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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
-A poluição ambiental abrange uma série de aspectos que vão desde a contaminação do ar, água e solo, até a desfiguração da paisagem, erosão de monumentos e edificações e a contaminação dos alimentos. 
-Os compartimentos ambientais estão bem relacionados entre si, sendo assim, dependendo de suas características físico-químicas, uma substância lançada na atmosfera pode, por exemplo sedimentar-se no solo e ser lixiviada para um corpo d’água ou atingir um lençol freático. Ou pode ainda ser transportada por longas distâncias através dos ventos.
-De forma análoga, compostos químicos presentes em efluentes industriais que são lançados em um rio podem volatilizar e contaminar a atmosfera ou depositar-se nos sedimentos.
-As substâncias químicas são lançadas sob a forma de misturas complexas e ao atingir o meio ambiente podem sofrer diversos processos de transformação, formando inúmeros produtos, que podem ser mais ou menos tóxicos que os originais. 
Os produtos de transformação estão sendo mais comumente encontrados no ambiente do que os seus originais.
Principais Fontes de Contaminação do Meio Ambiente
Fontes Naturais: Provenientes de fenômenos da natureza.
-Atividade Vulcânica
-Incêndios Florestais, não causados pelo homem
-Maré Vermelha
-Acúmulo de Arsênio em animais marinhos ou água
Fontes Antropogênicas: Decorrentes das atividades humanas
-Doméstica e urbana: Esgoto doméstico, lixo doméstico, veículos automotores
-Industrial: Efluente industrial, lixo industrial, queima de combustível
-Agropecuária: Queimadas, fertilizantes, praguicidas
Atmosfera: Fina camada de gases que envolve o Planeta Terra e permanece em contato com a superfície da Terra por gravidade. Essa camada é dividida em Troposfera, Estratosfera, Mesosfera, Termosfera, Ionosfera e Exosfera.
A Troposfera é responsável pelo clima e é onde o Efeito Estufa ocorre:
-O ar é mais denso que nas demais camadas e é formando por N,O,Argônio, CO2,Neônio, Hélio, Metano, CO e Vapor de Água, o qual a concentração depende da localidade e do horário.
-Devido aos fenômenos naturais e processos antropogênicos, os níveis desses gases estão sendo alterados, pela liberação de SO2, H2S, CO e etc. 
-E é essa alterações nos gases da Troposfera que é conhecida como Poluição Atmorférica.
Poluente Atmosférico: Toda forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características, em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança e ao uso da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Classificação dos Poluentes do Ar
-O nível de poluição do ar é medido pela quantidade de substâncias poluentes existentes na atmosfera.
-Os poluentes são agrupados de acordo com o grupo químico que os originou:
Poluentes Primários: São lançados diretamente da fonte de emissão.São eles: CO, Óxidos de Enxofre (SOx) – considerado o mais nocivo, Hidrocarbonetos (HC), Material Particulado (MP) e Óxidos de Nitrogênio (Nox)
Poluentes Secundários: Formados na atmosfera através da reação química entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera, como por exemplo, o Ozônio presente em baixas altitudes, Ácido Sulfúrico, PAN, etc.
Fontes Emissoras
-Dividem-se em: Estacionárias (Fixas), como as indústrias, contribuindo em maior porcentagem com o lançamento de SOx e Material Particulado, e Móveis, como os veículos automotores, contribuindo com a maior emissão de CO, Hidrocarbonetos e NOx
-Considerando os combustíveis utilizados nos veículos, o diesel é o maior potencial poluidor, seguido da gasolina. O álcool é o menos danoso ao meio ambiente. Os veículos à álcool emitem 3 a 4 vezes menos CO, HC e NOx, além de não emitirem SOx e MP. A redução na taxa de NOx é também importante para a diminuição dos níveis de ozônio em baixas altitudes, pois estes compostos de Nitrogênio são os principais precursores de O3.
-Entretanto, se o uso do etanol como combustível é importante para a redução da emissão veicular de compostos tóxicos, por outro lado ele estumula o aumento no plantio da cana-de-açucar.. Como consequência, ocorre uma aumento da intensidade da queima da palha da cana que, da mesma forma que os outros tipos de queima de biomassa, lençam na atmosfera altos níveis de MP,aldeídos, CO, HC e Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA).
Efeitos Tóxicos causados pelos Poluentes do Ar
Os principais tipos de efeitos tóxicos apresentados pela população exposta são:
-Agudos: Lacrimejamento, dificuldades de respiração, e diminuição da capacidade física.
-Crônicos: Alteração da acuidade visual, alteração da ventilação pulmonar, asma, bronquite, doenças cardiovasculares, enfisema pulmonar e câncer de pulmão. 
-O grupo de maior risco é aquele mais susceptível a ação dos poluentes, como os idosos, as crianças, as gestantes e os portadores de deficiência respiratória ou cardíaca.
-Nas crianças a poluição atmosférica está associada à decréscimo na função pulmonar, faltas à escola, redução da capacidade respiratória em crianças normais e aumento do uso de medicamentos por crianças ou adultos com asma.
-Além disso, pode haver alterações no sistema imunológico de pessoas normais, com redução de clearance mucociliar.
-Nos idosos o maior índice de doenças relacionadas à poluição atmosférica são as cardiovasculares.
-Já nas gestantes os efeitos recaem a parto prematuro, baixo peso ao nascer e retardo intra-uterino.
Avaliação da Poluição do Ar
-Século 13: Cidades utilizavam grandes quantidades de carvão vegetal, o que lançava grande volume de fumaça na atmosfera. Iniciou-se o desenvolvimento de Legislações para a redução da emissão de poluentes.
-Década de 1970: Monitorização da qualidade ambiental, com a criação de das Agências de Controle Ambiental, como a Environmental Protection Agency – Esepa e a Cetesb.
-A Avaliação da Qualidade do Ar pode ser realizada em nível local, regional, nacional e internacional através de estimativas das emissões de poluentes, do uso de modelos matemáticos e de medidas das concentrações ambientais dos principais poluentes.
-A monitorização ambiental das concentrações de poluentes é um dos procedimentos utilizados para o Controle da Qualidade do Ar. Ao se determinar a concentração de um poluente neste compartimento, estima-se o grau de exposição de receptores, como o homem. Contudo, o resultado dessas medidas não permite conclusões imediatas sobre os impactos das concentrações atuais de poluentes em seres vivos. Na verdade, os possíveis efeitos dependem não somente da concentração e da duração da exposição, mas também de outros fatores como o clima, o estado nutricional, a predisposição de certos grupos, a idade e a exposição simultânea à mistura complexa de poluentes.
-Normais Nacionais e Internacionais definem Padrões de Qualidade do Ar e estabelecem valores limites para concentrações de poluentes considerados prioritários, visando evitar ou minimizar os efeitos tóxicos e prejuízos ambientais e econômicos desses agentes dispersos na Atmosfera.
-Parâmetros de Qualidade do Ar no Brasil: Resolução N° 003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA:
-Segundo essa Resolução do CONAMA:
Padrões Primários de Qualidade do Ar: Concentrações de poluentes que, se ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Esses padrões podem ser entendidos como níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo.
Padrões Secundários: Concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Esses padrões podem ser entendidos como níveis desejados de concentrações de poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo. O objetivo do estabelecimento dos padrões secundáriosé criar uma base para políticas de prevenção da degradação da qualidade do ar e devem ser aplicadas às áreas de preservação como, por exemplo, Parques Nacionais, não sendo aplicados, pelo menos em curto prazo, a áreas de desenvolvimento, onde devem ser aplicados os padrões primários. 
-Essa Resolução do CONAMA também estabelece critérios para episódios agudos de poluição do ar. Estes critérios são os Níveis de Atenção, Alerta e Emergência que devem ser observados para elaboração do Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar:
-Segundo o CONAMA, os Níveis de Atenção, Alerta e Emergência serão declarados quando, prevendo-se a manutenção das emissões e das condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes nas 24 horas subsequentes, um ou mais dos parâmetros da Tabela acima forem ultrapassados. 
-Cabe aos Estados a competência para indicar as autoridades responsáveis pela declaração desses níveis e, durante a permanência dos níveis, as fontes poluidoras do ar ficarão sujeitas às restrições previamente estabelecidas pelo Órgão Ambiental. 
-Em 2005 a OMS publicou a atualização dos valores orientadores de qualidade do ar com o objetivo de reduzir os impactos sobre a saúde humana causados pela poluição do ar:
-Há diversos fatores que dificultam o estabelecimento desses Padrões de Qualidade, sendo os principais: Suscetibilidades Individuais, Heterogeneidade da População, Dificuldade em reproduzir condições ambientais em experimentos laboratoriais com animais e a Avaliação da Toxicidade após exposição a múltiplos agentes químicos. 
-Em geral, cada país estabelece na Legislação os Padrões de Qualidade do Ar para diferentes poluentes. 
-O Monitoramento da Qualidade do Ar, segundo a Resolução 003 da CONAMA, é atribuição dos Estados e seus principais objetivos são:
Avaliar a qualidade do ar em relação ao limites legais, visando garantir a saúde e o bem-estar das populações.
Fornecer subsídios para ações de controle, durante períodos em que os níveis de poluentes na atmosfera possam representar riscos à saúde pública.
Fornecer informações que possam indicar impactos sobre a fauna, flora e o meio ambiente.
Acompanhar as alterações e as tendências da qualidade do ar no decorrer do tempo.
Auxiliar no planejamento de ações de controle da poluição.
Manter a população, órgãos públicos e a sociedade informada sobre os níveis da contaminação do ar
Índices de Qualidade do Ar utilizados no Estado de São Paulo: Classificação e cor atribuída à qualidade do ar (para fins de divulgação), Índices de Qualidade do Ar e seu significado para a população, segundo a CETESB: 
-Além de realizar a Monitorização Ambiental e divulgar as condições de Qualidade do Ar, a Cetesb controla as Fontes Estacionárias, exigindo a instalação de equipamentos antipoluição e outras medidas de redução das emissões.
Bioindicadores e Biomonitoramento da Qualidade do Ar
-A utilização de Bioindicadores como método de detecção de mudanças no ambiente é uma ferramenta eficaz e relativamente rápida, pois apresenta menores custos e não requer instalações prévias, não usa energia elétrica e pode ser distribuída em diversos pontos em uma área de estudo. 
-O seu uso é um método adequado para a detecção de efeitos de poluentes atmosféricos sobre organismos (que podem ser utilizados como biomonitores) e quando associados aos sistemas de monitoramento mecânicos podem fornecer informações de grande valor. 
-Qual ser vivo pode ser utilizado como Bioindicador, porém espécies menos sensíveis respondem mais lentamente e com menor eficácia em comparação às espécies mais susceptíveis aos poluentes.
-Dessa forma, o Biomonitoramento pode ser definido como o uso de organismos ou materiais biológicos para obter informações qualitativas ou quantitativas sobre certas características da Biosfera, como por exemplo, a presença de certos poluentes atmosféricos, ou ainda, como o uso sistemático das respostas de organismos vivos para avaliar mudanças ocorridas no ambiente.
-As informações coletadas no Biomonitoramento são obtidas pela mudança no comportamento do organismo usado como monitor, como os impactos sobre a composição e abundancia da espécie, desempenho fisiológico e ecológico ou na morfologia, e pela determinação de substancias específicas nos tecidos do organismo monitor.
-Bioindicador Ideal: Ser taxonomicamente bem definido e facilmente reconhecível por não especialistas, Apresentar distribuição geográfica ampla, Ser bem abundante ou de fácil coleta, Ter baixa variabilidade genética e ecológica e Ter possibilidade de uso em experimentos de laboratório. 
-A seleção dos organismos para utilização em Biomonitoramento está normalmente associada à ocorrência comum e permanente dos organismos na área de estudo ou em áreas remotas.Além da facilidade de medida, que permite a quantificação de múltiplos indivíduos, resposta-dose ou tempo-dependente (a fim de avaliar a magnitude da exposição ou efeitos), comoreensão e especificação de limites de variabilidade como idade e sexo dos organismos e significância biológica.
-No Biomonitoramento, a coleta sistemática de dados relativos aos efeitos observados sobre os Biomonitores permite a criação de um inventário de respostas à poluição, o que representa o terceiro sistema de informação no controle da qualidade do ar além dos inventários de emissões e de concentrações ambientais de poluentes.
Biomonitoramento Humano
-É um dos métodos utilizados para a determinação de substancias químicas em fluídos corporais humanos, visando proteção da saúde humana em caso de exposição à substancias químicas e deve ser uma atividade sistemática, contínua e repetitiva, de coleta de amostrar biológicas para análises das concentrações dos poluentes, ou de seus produtos de biotransformação ou ainda a avaliação de seus efeitos específicos e não-adversos.
-Esse Monitoramento tem como objetivo avaliar a exposição ou o risco à saúde de indivíduos expostos, comprando os dados obtidos com valores de referências e, se necessário, aplicando ações corretivas.
-Outro método, é o Monitoramento Ambiental que determina as concentrações dos poluentes em matrizes ambientais como ar, água, solo, entre outras.
-Divisão do Monitoramento Humano:
Monitoramento de Dose Interna: Determinação do próprio poluente ou dos seus produtos de biotransformação em amostras biológicas.
Monitoramento de Efeito Bioquímico: Quantificação dos produtos de reação de substancias ativas com biomoléculas como o DNA ou Proteínas.
Monitoramento de Efeito Biológico: Relaciona-se com a avaliação de efeitos biológicos precoces causados por poluentes, por exemplo, níveis de atividade enzimática ou de micronúcleos E para isso é necessário o estabelecimento de Bioindicadores ou Biomarcadores.
-O Biomonitoramento Humano de Dose e de Efeitos Bioquímicos tem grande importância na avaliação da exposição humana a poluentes, pois considera todas as rotas de ingresso e todas as fontes relevantes de introdução do agente toxico, tornando-se um instrumento muito importante para avaliação e gerenciamento de risco. Além de identificar exposição a novos poluentes, tendências e mudanças na exposição, estabelecer a distribuição da exposição em uma população, auxiliar a identificação de grupos vulneráveis e populações expostas à altos níveis de exposição, e ainda identificar riscos ambientais específicos em áreas contaminadas. 
Avaliação dos Efeitos da Poluição do Ar na Saúde Humana
-Os efeitos dos poluentes sobre os organismos normalmente são avaliados levando-se em conta os dados de toxicidade dos poluentes, fatores ligados à exposição dos organismos, e da relação de dose-dependência entre os efeitos e os níveis de exposição dos organismos aos poluentes.
Principais poluentes atmosféricos
-Podem ser divididos em dois grupos.
-Poluentes Prioritários Tradicionais: SO2, NOS2, CO, MO, chumbo e o poluente secundário O3, que são legislados na maioria dos países.
-Poluentes Perigosos do ar: compreendem compostos químicos e os agentes físicose biológicos de diferentes tipos. 
-Os poluentes perigosos estão presentes na atmosfera em concentrações muito menores que os poluentes prioritários tradicionais e normalmente encontram-se localizados em determinadas áreas, porém este grupo apresenta alta toxicidade. 
*Poluentes legislados:
Dióxido de enxofre (SO2):
-Gás incolor ou amarelo
-Muito irritante quando em contato com superfícies úmidas, pois se transformam em SO3, e passa rapidamente a ácido sulfúrico H2SO3.
-O SO2 é um poluente primário clássico associado a presença de enxofre nos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo. Suas principais fontes são os automóveis, usinas termoelétricas, fundições produção de ácido sulfúrico e de papel. 
-As principais fontes naturais são as erupções vulcânicas e a oxidação de gases de enxofre produzidos principalmente pela decomposição de plantas. 
-A emissão desse poluente pode ser reduzida através da utilização de combustíveis com baixo conteúdo de enxofre como, por exemplo, gás natural.
-Inalação:
*Uma vez inalado o SO2 dissolve-se na camada de muco que reveste o epitélio das vias aéreas e se transforma em ácido sulfúrico, sulfitos, bissulfitos e sulfatos. Desta forma a maior parte do dióxido de enxofre inalado por uma pessoa em repouso é retido nas vias aéreas superiores. 
*A atividade física leva a um aumento da ventilação alveolar, com consequente penetração nas regiões mais distais do pulmão. 
*Suas concentrações estão relacionadas com as de material particulado e com maior mortalidade e morbidade por doenças respiratórias, a bronquite crônica e agravamento de doenças cardiovasculares. 
*A exposição a altas concentrações acarreta irritação da mucosa respiratória desde a nasofaringe e a orofaringe até os alvéolos, levando à inflamação, hemorragia e necrose.
*A liberação de mediadores da inflamação induz a hipersecreção de muco e estimulação das terminações nervosas. 
*A resposta primária à inalação do SO2 é uma broncoconstrição reflexa e reversível, levando a um aumento da resistência ao fluxo respiratório por causa do estreitamento das vias aéreas. 
-Algumas plantas são muito sensíveis ao SO2, tendo suas folhas amareladas ou mesmo morrendo quando expostas a concentrações inferiores âs que afetam a saúde humana. 
-O SO2 presente na atmosfera pode levar à formação de chuva ácida e é precursor dos sulfatos, um dos principais componentes das partículas inaláveis (MP).
-Os sulfatos incorporados aos aerossóis são associados à acidificação da água, redução da visibilidade, corrosão de edifícios, monumentos, estruturas metálicas e condutores elétricos.
-Os aerossóis ácidos mais comuns são : sulfato (SO4-), o bissulfato (HSO4-) e o ac. Sulfúrico (H2SO4), os quais podem causar inflamação do trato respiratório superior. 
Material Particulado (MP)
-É uma mistura variada de partículas sólidas e líquidas em suspensão no ar. 
-Tipos de material particulado: poeiras, fumos, fumaça, névoas e neblinas. 
-Poeiras: dispersóides sólidos gerados por desagregação mecânica, ou seja, a poeira tem a constituição química do material que lhe dá origem. EX: talco, amianto, óxido de ferro, algodão, linho...
-Fumos: aerodispersóides sólidos gerados em processo de combustão, sublimação, fundição, ou seja, as partículas sólidas resultantes são diferentes do material que lhes dá origem. 
-Fumaça: aerodispersóides formados pela combustão de matéria orgânica. Podem atingir os alvéolos pulmonares por causa do seu diâmetro.
-Névoas: partículas líquidas obtidas por condensação de vapores. 
-As fontes de material particulado incluem: aerossóis marinhos, poeira de solo, das ruas e rodovias, emissões veiculares, emissões de combustão e de processos industriais, construção e demolição, pulverização de praguicidas, bioaerossois (pólen) e cinzas vulcânicas.
-Em países localizados em regiões tropicais a queima de biomassa como a madeira, as folhas, os alimentos e as florestas são as principais fontes de partículas atmosféricas. 
-A toxicidade das partículas depende do seu tamanho e da sua composição química. O MP10 e o MP2,5 são considerados especialmente perigosos, pois podem facilmente atingir os pulmões e os alvéolos. 
-Partículas maiores que 10um são retidas pelo nariz e nasofaringe sendo removidas com o muco através da expectoração ou da saliva. 
-As menores que 10um ficam retidas nas vias aéreas superiores e podem ser depositadas na árvore traqueobrônquica. 
-As menores que 2,5um se depositam na porção terminal dos brônquios e nos alvéolos. A medida que vão se depositando no trato respiratório, essas partículas passam a ser removidas pelos mecanismos de defesa, como o espirro desencadeado por grandes partículas. Outros mecanismos importantes são a tosse e o aparelho mucociliar, através do qual as partículas que atingem porções mais distais das vias aéreas são fagocitadas pelos macrófagos alveolares sendo então removidas. 
-As partículas depositadas na árvore traqueobrônquica, são eliminadas entre 1 e 20 dias após a exposição enquanto as depositadas nos bronquíolos não ciliados e alveolares são eliminadas muito mais lentamente. 
-As partículas contendo metais pesados, principalmente chumbo e mercúrio, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) e poluentes orgânicos persistentes (POP) tem recebido maior atenção. Os componentes tendem a ser citotóxico para as células pulmonares e vários componentes orgânicos podem induzir toxicidade diretamente ou através da bioativação, gerando produtos genotóxicos. 
-Partículas menores causam maiores prejuízos a saúde e os efeitos de saúde estão relacionados à presença de metais pesados, compostos orgânicos, acidez, atividade oxidativa ou redutiva e ao potencial tóxico. 
-De uma maneira geral, o MP contribui para o aumento da incidência de doenças respiratórias, como a bronquite e a asma. 
-O principal risco associado à emissão de partículas é a capacidade de adsorção de gases tóxicos como SOx e NOx, que podem ser carreados até os alvéolos e causarem danos significativos. 
-As partículas podem viajar por quilômetros na atmosfera, podem atravessar oceanos e se depositarem em outros países. 
-São removidos da atmosfera por sedimentação ou arrastadas pela chuva na forma de deposição úmida. 
-A redução da emissão de MP de origem antropogênica pode se dar através do uso de combustíveis mais limpos (álcool), melhores técnicas de combustão, lavadores na saída de chaminés, e filtros de tela ou carvão ativado. 
Monóxido de Carbono (CO)
-Classificado toxicologicamente como asfixiante químico por agir na formação da carboxiemoglobina. 
-Produto da combustão incompleta e suas principais fontes são os veículos automotores, sistemas de aquecimento, usinas termoelétricas a carvão, queima de biomassa, queima de tabaco e churrasqueiras. 
-Atividade vulcânica, descargas elétricas durante tempestades, emissão de gás natural. 
-Meia vida na atmosfera de 1 a 2 meses a podem ser transportados por milhares de quilômetros. 
-Suas emissões podem ser reduzidas pelo aumento da relação ar/combustível durante a combustão, porem com risco de aumento da formação de óxidos de nitrogênio (NOx). 
-A forma mais efetiva de redução das emissões é o uso de catalisadores nos automóveis. 
-Carboxiemoglobina (COHb):
*Sua concentração normal no sangue de indivíduos não fumantes é de aproximadamente 0,5%, devido a produção endógena de CO durante o catabolismo do heme. 
*O limite biológico para a exposição (LBE) é de 2% de COHb.
*Intoxicações agudas podem ser fatais. A toxicidade do CO se deve a sua afinidade pela hemoglobina e mioglobina com formação de COHb que não transporta o O2 para as células, causando anóxia tecidual. Por isso está associada a prejuízos na acuidade visual, no aprendizado, na capacidade de trabalho e aumento na mortalidade por infarto cardíaco agudo entre idosos. 
Dióxido de nitrogênio (NO2)
-É um gás marrom avermelhado, com forte odor e muito irritante. 
-Os óxidos de nitrogênio (NOx) são formados por reação de oxidação atmosféricas do nitrogênio durantea combustão.
-Suas principais fontes estão relacionadas a processos de combustão: veículos automotores, processos industriais, usinas térmicas a base de óleo ou gás, incineração e também pela oxidação de fertilizantes a base de nitrogênio. 
-Fontes naturais: bactérias que emitem grande quantidade de oxido nítrico na atmosfera. 
-A maior parte dos compostos de nitrogênio é emitida na forma não tóxica de óxido nítrico (NO) que, na sequência sofre oxidação na atmosfera formando o real poluente NO2. 
-NO2 na atmosfera pode levar à formação de ácido nítrico, nitratos, ozônio (O3).
-Suas emissões podem ser reduzidas através da otimização dos processos dos processos de combustão ou pelo uso de conversores catalíticos de emissões. 
-Inalação:
*O NO2 quando inalado, atinge, porções periféricas dos pulmões devido ao seu caráter lipofílico e seus efeitos tóxicos estão relacionados ao seu poder oxidante. 
-Os principais efeitos tóxicos do NO2 são: irritação das vias aéreas, enfisema pulmonar a longo prazo e, em intoxicações agudas, edema pulmonar. 
-Está relacionado às infecções respiratórias (Causadas por vírus), aumento da sensibilidade à asma e à bronquite, e a formação de nitrosaminas carcinogênicas nos pulmões. 
-É capaz de oxidar componentes teciduais (proteínas e lipídios) e de suprimir sistemas antioxidantes, protetores dos organismos. 
-Os efeitos tóxicos são mais acentuados e crianças, nas quais o NO2 prolonga as queixas respiratórias e prejudica a função pulmonar. 
-A exposição durante a gravidez, pode aumentar o risco de complicações gestacionais por danos celulares causados por peroxidação lipídica ou por diminuição materna das reservas antioxidantes. 
-Asmáticos tem resposta aumentada à histamina, à metilcolina e aos alérgenos após inalação de NO2.
-NO2 pode ser transformado em acido nítrico (HNO3) que também é irritante e um dos componentes da chuva ácida responsável por danos a vegetação e às colheitas. 
Ozônio (O3)
-Gás incolor e inodoro nas concentrações encontradas ambientalmente e se encontram em duas camadas distintas da atmosfera: na estratosfera, naturalmente presente devido à fotólise do O2, onde protege os organismos vivos por absorção da radiação ultravioleta emitida pelo sol e na troposfera, presente devido às atividades humanas principalmente em áreas urbanas onde possui potencial tóxico reconhecido.
-O O3 presente na troposfera é um poluente secundário formado por reações catalisadas pela radiação ultravioleta, envolvendo principalmente o NOx e os compostos químicos voláteis (COV).
-Outras fontes são os purificadores de ar e fotocopiadoras.
-Seus níveis são maiores no verão, se elevam no período da manhã, tem o seu pico durante a tarde e decaem durante o inicio da noite, devido as variações da intensidade da luz UV. 
-Meia vida atmosférica é de 1 a 2 semanas durante o verão e 1-2 meses no inverno.
-É um potente agente oxidante e citotóxico que pode afetar a saúde, irritando os olhos e o sistema respiratório, levando a perda da função pulmonar. 
-Torna as pessoas mais suscetíveis a infecções respiratórias e agrava doenças preexistentes. 
-Devido a sua baixa solubilidade em água, o O3 costuma atingir facilmente os alvéolos, produzindo seus efeitos tóxicos com mudanças irreversíveis na estrutura dos pulmões e levando a doenças crônicas, como enfisema e bronquite. 
-Causa dano a vegetação e a agricultura, pois age como inibidor da fotossíntese, produzindo também lesões nas plantas.
-Contribui para o aquecimento global e devido ao seu poder oxidante é capaz de danificar matérias como borracha e couro. 
*Poluentes não legislados pela resolução Conama
Chumbo (Pb)
-É lançado principalmente na forma de MP por processos industriais, como siderurgia, queima de resíduos (lixo domestico) e carvão através de erupções vulcânicas. 
-Nos países que diminuíram ou eliminaram o Pb da gasolina, seus níveis diminuíram. 
-Exposição ambiental ao Pb com efeitos adversos em diferentes sistemas: nerológico, hematológico, metabólico e cardiovascular. 
-Depois de absorvido, pode ser transportado por diferentes via, dependendo da fonte e da extensão da exposição e da sua biodisponibilidade. 
-A fração do Pb absorvida depende das propriedades físico-quimicas como a solubilidade da forma a qual os organismos estão expostos, a exposição atmosférica, e o tamanho da partícula contendo esse metal. 
-Efeitos tóxicos: 
Alterações hematológicas: diminuição da síntese do heme e aumento da destruição dos eritrócitos. 
 Alterações endócrinas: alteração na tireóide e na produção do hormônio de crescimento.
Alterações Neurológicas: encefalopatias, déficit de inteligência.
Alterações Reprodutivas: infertilidade masculina e maior probabilidade de abortos. 
Alterações Imunológicas.
-Nas intoxicações são observados efeitos cardiovasculares, renais e gastrintestinais.
-O Pb inorgânico é classificado como provável carcinógeno pela IARC.
Compostos Voláteis (COV)
-Incluem compostos de uso industrial e aqueles emitidos por veículos motorizados. 
-Presentes na atmosfera devido a sua volatização ou por combustão incompleta.
-Principais fontes: refinarias de petróleo, industrias petroquímicas, exaustões veiculares, produção e distribuição de gás natural, praguicidas e combustão e emissões florestais.
-Devido suas pressões de vapor, ocorre a transição entre a suas fases gasosas e particuladas. Assim muitos estão presentes na atmosfera com suas formas simultâneas. 
-O termo COV é aplicado aos poluentes semi voláteis e engloba não apenas os hidrocarbonetos, mas também moléculas que contém átomos de oxigênio, enxofre e cloro. 
-São precursores do SMOG fotoquímico através da formação de radicais orgânicos que levam a produção de O3 e a modificação da capacidade oxidante da própria atmosfera, onde podem ser distribuídos por grandes distancias.
-Muitos são tóxicos, contribuem para o aquecimento global e os CFC destroem a camadad e ozônio. 
-Presença de compostos mutagênicos e carcinogênicos.
-COV comuns produzidos por motores a diesel: benzeno, tolueno, formaldeído e butadieno. Sendo o benzeno e o butadieno carcinógenos. O formaldeino é irritante das vias aéreas e provável carcinógeno. 
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA)
-Poluentes ubiquitários.
-Encontradas como constituintes de misturas complexas em todos os compartimentos ambientais. 
-Tanto os HPA quanto seus derivados estão associados ao aumento da incidência de diversos tipos de câncer.
-Gerados por fontes naturais, mas as atividades antrópicas as principais responsáveis pela presença nos compartimentos ambientais. 
-Os HPA são gerados através de síntese por bactérias, plantas e fungos ou durante a queima incompleta de matéria orgânica ( EX: incêndios florestais, produção do carvão coque e gás, industrias petroquímicas, derramamentos de óleos combustíveis).
-Os HPA mais pesados e mais mutagênicos estão associados às partículas finas.
-Toxicidade: aqueles de menor massa molecular apresentam maior toxicidade aguda, enquanto os com maior massa são mais genotóxicos. Eles só se tornam genotóxicos após a sua biotransformação, quando são produzidos intermediários reativos que se ligam covalentemente ao DNA. 
-Os mecanismos dos efeitos tóxicos não carcinogênicos podem causar estresse oxidativo, efeitos no sistema imunológico, e alterações no desenvolvimento de espécies aquáticas. 
-Outro efeito: fototoxicidade. A exposição à radiação UV ou aos raios solares pode aumentar a toxicidade dos HPA. 
-Maior incidência de câncer nos limpadores de chaminés (1775).
*Fenômenos Atmosféricos e a Poluição do Ar
-Importância principalmente em centros urbanos.
-A poluição assume significado global quando se observam efeitos: destruição da camada de ozônio, deposição ácida, efeito estufa e transporte dos poluentes por grandes distâncias. 
Chuva Ácida
-Queima de carvão e de combustíveis fósseis, além de outras atividades industriais, lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Ao se combinarem com moléculasde água presentes na atmosfera sob forma de vapor, esses gases formam ácido sulfúrico ou ácido nítrico, tendo como resultados as chuvas ácidas.
-As águas da chuva, geada, neve e neblina carregadas de ácidos, ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações. 
-Essas precipitações ácidas apresentam valores de PH entre 4 e 5, mas podem atingir valores menores: 2.
-As precipitações ácidas podem ser carregadas pelo vento e se precipitarem em locais distantes. 
-A deposição ácida diminui o PH de lagos, rios e solo e tem um efeito acentuado em animais e plantas. 
-Em PH 5,9 a população de animais aquáticos decresce e alguns desaparecem. Em PH 5,4 os peixes não se reproduzem. 
-Pode causar irritação do trato respiratório e membranas mucosas, além de liberar metais tóxicos que estavam adsorvidos no solo , podendo contaminar rios e plantações. 
Inversão Térmica
-Nos primeiros 10 KM da atmosfera, o ar vai se resfriando com o aumento da altitude. O ar nas camadas inferiores da atmosfera é mais quente e, portanto, menos denso e tende a subir para as camadas mais elevadas. Assim ocorre um movimento ascendente do ar quente e descendente do ar frio, que é mais denso. 
-Graças a este movimento os poluentes podem subir juntamente com o ar e dispersar-se nas camadas superiores. 
-A inversão térmica é uma condição meteorológica que ocorre quando uma camada de ar quente se sobrepõe a uma camada de ar frio, impedindo o movimento ascendente do ar. Neste caso, o ar abaixo desta camada fica mais frio, portanto mais denso, dificultando a dispersão do poluente. 
-No inverno a formação das camadas de inversão térmica em baixas altitudes é mais comum, principalmente em cidades com aglomerados de industrias e alta circulação de veículos. Neste caso, a terra estando mais fria, resfria o ar próximo ao solo, ficando a camada de ar quente acima, impedindo o movimento de convecção, formando uma camada de inversão térmica, denominada inversão por radiação. 
-Só interessam camadas de inversão térmica que se formam até 1000m de altitude, que são aquelas que interferem na dispersão dos poluentes. 
-É um fenômeno natural, que não causa poluição com atmosfera limpa. 
SMOG
-Surgiu da associação da palavra smoke (fumaça) + fog (neblina). 
-Acúmulo de poluentes no ar, causado por inversão térmica, por condições topográficas ou por persistência de sistemas atmosféricos de alta pressão. 
-Os poluentes do ar, na forma de partículas líquidas ou sólidas, servem como núcleo para formação de neblina, principalmente no inverno, causando o smog.
-Há dois tipos de smog: o redutor e o oxidante.
Smog oxidante ou fotoquímico: é rico em óxidos de nitrogênio, aldeídos, ozônio e PAN, resultantes da ação da luz sobre o NO2. Cidades com tráfego pesado, clima seco e ensolarado são mais susceptíveis a formação de smog fotoquímico. 
Smog redutor: é rico em óxidos de enxofre e fuligem, provenientes da queima de carvão. 
Efeito Estufa e Aquecimento Global
-A troposfera permite a passagem das radiações solares que chegam a Terra, no entanto, impede a saída da radiação refletida, conservando parte da energia recebida. Esse efeito é conhecido como efeito estufa. Esse efeito mantêm a atmosfera cerca de 30°C mais aquecido em relação a sua ausência, possibilitando a vida no planeta. 
-O vapor de água, o dióxido de carbono(CO2), metano(CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso (N2O) retém parte dos raios infravermelhos irradiados da terra. 
-A prod. industrial, de energia e o transporte, atividades humanas fundamentais, são as maiores fontes de liberação de CO2 na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.
-Aumento dos gases do efeito estufa=aumento da temperatura média da superfície e mudanças no padrão climático, com aumento de furacão, tufão e ciclones, pois o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas. 
-Acordos internacionais para a redução da emissão de poluentes, principalmente CO2.
Redução da camada de ozônio
-O ozônio é uma espécie de oxigênio altamente reativa que compõe uma camada que envolve a terra. 
-Essa camada esta localizada de 15 a 30 KM de altitude, possui 20 KM de espessura e possui concentração de O3 relativamente constante. 
-Protege a terra contra a radiação ultravioleta, pois o O3 tem capacidade de absorção da radiação de acordo com a reação:
O3 O2+O
O+O32 O2
-CFC podem causar diminuição do O3 na estratosfera.
CF2Cl2(FI2) CF2Cl + Cl
Cl+O3ClO + O2
ClO-Cl+O2
-Uma molécula do CFC destrói muitas moléculas de O3.
-Vôos supersônicos que liberam NO também são responsáveis pela destruição da camada de ozônio.
CONTAMINANTES DA ÁGUA E DO SOLO
Demanda de água: 70-80% para irrigação; 20% para indústria; 6% consumo doméstico.
Introdução
Poluente é qualquer substância química que causa um efeito nocivo sobre o meio ambiente e encontra-se em concentrações acima das de referência, disponível para interagir com o ecossistema; do contrário, trata-se de um contaminante. 
Uma dada substancia pode, nas mesmas condições de exposição, ser tóxica (poluente) para um organismo e não tóxica (contaminante) para outro dificuldade de se estabelecer os efeitos nocivos no ecossistema utilizados como sinônimo. 
Fontes de exposição
- Atividade antropogênicas: intencionais ou deliberadas (aplicação de biocidas, efluentes industriais sem tratamento) e não intencionais.
- Consumo de recursos naturais em ritmo mais acelerado do que aquele no qual eles podem ser renovados pelo sistema ecológico.
- Geração de produtos residuais em quantidades maiores do que as que podem ser integradas ao ciclo natural de nutrientes.
- Processos naturais: degradação de rochas, atividades vulcânicas, incêndios florestais.
Uma vez liberados, estes contaminantes podem atingir as águas superficiais, o solo e a atmosfera.
- O lançamento da rede de esgoto nas águas superficiais consiste na maior fonte de contaminação deste meio.
Esgoto: rejeitos domésticos e de origem industrial urina, fezes, papel, sabão, detergente - constituintes do lixo doméstico – bem como metais e substâncias orgânicas (solventes, praguicidas, medicamentos, etc.) utilizadas nos processos industriais. 
- Lançamento de efluentes industriais, agrícolas e de áreas de mineração podem ainda ser lançados diretamente nas águas superficiais liberação seguida de diluição, degradação ou evaporação.
- Contaminantes presentes na atmosfera deposição seca ou úmida atingem corpos d’água.
- Solo: pode ser contaminado por lançamento direto de poluentes nesse meio, deposição de materiais transportados por via aérea ou no alagamento de certas áreas pode rios ou mar poluídos contaminantes podem ser lixiviados (atingindo águas subterrâneas), degradados ou complexarem-se com constituintes do solo.
- Atmosfera: contaminantes chegam através do estado gasoso ou como partículas ou gotículas. Quando no estado gasoso podem ser transportados por longas distancias pelos movimentos das massas de ar, ou formarem contaminantes secundários devido a sua reação com constituintes da atmosfera ou com outros contaminantes. Partículas e gotículas percorrem distâncias menores antes de serem removidas e atingirem o solo ou as águas superficiais.
TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE CONTAMINANTES
- Condicionado a processos físicos abióticos, como a movimentação das massas de ar e água ou difusão, e a fatores bióticos. 
- Meio ambiente é dividido em 4 compartimentos ou fases distintas, mas interligados:
Ar (atmosfera)
Água superficial (hidrosfera)
Superfície terrestre (solo ou litosfera)
Organismos vivos (biosfera)
- Movimentação dos contaminantes é determinada por processos relacionados às propriedades químicas dos compartimentos ambientais e dos contaminantes:
- Polaridade e hidrossolubilidade em geral, quanto mais polar for a substancia maior a sua capacidadede ser distribuída no ciclo hidrológico. São mais facilmente dissolvidas do solo e dificilmente se volatilizam das águas superficiais. Dentre os sais inorgânicos, aqueles formados por metais alcalinos e alcalino-terrosos rapidamente liberam seus íons, enquanto os sais metálicos tendem a formar ligações covalentes ao invés de iônicas, apresentando, portando, menor hidrossolubilidade.
- Coeficiente de partição se um líquido não polar (p.ex. octanol, óleo) é misturado à água, formam-se duas camadas. O coeficiente de partição octanol-água reflete a concentração da substânia X nas duas fases quando o equilíbrio é atingido.
 O coeficiente será maior quanto menor a polaridade da substância. É utilizado para predizer a distribuição ambiental e a bioconcentração dos contaminantes.
- Pressão de vapor reflete a tendência do líquido ou sólido em se volatilizar e se eleva com o aumento da temperatura. 
- Estabilidade da molécula o tempo de residência de uma substância química no meio ambiente e, consequentemente, a distâncias que esta percorre a partir do ponto de emissão depende da estabilidade da molécula. 
Meio ambiente substancias degradadas por processos químicos (hidrolise, fotoxidação) e bioquímicos. Estabilidade e mobilidade do contaminante esta relacionada a sua própria estrutura e a propriedades do compartimento ambiental como temperatura, nível de radiação solar, pH, concentração de matéria orgânica e inorgânica, condição de umidade, quantidade de oxigênio, etc. 
Moléculas recalcitrantes: resistentes à degradação química e bioquímica meia vida longa maior permanência dessas substancias no ambiente maior impacto no ecossistema. Outras moléculas, por sua vez, ao sofrerem degradação resultam em produtos mais tóxicos que o precursor. 
Transporte e distribuição no meio aquoso
- Contaminantes presentes nas águas superficiais podem se encontrar em solução, suspensão, sedimentação. O material em suspensão pode se encontrar sob a forma de gotículas ou partículas (como o óleo) e os contaminantes podem estar dissolvidos ou adsorvidos a estas gotículas ou partículas, podendo ser transportados pela agua por longas distancias. 
- Distancia a ser percorrida: depende da estabilidade e estado físico do contaminante e do fluxo do corpo d’agua. 
- O destino de substancias no meio aquoso depende de suas propriedades físico-químicas, especialmente lipossolubilidade, pressão de vapor e estabilidade química. Compostos menos estáveis são mais facilmente hidrolisáveis, representando menor risco (a não ser que o produto de hidrólise seja mais toxico do que o precursor). 
- Os contaminantes podem ser removidos do meio aquoso por volatilização potencial de volatilização = constante de Henry.
- A polaridade é importante na distribuição e persistência dos contaminantes no meio aquoso substâncias hidrofílicas tendem a se dissolver no meio aquoso e se distribuir através da superfície da água.
- Os fatores que afetam o comportamento dos metais no meio aquoso são: (1) propriedades físico-químicas do meio; (2) tipo e concentração dos constituintes da coluna d’agua; (3) tipo e densidade de solventes sólidos e a cinética dessas reações associadas ás influencias a temperatura e atividade biológica.
- Bactérias podem reduzir enzimaticamente esses metais. A biota influencia também no estado de oxirredução devido aos processos ligados a fotossíntese e decomposição em períodos de intensa atividade biológica, alterações significativas no estado de oxirredução e pH podem ocorrer em áreas localizadas determinando uma modificação no ciclo biogeoquímico dos contaminantes metálicos ali presentes. 
- Adesão dos metais às superfícies dos minerais, na presença de matéria orgânica, aumenta em pH mais baixo e diminui em pH mais elevado pequena fração fica livre no meio aquoso (menor toxicidade).
- Metais podem ser transformados de uma espécie inorgânica para orgânica, nos sedimentos.
- Cadmio, chumbo e zinco tornam-se mais moveis em pH mais ácido, podendo ser lixiviados até as aguas subterrâneas em pH acido ocorre enfraquecimento das ligações dos metais com as partículas de argila ou material orgânico.
- Portando, a disponibilidade de um determinado metal no meio aquoso é dependente da salinidade do meio, pH, estado de oxi-redução, presença de MO e de compostos aos quais o metal pode se ligar, distribuição da matéria orgânica e proporção de areia e argila no solo.
Transporte na atmosfera
- Transporte de poluentes é mais rápido do que na hidrosfera, devido a baixa viscosidade do ar. Os principais processos envolvidos são difusão e advecção. Para um mesmo contaminante, a velocidade de difusão no ar é 100x maior do que na água. 
Transporte no solo
- Se o contaminante apresenta elevada pressão de vapor e baixa afinidade pelos constituintes do solo sofre rápida volatilização. A velocidade dos ventos e a umidade do solo podem afetar a volatilização. Se o contaminante for hidrossolúvel lixiviado aguas.
- O movimento dos metais do solo para águas profundas por lixiviação é muito lento, exceto em situações de elevada acidez. 
Degradação abiótica
- Compreende as transformações químicas e fotoquímicas. Geralmente, as transformações abióticsa resultam em novos compostos orgânicos, mas não levam à mineralização.
Hidrólise: função da temperatura e pH.
Fotólise: primária direta e indireta. A direta consiste na absorção de luz pela substância química resultando na sua transformação. A indireta, implica na transferência de energia, elétrons ou átomo H para a substancia química a partir de espécies excitadas, o que induz a transformação. 
Reações de oxi-redução.
- O solo e o meio aquoso não são matrizes tão boas quanto a atmosfera para as alterações fotoquímicas devido a atenuação da luz incidente.
Degradação biótica (biodegradação)
- É o mecanismo de degradação mais importante para os compostos orgânicos na natureza, em termos de massa de material transformado e extensão da degradação. 
- Elimina os contaminantes sem dispersá-los através dos meios.
- Produtos finais: CO2, H20 e biomassa microbiana.
- A velocidade de biodegradação depende da composição química do produto e de fatores ambientais específicos.
- Esse processo pode ser aeróbico ou anaeróbico.
- Variáveis ambientais que afetam esse processo:
Temperatura
- Todas as transformações biológicas são afetadas pela temperatura.
- Em geral, conforme a temperatura se eleva, a atividade biológica tende a aumentar até a temperatura em que ocorre desnaturação enzimática.
- A temperatura ótima para biodegradação varia de 10-30°C
- Grosseiramente, pode-se afirmar que a velocidade de degradação dobra a cada 10°C de elevação na temperatura.
pH
- pH ideal para biodegradação é próximo do neutro (6 a 8)
- Para a maioria das espécies → pH ótimo é ligeiramente alcalino (maior que 7)
- A atividade bacteriana encontra-se significativamente diminuída em pH menor que 5
- Condições ligeiramente ácidas favorecem a atividade de fungos; pH ótimo entre 5 e 6
Potencial Redox
- Na biodegradação aeróbica a presença de O2 é fundamental, pois as etapas inicias do catabolismo envolvem a oxidação dos substratos por oxigenases.
- O teor de O2 e o potencial redox relacionado determinam a presença de diferentes tipos de microrganismos, aeróbicos e anaeróbios.
- A decomposição anaeróbia de hidrocarbonetos ocorre muito lentamente em alguns casos, como para os constituintes do petróleo. 
- Alguns compostos como benzoato, hidrocarbonetos clorados, benzeno, tolueno, xileno, naftaleno e acenafteno são degradados na ausência de oxigênio.
- Na maior parte do ambiente aquático e na parte superior dos sedimentos, as condições aeróbias prevalecem.
- Porém, em algumas partes do meio aquático, a concentração de oxigênio pode ser muito baixa em alguns períodos do ano devido a eutrofização e consequente, decaimento na produção de matéria orgânica. 
- Os parâmetros convencionais de oxidação medidos são demanda bioquímica de oxigênio (BOD5), demanda química de oxigênio (COD), carbono orgânicototal (TOC), demanda total de oxigênio (TOD) e demanda teórica de oxigênio (ThOD).
- A BOD é um bioensaio que mede o oxigênio dissolvido e consumido pela microbiota durante a oxidação da matéria orgânica presente. 
Concentração de contaminante
- Em geral, o crescimento de microrganismos competentes não ocorre quando a concentração do contaminante encontra-se abaixo do valor limite (em torno de 10ug/L).
- Em concentrações abaixo do valor limite, provavelmente, não há estimulo suficiente para iniciar a resposta enzimática e o contaminante não é utilizado como substrato primário da microbiota.
- No ambiente aquático, a maioria dos contaminantes orgânicos está presente em concentrações baixas e serão degradados como substratos secundários.
Concentração de microrganismos viáveis
- A biodegradação no ambiente aquático e terrestre dependa da presença de microrganismos competentes em número suficiente.
- A comunidade microbiana natural consiste de uma biomassa diversa e quando uma nova substância é introduzida em concentração suficientemente elevada, a biomassa deve se adaptar para degradas essa substância. 
- Frequentemente, a adaptação da população microbiana é causada pelo crescimento de espécies capazes de degradas a substância.
- Outros processos que podem ocorrer durante a adaptação: indução enzimática, troca de material genético e desenvolvimento de tolerância à toxicidade do contaminante em questão.
Tempo de adaptação 
- A adaptação consiste no intervalo decorrido entre a exposição e o início da efetiva degradação.
- Este intervalo depende da presença de espécies competentes, ou seja, da comunidade de microrganismos. 
- Quanto maior a ubiquidade (capacidade de se estar em mais lugares ao mesmo tempo) do contaminante maior a probabilidade de se encontrarem espécies competentes e menor o tempo de adaptação.
Quantidade e qualidade de nutrientes, vitaminas e traços de metais
- No ambiente aquático, o ajuste do balanço entre carbono, nitrogênio e fósforo oferece maiores problemas do que no solo (em que pode-se utilizar fertilizantes), devendo ser efetuado de forma a não ser dissipado da interface óleo-água.
- Estratégias utilizadas: encapsulamento do fertilizante numa matriz que permita a flutuação e liberação lenta ou o uso de componentes oleofílicos que permaneçam na interface. Entre os fertilizantes oleofílicos podem ser empregados: uréias parafinadas, octilfosfato, octato férrico, fosfato duplo de amônia e magnésio parafinado, que estimulam a biodegradação em ecossistemas aquáticos.
Espécies microbianas
- As bactérias são os agentes primários das alterações geoquímicas devido à relação entre área superficial e volume, distribuição abundante, velocidade de crescimento e metabolismo elevado, capacidade de adaptação, possibilidades nutricionais e enzimáticas.
- Essas características asseguram o seu papel dominante como catalisador na transferência de elementos entre os vários compartimentos e o ciclo biogeoquímico desses elementos na biosfera (C, S, Fe, P).
- Além da biorremediação (reduzem/removem contaminantes do ambiente) para contaminantes orgânicos, as bactérias apresentam potencial como redutoras de metais. 
- As superfícies bacterianas, como os minerais, apresentam grupos funcionais que se ligam a espécies catiônicas como os metais. A capacidade adsortiva e a afinidade aos metais está associada aos tipos de grupos funcionais e, portanto, à composição da parede bacteriana e atividade metabólica.
- Influencia do pH→ diferentes sítios da superfície bacteriana desempenharão papeis mais relevantes no meio aquático em pH mais baixo e outros em pH mais elevado. 
- No meio aquático, as bactérias podem ser encontradas na forma planctônica, biofilmes ou flocos de agregados em suspensão. A existência, dominância e importância de cada uma dessas formas varia de acordo com o sistema aquático, os vários compartimentos (coluna d’água, sedimento, mar aberto ou litoral) e a influência das condições ambientais em dada linhagem bacteriana. 
- As bactérias fotossintéticas (algas azuis) permanecem na região de grande luminosidade (até 100m de profundidade) dos lagos, associadas aos sedimentos no litoral ou flutuando livre na zona superior da massa aquática de lago.
- As bactérias que decompõem matéria orgânica, ligadas a redução de sulfatos ou oxi-hidróxidos de Fe (III) ou Mn (III/IV) são mais comumente encontradas em sedimentos anóxicos.
- Os biofilmes bacterianos podem se estender por alguns metros e funcionam como biorreatores criando microambientes geoquímicos que podem diferir substancialmente da coluna d’água. 
Acumulação dos contaminantes pela biota
- A concentração das substâncias na biota (conjunto de todos os seres vivos de uma região) é determinada pelo equilíbrio entre a absorção, biotransformação e excreção, o que depende da substância e do organismo.
- Algumas substâncias tendem a se acumular bastante na biota, outra não; alguns organismos acumulam muitas substâncias, enquanto outro não o fazem.
- Bioconcentração (BCF) → fenômeno em que, no equilíbrio, a concentração da substância no organismo é maior que sua concentração no compartimento de seu entorno (água, sedimento ou solo).
- A BCF é determinada experimentalmente e para ocorrer, em geral, a substância precisa ser lipossolúvel, estar presente no meio e ser absorvida. 
- Propriedades que alteram a disponibilidade da substância no meio irão alterar a sua bioconcentração.
- Bioacumulação→ concentração da substancia no organismo considerando todas as vias e rotas de exposição (ar, agua, sedimento, solo e alimento).
- Fatores externos e internos interferem no potencial de bioconcentração e de bioacumulação de substancias orgânicas. Podem estar relacionados à absorção ou à velocidade de excreção. 
- Fatores que interferem na absorção:
Tamanho do organismo
Tamanho da molécula
- Quanto maior a molécula menor o seu coeficiente de difusão e portanto, menor a absorção. 
- Substâncias ionizadas não são absorvidas prontamente e o pH do meio influencia na absorção.
Disponibilidade
- A adsorção a partículas orgânicas, a complexação com cátions e ânios presentes no meio ou a diminuição da solubilidade em determinada faixa de pH reduzem a disponibilidade da substância e sua absorção pelo organismo.
Fatores ambientais
- Parâmetros ambientais podem interferir na fisiologia do organismo e afetar a absorção.
- Fatores que afetam a velocidade de excreção:
Tamanho do organismo
- O tempo necessário para se atingir o equilíbrio é função do tamanho do organismo.
Teor lipídico
- Organismos com elevado teor lipídico tendem a acumular mais substâncias lipossolúveis.
Metabolismo
- Em geral, o metabolismo ou a biotransformação de contaminante determina a formação de produtos mais hidrossolúveis que podem ser facilmente excretados.
- A biotransformação pode, também, alterar a toxicidade do composto. O produto de biotransformação formado pode ser mais tóxico que o precursor.
- Biomagnificação→ acúmulo e transferência das substâncias via cadeia alimentar, resultando em cargas corpóreas maiores quanto mais elevado for o nível trófico do organismo.
Principais contaminantes 
Contaminantes da água de consumo
- As substâncias químicas podem estar presentes na água de beber advinda da fonte de origem (mananciais) que pode ter recebido as cargas poluidoras do processo de tratamento ou do sistema de distribuição. 
- Na fonte podem ser encontradas também substâncias de origem natural tais como sódio, arsênio, mercúrio, substâncias radioativas naturais e artificiais (como urânio e radônio) e produtos químicos fabricados pelo homem (praguicidas).
- Essas substâncias podem atingir a fonte de água superficial através da chuva ou pela infiltração no solo.
- Alguns produtos químicos, como o cloro, são adicionados à água para destruir microrganismos como bactérias e vírus e podem dar origem a outras substâncias, como os tri-halometanos.
- A presença de altas concentrações de algumas substâncias químicas na água para consumo é motivode preocupação das autoridades sanitárias.
- Atualmente são usadas uma ampla variedade de polieletrólitos como auxiliares do processo de coagulação. A presença de resíduos de monômeros desses produtos é de grande importância. Muitos polieletrólitos são polímeros ou copolímeros derivados da acrilamida e em ambos os casos o monômero, a própria acrilamida, está presente como impureza. Outro exemplo é a presença do tetracloreto de carbono detectado no cloro usado no processo de desinfecção da água. 
- No Brasil, a Portaria 518/2004 do MS estabelece os valores mínimos permitidos da presença de contaminantes na água para consumo humano. 
- A existência de regulamentações nacionais estritas sobre a qualidade do material das tubulações também evita a possível contaminação da agua de consumo pelos constituintes das tubulações de plástico.
Tri-halometanos (THM)
- Durante a cloração, processo de desinfecção de água para consumo humano mais utilizado no Brasil, alguns compostos e classes de compostos são identificados como subprodutos orgânicos.
- O cloro reage com a matéria orgânica presente naturalmente na água (substâncias húmicas) formando um grupo de subprodutos orgânicos. 
- Os THM são compostos por um carbono ligado a halogênios e possuem a fórmula geral CHX3, onde X pode ser cloro, bromo, iodo ou combinações a partir dos mesmos. 
- Aparecem principalmente na água potável, como subprodutos resultantes da reação entre substâncias químicas que se utilizam no tratamento oxidativo (cloro livre) e matérias orgânicas (ácidos húmicos e fúlvicos) naturalmente presentes na água. 
- Os níveis de THM na água de abastecimento podem aumentar à medida que a água clorada percorre o sistema de distribuição, devido à presença contínua do cloro residual.
- Os ácidos húmicos e fúlvicos, também denominados de precursores dos THM, são resultantes da decomposição da vegetação. A maioria desses ácidos contém radicais cetona, que podem produzir halofórmios após a reação com cloro.
- Vários fatores como a temperatura ambiente, pH do meio, concentração e tipo de cloro, características dos seus precursores e outros podem influencias esta reação.
- A formação dos THM pode ser esquematizada: Espécies halogenadas + Cloro livre + Precursores = THM + Subprodutos
- Na água de abastecimento clorada o triclorometano (clorofórmio) e o bromodiclorometano são predominantes, também o dibromoclorometano e o tribromometano (bromofórmio) são frequentemente encontrados.
- Os THM são normalmente encontrados juntos na agua tratada e a soma das concentrações desses compostos, definida como tri-halometanos totais, tem sido utilizada na legislação de muitos países para controle de aguas de abastecimentos público.
- Toxicidade → se refere principalmente ao clorofórmio (CF)
- Os quatro compostos principais de THM são líquidos à temperatura ambiente. A sua volatilidade varia de relativa a extremamente volátil. Os THM são pouco solúveis em água.
Toxicocinética
- A exposição humana aos THM não está restrita à ingestão da água contaminada, devido à alta volatilidade e lipossolubilidade desses compostos. 
- A utilização da água para atividades como lavagem de roupas e banho, pode ser uma via importante de exposição.
- Os THM são rapidamente absorvidos pelo TGI.
- O CF, após administração por via oral, é rapidamente e quase completamente absorvido e transportado para os tecidos. 
- A concentração sanguínea máxima de CF é atingida dentre de 1 a 1,5h após a ingestão.
- Os níveis mais altos são encontrados na gordura, sangue, fígado, rins, pulmões e sistema nervoso.
- O CF parece ser capaz de atravessar a barreira placentária e também já foi identificado no leite materno.
- Estudos indicam que a toxicidade do clorofórmio é atribuível a seus metabólitos.
- O sistema P-450 é responsável pela catálise nos processos de biotransformação hepática e possivelmente extra-hepática (rins e pulmões) do CF.
- O principal órgão de biotransformação do CF é o fígado, levando a formação de fosgênio. O fosgênio pode reagir diretamente com a água levando à formação de CO2 e HCl. 
- Outra via de biotransformação é a reação com a cisteína ou glutationa dando produtos secundários ou com macromoléculas intracelulares induzindo dano celular. 
Espectro dos efeitos tóxicos
- A exposição aos THM através da água de abastecimento tratada por cloração pode levar ao aparecimento de efeitos tóxicos sistêmicos decorrentes da alta frequência, tempo prolongado e baixas concentrações. Os efeitos crônicos observados são caracteristicamente retardados, admitindo período de latência para a carcinogenicidade. 
- A hepatotoxicidade e a nefrotoxicidade, características desses compostos podem ser exacerbadas, mesmo para exposições a baixas concentrações, sendo que os efeitos de interação, principalmente com o etanol, podem ser importantes dentro dos efeitos tóxicos. 
- É nos efeitos mutagênicos, carcinogênicos e teratogênicos que reside a maior importância desses compostos.
- O CF parece não ser um mutágeno forte, porem aguas que passaram pelo processo de cloração apresentam resultados positivos para o teste de Ames, indicando que o efeito mutagênico é atribuível a outros subprodutos formados na cloração.
Obs.: o teste de Ames é empregado para avaliar a atividade mutagênica de compostos químicos, utilizando linhagens de bactérias Salmonella thiphimurium que apresentam características importantes para detecção de mutações, incluindo sequências sítio-específicas no DNA que respondem positivamente para reversão, aumento da permeabilidade celular a grandes moléculas, ausência do sistema de reparo de DNA, entre outras.
- A IARC (agência internacional do câncer) classifica o bromofórmio no grupo 3, não classificável como carcinógeno humano.
- No Brasil, a Portaria n. 518/2014 do MS estabelece um valor máximo permitido de 0,1mg/L de THM totais em água para consumo humano.
- Além dos THM, outros subprodutos são formados durante o processo de cloração, dentre eles estão os ácidos haloacéticos, principalmente os ácidos dicloro e tricloroacéticos, ocupam o 2º lugar na prevalência de classe de halorgânicos encontrados em água de consumo clorada.
Fluoretos
- É um elemento natural e ocorre em concentrações próximas de 0,3g/kg da crosta terrestre, na composição de vários minerais.
- O fluoreto raramente ocorre no estado elementar, que é muito reativo, existindo mais na forma iônica ou como uma variedade de fluoretos orgânicos e inorgânicos. 
 - A ocorrência dos fluoretos no ambiente pode ser provocada por fontes naturais e antropogênicas. Incluem: lavas de vulcões, poeiras de diferentes origens de solos que contenham fluoretos, fumaça da queima de carvão e atividades industriais.
- É um constituinte normal da água, sendo que a concentração depende da quantidade de precipitações recebidas na região, as quais produzem a lixiviação dos depósitos naturais. 
- O fluoreto está presente nas águas superficiais e subterrâneas, dependendo de fatores geológicos, químicos e de características físicas da área, como consistência do solo, porosidade das rochas, pH e temperatura, entre outros. As concentrações de fluoreto nas águas subterrâneas variam com o tipo de rocha em que o aquífero está em contato.
- A fonte mais importante de fluoreto na água de beber é natural. O fluoreto inorgânico presente nos minerais é largamente utilizado na indústria, inclusive na produção de alumínio. Os fluoretos podem ser liberados no ambiente a partir da rocha fosfática usada na produção de fertilizantes; esses depósitos fosfáticos contêm cerca de 4% de flúor.
- O fluoreto também pode ser adicionado intencionalmente à água de abastecimento, onde o ácido fluorsilícico, o hexafluorosilicato de sódio e o fluoreto de sódio são usados na fluoretação.
 - A exposição diária ao fluoreto depende principalmente da área geográfica. Em geral, a principal fonte de ingresso de fluoreto no organismo humano parece ser o alimento, com contribuições menores da água de beber e uso de dentifrício.
- Em áreas comocorrência natural de fluoreto em concentrações elevadas, particularmente em água subterrânea, a água de beber torna-se uma importante fonte de exposição ao fluoreto. 
Toxicocinética
- O fluoreto ingressa no organismo pela via digestiva e respiratória e também pode ocorrer pela via dérmica. 
- O ingresso de fluoreto no organismo ocorre por meio dos alimentos, água de beber, dentifrícios contendo fluoretos e do ar. A exposição ao fluoreto por inalação é insignificante, exceto na exposição ocupacional.
- A principal via de absorção do fluoreto é o TGI. 
- O fluoreto é depositado principalmente nos ossos e é eliminado do organismo pela urina, fezes, suor e saliva. Pode ser eliminado também nas secreções, como lágrimas, leite e nos tecidos inertes (pelos e unhas).
Efeitos tóxicos
- O efeito tóxico mais importante do fluoreto para saúde humana é a fluorose óssea, sendo endêmica em áreas que contêm altas concentrações de fluoreto na água e solo.
- Os efeitos da fluorose óssea incluem mudanças histológicas (aumento na densidade óssea) e morfométricas nos ossos, entre outros. Em áreas não endêmicas, a fluorose óssea é resultante de exposição industrial. Essa condição é reversível com a redução do ingresso de fluoreto.
- Outros efeitos decorrentes da exposição crônica ao fluoreto são as alterações nos dentes que variam desde mudança na coloração do esmalte a graves hipoplasias do esmalte e da dentina. 
- Porém, o fluoreto tem também efeito benéfico, que é a prevenção da cárie. A concentração mínima de fluoreto em água para produzir esse efeito protetor é 0,5mg/L. Esses níveis são benéficos pois promovem a redução da dissolução dos cristais de hidroxiapatita dos dentes e dos ossos devido à formação de um composto menos solúvel.
- Dependendo da concentração e da ingestão, também pode causar efeito adverso no esmalte do dente chamada fluorose dentária.
- A ingestão de grandes quantidades de fluoreto pode causar sérios efeitos nos tecidos esqueléticos. Considera-se que há esse risco em ingestão total diária de fluoreto de 14 mg.
- A OMS e a Portaria 518/2004 do MS estabelecem um valor orientador para água de consumo humano de 1,5mg/L.
Nitrato (NO3-) e nitrito (NO2-)
- São íons de ocorrência natural que fazem parte do ciclo do nitrogênio.
- O nitrato é usado principalmente em fertilizantes inorgânicos, e o nitrito de sódio é usado na preservação de alimentos, especialmente em carnes curadas.
- Os fertilizantes contendo nitrogênio inorgânico e resíduos contendo nitrogênio orgânico são decompostos e formam amônia no solo que é depois oxidada a nitrito e nitrato. O nitrato é absorvido pelas plantas durante o crescimento e usado na síntese de compostos orgânicos nitrogenados. O restante do nitrato move-se para a água subterrânea.
- Sob condições aeróbicas, grande quantidade de nitrato percola para o aquífero devido à pouca degradação ou desnitrificação. Sob condições anaeróbicas, o nitrato pode ser desnitrificado ou degradado quase completamente a nitrogênio. 
- Em águas superficiais, a nitrificação e desnitrificação podem ocorrer dependendo da temperatura e pH, porém a diminuição de nitrato na água superficial é devida em grande parte à absorção pelas plantas. A concentração de nitrato em água superficial é normalmente baixa (0-18mg/L) mas pode atingir níveis altos para lixiviação em áreas agrícolas, lixiviação de resíduos, ou contaminação de dejetos humanos e animais. 
- Os compostos de nitrogênio são formados no ar pelo efeito da luz solar ou são liberados no ambiente a partir de processos industriais, motores de veículos e agricultura intensiva. O nitrato está presente no ar principalmente como ácido nítrico e aerossóis inorgânicos, também como radicais nitrato e gases orgânicos ou aerossóis. Estes são removidos pela deposição úmida e seca.
- O aumento do uso de fertilizantes artificiais, a disposição de resíduos (particularmente de criação de animais), e mudanças no uso do solo são os principais fatores responsáveis para o aumento progressivo dos níveis de nitrato nas águas de abastecimentos subterrâneas. Uma vez que o nitrato atinge estes aquíferos, eles permanecerão contaminados por décadas.
Toxicocinética
- O nitrato ingerido é absorvido rápida e completamente na porção superior do intestino delgado. O nitrito pode ser absorvido diretamente no estômago e no intestino. O nitrato é rapidamente distribuído para os tecidos.
- Aprox. 25% do nitrato ingerido são secretados na saliva, em que são parcialmente reduzidos a nitrito pela microbiota oral; nitrato e nitrito são depois engolidos e reentram no estômago. A redução bacteriana do nitrato pode também ocorrer em outras partes do TGI.
- O nitrito absorvido é rapidamente oxidado a nitrato no sangue. Este na corrente sanguínea está envolvido na oxidação da hemoglobina (Hb) para metemoglobina (MHb): o Fe2+ presente no grupo heme é oxidado para sua forma
Fe3+, e o nitrito restante se liga fortemente à esta forma oxidada do heme. A forma Fe3+ não consegue transportar oxigênio devido à sua ligação forte com o oxigênio. Desta maneia, a metemoglobina pode levar à cianose.
- No estomago o nitrito reage com compostos nitrosilados (p.ex. aminas secundárias e terciárias ou amidas no alimento) para formar compostos N-nitrosos. 
- A maior parte do nitrato ingerido é eventualmente excretado na urina como nitrato, amônia ou uréia sendo a excreção fecal insignificante. Um pouco de nitrito é excretado.
Efeitos tóxicos
- O efeito à saúde mais preocupante de nitrato e nitrito é o desenvolvimento da metemoglobinemia, chamada de “síndrome do bebê azul”. A redução do transporte de oxigênio é manifestada clinicamente quando as concentrações de MHb atingem 10% ou mais das concentrações da Hb normal; esta condição, chamada de metemoglobinemia, causa cianose e, em altas concentrações, asfixia.
- A Hb fetal (presente em grandes quantidades nos recém-nascidos) é mais suscetível à formação de MHb do que de adultos. Além disso, nos lactentes ocorre deficiência da MHb redutase, enzima responsável pela redução de MHb para Hb. 
- Muitos dos compostos N-nitrosos formados no estomago apresentam carcinogenicidade em animais e provavelmente são também carcinogênicos para humanos (câncer gástrico). 
- No Brasil, a Portaria n. 518/2004 do MS estabelece os valores máximos permitidos na água de consumo humano para nitrato de 10 mg/L e para nitrito 1 mg/L. 
Contaminantes de água e risco à saúde humana
- Do ponto de vista da saúde pública, a contaminação da água é a principal fonte de exposição para a população. Os locais contaminados podem contes um grande número de agentes químicos capazes de promoves câncer, desordens ao nível de SNC e alterações do aparelho reprodutor, dentre outros.
- Em geral, os efeitos não são agudos; na maioria das vezes, os efeitos crônicos são subliminares e de difícil detecção.
- Não é só a população do entorno de locais contaminados que se encontra exposta a substâncias perigosas. Os funcionários dos aterros sanitários e industriais também constituem população de risco.
Redução das fontes: 
- Utilização de torres de refrigeração de ar ao invés de torres de resfriamento de água para eliminar o calor residual de usinas de energia.
- Tratamento da água para remover a poluição ou converte-la em formas que posam ser eliminadas com segurança – cloração (matar MO) e filtração (remoção de metais pesados).
- Uso de nanotecnologia: nanoparticulas capturam metais pesados como chumbo, mercúrio e arsênico da água.
- Escoamento superficial urbano ou Naturalização: tratamento de esgoto urbano antes que se atinja os rios, lagos ou oceano. Criação de um circuito fechado na paisagem local que impeça o escoamento superficial deixar a propriedade – plantas abaixo das calhas verticais e drenagem de áreas de estacionamentos direcionadas para outros jardins em vez de voltados para a rua.
LIMPEZA AGUAS SUBTERRANEAS:
- Remoção e descarte do solo + tratamento da água – extração de vapor.
- Biorremediação (MO que degradam a gasolina) – mais barato.*Atenuação por diluição, dispersão, adsorção, volatilização e biodregradação (hidrocarbonetos são transformados em água, CO2 e MO).
Efeitos sobre a saúde humana
- 80% de todas as moléstias e >1/3 dos óbitos dos países em desenvolvimento = água contaminada.
- 1/10 do tempo produtivo de cada pessoa se perde devido a doenças relacionadas à agua.
- Exposição humana a despejos industriais: dores de cabeça, náuseas, irritações na pele e pulmões, redução de função neurológica e hepática. Efeitos genotóxicos como carcinomas GI, bexiga, anomalias reprodutivas e malformações congênitas.
- Principais mecanismoos de transmissão de doenças pela água: (1) Ingestão de água contaminada por agentes biológicos patogênicos; (2) Transmissão que ocorre pela insuficiência da quantidade de água higiene deficiente.
Tratamento da água
- Fossas sépticas:
Utilizada em áreas rurais: encanamento fossa séptica subterrânea separação de sólidos e líquidos e digestão e armazenamento do material orgânico líquido clarificado campo de drenagem solo oxidação e filtração fonte de água doce.
* Podem falhar: incapacidade de bombear para fora do tanque quando este está cheio de sólido e drenagem pobre do solo com efluência a superfície em tempo de chuva --> poluição aguas subterrâneas e superficiais
- Estações de tratamento de esgoto:
Esgoto casas, empresas e industrias tubulações estação:
TRATAMENTO PRIMÁRIO (remove 30-40% da DBO)
Gradeamento (remoção de material orgânico grande e flutuante) caixa de areia (remoção de pedras pequenas, cascalhos) decantador primário ou tanque de sedimentação (materiais particulados se sedimentam) lama ou lodo.
TRATAMENTO SECUNDÁRIO 
Esgoto do decantador primário + lodo + ar tanque de aeração ativação do lodo + bactérias anaeróbias gás metano água residuária desinfectada (cloração) rio, lago ou oceano.
TRATAMENTO AVANÇADO
Tratamentos adicionais: filtros de areia, carbono e componentes químicos.
TRATAMENTO COM CLORO (pode ser prejudicial ao ser humano).
DESCARTE DE RESÍDUOS 
Obrigações e sanções legais
- Constituição Federal de 1988: Art 225, parágrafo 3 - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
- Ainda não existe um documento legal no nível federal que estabeleça os principais critérios para gestão de resíduos sólidos no Brasil
- Seguir preceitos da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA – Lei 6.938, 1981)
Licenciamento ambiental obrigatório para atividades que geram resíduos sólidos 
- Regulamentações no nível federal – Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA): 
Resolução 313, 2002 – Inventário Nacional de Resíduos e estabelecimento de critérios para determinados tipos de tratamento de resíduos
Resolução 316, 2002 – Tratamento térmico de resíduos
- Quando atividade tem impacto apenas dentro do estado – órgão mais atuante e responsável pelo estabelecimento de normas e licenciamento ambiental das atividades é o órgão ambiental estadual.
- Lei 9.605, 1998 - Estabelece sanções para quem praticar condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, o que engloba o gerenciamento inadequado de resíduos sólidos. As multas previstas podem chegar a R$ 50 milhões e as penas de reclusão a cinco anos.
Os resíduos e suas classificações
- Segundo Norma NBR 10004: Resíduos sólidos - Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
Classe I – Perigosos: Aquelas cujas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Para que um resíduo seja apontado como classe I, ele deve estar contido nos anexos A ou B da NBR 10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. 
EX: óleo lubrificante usado ou contaminado; óleo de corte e usinagem usado; equipamentos descartados contaminados com óleo; lodos de galvanoplastia; lodos gerados no tratamento de efluentes líquidos de pintura industrial; efluentes líquidos ou resíduos originados do processo de preservação da madeira; acumuladores elétricos a base de chumbo (baterias); lâmpada com vapor de mercúrio após o uso (fluorescentes).
RESÍDUOS CLASSE II - NÃO PERIGOSOS 
Resíduos Classe II – A Não inertes: Podem apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. 
Resíduos Classe II - B Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G, da NBR 10004. 
EX Classe II A: o lixo comum gerado em qualquer unidade industrial (proveniente de restaurantes, escritórios, banheiros etc.) 
EX Classe II B: para determinar com precisão o enquadramento nesta categoria, o resíduo não deve constar nos anexos da NBR 10004, não pode estar contaminado com nenhuma substância dos anexos c, d ou e da norma e ser testado de acordo com todos os métodos analíticos indicados.
Implantação de Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR)
Planejamento
Levantamento dos aspectos ambientais (conhecer os resíduos gerados) 
- Geração: quais processos geram resíduos? Escritórios, banheiros, cozinhas e manutenção (óleo lubrificante, latas de óleo, peças inservíveis.
- Classificação: quais são as classes?
- Quantificação: definição de formas de transporte e armazenamento, analise financeira do tratamento e destinação final.
Requerimentos legais
- Definição dos objetivos e metas
As definições de cada um dos 3Rs, na ordem em que os mesmos devem ser considerados estão relacionadas a seguir: 
1) Redução da geração na fonte: Implantação de procedimentos que priorizam a não geração dos resíduos. Estas ações podem variar de implantação de novas rotinas operacionais a alterações tecnológicas no processo produtivo. 
2) Reutilização de resíduos: Neste caso o resíduo é reaproveitado sem que haja modificações na sua estrutura. Um exemplo é a utilização dos dois lados de uma folha de papel. 
3) Reciclagem de resíduos: No caso da reciclagem há um beneficiamento no resíduo para que o mesmo seja utilizado em outro (ou até no mesmo) processo. Um exemplo é a reciclagem de latinhas de alumínio. As latinhas passam por um processo de beneficiamento para que o alumínio seja reaproveitado no processo.
Implementação e operação
Estrutura e responsabilidade
Treinamento, consciência e competência:
- Informações quanto às características e os riscos inerentes ao trato de cada tipo de resíduo; 
- Orientação quanto à execução das tarefas de coleta, transporte e armazenamento;
- Utilização adequada de equipamentos de proteção individual - EPI necessários às suas atividades; 
- Procedimentos de emergência em caso de contato ou contaminação com o resíduo, tanto individual quanto ambiental.
Manuseio e acondicionamento: 
É obrigatório descrever detalhes das formas de manuseio de armazenamento para cada resíduo gerado segundo normas NBR 12235, NBR 11564, NBR 7500 e NBR 11174.
- O manuseio e acondicionamento corretos dos resíduos possibilitarão

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