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Brasil Republicano Aula 23 Primeira República - Introdução Período 1889-1930 Instaurada sem grande participação popular Primeira República ou República Velha Fases: a) República da Espada (1889-1894) b) República Oligárquica (1894-1930) A partir de hoje, 15 de novembro, o Brasil entra numa fase, pois pode-se considerar finda a monarquia, passando a regime francamente democrático com todas as consequências da liberdade. Foi o exército que operou esta magna transformação; assim como em 07 de abril de 1831, ele firmou a monarquia constitucional, acabando com o despotismo do primeiro imperador, hoje proclama, no meio da maior tranquilidade e com solenidade verdadeiramente imponente, que queria outra forma de governo. Assim, desaparece a única monarquia que existia na América. (GAZETA DA TARDE) O Povo assistiu bestializado à Proclamação da República. (Aristides Lobo, O DIÁRIO POPULAR) mudanças • Federação • Fim do voto censitário • Separação Estado Igreja • Laicização dos cemitérios • Registro civil dos nascimentos, casamentos e óbitos ENEM - “O fato é que a transição do Império para a República, proclamada em 1889, constituiu a primeira grande mudança de regime político ocorrida desde a Independência. Republicanistas “puros”, como Silva Jardim, defendiam uma mudança de regime que tivesse como resultado maior participação da população na vida política nacional. Mas, vitoriosos, os republicanos conservadores, como Campos Sales, mantiveram o modelo de exclusão política e sociocultural sob nova fachada. Ao “parlamentarismo sem povo” do Segundo Reinado sucedeu uma República praticamente “sem povo”, ou seja, sem cidadania democrática.” LOPEZ, Adriana, MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 552. (adaptado) Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o processo histórico de implantação e de consolidação da República no Brasil, é correto inferir que: a) o movimento republicano apresentava divisões ideológicas e defendia distintos projetos de República com a intenção de implantá-los no Brasil. b) o republicano Silva Jardim lutava por um regime político essencialmente oligárquico, que foi adotado no Brasil ao longo da Primeira República (até 1930). c) a facilidade para a derrubada do regime monárquico explica-se pelo vigoroso apoio popular às teses republicanas e pelo desprestígio pessoal de D. Pedro II. d) a História do Brasil, em geral, se faz por mudanças bruscas e radicais, que transformam integralmente a fisionomia social e política do país. e) o presidencialismo republicano assegurou a expansão da democracia brasileira ampliando o nível de participação política da sociedade na Primeira República (até 1930). REPÚBLICA DA ESPADA Deodoro da Fonseca - Encilhamento (política econômica – Rui Barbosa) - Primeira constituição republicana Floriano Peixoto (“Marechal de ferro”) - Revolta da Armada - Revolta federalista - Obras públicas - Primeira eleição: Prudente de Moraes • República dos coronéis (fazendeiros) ou República do café com leite República oligárquica - Apesar do aumento do número de eleitores, eles não podiam votar de forma livre e democrática, pois o sistema baseava-se no voto aberto, o que possibilitava uma interferência violenta dos coronéis na política. Coronelismo Economia essencialmente agrária, com 70 % da população trabalhando no campo. Os coronéis possuíam influencia local, pois possuíam grupos armados a seu favor, além de serem a opção da população mais pobre em termos de auxílios que o Estado não realizava. Voto de Cabresto : exigência por parte dos coronéis na opção dos eleitores por determinados candidatos, sob pena de perda de “favores” ou violência física. Fraudes eleitorais: documentos falsificados para analfabetos votarem, pessoas mortas inscritas como eleitores, urnas violadas, votos adulterados. As oligarquias agrárias organizavam a rede de transmissão de poder desde o município até o governo federal. Política dos governadores Implementada por Campos Salles (1898-1902) O Presidente apoiava as decisões dos governadores em nível estadual, e em troca os governos estaduais ajudavam a eleger para o congresso, deputados e senadores favoráveis ao presidente. Política do “café com leite” PRP- Partido Republicano paulista PRM- Partido Republicano Mineiro Oligarquias de Minas e São Paulo no poder; Oposição enfraquecida Permanência de uma estrutura de desigualdade (FUVEST 2009) Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu: “... a política se orienta não mais pela vontade popular livremente manifesta, mas pelos caprichos de um número limitado de indivíduos sob cuja proteção se acolhem todos quantos pretendem um lugar nas assembleias estaduais e federais”. (A crise nacional, 1925.) De acordo com o texto, o autor: A) critica a autonomia excessiva do poder legislativo. B) propõe limites ao federalismo. C) defende o regime parlamentarista D) critica o poder oligárquico. E) defende a supremacia política do sul do país. (ENEM) - “O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional”. CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado). Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de: A) governar com a adesão popular. B) atrair o apoio das oligarquias regionais. C) conferir maior autonomia às prefeituras D) democratizar o poder do governo central. E) ampliar a influência da capital no cenário nacional