. 
 
Quanto ˆ possibilidade de a pessoa jur’dica ser sujeito passivo no 
processo penal, ou seja, quanto ˆ sua legitimidade passiva, a Doutrina se 
divide, uns entendendo n‹o ser poss’vel, outros pugnando pela 
possibilidade. 
O STF e o STJ entendem que a Pessoa Jur’dica pode figurar no 
polo passivo de a‹o penal por crime ambiental, conforme previsto no 
art. 225, ¤ 3¡ da CF/88, regulamentado pela Lei 9.605/98. Quanto aos 
crimes contra a ordem econ™mica, por n‹o haver regulamenta‹o legal, a 
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jurisprudncia n‹o vem admitindo que a pessoa jur’dica responda por tais 
crimes3. 
 
1.2!EspŽcies de A‹o Penal 
A a‹o penal pode ser pœblica incondicionada, pœblica 
condicionada, ou privada. Nos termos do quadro esquem‡tico, para 
facilitar a compreens‹o de vocs: 
 
 
 
 
 
 
 
Assim pode se resumir, graficamente, as espŽcies de a‹o penal 
previstas no CPP4. 
Vamos estudar, agora, cada uma das seis espŽcies de a‹o penal: 
 
 
3 A jurisprudncia CLçSSICA adota a teoria da DUPLA IMPUTA‚ÌO para que a pessoa jur’dica possa 
ser sujeito PASSIVO NO PROCESSO (sujeito ativo do crime), exigindo a indica‹o, tambŽm, da 
pessoa f’sica que agiu em seu nome. Contudo, h‡ decis›es recentes no STF e no STJ admitindo 
a puni‹o da pessoa jur’dica sem que haja necessidade de se imputar o fato, tambŽm, a 
uma pessoa f’sica, dispensando, portanto, a dupla imputa‹o. Contudo, n‹o sabemos se ir‡ se 
confirmar como ÒjurisprudnciaÓ. 
4 A Doutrina cita, ainda, a a‹o penal popular, prevista na Lei 1.079/50, mas essa espŽcie Ž polmica 
e n‹o possui previs‹o no CPP, motivo pelo qual, n‹o ser‡ objeto do nosso estudo. 
A‚ÌO PENAL 
PòBLICA 
PRIVADA 
INCONDICIONADA CONDICIONADA 
REPRESENTA‚ÌO DO 
OFENDIDO 
REQUISI‚ÌO DO 
MINISTRO DA JUSTI‚A 
EXCLUSIVA PERSONALêSSIMA SUBSIDIçRIA DA 
PòBLICA 
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1.2.1!A‹o penal pœblica incondicionada 
ƒ a regra no ordenamento processual penal brasileiro. Sua 
titularidade pertence ao MinistŽrio Pœblico, de forma privativa, nos termos 
do art. 129, I da Constitui‹o da Repœblica. 
Apesar de ser a regra, existem exce›es, Ž claro. N‹o precisamos, 
contudo, saber quais s‹o as exce›es. Precisamos saber que, 
independentemente de qual seja o crime, quando praticadoem 
detrimento do patrim™nio ou interesse da Uni‹o, Estado e 
Munic’pio, a a‹o penal ser‡ pœblica. ƒ o que prev o art. 24, ¤2¼ do 
CPP: 
Art. 24 (...) ¤ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do 
patrim™nio ou interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a‹o penal ser‡ 
pœblica. (Inclu’do pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993) 
 
Por se tratar de uma a‹o penal em que h‡ forte interesse pœblico na 
puni‹o do autor do fato, qualquer pessoa do povo poder‡ provocar a 
atua‹o do MP: 
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio 
Pœblico, nos casos em que caiba a a‹o pœblica, fornecendo-lhe, por escrito, 
informa›es sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os 
elementos de convic‹o. 
 
Importante ressaltar que este artigo se aplica, inclusive, ˆs a›es 
penais pœblicas condicionadas. 
Alguns princ’pios regem a a‹o penal pœblica incondicionada: 
¥! Obrigatoriedade Ð Havendo ind’cios de autoria e prova da 
materialidade do delito, o membro do MP deve oferecer a 
denœncia, n‹o podendo deixar de faz-lo, pois n‹o pode 
dispor da a‹o penal. Atualmente esta regra est‡ 
excepcionada pela previs‹o de transa‹o penal nos Juizados 
especiais (Lei 9.099/95), que Ž hip—tese na qual o titular da a‹o 
penal e o infrator transacionam, de forma a evitar o ajuizamento 
da demanda. A previs‹o n‹o Ž inconstitucional, pois a pr—pria 
Constitui‹o a prev, em seu art. 98, I. A Doutrina admite que, 
estando presentes causas excludentes da ilicitude, de maneira 
inequ’voca, poder‡ o membro do MP deixar de oferecer 
denœncia. 
¥! Indisponibilidade Ð Uma vez ajuizada a a‹o penal pœblica, 
n‹o pode seu titular dela desistir ou transigir, nos termos do art. 
42 do CPP: Art. 42. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir 
da a‹o penal. Esta regra tambŽm est‡ excepcionada pela 
previs‹o de transa‹o penal e suspens‹o condicional do 
processo, que s‹o institutos previstos na Lei dos Juizados 
Especiais (Lei 9.099/95). 
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¥! Oficialidade Ð A a‹o penal pœblica ser‡ ajuizada por um 
—rg‹o oficial, no caso, o MP. Entretanto, pode ocorrer de, 
transcorrido o prazo legal para que o MP oferea a denœncia, 
este n‹o o faa nem promova o arquivamento do IP, ou seja, 
fique inerte. Nesse caso, a lei prev que o ofendido poder‡ 
promover a‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica (que 
estudaremos melhor daqui a pouco). Assim, podemos 
concluir que a a‹o penal pœblica Ž exclusiva do MP, 
durante o prazo legal. Findo este prazo, a lei estabelece um 
prazo de seis meses no qual tanto o MP quanto o ofendido pode 
ajuizar a a‹o penal, numa verdadeira hip—tese de legitima‹o 
concorrente: Art. 29. Ser‡ admitida a‹o privada nos crimes de a‹o 
pœblica, se esta n‹o for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio 
Pœblico aditar a queixa, repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir 
em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor 
recurso e, a todo tempo, no caso de negligncia do querelante, retomar a 
a‹o como parte principal. Findo este prazo de seis meses no qual o 
ofendido pode ajuizar a a‹o penal privada subsidi‡ria da 
pœblica, a legitimidade volta a ser do MP, exclusivamente, desde 
que ainda n‹o esteja extinta a punibilidade. 
¥! Divisibilidade Ð Havendo mais de um infrator (autor do crime), 
pode o MP ajuizar a demanda somente em face um ou 
alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento 
em momento posterior, de forma a conseguir mais tempo 
para reunir elementos de prova. N‹o nenhum —bice quanto a 
isso, e esta pr‡tica n‹o configura preclus‹o para o MP, podendo 
aditar a denœncia posteriormente, a fim de incluir os demais 
autores do crime ou, ainda, promover outra a‹o penal em face 
dos outros autores do crime. 
 
Com rela‹o ˆ divisibilidade, Ž importante notar que este Ž um 
princ’pio que, por si s—, pulveriza a tese de arquivamento impl’cito. 
Inclusive essa Ž a orienta‹o firmada pelo pr—prio STJ: 
 
 
(...) 3 - N‹o vigora o princ’pio da indivisibilidade na a‹o penal pœblica. O 
Parquet Ž livre para formar sua convic‹o incluindo na increpa‹o as pessoas 
que entenda terem praticados il’citos penais, ou seja, mediante a constata‹o 
de ind’cios de autoria e materialidade, n‹o se podendo falar em arquivamento 
impl’cito em rela‹o a quem n‹o foi denunciado. 
4 - Recurso n‹o conhecido. 
(RHC 34.233/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, 
julgado em 06/05/2014, DJe 14/05/2014) 
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Importante ressaltar que o membro do MP n‹o est‡ obrigado a ajuizar 
a denœncia sempre que for instaurado um inquŽrito policial. Ele s— ajuizar‡ 
a denœncia se estiverem presentes dois requisitos: 
¥! Prova da materialidade 
¥! Ind’cios de autoria 
 
Caso n‹o estejam presentes estes requisitos, o membro do MP dever‡ 
requerer o arquivamento do INQUƒRITO POLICIAL, ou seja, n‹o ir‡ ajuizar 
a denœncia. 
Mas e se o Juiz n‹o concordar com o requerimento de 
arquivamento formulado pelo MP? Neste caso, o Juiz dever‡ remeter o 
caso para aprecia‹o pelo Chefe do MP (PGJ), que Ž quem decidir‡ o caso: 
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, 
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer peas de 
informa‹o, o juiz, no caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, 
far‡ remessa do inquŽrito ou peas de informa‹o ao procurador-geral, e este 
oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec-
la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz 
obrigado a atender. 
 
O PGJ poder‡: 
¥! Concordar com o membro do MP Ð Neste caso o Juiz deve 
proceder ao arquivamento. 
¥! Discordar do membro do MP Ð Neste caso, ele mesmo (PGJ) 
dever‡ ajuizar a denœncia ou deve indicar outro membro do MP 
para oferece-la. 
 
Ali‡s, se o membro do MP j‡ dispuser destes elementos, poder‡ 
dispensar a instaura‹o do IP. 
Mas qual Ž o prazo para que o membro do MP oferea a 
denœncia? Em regra, 05 dias no caso de rŽu preso e 15 dias no caso de 
rŽu solto. 
Art. 46. O prazo para oferecimento da denœncia, estando o rŽu preso, ser‡ de 
5 dias, contado da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber os autos 
do inquŽrito policial, e de 15 dias, se o rŽu estiver solto ou afianado. No œltimo 
caso, se houver devolu‹o do inquŽrito ˆ autoridade policial (art. 16), contar-
se-‡ o prazo da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber novamente 
os autos. 
¤ 1o Quando o MinistŽrio Pœblico dispensar o inquŽrito policial, o prazo para o 
oferecimento da denœncia contar-se-‡ da data em que tiver recebido as peas 
de informa›es ou a representa‹o 
 
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O oferecimento em momento posterior n‹o implica nulidade da 
denœncia, que pode ser oferecida enquanto n‹o estiver extinta a 
punibilidade do delito. 
 
1.2.2!A‹o penal pœblica condicionada (ˆ representa‹o do ofendido e ˆ 
requisi‹o do Ministro da Justia) 
Temos, aqui, duas hip—teses pertencentes ˆ mesma categoria de a‹o 
penal, a a‹o penal pœblicacondicionada. 
Aplica-se a esta espŽcie de a‹o penal tudo o que foi dito a respeito 
da a‹o penal pœblica, havendo, no entanto, alguns pontos especiais. 
Aqui, para que o MP (titular da a‹o penal) possa exercer 
legitimamente o seu direito de ajuizar a a‹o penal pœblica, dever‡ estar 
presente uma condi‹o de procedibilidade5, que Ž a representa‹o do 
ofendido ou a requisi‹o do Ministro da Justia, a depender do caso. Frise-
se que, em regra, a a‹o penal Ž pœblica e incondicionada. Somente ser‡ 
condicionada se a lei expressamente dispuser neste sentido. 
Para facilitar o estudo de vocs, elaborei os seguintes quadros com as 
peculiaridades da a‹o penal pœblica condicionada, tanto no caso de 
condicionamento ˆ representa‹o do ofendido quanto no caso de requisi‹o 
do Ministro da Justia. 
A‚ÌO PENAL PòBLICA CONDICIONADA Ë REPRESENTA‚ÌO DO OFENDIDO 
Ø! Trata-se de condi‹o imprescind’vel, nos termos do art. 24 do CPP. 
Ø! A representa‹o admite retrata‹o, mas somente atŽ o 
oferecimento da denœncia (cuidado! Costumam colocar em 
provas de concurso que a retrata‹o pode ocorrer atŽ o 
recebimento da denœncia. Isto est‡ errado! ƒ uma pegadinha!) 
Ø! Admite-se, ainda, a retrata‹o da retrata‹o. Ou seja, a v’tima 
oferece a representa‹o e se retrata (volta atr‡s). Posteriormente, 
a v’tima resolve oferecer novamente a representa‹o. 
Ø! Caso ajuizada a a‹o penal sem a representa‹o, esta nulidade 
processual pode ser sanada posteriormente, caso a v’tima a 
apresente em Ju’zo (desde que realizada dentro do prazo de seis 
meses que a v’tima possui para representar, nos termos do art. 38 
do CP). 
Ø! N‹o se exige forma espec’fica para a representa‹o, bastando que 
descreva claramente a inten‹o de ver o infrator ser processado. 
Pode ser escrita ou oral6 (neste œltimo caso, dever‡ ser reduzida a 
 
5 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu‹o penal. 12.¼ edi‹o. Ed. Forense. 
Rio de Janeiro, 2015, p. 152/153 
6 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu‹o penal. 12.¼ edi‹o. Ed. Forense. 
Rio de Janeiro, 2015, p. 154/155 
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termo, ou seja, ser Òpassada para o papelÓ). A jurisprudncia 
admite que o simples registro de ocorrncia em sede policial, 
desde que conste informa‹o de que a v’tima pretende ver o 
infrator punido, PODE ser considerado como representa‹o. 
Ø! A representa‹o n‹o pode ser dividida quanto aos autores 
do fato. Ou se representa em face de todos eles, ou n‹o h‡ 
representa‹o, pois esta n‹o se refere propriamente aos agentes 
que praticaram o delito, mas ao fato. Quando a v’tima representa, 
est‡ manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de a‹o 
penal para que sejam punidos os respons‡veis. Entretanto, 
embora n‹o possa haver fracionamento da representa‹o, 
isso n‹o impede que o MP denuncie apenas um ou alguns 
dos infratores, pois um dos princ’pios da a‹o penal pœblica 
Ž a divisibilidade. 
Ø! A legitimidade para oferecer a representa‹o Ž do ofendido, se 
maior de 18 anos e capaz (art. 34 do CP). Embora o dispositivo 
legal estabelea que se o ofendido tiver mais de 18 e menos de 21 
anos tanto ele quanto seu representante legal possam apresentar 
a representa‹o, este artigo perdeu o sentido com o advento 
do Novo C—digo Civil em 2002, que estabeleceu a maioridade 
civil em 18 anos. 
Ø! Se o ofendido for menor ou incapaz, ter‡ legitimidade o seu 
representante legal. PorŽm, se o ofendido n‹o possuir 
representante legal ou os seus interesses colidirem com o do 
representante, o Juiz deve nomear curador, por fora do art. 33 do 
CPP (por analogia). Este curador n‹o est‡ obrigado a oferecer 
a representa‹o, devendo apenas analisar se Ž salutar ou n‹o 
para o ofendido (maioria da Doutrina entende isso, mas Ž 
controvertido). 
Ø! Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitima‹o 
prevista no art. 24, ¤ 1¡ do CPP7. ƒ importante observar que 
essa ordem deve ser observada8. A Doutrina equipara o 
companheiro ao c™njuge. 
Ø! O prazo para representa‹o Ž de SEIS MESES, contados da 
data em que veio a saber quem Ž o autor do delito (art. 38 do 
CPP).9 
 
7 Art. 24 (...) ¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o judicial, 
o direito de representa‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico 
renumerado pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993). 
8 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 156 
9 Art. 38. Salvo disposi‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal, decair‡ no direito 
de queixa ou de representa‹o, se n‹o o exercer dentro do prazo de seis meses, contado 
do dia em que vier a saber quem Ž o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se 
esgotar o prazo para o oferecimento da denœncia; 
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Ø! Se o ofendido for menor de idade, o prazo, para ele, s— comea a 
fluir quando este completar 18 anos. 
Ø! Se a v’tima vier a falecer, o prazo comea a correr para os 
legitimados (c™njuge, ascendente, etc.) quando tomarem 
conhecimento do fato ou de sua autoria (art. 38, ¤ œnico do CPP) 
ou, no caso de j‡ ser conhecido, da data do —bito da v’tima. 
Ø! A representa‹o pode ser oferecida perante o MP, a autoridade 
policial ou mesmo perante o Juiz. 
 
J‡ quanto ˆ a‹o penal pœblica condicionada ˆ requisi‹o do Ministro 
da Justia: 
 
A‚ÌO PENAL PòBLICA CONDICIONADA Ë REQUISI‚ÌO DO MINISTRO DA 
JUSTI‚A 
Ø! Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um 
ju’zo pol’tico acerca da convenincia em v-los apurados ou n‹o. 
S‹o poucas as hip—teses, citando, como exemplo, o crime cometido 
contra a honra do Presidente da Repœblica (art. 141, I, c/c art. 145, 
¤ œnico, do CP). 
Ø! Diferentemente do que ocorre com a representa‹o, n‹o h‡ prazo 
decadencial para o oferecimento da requisi‹o, podendo esta 
ocorrer enquanto n‹o estiver extinta a punibilidade do crime. 
Ø! A maioria da Doutrina entende que n‹o cabe retrata‹o 
dessa requisi‹o10, ao contr‡rio do que ocorre com a 
representa‹o do ofendido, por n‹o haver previs‹o legal e por se 
tratar a requisi‹o, de um ato administrativo. 
Ø! O MP n‹o est‡ vinculado ˆ requisi‹o, podendo deixar de ajuizar a 
a‹o penal. 
 
1.2.3!A‹o penal privada exclusiva 
ƒ a modalidade de a‹o penal privada cl‡ssica. ƒ aquela na qual a Lei 
entende que a vontade do ofendido em ver ou n‹o o crime apurado e o 
infrator processado s‹o superiores ao interesse pœblico em apurar o fato. 
Alguns princ’pios regem a a‹o penal privada: 
⇒!Oportunidade Ð Diferentemente do que ocorre com rela‹o ˆ a‹o 
penal pœblica, que Ž obrigat—ria para o MP, na a‹o penal privada 
 
10 Nesse sentido, TOURINHO FILHO, FREDERICO MARQUES e MIRABETE. Em sentido contr‡rio, 
NUCCI. NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 157/158 
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compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder ˆ an‡lise da 
convenincia do ajuizamento da a‹o. 
⇒!Disponibilidade Ð TambŽm de maneira diversa do que ocorre na a‹o 
penal pœblica, aquio titular da a‹o penal (ofendido) pode desistir 
da a‹o penal proposta (art. 51 do CPP). 
⇒! Indivisibilidade Ð Outra caracter’stica diversa Ž a impossibilidade 
de se fracionar o exerc’cio da a‹o penal em rela‹o aos 
infratores. O ofendido n‹o Ž obrigado a ajuizar a queixa, mas se o 
fizer, deve ajuizar a queixa em face de todos os agentes que cometeram 
o crime, sob pena de se caracterizar a RENòNCIA em rela‹o 
ˆqueles que n‹o foram inclu’dos no polo passivo da a‹o. Assim, 
considerando que houve a renœncia ao direito de queixa em rela‹o a 
alguns dos criminosos, o benef’cio se estende tambŽm aos agentes que 
foram acionados judicialmente, por fora do art. 48 do CP: 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar‡ ao processo 
de todos, e o MinistŽrio Pœblico velar‡ pela sua indivisibilidade. 
 
O prazo para ajuizamento da a‹o penal privada (queixa) Ž 
decadencial de seis meses, e comea a fluir da data em que o ofendido 
tomou cincia de quem foi o autor do delito. O STF e o STJ entendem 
que se a queixa foi ajuizada dentro do prazo legal, mas perante 
ju’zo incompetente, mesmo assim ter‡ sido interrompido o prazo 
decadencial, pois o ofendido n‹o ficou inerte.11 
A queixa pode ser oferecida pessoalmente ou por procurador, desde 
que se trate de procura‹o com poderes especiais, nos termos do art. 
44 do CPP. 
Caso o ofendido venha a falecer, poder‹o ajuizar a a‹o penal: 
§! C™njuge 
§! Ascendente 
§! Descendente 
§! Irm‹o 
 
Importante ressaltar que deve ser respeitada esta ordem, ou seja, 
se aparecer mais de uma pessoa para exercer o direito de queixa, dever‡ 
ter preferncia primeiramente o c™njuge, depois os ascendentes, e por a’ 
vai (art. 36 do CPP). 
Essas mesmas pessoas tambŽm tm legitimidade para dar 
SEGUIMENTO ˆ a‹o penal, caso o ofendido aju’ze a queixa e, 
posteriormente, venha a falecer. 
 
 
11 (RHC 25.611/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe 
25/08/2011) 
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⇒!Quando o comea a correr o prazo para estes legitimados? O 
prazo, neste caso, varia: 
§! Se j‡ foi ajuizada a a‹o penal Ð Possuem o prazo de 60 
dias, sob pena de peremp‹o. 
§! Se ainda n‹o foi ajuizada a a‹o penal Ð O prazo comea a 
correr a partir do —bito do ofendido, exceto se ainda n‹o se 
sabia, nesse momento, quem era o prov‡vel infrator. 
 
⇒!No caso de j‡ ter se iniciado o prazo decadencial de seis 
meses, com a morte do ofendido esse prazo recomea do 
zero? N‹o. Os sucessores, neste caso, ter‹o como prazo aquele que 
faltava para o ofendido. Ex.: Se havia transcorrido 04 meses do 
prazo, os sucessores ter‹o apenas 02 meses para ajuizar a a‹o 
penal. 
 
1.2.3.1! Renœncia, perd‹o e peremp‹o 
O ofendido pode renunciar ao direito de ajuizar a a‹o (queixa), e 
se o fizer somente a um dos infratores, a todos se estender‡, por fora do 
art. 49 do CPP: 
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela‹o a um dos 
autores do crime, a todos se estender‡. 
 
A renœncia s— pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda 
e pode ser expressa ou t‡cita. Com rela‹o ˆ renœncia t‡cita 
(decorrente da n‹o inclus‹o de algum dos infratores na a‹o penal), o STJ 
firmou entendimento no sentido de que a omiss‹o do querelante 
(ausncia de inclus‹o de algum dos infratores) deve ter sido 
VOLUNTçRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido n‹o processar o 
infrator. Em se tratando de omiss‹o INVOLUNTçRIA (mero esquecimento, 
por exemplo), n‹o se pode considerar ter ocorrido renœncia t‡cita, devendo 
o MP requerer a intima‹o do querelante para que se manifeste quanto aos 
demais infratores.12 
Ap—s o ajuizamento da demanda o que poder‡ ocorrer Ž o 
perd‹o do ofendido. Nos termos do art. 51 do CPP: 
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem que 
produza, todavia, efeito em rela‹o ao que o recusar. 
 
A utiliza‹o do termo querelado denota que s— pode ocorrer o perd‹o 
depois de ajuizada a queixa, pois s— ap—s este momento h‡ querelante 
(ofendido) e querelado (autor do crime). 
 
12 (RHC 55.142/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 12/05/2015, DJe 
21/05/2015) 
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O perd‹o, ˆ semelhana do que ocorre com a renœncia ao direito de 
queixa, tambŽm pode ser expresso ou t‡cito. No primeiro caso, Ž simples, 
decorre de manifesta‹o expressa do querelante no sentido de que perdoa 
o infrator. No segundo caso, decorre da pr‡tica de algum ato incompat’vel 
com a inten‹o de processar o infrator (ex.: Casar-se com o infrator). 
O perd‹o pode ser: 
¥! Judicial (processual) Ð quando oferecido pelo querelante 
dentro do processo 
¥! Extrajudicial (extraprocessual) Ð quando o querelante 
oferece o perd‹o FORA do processo (n‹o o faz em manifesta‹o 
processual) 
 
Diferentemente da renœncia, que Ž ato unilateral (n‹o depende de 
aceita‹o), o perd‹o Ž ato bilateral, ou seja, deve ser aceito pelo 
querelado: 
Art. 58. Concedido o perd‹o, mediante declara‹o expressa nos autos, o 
querelado ser‡ intimado a dizer, dentro de trs dias, se o aceita, devendo, ao 
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silncio importar‡ aceita‹o. 
Par‡grafo œnico. Aceito o perd‹o, o juiz julgar‡ extinta a punibilidade. 
 
Assim, uma vez oferecido o perd‹o, o querelado ser‡ intimado para, 
em 03 dias, dizer se aceita o perd‹o, valendo o silncio como aceita‹o. 
Todavia, Ž importante ressaltar que, em raz‹o do princ’pio da 
indivisibilidade da a‹o penal privada, o perd‹o oferecido a um dos 
infratores se estende aos demais. PorŽm, se algum deles recusar, isso 
n‹o prejudica o direito dos demais. 
 
EXEMPLO: Maria ajuizou queixa-crime contra JosŽ, Pedro e Paulo. Todavia, 
durante o processo, oferecer o perd‹o a JosŽ (mas n‹o a Pedro e Paulo). 
Este perd‹o, porŽm, se estender‡ a Pedro e Paulo. A partir de agora, JosŽ, 
Pedro e Paulo consideram-se perdoados e, cada um deles poder‡ escolher 
se aceita, ou n‹o, o perd‹o. 
 
O perd‹o pode ser aceito pessoalmente (pelo ofendido ou seu 
representante legal) ou por procurador com poderes especiais. 
 
Na a‹o penal privada pode ocorrer, ainda, a peremp‹o da a‹o 
penal, que Ž a perda do direito de prosseguir na a‹o como puni‹o ao 
querelante que foi inerte ou negligente no processo. As hip—teses est‹o 
previstas no art. 60 do CPP: 
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a‹o penal: 
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I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do 
processo durante 30 dias seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, n‹o 
comparecer em ju’zo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo, ressalvado o 
disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a 
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o 
pedido de condena‹o nasalega›es finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir sem deixar 
sucessor. 
 
Com rela‹o ao inciso I (deixar de dar andamento ao processo por 30 
dias seguidos), a Doutrina13 Ž pac’fica no sentido de que n‹o Ž poss’vel 
falar em peremp‹o quando o querelante deixa de dar seguimento ao 
processo por v‡rias vezes, mas todas elas em per’odo inferior a 30 dias (25 
dias em uma vez, 15 em outra, etc.). 
 
1.2.4!A‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica 
Trata-se de hip—tese na qual a a‹o penal Ž, na verdade, pœblica, ou 
seja, o seu titular Ž o MP. No entanto, em raz‹o da inŽrcia do MP em 
oferecer a denœncia no prazo legal (em regra, 15 dias se indiciado solto, ou 
05 dias se indiciado preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar 
uma a‹o penal privada (queixa) que substitui a a‹o penal pœblica. Esta 
previs‹o est‡ contida no art. 29 do CPP: 
Art. 29. Ser‡ admitida a‹o privada nos crimes de a‹o pœblica, se esta 
n‹o for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa, 
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no 
caso de negligncia do querelante, retomar a a‹o como parte principal. 
 
Entretanto, o ofendido tem um prazo de seis meses para 
oferecer a a‹o penal privada, que comea a correr no dia em que 
se esgota o prazo do MP para oferecer a denœncia, conforme art. 38 
do CPP: 
Art. 38. Salvo disposi‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal, 
decair‡ no direito de queixa ou de representa‹o, se n‹o o exercer 
dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem Ž 
o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo 
para o oferecimento da denœncia. 
 
Importante ressaltar que, a partir do momento em que se inicia o 
prazo para a v’tima, tanto ela quanto o MP possuem legitimidade para 
 
13 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 166 
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ajuizar a a‹o penal (a v’tima para ajuizar a a‹o penal privada subsidi‡ria 
e o MP para ajuizar a a‹o penal pœblica). Trata-se, portanto, de 
legitimidade concorrente. 
 
CUIDADO! Ao final do prazo de seis meses, a v’tima perde o direito de 
ajuizar a queixa-crime subsidi‡ria, ocorrendo a decadncia do direito. 
Todavia, o MP continua podendo ajuizar a a‹o penal pœblica. Da’, 
portanto, boa parte da Doutrina chamar esta decadncia de decadncia 
impr—pria, eis que n‹o gera a extin‹o da punibilidade (apenas a perda 
do direito de ajuizamento pela v’tima). 
 
Para que surja o direito de ajuizamento da queixa-crime subsidi‡ria, Ž 
necess‡rio que haja INƒRCIA do MP. Assim, n‹o cabe a‹o penal privada 
subsidi‡ria da pœblica se: 
§! O MP requer a realiza‹o de novas diligncias 
§! Promove o arquivamento do IP 
§! Adota outras providncias 
 
Nestes casos n‹o se pode admitir a a‹o penal privada, pois esta 
somente existe para os casos nos quais o MP permaneceu inerte, 
sem nada fazer. Se o MP pratica uma destas condutas, n‹o h‡ inŽrcia, 
mas apenas a pr‡tica de atos que lhe s‹o permitidos.14 
Por fim, n‹o Ž admiss’vel o perd‹o do ofendido na a‹o penal 
privada subsidi‡ria da pœblica, pois se trata de a‹o originariamente 
pœblica, na qual s— se admitiu o manejo da a‹o privada em raz‹o de uma 
circunst‰ncia temporal. Tanto Ž assim que o art. 105 do CP estabelece que: 
Art. 105 - O perd‹o do ofendido, nos crimes em que somente se procede 
mediante queixa, obsta ao prosseguimento da a‹o. 
 
Ora, se o artigo fala em Òcrimes em que somente se procede 
mediante queixaÓ, exclui desta lista a a‹o penal privada subsidi‡ria da 
pœblica, pois esta Ž cab’vel nos crimes que s‹o, originariamente, de a‹o 
penal PòBLICA. 
 
 
14 Na Jurisprudncia, por todos: (AgRg no RMS 27.518/SP, Rel. Ministro MARCO AURƒLIO BELLIZZE, 
QUINTA TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 27/02/2014) 
Na Doutrina, por todos: PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 159 
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1.2.4.1! Atua‹o do MP na a‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica 
O MP atua em toda e qualquer a‹o penal. Nas a›es penais pœblicas, 
atua como acusador (autor da a‹o) e fiscal da lei (custos legis). Na a‹o 
penal privada o MP atua apenas como fiscal da lei (custos legis). 
Na a‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, todavia, temos uma 
atua‹o sui generis (peculiar), eis que o MP atua como fiscal da lei, mas 
por ser o original titular da a‹o penal, sua atua‹o ser‡ bem mais ampla 
que nas a›es privadas exclusivas. 
Vejamos o que diz o art. 29 do CPP: 
Art. 29. Ser‡ admitida a‹o privada nos crimes de a‹o pœblica, se esta n‹o 
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa, 
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos 
do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, 
no caso de negligncia do querelante, retomar a a‹o como parte principal. 
 
O MP pode, especificamente no caso da a‹o penal privada subsidi‡ria 
da pœblica: 
⇒! Aditar a queixa Ð Com rela‹o a este aditamento, ele pode se 
referir a qualquer aspecto (inclus‹o de rŽus, inclus‹o de 
qualificadoras, etc.). Na a‹o penal privada exclusiva o MP atŽ pode 
aditar a queixa, mas apenas em rela‹o a elementos formais, nunca 
em rela‹o a elementos essenciais (n‹o pode o MP, na a‹o penal 
privada exclusiva, incluir um rŽu, por exemplo). 
⇒! Repudiar a queixa Ð O MP s— pode repudiar a queixa quando alegar 
que n‹o ficou inerte, ou seja, que n‹o Ž hip—tese de ajuizamento da 
queixa-crime subsidi‡ria. Neste caso, dever‡ desde logo apresentar 
a denœncia substitutiva. 
⇒! Retomar a a‹o como parte principal Ð Aqui o querelante (a 
v’tima) Ž negligente na condu‹o de causa, cabendo ao MP retomar 
a a‹o como parte principal (como autor da a‹o). 
 
1.2.5!A‹o penal personal’ssima 
Trata-se de modalidade de a‹o penal privada exclusiva, cuja œnica 
diferena Ž que, nesta hip—tese, somente o ofendido15 (mais ninguŽm, 
 
15 A œnica hip—tese ainda existente no nosso ordenamento Ž o crime previsto no art. 236 
do CP: 
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe 
impedimento que n‹o seja casamento anterior: 
Pena - deten‹o, de seis meses a dois anos. 
Par‡grafo œnico - A a‹o penal depende de queixa do contraente enganado e n‹o pode ser 
intentada sen‹o depois de transitar em julgado a sentena que, por motivo de erro ou impedimento, 
anule o casamento. 
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em hip—tese nenhuma!) poder‡ ajuizar a a‹o16. Assim, se o ofendido 
falecer, nada mais haver‡ a ser feito, estando extinta a 
punibilidade, pois a legitimidade n‹o se estende aos sucessores, 
como acontece nos demais crimes de a‹o privada. 
AlŽm disso, se o ofendido Ž menor, o seu representante n‹o pode 
ajuizar a demanda. Assim, deve o ofendido aguardar a maioridade para 
ajuizar a a‹o penal privada. 
 
1.3!Denœnciae queixa: elementos 
A denœncia ou queixa deve conter alguns elementos: 
 
1.3.1!Exposi‹o do fato criminoso 
Deve a inicial acusat—ria (denœncia ou queixa) expor de forma 
detalhada o fato criminoso, com todas as suas circunst‰ncias, atŽ para 
permitir o exerc’cio do direito de defesa. 
 
1.3.2!Qualifica‹o do acusado 
Deve a inicial, ainda, conter a qualifica‹o do acusado. Se o acusador 
n‹o dispuser da qualifica‹o completa do acusado, por faltarem 
informa›es, dever‡ ao menos indicar os elementos pelos quais seja 
poss’vel identifica-lo (marcas no corpo, caracter’sticas f’sicas diversas, 
etc.). 
 
1.3.3!Classifica‹o do delito (tipifica‹o do delito) 
ƒ a simples indica‹o do dispositivo legal violado pelo acusado (art. 
155, no crime de furto, por exemplo). Entende-se que este requisito n‹o Ž 
indispens‡vel, pois o acusado se defende dos fatos, e n‹o dos dispositivos 
imputados. Assim, se a inicial narrar um roubo mas indicar o dispositivo do 
furto (indicar o art. 155, erroneamente), o Juiz poder‡, mais ˆ frente, 
corrigir o equ’voco. 
 
1.3.4!Rol de testemunhas 
A inicial acusat—ria deve vir acompanhada do rol de testemunhas, 
quando houver. 
 
 
16 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 157/158 
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1.3.5!Endereamento 
Deve a inicial ser endereada ao Juiz competente para apreciar o caso. 
O endereamento err™neo, porŽm, n‹o invalida a pea acusat—ria. 
 
1.3.6!Reda‹o em vern‡culo 
Deve a inicial acusat—ria ser escrita em portugus (todos os atos 
processuais devem ser praticados em l’ngua portuguesa ou traduzidos para 
o portugus). 
 
1.3.7!Subscri‹o 
Deve a inicial acusat—ria ser assinada pelo membro do MP (denœncia) 
ou pelo advogado do querelante (no caso da queixa-crime). 
 
2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 
 
CîDIGO DE PROCESSSO PENAL 
Ä Arts. 24 a 62 do CPP - Regulamenta‹o da A‹o Penal no CPP: 
DA A‚ÌO PENAL 
Art. 24. Nos crimes de a‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia do 
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi‹o do 
Ministro da Justia, ou de representa‹o do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para represent‡-lo. 
¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o 
judicial, o direito de representa‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente, 
descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico renumerado pela Lei n¼ 8.699, 
de 27.8.1993) 
¤ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrim™nio ou 
interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a‹o penal ser‡ pœblica. (Inclu’do 
pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993) 
Art. 25. A representa‹o ser‡ irretrat‡vel, depois de oferecida a denœncia. 
Art. 26. A a‹o penal, nas contraven›es, ser‡ iniciada com o auto de pris‹o 
em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judici‡ria ou 
policial. 
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio 
Pœblico, nos casos em que caiba a a‹o pœblica, fornecendo-lhe, por escrito, 
informa›es sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os 
elementos de convic‹o. 
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, 
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer peas de 
informa‹o, o juiz, no caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, 
far‡ remessa do inquŽrito ou peas de informa‹o ao procurador-geral, e este 
oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec-
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la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz 
obrigado a atender. 
Art. 29. Ser‡ admitida a‹o privada nos crimes de a‹o pœblica, se esta n‹o 
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa, 
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no 
caso de negligncia do querelante, retomar a a‹o como parte principal. 
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para represent‡-lo caber‡ 
intentar a a‹o privada. 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por 
decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na a‹o passar‡ ao 
c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o. 
Art. 32. Nos crimes de a‹o privada, o juiz, a requerimento da parte que 
comprovar a sua pobreza, nomear‡ advogado para promover a a‹o penal. 
¤ 1o Considerar-se-‡ pobre a pessoa que n‹o puder prover ˆs despesas do 
processo, sem privar-se dos recursos indispens‡veis ao pr—prio sustento ou da 
fam’lia. 
¤ 2o Ser‡ prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em 
cuja circunscri‹o residir o ofendido. 
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente 
enfermo, ou retardado mental, e n‹o tiver representante legal, ou colidirem os 
interesses deste com os daquele, o direito de queixa poder‡ ser exercido por 
curador especial, nomeado, de of’cio ou a requerimento do MinistŽrio Pœblico, 
pelo juiz competente para o processo penal. 
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) 
anos, o direito de queixa poder‡ ser exercido por ele ou por seu representante 
legal. 
Art. 35. (Revogado pela Lei n¼ 9.520, de 27.11.1997) 
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter‡ 
preferncia o c™njuge, e, em seguida, o parente mais pr—ximo na ordem de 
enumera‹o constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas 
prosseguir na a‹o, caso o querelante desista da inst‰ncia ou a abandone. 
Art. 37. As funda›es, associa›es ou sociedades legalmente constitu’das 
poder‹o exercer a a‹o penal, devendo ser representadas por quem os 
respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silncio destes, pelos 
seus diretores ou s—cios-gerentes. 
Art. 38. Salvo disposi‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal, 
decair‡ no direito de queixa ou de representa‹o, se n‹o o exercer dentro do 
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem Ž o autor do 
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o 
oferecimento da denœncia. 
Par‡grafo œnico. Verificar-se-‡ a decadncia do direito de queixa ou 
representa‹o, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, par‡grafo 
œnico, e 31. 
Art. 39. O direito de representa‹o poder‡ ser exercido, pessoalmente ou por 
procurador com poderes especiais, mediante declara‹o, escrita ou oral, feita 
ao juiz, ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ou ˆ autoridade policial. 
¤ 1o A representa‹o feita oralmente ou por escrito, sem assinatura 
devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou 
procurador, ser‡ reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, 
presente o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, quando a este houver sido dirigida. 
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¤ 2o A representa‹o conter‡ todas as informa›es que possam servir ˆ 
apura‹o do fato e da autoria. 
¤ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representa‹o,a autoridade policial 
proceder‡ a inquŽrito, ou, n‹o sendo competente, remet-lo-‡ ˆ autoridade 
que o for. 
¤ 4o A representa‹o, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, 
ser‡ remetida ˆ autoridade policial para que esta proceda a inquŽrito. 
¤ 5o O —rg‹o do MinistŽrio Pœblico dispensar‡ o inquŽrito, se com a 
representa‹o forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a a‹o 
penal, e, neste caso, oferecer‡ a denœncia no prazo de quinze dias. 
Art. 40. Quando, em autos ou papŽis de que conhecerem, os ju’zes ou tribunais 
verificarem a existncia de crime de a‹o pœblica, remeter‹o ao MinistŽrio 
Pœblico as c—pias e os documentos necess‡rios ao oferecimento da denœncia. 
Art. 41. A denœncia ou queixa conter‡ a exposi‹o do fato criminoso, com 
todas as suas circunst‰ncias, a qualifica‹o do acusado ou esclarecimentos 
pelos quais se possa identific‡-lo, a classifica‹o do crime e, quando 
necess‡rio, o rol das testemunhas. 
Art. 42. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir da a‹o penal. 
Art. 43. (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
Art. 44. A queixa poder‡ ser dada por procurador com poderes especiais, 
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a men‹o 
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de 
diligncias que devem ser previamente requeridas no ju’zo criminal. 
Art. 45. A queixa, ainda quando a a‹o penal for privativa do ofendido, poder‡ 
ser aditada pelo MinistŽrio Pœblico, a quem caber‡ intervir em todos os termos 
subseqŸentes do processo. 
Art. 46. O prazo para oferecimento da denœncia, estando o rŽu preso, ser‡ de 
5 dias, contado da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber os autos 
do inquŽrito policial, e de 15 dias, se o rŽu estiver solto ou afianado. No œltimo 
caso, se houver devolu‹o do inquŽrito ˆ autoridade policial (art. 16), contar-
se-‡ o prazo da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber novamente 
os autos. 
¤ 1o Quando o MinistŽrio Pœblico dispensar o inquŽrito policial, o prazo para o 
oferecimento da denœncia contar-se-‡ da data em que tiver recebido as peas 
de informa›es ou a representa‹o 
¤ 2o O prazo para o aditamento da queixa ser‡ de 3 dias, contado da data 
em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber os autos, e, se este n‹o se 
pronunciar dentro do tr’duo, entender-se-‡ que n‹o tem o que aditar, 
prosseguindo-se nos demais termos do processo. 
Art. 47. Se o MinistŽrio Pœblico julgar necess‡rios maiores esclarecimentos e 
documentos complementares ou novos elementos de convic‹o, dever‡ 
requisit‡-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcion‡rios que 
devam ou possam fornec-los. 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar‡ ao processo 
de todos, e o MinistŽrio Pœblico velar‡ pela sua indivisibilidade. 
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela‹o a um dos 
autores do crime, a todos se estender‡. 
Art. 50. A renœncia expressa constar‡ de declara‹o assinada pelo ofendido, 
por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. 
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Par‡grafo œnico. A renœncia do representante legal do menor que houver 
completado 18 (dezoito) anos n‹o privar‡ este do direito de queixa, nem a 
renœncia do œltimo excluir‡ o direito do primeiro. 
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem 
que produza, todavia, efeito em rela‹o ao que o recusar. 
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de 
perd‹o poder‡ ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o 
perd‹o concedido por um, havendo oposi‹o do outro, n‹o produzir‡ efeito. 
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e n‹o 
tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do 
querelado, a aceita‹o do perd‹o caber‡ ao curador que o juiz Ihe nomear. 
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-‡, quanto ˆ 
aceita‹o do perd‹o, o disposto no art. 52. 
Art. 55. O perd‹o poder‡ ser aceito por procurador com poderes especiais. 
Art. 56. Aplicar-se-‡ ao perd‹o extraprocessual expresso o disposto no art. 
50. 
Art. 57. A renœncia t‡cita e o perd‹o t‡cito admitir‹o todos os meios de prova. 
Art. 58. Concedido o perd‹o, mediante declara‹o expressa nos autos, o 
querelado ser‡ intimado a dizer, dentro de trs dias, se o aceita, devendo, ao 
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silncio importar‡ aceita‹o. 
Par‡grafo œnico. Aceito o perd‹o, o juiz julgar‡ extinta a punibilidade. 
Art. 59. A aceita‹o do perd‹o fora do processo constar‡ de declara‹o 
assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com 
poderes especiais. 
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a‹o penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do 
processo durante 30 dias seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, n‹o 
comparecer em ju’zo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo, ressalvado o 
disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a 
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o 
pedido de condena‹o nas alega›es finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir sem deixar 
sucessor. 
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a 
punibilidade, dever‡ declar‡-lo de of’cio. 
Par‡grafo œnico. No caso de requerimento do MinistŽrio Pœblico, do querelante 
ou do rŽu, o juiz mandar‡ autu‡-lo em apartado, ouvir‡ a parte contr‡ria e, se 
o julgar conveniente, conceder‡ o prazo de cinco dias para a prova, proferindo 
a decis‹o dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar a matŽria na 
sentena final. 
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente ˆ vista da certid‹o de 
—bito, e depois de ouvido o MinistŽrio Pœblico, declarar‡ extinta a punibilidade. 
 
CONSTITUI‚ÌO FEDERAL 
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Ä Art. 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no 
que tange ˆ a‹o penal pœblica: 
Art. 129. S‹o fun›es institucionais do MinistŽrio Pœblico: 
I - promover, privativamente, a a‹o penal pœblica, na forma da lei; 
 
Ä Art. 5¡, LIX da CRFB/88 Ð Estabelece o cabimento da a‹o penal 
privada subsidi‡ria da pœblica, nos casos de inŽrcia do MP: 
Art. 5¼ (...) LIX - ser‡ admitida a‹o privada nos crimes de a‹o pœblica, se 
esta n‹o for intentada no prazo legal; 
 
3! SòMULAS PERTINENTES 
 
3.1!Sœmulas do STF 
Ä Sœmula 524 do STF: Estabelece a impossibilidade de ajuizamento da 
a‹o penal quando houve arquivamento por falta de provas, salvo se 
surgirem novas provas, em conson‰ncia com o art. 18 do CPP. 
Sœmula 524 do STF - ÒArquivado o inquŽrito policial, por despacho do juiz, a 
requerimento do Promotor de Justia, n‹o pode a a‹o penal ser iniciada, sem 
novas provas.Ó 
 
Ä Sœmula 594 do STF: A sœmula foi elaborada quando a maioridade civil 
era atingida aos 21 anos, enquanto a maioridade penal era atingida aos 18 
anos. Hoje, com o C—digo Civil de 2002, o ofendido que possui mais de 18 
anos Ž pessoa plenamente capaz, n‹o havendo quese falar em 
representante legal. Contudo, a sœmula permanece vigorando, mas hoje 
dever ser interpretada como autonomia do representante legal e do 
ofendido para oferecerem queixa ou representa‹o. Isso ter‡ aplica‹o 
pr‡tica quando o ofendido for menor de 18 anos na Žpoca do fato e, 
posteriormente, completar 18 anos (passar‡ a ter o prazo de seis meses 
para oferecer queixa ou representa‹o, a contar da data em que completou 
18 anos). Isso n‹o impede, todavia, que seu representante legal oferea 
queixa ou representa‹o antes disso (antes de o ofendido completar 18 
anos): 
Sœmula 594 do STF: ÒOs direitos de queixa e de representa‹o podem ser 
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal. 
 
Ä Sœmula 608 do STF: Considera ser de a‹o penal pœblica 
INCONDICIONADA o crime de estupro praticado com violncia real (mesmo 
sem les‹o grave ou morte). Contudo, a sœmula foi editada bem antes da 
Lei 12.015/09, que provocou mudanas dr‡sticas no que tange aos crimes 
contra a dignidade sexual, passando a estabelecer que a a‹o penal ser‡, 
em regra, pœblica condicionada ˆ representa‹o (n‹o fazendo a ressalva 
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que o enunciado de sœmula faz). Assim, boa parte da Doutrina entende que 
a sœmula perdeu validade17. Outros, como Cezar Roberto Bitencourt, 
sustentam que s— se aplica quando houver, ao menos, les‹o corporal 
grave18. Por fim, uma terceira corrente sustenta que a sœmula permanece 
v‡lida em sua integralidade19. 
Sœmula 608 do STF - ÒNo crime de estupro, praticado mediante violncia real, 
a a‹o penal Ž pœblica incondicionada.Ó 
 
Ä Sœmula 609 do STF: Consolida entendimento no sentido de que o crime 
de sonega‹o fiscal Ž persequ’vel mediante a‹o penal pœblica 
incondicionada: 
Sœmula 609 do STF - ҃ pœblica incondicionada a a‹o penal por crime de 
sonega‹o fiscal.Ó 
 
Ä Sœmula 714 do STF: Consolida o entendimento do STF quanto ˆ 
legitimidade concorrente entre o ofendido e o MinistŽrio Pœblico para a a‹o 
penal por crime contra a honra de servidor pœblico em raz‹o do exerc’cio 
de suas fun›es: 
Sœmula 714 do STF - ҃ concorrente a legitimidade do ofendido, mediante 
queixa, e do MinistŽrio Pœblico, condicionada ˆ representa‹o do ofendido, para 
a a‹o penal por crime contra a honra de servidor pœblico em raz‹o do exerc’cio 
de suas fun›es.Ó 
 
3.2!Sœmulas do STJ 
Ä Sœmula 542 do STJ: Seguindo entendimento do STF sobre o tema, o 
STJ sumulou entendimento no sentido de que a a‹o penal referente ao 
crime de les‹o corporal, quando praticado no contexto de violncia 
domŽstica contra a mulher, Ž pœblica incondicionada: 
Sœmula 542 do STJ - A a‹o penal relativa ao crime de les‹o corporal 
resultante de violncia domŽstica contra a mulher Ž pœblica incondicionada. 
 
 
4! RESUMO 
 
A‚ÌO PENAL - CONCEITO E ESPƒCIES 
 
17 NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a dignidade sexual, p. 62-63, apud, GRECO, RogŽrio. 
Curso de Direito Penal. Volume 3. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 584/585 
18 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte Especial (volume 4). Ed. Saraiva, 
9¼ edi‹o. S‹o Paulo, 2015, p. 157/158 
19 GRECO, RogŽrio. Curso de Direito Penal. Volume 3. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 584/585 
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¥! A a‹o penal Ž o instrumento que d‡ in’cio ao processo penal, 
atravŽs do qual o Estado poder‡ exercer seu ius puniendi. Pode ser 
de duas grandes espŽcies: 
§! Pœblica Ð (1) incondicionada (2) condicionada 
§! Privada Ð (1) exclusiva (2) personal’ssima (3) subsidi‡ria da 
pœblica 
 
Assim: 
A‚ÌO PENAL 
PòBLICA 
(titularidade 
do MP) 
INCONDICIONADA N‹o depende de qualquer condi‹o 
CONDICIONADA Requisi‹o do Ministro da Justia 
Ø! N‹o tem prazo (pode ser 
oferecida enquanto n‹o extinta a 
punibilidade) 
Ø! N‹o cabe retrata‹o. 
Ø! MP n‹o est‡ vinculado ˆ 
requisi‹o (oferecida a 
requisi‹o, pode o MP deixar de 
denunciar) 
Representa‹o do ofendido: 
Ø! Deve ser oferecida dentro de 06 
meses, sob pena de decadncia 
Ø! ƒ retrat‡vel, atŽ o oferecimento 
da denœncia pelo MP 
Ø! N‹o exige forma espec’fica 
Ø! N‹o Ž divis’vel quanto aos 
autores do fato criminoso 
PRIVADA 
(titularidade 
do 
ofendido) 
EXCLUSIVA O direito de queixa passa aos 
sucessores 
PERSONALêSSIMA O direito de queixa n‹o passa aos 
sucessores (nem pode ser exercido 
pelo representante legal). 
SUBSIDIçRIA DA 
PòBLICA 
Quando h‡ INƒRCIA do MP, o 
ofendido passa a ter legitimidade para 
ajuizar a queixa-crime subsidi‡ria. Essa 
legitimidade dura por seis meses, e 
neste per’odo, tanto o MP quando o 
ofendido podem ajudar a‹o penal 
(legitimidade concorrente). 
 
 
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CARACTERêSTICAS 
¥! A a‹o penal pœblica (tanto a incondicionada quanto ˆ 
condicionada) Ž de titularidade exclusiva do MP e goza das 
seguintes caracter’sticas: 
§! Obrigatoriedade 
§! Oficialidade 
§! Indisponibilidade 
§! Divisibilidade 
¥! A a‹o penal privada Ž de titularidade do ofendido e goza das 
seguintes caracter’sticas: 
§! Indivisibilidade 
§! Oportunidade 
§! Disponibilidade 
§! Deve ser ajuizada dentro de seis meses (contados da data em 
que foi conhecida a autoria do delito), sob pena de decadncia 
do direito de queixa. 
 
INSTITUTOS PRIVATIVOS DA A‚ÌO PENAL EXCLUSIVAMENTE 
PRIVADA Ð N‹o cabem na a‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica 
 
1. RENòNCIA 
¥! Antes do ajuizamento da a‹o 
¥! Expressa ou t‡cita (Com rela‹o ˆ renœncia t‡cita, decorrente da 
n‹o inclus‹o de algum dos infratores na a‹o penal, o STJ firmou 
entendimento no sentido de que a omiss‹o do querelante deve 
ter sido VOLUNTçRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido n‹o 
processar o infrator). 
¥! Oferecida a um dos infratores a todos se estende 
¥! N‹o depende de aceita‹o pelos infratores (ato unilateral) 
 
2. PERDÌO 
¥! Depois do ajuizamento da a‹o 
¥! Expresso ou t‡cito 
¥! Processual ou extraprocessual 
¥! Oferecido a um dos infratores a todos se estende 
¥! Depende de aceita‹o pelos infratores (ato BILATERAL) 
¥! Se um dos infratores n‹o aceitar, isso n‹o prejudica o direito dos 
demais 
 
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RENòNCIA X PERDÌO DO OFENDIDO 
INSTITUTO RENòNCIA PERDÌO 
MOMENTO Antes de iniciado o 
processo 
Depois de iniciado o processo 
ACEITA‚ÌO N‹o depende (ato 
unilateral) 
Depende de aceita‹o pelo infrator 
(ato bilateral) 
FORMA Expressa ou t‡cita Expresso ou t‡cito (pode ser, ainda, 
processual ou extraprocessual) 
EXTENSÌO Oferecida a um, a 
todos se estende 
Oferecido a um, a todos se estende 
 
OBS.: O perd‹o pode ser aceito pessoalmente (pelo ofendido ou seu 
representante legal) ou por procurador com poderes especiais. 
 
3. PEREMP‚ÌO

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