AÇÕES AUTONÔMAS DE IMPUGNAÇÃO

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AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO: HABEAS CORPUS E REVISÃO CRIMINAL
HABEAS CORPUS
Definição:Ação autônoma de impugnação.
Função:Objetiva preservar ou reestabelecer a liberdade de locomoção ilegalmente ameaçada ou violada. Não possui natureza recursal.
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Quando pode ser impetrado:Pode ser impetrado a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória, visando reconhecer nulidades processuais.
Classificação: 
HC Preventivo (Salvo Conduto)
HC Repressivo ou Liberatório (Alvará de Soltura)
HC Profilático (Destinado a suspender atos processuais ou impugnar medidas que possam importar em prisão futura com aparência de ilegalidade).
Hipóteses De Impetração Do Habeas Corpus:
Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a Lei.
Quando não houver Justa Causa
Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação.
Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo.
Quando o processo for manifestamente nulo
Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a Lei autoriza.
Quando extinta a punibilidade
 
Sujeitos Do Habeas Corpus
Paciente:
Aquele que sofre ou está ameaçado de sofrer o constrangimento ou ameaça de constrangimento à sua liberdade de locomoção.
Apenas pessoas físicas podem ser pacientes no habeas corpus, não sendo admitida a impetração do remédio heroico em favor de pessoas jurídicas.
Coator:O coator pode ser tanto uma autoridade quanto o particular.
É quem exerce ou determina o constrangimento ilegal.
Impetrante:
Para a impetração de HC, não se exige a presença de Advogado.
Trata-se de pessoa que impetra o HC, podendo ser qualquer pessoa do povo.
REVISÃO CRIMINAL
Definição:É a medida que tem por objetivo a desconstituição da decisão judicial condenatória transitada em julgado.
. Não possui natureza recursal, traduz-se em, em fim, como uma verdadeira ação penal de conhecimento de caráter desconstitutivo, de uso exclusivo da defesa, e não está sujeita a prazos.
PRESSUPOSTOS DA REVISÃO CRIMINAL:
Existência de Decisão Judicial condenatória.
Ocorrência de Trânsito em julgado
Ocorrência de Trânsito em julgado.
CABIMENTO DA REVISÃO CRIMINAL:Quando sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos.
 
Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente 
Falsos:
Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstâncias que determine ou autorize diminuição especial de pena.
DILAÇÃO PROBATÓRIA:Na Revisão Criminal não há contraditório tampouco fase instrutória voltada à produção de provas.
No caso de surgirem provas novas que beneficiem o acusado, a defesa poderá entrar com um pedido de AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA, que consiste em espécie de ação CAUTELAR de natureza preparatória, para que sejam realizadas tais provas no Juízo de 1º grau. Se esse pedido de audiência for indeferido, utiliza-se o habeas corpus.
INEXISTÊNCIA DE PRAZO PARA O INGRESSO DA REVISÃO CRIMINAL:
Não existe prazo para o ingresso da Revisão Criminal, podendo ela ser ajuizada em qualquer tempo, até mesmo depois da morte do Réu.
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAMENTO DA REVISÃO CRIMINAL:
Primeiramente a Revisão Criminal não se consubstancia em recurso propriamente dito, possuindo, isto sim, a natureza de uma ação, de competência originária dos Tribunais.
Os TJs e os TRFs, ficarão incumbidos do julgamento de revisão, independentemente de ter sido a decisão proferida por juiz de 1º grau ou por eles próprios em única (ação penal originária) ou em última (julgamento de recursos) instância.
Compete aos Tribunais Regionais Federais, processar e julgar originariamente as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região.
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA ACEITABILIDADE DO PEDIDO DE REVISÃO CRIMINAL:
 O Tribunal poderá alterar a classificação da infração
 Absolver o Réu
 Anular o processo
 Modificar a pena