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REVOLUÇÃO FEDERALISTA

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FACULDADE DE PÓS-GRADUAÇÃO ITECNE
LIA MARA DE SOUZA SILVA
REVOLUÇÃO FEDERALISTA
Trabalho apresentado à disciplina Revolução Federalista do Módulo do curso de História e Geografia do Paraná. 
Profº Luiz Cesar Kreps (Mestre)
CURITIBA
2015
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo dar uma descrição sobre a Revolução Federalista, como ocorreu, quais foram os personagens que participaram desta batalha e os motivos que levaram a isto.
Falaremos do início, com a proclamação da República e a presidência sendo assumida pelo Marechal Deodoro, o qual após uma série de medidas errôneas se encontra em dificuldades tais, que o levam a renunciar o cargo deixando Floriano, seu vice assumir o poder. Descreveremos aspetos do governo do “Marechal de Ferro” Floriano Peixoto, seus rivais (Maragatos) e seus aliados (pica paus), assim como todo o emaranhado de intrigas entre aliados e não.
Enfim faremos uma descrição sobre o que ocorreu no cerco da Lapa, quem foi o General Carneiro, e porquê assumiu esta empreitada assim dura, sacrificando a vida de lapeanos para seguir um ideal político. Mais um herói que leva consigo outros anônimos heróis que talvez nunca serão citados.
Na segunda parte apresentamos fotos feitas durante a aula de campo com as devidas explicações dos locais visitados. 
Para que possamos dar o nosso ponto de vista com relação ao que mais nos interessou dentro da disciplina “Revolução Federalista”, a qual incluiu uma visita de campo na Lapa, gostaríamos de deixar evidente que nosso interesse maior foi a respeito da própria Revolução Federalista, isto é, descrever dentro do nosso entendimento até que ponto o cerco da Lapa, além de ter representado uma ícone de bravura e mitos heroicos, também tenha sido uma jacina de cunho estritamente voltada a interesses (equívocos) políticos da época. 
Questionamos, até que ponto o General Carneiro, com a influencia do Nacionalista e centralizador Marechal Floriano, e sua total lealdade a causa do mesmo, não dizimaram inutilmente, vidas inocentes?
Faremos alguns passos atrás na história, a fim situar o leitor dentro desta intrigada trama, descrevendo dados pesquisados sobre o tema. Em seguida exporemos nosso ponto de vista e deixaremos no ar algumas de nossas dúvidas a respeito de tema. 
Daremos inicio com a proclamação da República em 1889, quando começam as dificuldades devido à falta de quadros republicanos para ocupar os postos chaves na administração, acrescentado a isto, a pouca experiência dos novos governantes.
 Vindo de uma eleição indireta, Marechal Deodoro, habituado a vida na caserna e desconfiado das reais intenções dos civis, que ele pouco conhecia, manda publicar dois decretos, no chamado Golpe de Três de Novembro, que colocava o país sob o talão da ditadura militar. O primeiro decreto dissolvia o Congresso, o segundo instaurava o estado de sítio, o qual suspendia todas as disposições da nova constituição republicana relativas aos direitos individuais e políticos, as forças militares cercam os edifícios da Câmara e do Senado e os opositores são presos no momento da derrubada da monarquia.
Como consequência, uma onda de protestos e rebeliões se espalha em todo o país. No Rio Grande do Sul, um grupo depõe o positivista Júlio de Castilhos do governo do estado, o almirante Custódio José de Melo ameaçava bombardear a cidade caso Deodoro não voltasse atrás nas suas decisões.
Ali começava uma breve primeira Revolta da Armada, impasse que durou algumas horas, sem que um só tiro fosse disparado, restando ao velho e enfermo marechal Deodoro a renúncia, em novembro de 1891.
Floriano Peixoto, aproveita da situação para assumir como sucessor e conduz o governo mais tenso e violento dos primeiros anos da República. Encontra uma crise financeira, profundas divergências entre as lideranças republicanas, a oposição da Marinha, ameaçando bombardear a capital e uma crise política no Rio Grande do Sul que logo se converteria em guerra civil. 
Nacionalista e centralizador, Floriano Peixoto aproveitou o ambiente de crise para reforçar o seu poder pessoal, forçando o congresso a encerrar seus trabalhos, alegando ameaças de restauração da monarquia, e que necessitam de mão forte sem obstáculos das divergências do parlamento.
Governou o país sob estado de sítio e mandou prender e deportar os opositores. O Brasil nunca passou por um período tão dividido e nunca tantos brasileiros perderiam suas vidas em defesa de suas paixões políticas.
Em 1893 o Rio Grande do Sul era o ponto nevrálgico da República, sendo uma região representada por paixões políticas extremas, considerado como ingovernável, tendo os gaúchos vivido em permanente estado de conflagração, foram os que mais sacrificaram vidas humanas, na Revolução Farroupilha de 1835 a 1845, durante as guerras do segundo Reinado na região do Prata e a do Paraguai.
Antes mesmo da Proclamação da República o Rio Grande do Sul já era um laboratório para as novas ideias que iriam transformar a história brasileira. Alguns dos mais importantes teóricos do futuro regime já se encontravam ali, entre eles os advogados e pecuaristas Joaquim Francisco de Assis Brasil, José Gomes Pinheiro Machado e Júlio Prates de Castilhos, cada um deles com sua própria concepção a respeito da república ideal. Assis Brasil era liberal, Pinheiro Machado conservador, Castilhos positivista e autoritário, este último pica-pau.
E quem era Castilhos? 
Pica Pau, Deputado à Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e 1892, se destacara como o campeão da corrente ultrafederalista e positivista. Acreditava que, para se consolidar, a República precisava antes passar por uma fase ditatorial, centralização do poder na figura do ditador republicano. Coube a ele escrever o anteprojeto praticamente sozinho, ignorando por completo as sugestões de outros dois juristas da comissão. Em seguida, o texto foi aprovado de forma esmagadora pela Assembleia Constituinte estadual controlada pelo próprio Castilhos. . A soma de todos esses poderes transformava o novo governador republicano gaúcho em um ditador na prática. Como o voto era em aberto (não secreto) e manipulado pelos chefes regionais adeptos de Castilhos, o dispositivo da reeleição lhe garantia a permanência no poder por período indefinido, sem dar chances aos adversários.
A constituição positivista de Júlio de Castilhos e sua rivalidade visceral com Silveira Martins (MARAGATO), somadas às dificuldades iniciais da República brasileira, serviriam de combustível para a sangrenta Revolução Federalista que, por dois anos, iria dilacerar o Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina e Paraná.
 Castilho eleito governador em julho 1891, deposto em novembro, após apoiar o golpe de Deodoro contra o Congresso, volta ao poder em janeiro de 1893, com eleição sem concorrentes. Em resposta, os federalistas de Silveira Martins, que defendiam a reforma da constituição gaúcha e a renúncia do governador, pegaram em armas. Acuado, o governador logo conseguiu convencer Floriano Peixoto de que o levante federalista não era apenas uma guerra dos gaúchos, mas uma tentativa de restauração da monarquia chefiada por Silveira Martins. A partir daí os destinos de Floriano e Castilhos estariam definitivamente interligados.
Até aqui pudemos entender que maragatos e pica paus pertenciam ao mesmo estado mas possuíam visões diferenciadas com relação a Floriano e sua República ditatorial. 
Floriano, Republicano, defendia o governo central, tinha o apoio da população do litoral e região serrana, composta na sua maior parte por imigrantes europeus, fez aliança com Castilhos no RS e Hercílio Luz em SC Pica paus. Castilhos quando se sente ameaçado convence Floriano que o levante gaúcho era uma tática para restaurar a monarquia, e assim consegue uma parceria. 
Gaspar Silveira Martins , monarquista convicto, líder do Partido Liberal, senador e conselheiro do Império e conhecido na corte de D. Pedro II como o “Rei do Rio Grande”. maragato, liberal, funda o partido federalista, defendia a República,mas queria a renovação constitucional, instauração do governo parlamentarista, garantindo a autonomia dos Estados. Tinha apoio dos estancieiros, composta da tradicional política elite local.
Floriano tinha como objetivo deter as tropas de maragatos que viriam do Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina , Paraná e Lapa, que não era considerada um problema, atacariam o Marechal no Rio de Janeiro.
Infelizmente com as idas e vindas das tropas, sua chegada no Paraná não apresentaria grandes problemas, pois encontravam-se cansados e famintos para resistir por muito tempo um combate. Mas o mesmo não ocorreu, pois o atual governador Vicente Machado, junto com Pego Junior que comandava as tropas da Lapa, foge covardemente do estado e levam consigo alguns homens, que se calcula que chegavam a torno de mil homens que ficaram desorientados e então, desertaram e/ou perderam-se na fuga.
O Paraná e a capital Curitiba estavam sem exército e governantes, e resta ao Barão do Serro Azul tentar uma negociação com os revoltosos a fim de poupar vidas de inocentes. Os maragatos pedem alimentos, pousada e uma certa quantia em dinheiro, o que lhes vem servido. Assim sendo as tropas se restabelecem e partem em direção a Lapa, mas agora com uma tropa pronta para o combate. A Lapa estava guarnecida, pois Carneiro havia sido enviado para assumir o posto de Pego, suspeito por Floriano da sua incapacidade comandar uma tropa. Com suas dúvidas confirmadas pela deserção do mesmo, assume Carneiro, o qual era conhecido pelos seus dotes de comando e fidelidade a causa Republicana, mas suas tropas foram cercadas na cidade da Lapa, Paraná, em um dos mais célebres episódios da vida militar brasileira, conhecido como Cerco da Lapa.
Verifica-se então a Revolução Federalista, onde maragatos (revolucionários) revoltaram-se, no Rio Grande do Sul, com forças que ocuparam aquele estado, em Santa Catarina e no Paraná, em que três cidades resistiram: Tijucas do Sul, por 3 dias, Paranaguá, por 4 e a Lapa.
A Lapa finalmente rende-se no dia 11 de fevereiro, momento em que se lavra uma ata, subscrita pelos chefes dos rendidos e dos ocupantes.
Mercê da resistência da Lapa, as forças governistas (chamadas de pica-paus) organizaram-se e debelaram a revolução, com  o que, o regime pode manter-se: a resistência da Lapa assegurou a manutenção do governo de Floriano e a da república.
Em mensagem escrita por Floriano em 3 de maio de 1894, atribui a Carneiro a missão de deter o avanço dos revolucionários na Lapa, aludiu à “gloriosa auréola de um morto – a heroica defesa da cidade da Lapa…onde o bravo general Gomes Carneiro escreveu a página mais admirável, talvez, da história militar de um povo”, ao menos do brasileiro…
Relata-se que o mesmo em momento algum se apavorou e soube: “Resistir até a morte”. De fato, ferido e já desenganado, ao pedido de ordens que lhe dirigiam os  seus oficiais, respondia-lhes: “Há uma ordem só: resistência a todo transe”.
O sangue que deixou de correr em 1889 verteu em profusão nos dez anos seguintes, resultado do choque entre as expectativas e a realidade do novo regime. No Sul, os três anos da Revolução Federalista custaram as vidas de 12 mil pica-paus e maragatos – incluindo cerca de 2 mil vítimas de degolas coletivas. No sertão da Bahia, o sacrifício épico da vila de Canudos resultou na morte de outras 25 mil pessoas e uma história de humilhação para o exército brasileiro, derrotado em quatro expedições consecutivas por um bando de jagunços e sertanejos pobres e mal armados, sob a liderança de Antônio Conselheiro, ao qual se atribuía, erroneamente, a ameaça de restauração da monarquia.
Foi esse o preço que a República cobrou pela sua própria consolidação. E o Cerco da Lapa é talvez o episódio mais simbólico desse período.
A este ponto achamos interessante citar um artigo publicado no jornal A Tribuna Regional publicado em de 07/02/2014 onde tem como título “Revolução Federalista e o Cerco da Lapa: como compreender estes episódios?” Por Carmen Lúcia Rigoni.  
Como se formou o arquétipo “Heróis da Lapa”, em que momento da nossa história? Segundo as pesquisas
,
 o reforço veio dos próprios analistas da Revolução Federalista ao enaltecerem os personagens das forças legais na defesa da cidade. Leva-se em conta também o imaginário político das autoridades locais em diversas fases da hist
ó
ria da cidade no construto 
identitário
 do seu povo. Em 1994
,
 por ocasião do centenário da Revolução, a cartilha histórica encomendada a Iara 
Scandelari
 
Milczewiski
 veio reforçar os laços de identidade entre a população, os heróis e a Revolução Federalista.
.
Esta citação tem como objetivo abrir espaço para uma reflexão da história escrita e contada por quem? Carneiro foi mesmo um herói para os Lapeanos, valeu a penas a perda de todas aquelas vidas? Era um desejo comum, do povo defender aqueles ideais? Carneiro não acabou por sendo apenas uma peça no jogo de guerra de Floriano? Sua morte, a de Carneiro, foi uma grande perda para a população, ou um alívio, pois põe fim a carnificina? Enfim todas as mortes provocadas pela consolidação da República, que por fim não durou muito no poder, poderia se evitada? Poderia ser atingida ou mesmo abolida sem maiores prejuízos? A sua existência trouxe algo de positivo no Brasil que encontramos hoje, mudou nossos destinos para melhor? Quem ganhou e quem perdeu com isto?
1º- PRAÇA GENERAL CARNEIRO
Uma das praças centrais da Lapa, possui a estátua do Republicano General Antônio Ernesto Gomes Carneiro, retratado por uma escultura de João Turin, feita para o cinquentenário do Cerco da Lapa. Morto no “front” de batalha, a 10 de fevereiro de 1894, na condição de comandante das forças legais, sitiadas na cidade da Lapa (de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 1894), Estado do Paraná, durante a Revolução Federalista.
2º- IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIO
A edificação constitui bom exemplo da arquitetura luso-brasileira da segunda metade do século XVIII, pelo emprego da técnica em pedra, pela torre do sino e pelo desenho barroco da parte frontal. De grande interesse ornamental, os elementos da fachada feitos em grés (arenito local). 
À altura do coro, na fachada principal, três janelas, divididas em quadrículos. A igreja, de planta retangular, se divide em nave, capela-mor e sacristia, aos fundos. É coberta por telhado em duas águas na nave e capela-mor. Do lado esquerdo da fachada, a torre do sino é recoberta por telhado em quatro águas. Nas laterais do campanário no térreo da igreja, pudemos observar janelas com grades, as quais serviam para que os escravos que acompanhavam seus patrões não escapassem no momento da missa. 
Encontra-se em bom estado de conservação e é mantida pela paróquia local. Em baixo do pavimento da igreja foram encontrados corpos enterrados, pois no momento do conflito não havia meios de os transportar para o exterior ao cemitério.
3ª CASA MAIS ANTIGA.
Esta casa como podemos observar na placa, seria a uma as mais antigas construída no final do século XVIII. Pertenceu ao capitão mor Francisco Teixeira Coelho e foi reformada em 1830 pelo capitão José F. Correia na qual nasceram seus filhos, que como podemos observar, sendo de família abastada, todos serão doutores, como se esperava na época, mantendo assim a posição social desta família. 
A característica mais marcante desta construção são as telhas, as quais foram construídas com o método chamado “nas coxas”, a argila era moldada nas coxas dos escravos, o que justifica a irregularidade nos seus tamanhos.
4ª POSTES SEM FIAÇÃO SUSPENSA
Nesta foto constaríamos de ressaltar a falta de fiação nos postes centrais da cidade. Esta preocupação da prefeitura foi devido a de preservar o ambiente arquitetônico da época, assim sendo toda a fiação é subterrânea.
5ª A NOVA ARQUITETURA INVADINDO OS ESPAÇOS HISTÓRICOS
Gostaríamos de ressaltar que com o progresso e o aumento da urbanidade e a restrição de espaços fez com que a especulação imobiliáriainvadisse o centro histórico e alterasse a harmonia dos casarões históricos. Como podemos observar, muitos foram ainda preservados, mas muitos foram derrubados, alguns pelo interesse pessoal, outras pelo oneroso custo para o proprietário em manter em pé a obra, determinada pelo município tombada, outras ainda destruídas quase que totalmente pelos ataques dos invasores.
Assim sendo, hoje encontramos certa desarmonia arquitetônica, fruto do progresso, especulações e falta de verbas destinadas a preservação histórica.
6ª- TEATRO SÃO JOÃO
Gostaríamos de nos basear nos dados fornecidos no próprio Teatro o qual nos cedeu um resumo histórico elaborado e distribuído pela Prefeitura Municipal da Lapa. Construído pela Associação Literária Lapeana, fundado em 1873 com projeto do 1º engenheiro civil formado no Paraná o Dr. Francisco Terezio Porto Netto e datado de 1876. 
Em 1880 recebeu a visita da família real, o Imperador Dom Pedro II e sua comitiva, por ocasião de uma visita feita ao Paraná, ocupando juntamente com a Imperatriz o camarote imperial (fotos abaixo). Inauguração oficial em 1887.
Em 1894 com a invasão dos revoltosos federalistas vindos do sul, a cidade da Lapa é sitiada pó 26 dias e o Teatro passa a ser utilizado como enfermaria e hospital. Relatos dizem que o Teatro possui um túnel que o liga a casa ao lado, onde morreu o Coronel Gomes de Carneiro e que atualmente abriga o Museu Histórico da Lapa.
Após a revolução passou a ser raramente utilizado, e somente em 1933 foi arrendado por empresários e transformado em cinema por três anos. Em seguida, em 1939 abriga exposições Agrícolas Regionais e nos anos 50 neste local se instala a Rádio Legendária, emissora católica, a qual descaracteriza totalmente o Teatro.
Em 1969 finalmente vem tombado como Patrimônio Estadual e somente desocupado pela radio em 1975 quando a Prefeitura Municipal a compra e da inicio a sua restauração, inaugurando em 1976. Finalmente tombada pelo Governo Federal em 1984 sendo um dos poucos teatros antigos em atividade, dando continuidade ao propósito ao qual foi construído, isto é, propaga o teatro, a dança, música, as artes e a cultura.
FACHADA DO TEATRO SÃO JOÃO
INTERNO DO TEATRO SÃO JOÃO – CAMAROTE IMPERIAL
Arquitetura clássica Grego- Romana
Palco estilo Romano.
Devido ao fato de ter servido como enfermaria, quando foi restaurado foram encontrados em baixo do palco ossos de membros amputados enterrados, pois não podiam deslocar-se para o exterior do mesmo para efetuar o soterramento desses membros.
7ª- MUSEU HISTÓRICO DA LAPA
O Museu Histórico contextualiza o conflito que levou ao Cerco da Lapa, exibe objetos, gravuras, vestes, armas e recria a cena da morte do General Carneiro, que liderou a proeza, em uma pintura. Soma-se a coleção peças raras coletadas em trabalhos arqueológicos, que compõem a memória da Lapa e de sua gente.
Este é o cadre onde faleceu o Gen. Carneiro, e possui o quadro na parede que permanece intacto, representando a cena do momento.
COLEÇÃO DE PEÇAS RARAS
Sala com leito onde morreu o Cel.Carneiro, representado no quadro suspenso
na parede.
UNIFORME MARAGATO
Uniforme militar da época - Pela cobertura "vermelha" as tropas eram apelidadas de pica-paus.
	
Vestido de noiva da Sra. Gertrudes Mª dos Santos esposa de Francisco T. Coelho. Detalhe, o tecido perdeu a cor branca devido a usura do tempo e é bordado com fios de ouro.
Registro de casamento de Gertrudes e Francisco, datado de 1774.
8ª - PREFEITURA MUNICIPAL
 
9ª CASA DOS CAVALINHOS
Segundo relatos dos antigos moradores, a principal característica desta casa é o fato de pertencer a um senhor que quando era jovem não possuía posses “dote” suficiente para pedir a mão de uma moça que pertencia a uma família abastada. Por tanto rezar, acabou tendo um sonho, onde 10 cavalos brancos alados estavam nas nuvens e dois deles separados. Assim sendo, na manhã seguinte jogou no cavalo, e acertou na cabeça, fazendo com que ele realiza-se seu sonho, casar-se com sua amada, assim sendo comprou um quarteirão e fez construir esta casa, onde se pode ver na parte de cima “beiral” oito cavalos esculpidos e dois nas laterais. Hoje esta casa foi tombada é a casa da Memória.
10ª- PANTEON DOS HEROIS
Os restos mortais do General Carneiro, assim como de muitos outros que tombaram durante a resistência, estão sepultados no Panteão dos Heróis.
O Panteão dos Heróis (por tradição, é mantida em sua fachada a grafia original, Panteon dos Heroes) inaugurado em 07/02/1944.
Segundo site http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2012/02/circulando-pela-lapa-panteon-dos-heroes. acessado em 15/10/15 “Circulando pela Lapa – Pateon dos Herois” publicado em 23 de fevereiro de 2012. esta é a lista dos que foram enterrados neste local.
Combatentes que jazem no panteão:
General Antônio Ernesto Gomes Carneiro;
Coronel Candido Dulcídio Pereira;
Coronel Joaquim Resende Correia de Lacerda;
Coronel Dr. José Aminthas da Costa Barros;
Tenente Clementino Paraná;
Tenente Henrique José Dos Santos;
Tenente José Charlou;
Tenente Otho Rochendolph;
Alferes Francisco Fidêncio Guimarães;
1° Sargento David Rodrigues Cordeiro.
Se observarmos melhor podemos observar que o teto no interior está em decadência e mesmo seu interior não se encontra muito bem preservado. Infelizmente a Lapa se encontra com muita dificuldade na preservação de seus bens históricos, pois as verbas destinadas a preservação de bens materiais e imateiais nunca foram muito generosas da parte do Governo Federal. 
11ª PRÉDIO DA PREFEITURA DA LAPA
12ª MUSEU DAS ARMAS – ABRIGAVA A CAMARA MUNICIPAL
Inaugurada em 1868 como Casa de Câmara e Cadeia  onde está o Museu de Armas. Aqui, estão expostas as armas da Revolução Federalista e as que foram usadas pelo Exército Brasileiro durante o período do Império.
Este prédio foi abandonado, depois adaptado, reformado e utilizado como escola por um período. Em 1980 sofre nova restauração e recuperam as grades das janelas e piso. 
Os objetos pertencem na sua maior parte a Ozires Stensel Guimarães e possui objetos da 1ª e 2ª guerra. Na primeira sala possui relíquias de 1718 de um navio afundado em Paranaguá, e na outra sala possui objetos do cerco da Lapa. 
Possui canhões, fuzis, metralhadoras e muitas balas, dos mais variados tipos e tamanhos, algumas retiradas da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, na Ilha do Mel. Algumas fotos, recontam trechos do episódio militar que marcou a história da cidade. No piso superior, funciona a Câmara de Vereadores da Cidade.
ANTIGA CADEIA NO PISO TÉRREO
Aqui funcionava a primeira casa de detenção da cidade, com uma arquitetura portuguesa (único exemplar no Paraná e um dos poucos no país), símbolo de autonomia Municipal. O plano da obra é de 1829, mas sua construção iniciou em 1848.
13ª - FONTE DO QUEBRA POTES
Este local era uma fonte onde as escravas vinham buscar água, dando-se que no original era uma escarpada que ficava escorregadia nos dias de chuva, a mesma fazia com que as escravas escorregassem e derramassem a água sobre elas, deixando suas roupas aderentes ao corpo. Assim sendo suas formas se realçavam, e os garotos da época se escondiam para visualizar tal espetáculo. Por este motivo foi nominada fonte do quebra potes.
Sua aparência atual foi alteada devido a necessidades urbanísticas que fizeram com que preservassem somente a fonte, e com aterros feitos lateralmente para alargar a estrada e proporcionar um melhor loteamento, fez com que, atualmente seja difícil de acessar a fonte pessoalmente, mas somente através de fotografias.
O Beco do Quebra Pote, nos séculos XIX e XX, era o local usado para o abastecimento de água da cidade. Pesquisas arqueológicas mostram também que, mais tarde, o antigo beco foi local de descarte de lixo doméstico proveniente das residências de famílias mais ricas.No local foram encontrados fragmentos de cerâmicas, louças holandesas, inglesas e chinesas, faiança fina, além de vidros e ferro. A antiga Fonte do Quebra Pote, localizada na Rua da Fonte – entre as Ruas Tenente Henrique dos Santos e Duca Lacerda –, foi restaurada com a construção de uma praça com quadra poliesportiva e parque infantil. Os objetos encontrados durante o trabalho de escavação estão no Museu Histórico da Lapa. 
Achamos interessante acrescentar estes dados fornecidos pelo site da Prefeitura da Lapa, os quais não obtínhamos. 
 http://lapa.pr.gov.br/conteudo/412/turismo-cultural acessado em 15/10/15
 14ª- CASA FAMÍLIA LACERDA
Hoje conhecida como Museu Lacerda, foi construída em 1842 para abriga a família de Manoel José Corrêa de Lacerda e sua esposa, o qual era comerciante e descendente dos fundadores da Lapa. Seu neto Joaquim Lacerda passa a seguir a carreira militar e recebe a graduação de Coronel. 
Quatro gerações habitaram nesta residência, sendo ela a primeira o ter um banheiro no interior da habitação. A família também ficou conhecida por possuir uma grande coleção de discos vinis, entre os quais o primeiro disco de samba registrado no Brasil. A casa possui vários cômodos, entre os quais o quarto da vovó com um oratório na porta de entrada do mesmo, o quarto do casal, quarto da meninas (rosa), quarto dos meninos (verde), sala do relógio, copa, sala de visitas, entre outras peças como cozinha dispensa, etc num total de aproximadamente 21 peças. Foi aqui que i morreu o Coronel Dulcídio e foi assinada a Ata de Capitulação da Lapa, durante a Revolução Federalista em 1894.
Esta casa foi doada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN) pelos herdeiros do Cel. Joaquim C. Lacerda. Transformada em Casa do Patrimônio, pelo IPHAN e Prefeitura Municipal, no qual se realizam oficinas e seminários sobre o patrimônio cultural e como museu de época.
https://www.google.com.br/search DIA 08/10 acessado 12/10/15
INTERNO DA CASA DA FAMÍLIA LACERDA.
Quarto das meninas (rosa).
Quarto dos meninos (verde).
Sala do relógio.
Primeiro banheiro construído no interior de uma residência.
https://www.google.com.br/search?newwindow acessado 12/10/15
FOTO DA FAMÍLIA LACERDA

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