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ACIDENTES PERFUROCORTANTES Pérfuro-cortantes O que são Pérfuro-cortantes? Todo material que possa provocar cortes ou perfurações. Causas dos Acidentes de Trabalho Ato inseguro Condição insegura do ambiente Fator pessoal de insegurança EPIDEMIOLOGIA • 600.000 a 800.000 ACIDENTES POR ANO - USA • METADE DESSES ACIDENTES NÃO SÃO COMUNICADOS • ACIDENTES COMUNICADOS ENVOLVEM EQUIPE ENFERMAGEM • 30 ACIDENTES COM AGULHA PARA CADA 100 LEITOS POR ANO • AGULHAS - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES PERCUTÂNEOS NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH /CDC -Alert Preventing Needlestick Injuries in Health Care Settings - Publication No. 2000 - 108, November 1999. BRASIL ??? Introdução • As exposições ocupacionais a materiais biológicos (MB) potencialmente contaminados continuam representando um sério risco aos profissionais da área da saúde (PÁS), no seu local de trabalho. Apesar de muitos estudos desenvolvidos nesta área, os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais freqüentemente relatadas. • Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes, em geral, são considerados extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir mais de vinte tipos de patógenos diferentes, sendo os vírus da Imudodeficiência Humana (HIV), da Hepatite B e da Hepatite C os agentes infecciosos mais comumente envolvidos • Evitar a exposição ocupacional é o principal caminho pra prevenir a transmissão dos vírus das Hepatites B e C e o do HIV. Entretanto a imunização contra a Hepatite B e o atendimento adequado pós-exposição são componentes integrais para um programa completo de prevenção destas infecções e elementos importantes para a segurança do trabalho 11/08/2017 9 Hepatites virais e AIDS • São os agentes mais importantes das infecções causadas por lesão por perfurocortantes – longos períodos sem sinais ou sintomas clínicos 11/08/2017 10 RISCO DE TRANSMISSÃO • Quando um trabalhador de saúde sofre uma lesão por perfurocortante contaminado, existe o risco de transmissão de: – Hepatite B: 1 a cada 3 exposições • existe vacina! – Hepatite C: 1 a cada 30 exposições – AIDS: 1 a cada 300 exposições ACIDENTES DO TRABALHO • As atividades de atenção à saúde com cuidados diretos à pacientes e manuseio de material destes pacientes não previamente esterilizados, traz uma carga de risco de acidentes muito grande para o trabalhador. O principal e mais evidente, é o risco de acidentes com materiais perfurocortantes (PFC´s): agulhas, gelcos, lâminas, ganchos, tesouras, etc. SETORES DE MAIOR INCIDÊNCIA • Serviço de enfermagem, Laboratórios de Anatomia e Patologia, Lavanderia, Serviço de limpeza, Banco de Sangue, Coleta de Sangue, entre outros. Por manterem contato direto habitual e permanente com material biológico na execução das atividades diárias. COMO OCORRE A EXPOSIÇÃO • Preparação, • Administração, • Descarte, • Transporte, • Limpeza , • Manuseio de excretas, • Manipulação de fluidos, • Separação e transporte de lixo A exposição mais severa poderá ocorrer durante os seguintes procedimentos: Meios de contaminação: • Contato direto com material biológico, contato indireto através de Perfurocortantes ou ainda pelo contato com o ambiente contaminado (bacilo da Tuberculose). Causas mais freqüentes : • a pressa, que tira a atenção e leva os profissionais a cometerem erros graves como o descarte inadequado; • o esquecimento de perfurocortantes em locais impróprios como macas ou balcões; • utilização errada dos coletores, • reencape de agulhas, • derrubada de agulhas no chão, • quebra de ampolas sem proteção para as mãos, Causas mais freqüentes : • a falta de equipamentos adequados, • iluminação deficiente nos ambientes de trabalho, • pacientes agressivos ou descontrolados, • falta de funcionários causando sobrecarga de serviço, 1) Cite três setores de maior incidência por acidentes por perfurocortantes 11/08/2017 18 Acidentes com perfurocortantes • EUA: cerca de 1.000 exposições percutâneas (parenterais) a material biológico por dia em hospitais • Europa: cerca de 1 milhão de ferimentos por agulhas por ano • Números reais difíceis de estimar – evolução silenciosa e demorada das doenças, dificultando o nexo causal – trabalhador da saúde não reconhece o trabalho como possível agente causal de agravos a sua saúde várias dificuldades para relatar e registrar acidentes Trabalhos estatísticos ACIDENTES MAIS FREQUENTES NA ÁREA DA SAÚDE • entre Agosto/1998 e Agosto1999, ocorreram 2.196 acidentes, • entre uma população de 17.046 trabalhadores, • em 14 entidades paulistas do setor de assistência à saúde, • Deste total de acidentes 38% representou os acidentes com PFC´s. DIAS PERDIDOS : 5.590 FONTE : COMISSÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR - HOSPITAL SÃO PAULO - UNIFESP - JUNHO 2001 ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO HOSPITAL SÃO PAULO - JAN 1994 A JUN 2000 n= 1767 CARACTERÍSTICAS Nº (%) SEXO FEMININO 1263 71,5 MASCULINO 504 28,5 ATIVIDADE ENFERMAGEM 779 44,1 MÉDICOS 140 7,9 RESIDENTES (MEDICINA E ENFERMAGEM) 320 18,1 ALUNOS 161 9,1 LIMPEZA 236 13,4 LABORATÓRIO 64 3,6 OUTROS 43 2,4 IGNORADOS 17 1,0 LOCAL PRONTO-SOCORRO 259 14,7 UNIDADES CLÍNICAS 529 29,9 UNIDADES CIRÚRGICAS 317 17,9 UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 164 9,3 CENTRO CIRÚRGICO 132 7,5 OUTROS 226 12,8 DESCONHECIDOS 133 7,5 CARACTERÍSTICAS Nº (%) DISPOSITIVO AGULHA 1238 70,1 LÂMINA 133 7,5 OUTROS 292 16,5 IGNORADO 97 5,5 MOMENTO DO ACIDENTE SELF-INDUCED 655 37,1 MOVIMENTO DO PACIENTE 124 7,0 MOVIMENTO DE COLEGA 106 6,0 REENCAPE 184 10,4 DESCARTE INADEQUADO 433 24,5 USO DE EPI SIM 932 52,7 NÃO 706 40,0 FLUIDO BIOLÓGICO SANGUE 1319 74,6 OUTROS 186 10,5 DESCONHECIDO 255 14,4 11/08/2017 22 Custos dos ATs e seus efeitos • Para a sociedade: perda de profissionais especializados (e caros) em um setor de grande importância social e aumento dos gastos com benefícios previdenciários e tratamento dos trabalhadores acidentados • Para os trabalhadores da saúde: aquisição de doença grave, diminuindo sua expectativa e qualidade de vida e com prejuízos também à sua família (questões afetivas e financeiras) 11/08/2017 26 Perfurocortantes envolvidos 11/08/2017 27 Risco de AT por perfurocortante Outros resultados • dos 398 acidentes ocupacionais notificados oficialmente, 125 (30 a 40%) foram perfurocortantes e 89 (71,20%) ocorreram entre trabalhadores de enfermagem e, na maioria dos casos, no período diurno (79,53%). Os maiores causadores de acidentes foram as agulhas (47,24%). As situações mais freqüentes de ocorrência se deram quando da administração de medicamentos (25,78%). • Concluiu-se que os trabalhadores de enfermagem foram os mais atingidos pelos acidentes ocupacionais envolvendo material perfurocortante. FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S ¨ Conscientização do Profissional quanto a sua segurança e ao risco que está exposto; ¨ Utilização de EPI’s aplicáveis a cada função e atividade; FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S • ¨ Realização de exames médicos específicos (periódico) para cada tipo de atividade e exposição; • ¨ Fixação do Mapa de Risco em todos as áreas, informando ao funcionário os riscos a que está exposto: FORMAS DE PREVENÇÃO.USO DE EPI´S • Reciclagem periódica para os profissionais; • Conhecimento das técnicas de trabalho; • Conhecimento dos limites técnicos e do ambiente; FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S • Manutenção correta de material e equipamento. • Adoção de Vacinas contra Hepatite, Tétano, etc. • Modernização de equipamentos; • Melhoria da condições de trabalho; Outras orientações • a) Máxima atenção durante a realização dos procedimentos; • b) Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes; Outras orientações • c) As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos; • d) Não utilizar agulhas para fixar papéis; Outras orientações • e) Todo material perfuro-cortante (agulhas, seringas, scalp, laminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que esterilizados, devem ser desprezados em recipientes resistentes à perfuração e com tampa; Outras orientações • f) Os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento 2) Cite cinco formas de prevenção de acidentes por perfurocortantes DE QUEM E RESPONSABILIDADE ? ¨ Empresa ¨ Profissional ¨ Chefias diretas ¨ CIPAS ¨ Sindicatos INFORMAÇÃO A IMEDIATA DA EXPOSIÇÃO • Dentre as formas de prevenção, está a comunicação de exposição a material biológico de forma imediata, para dar tempo de serem tomadas medidas de ação preventiva contra a contaminação por HIV ou Hepatite, que será determinado pelo Médico do Trabalho ou Médico Infectologista. ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO • 1. Acidentes com instrumentos perfurocortantes (agulhas, Lâminas de bisturi, etc.) visivelmente ou potencialmente contaminados. • 2. Acidente com sangue e seus derivados ou fluídos corporais, que tenham contato com a pele integra ou em solução de continuidade da pele, ou com a mucosa do acidentado. Riscos Biológicos em Serviços de Saúde Relação entre vias de contaminação e doenças • Via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, influenza, viroses respiratórias, doença meningocócica • Exposição ao sangue e fluidos orgânicos: HIV, hepatites B e C, raiva • Transmissão fecal-oral: hepatite A, poliomielite, gastroenterite, cólera • Contato com o paciente: escabiose, pediculose, colonização por stafilococos Aquisição ocupacional acidental de HIV • OMS – 103 casos documentados de soroconversão – 219 casos prováveis • EUA – 56 casos documentados • 49 relacionados a exposição a sangue • 46 relacionados a acidentes pérfuro-cortantes • 22 enfermeiros, 16 técnicos de coleta, 6 médicos • Soroconversão entre 2 e 6 semanas após acidente – MMWR 2001;50 (RR-11) – Ministério da Saúde; 2004 3) Explique com suas palavras o maior percentual de contaminação por Hepatite B por perfurocortantes • Para situações semelhantes, o acidentado deve comunicar à sua chefia direta ou à Medicina do Trabalho, relatando detalhadamente o ocorrido (Relatório de Acidentes). • E os infectantes não perfurocortantes? Segundo a mesma Resolução, são os materiais que contenham sangue ou fluidos corpóreos. No caso das farmácias e drogarias são os algodões com sangue. MEDIDAS LOCAIS • Devem ser aplicadas imediatamente após todos os acidentes com material biológico: 1. Contato em pele integra: Lavar a região atingida com água e sabão e aplicar álcool etílico a 70% ou povidine. 2. Contato com mucosa: Lavar a parte atingida com água corrente ou solução fisiológica. 3. Perfurocortantes: Promover o sangramento pressionando a área vizinha, lavar com água e sabão, aplicar álcool etílico a 70% ou povidine. - O que fazer após a exposição acidental a material biológico? Recomendações CDC-2001 e MS-2004 Material = sangue, fluidos com sangue ou fluidos de risco Sim Não Exposição de mucosa ou pele lesada Exposição * de pele íntegra Exposição percutânea Volume Pequeno (poucas gotas, curta duração) Grande (muitas gotas e/ou longa duração) CE 1 CE 2 Sem PPE Gravidade Menos grave (agulha sólida, arranhão) Mais grave (agulha oca, profundo, sg visível, proc vascular) CE 2 CE 3 Sem PPE Determinar a Categoria de Exposição Recomendações CDC-2001 e MS-2004 Fonte de exposição HIV negativo HIV positivo Status ou fonte desconhecida Sem PPE Exposição a títulos baixos baixos (assintomático, CD4 alto) Exposição a títulos altos (AIDS avançado, HIV agudo, CV crescente, CD4 baixo) HIV SC 1 HIV SC 2 HIV SC desconhecida Determinar a Categoria de Status - HIV INDICAÇÕES DE ANTI-RETROVIRAIS AVALIAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA (QP) PARA O HIV MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO? SOROLOGIA ANTI-HIV CONHECIDA ? SIM NÃO HIV NEGATIVO HIV POSITIVO PACIENTE - FONTE COM SOROLOGIA DESCONHECIDA PACIENTE -FONTE DECONHECIDO (LIXO,ETC) TIPO DE EXPOSIÇÃO QP DESNECESSÁRIA VOLUME DE MATERIAL BIOLÓGICO MUCOSA OU PELE NÃO ÍNTEGRA GRAVIDADE PERCUTÂNEA PELE ÍNTEGRA HIV DESCONHECIDO ALTA CARGA VIRAL BAIXA CARGA VIRAL C 1 2 3 A B QP DESNECESSÁRIA 1 + A OU 1 + C QP NÃO RECOMENDADA 1 + B OU 2 + C OU 3 + C CONSIDERAR QP BÁSICA 2 + A RECOMENDAR QP BÁSICA RECOMENDAR QP EXPANDIDA2 + B OU 3 + A OU 3 + B PEQUENO GRANDE PEQUENO RISCO GRANDE RISCO QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA = AZT + 3TC Indicada em exposições com risco conhecido de transmissão QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA = AZT + 3TC + IP (IDV ou NFV) Indicada em exposições com risco elevado de transmissão pelo HIV • Quimioprofilaxia = potencial de toxicidade, então: não é indicada em exposições com risco desprezível de transmissão e o esquema expandido não é recomendado para todos os tipos de exposição QUIMIOPROFILAXIA PARA HIV MEDICAMENTOS USADOS NA PROFILAXIA APÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AZT cap. 100 mg - 2 cap., 8/8h ou 3 cap., 12/12h eventos adversos: anemia, neutropenia, leucopenia, plaquetopenia, náuseas,vômitos, astenia, cefaléia, miopatia, pigmentação ungueal e de mucosas 3TC comp. 150mg - 2 comp., 12/12h eventos adversos: pancreatite, diarréia, dor abdominal, anemia, neutropenia MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA PROFILAXIA APÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL IDV cap. 400mg - 2 cap., 8/8h (com ingestão de líquidos > 1,5litros/dia) eventos adversos: nefrolitíase, hematúria, cefaléia, insônia, náuseas, vômitos, astenia, fadiga, dist.do paladar, pele e boca secas, dor abdominal, plaquetopenia, hiperbilirrubinemia indireta assintomática, hipercolesterolemia, aumento de TGL, hiperglicemia e diabetes NFV comp. 250mg - 3 comp., 8/8h eventos adversos: diarréia, exantema, flatulência, náuseas, dor muscular, fraqueza, aumento de TGL, hipercolesterolemia, hiperglicemia e diabetes 1- Cuidados locais com a área exposta devem ser iniciados imediatamente após o acidente. Recomenda-se lavar exaustivamente o local com água e sabão, em casos de exposição percutânea. Não há evidencias reais da vantagem em se usar soluções anti-sépticas (PVP – Iodo ou Clorexidina) em substituição ao sabão. Em casos de exposições de mucosas, a lavagem deve ser feita com água ou solução fisiológica. Não utilizar éter, hipoclorito ouglutaraldeido, pois podem causar irritação local e aumentar ou mascarar a área exposta. Não efetuar cortes ou injeções locais; • 2- Sendo um acidente no local de trabalho, recomenda- se procurar o Setor de Recursos Humanos ou Departamento de Pessoal para que seja feito o encaminhamento ao serviço de medicina do trabalho. Geralmente este encaminhamento é feito para serviços públicos credenciados para este tipo de atendimento através do preenchimento, pela empresa, do formulário chamado CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). A legislação atual determina que a comunicação pelas empresas privadas seja feita em no máximo 24 horas após o acidente. Nos serviços públicos, o prazo é de até 10 dias. Para os profissionais autônomos, recomenda-se contato direto com um médico do trabalho, o qual poderá orientar diretamente quais as medidas necessárias. O tempo decorrido entre o acidente e o encaminhamento deve ser o menor possível, para que a avaliação médica e a profilaxia sejam iniciadas imediatamente; • 3- É ideal que o laboratório proceda imediatamente a testes sorológicos do paciente e do acidentado. Os testes rápidos (tipo “pack” ou “sabonete”) são os mais recomendados, dados a necessidade de se estabelecer o status da sorologia de ambos para o HIV e as Hepatites B e C, o qual determinará as medidas profiláticas necessárias. Testes mais detalhados devem ser realizados concomitantemente para se determinar com maior fidelidade à situação sorológica, mesmo para outras patologias. Infelizmente, nem sempre há tempo ou condições para que os exames sejam realizados no intervalo de uma a duas horas após o acidente. Nestes casos, quando existe o risco de se ultrapassar o tempo limite para inicio da profilaxia, o médico costuma adotar as condutas considerando-se o paciente-fonte como provável soro-positivo para as doenças de risco • 4- A quimioprofilaxia para o HIV costuma ser empregada baseando-se na avaliação médica criteriosa do risco de transmissão em função do tipo de acidente, da condição sorológica do paciente-fonte, do volume e tipo de material biológico envolvido. Quando indicado o uso profilático dos anti-retrovirais, a quimioprofilaxia deverá ser iniciada o mais rápido possível, dentro de uma a duas horas após o acidente. Estudos com animais demonstraram ineficácia se o tratamento for iniciado de 24 a 36 horas após a exposição. Geralmente é empregada uma combinação de AZT e Lamivudina (3TC), estando disponíveis outras combinações e esquemas alternativos quando necessário. O tratamento costuma ser empregado por um período de quatro semanas, existindo efeitos colaterais geralmente leves e transitórios controlados com outros medicamentos; • 5- A profilaxia para a Hepatite B geralmente emprega Gamaglobulina Hiperimune (HBIG), aplicada via intramuscular, sendo mais eficiente se empregada dentro de 24 a 48 horas após o acidente. O status sorológico do paciente-fonte e do próprio profissional vão determinar a necessidade de sua utilização. Caso o profissional tenha sido vacinado anteriormente e tenha uma resposta imune vacinal conhecidamente adequada, geralmente não é aplicada a HBIG, mesmo que o paciente-fonte tenha HbsAg positivo. Caso o profissional acidentado não seja vacinado ou tenha resposta imune vacinal inadequada, o HBIG é empregado, principalmente se o paciente fonte tenha HbsAg positivo ou desconhecido • 6- Quanto à Hepatite C não existe nenhuma medida especifica que reduza o risco de transmissão viral após exposição ocupacional. Portanto, é apenas por meio da prevenção que tem-se como combater esta patologia. Após um acidente, o acompanhamento futuro do profissional soro- negativo par Hepatite C, anteriormente à sua exposição, é importante para caracterizar-se o acidente de trabalho e entrar com medicamentos o mais precocemente possível - Acompanhamento do profissional acidentado: • período de 6 meses, se material fonte- infectado ou com pacientes-fonte desconhecido • se paciente-fonte HIV negativo, somente se houver risco de janela imunológica • rastreamento de síndrome “mono-like” (80% dos profissionais que soroconvertem) • rastreamento de sinais de intolerância medicamentosa, inclusive com exames laboratoriais • efeitos colaterais são geralmente leves e transitórios e os mais graves se resolvem com a suspensão das medicações ACOMPANHAMENTO DO PROFISSIONAL • acompanhamento sorológico: no momento do acidente, 6 e 12 semanas e 6 meses após o mesmo • período de 12 meses, se sintomas de infecção aguda pelo HIV ou passado sugestivo de deficiência de resposta imune ou exposição simultânea ao HCV • orientação quanto às medidas de prevenção durante o acompanhamento (preservativos; contra-indicados doação de sangue/órgãos, gravidez e aleitamento materno) ACOMPANHAMENTO DO PROFISSIONAL MEDIDAS ESPECÍFICAS DE QUIMIOPROFILAXIA PARA HEPATITE B Vacina (preferencialmente como prevenção) Gamaglobulina Hiperimune (maior eficácia se recebida dentro de 24 a 48h) Profissional de Saúde exposto: Paciente-fonte: HBsAg positivo HBsAg negativo HBsAG desconhecido Ou não testado ## Não Vacinado HBIG * + iniciar vacinação Iniciar vacinação Iniciar vacinação Previamente vacinado Com resposta vacinal conhecida e adequada 1 Sem resposta vacinal Resposta vacinal desconhecida Nenhuma medida específica HBIG* + 1 dose da vacina contra hepatite B 2 ou HBIG (2x) 3 Testar o profissional de saúde: Se resposta vacinal adequada: nenhuma medida específica Se resposta vacinal inadequada: HBIG* + 1 dose da vacina contra hepatite B 2 ou HBIG* (2x) 3 Nenhuma medida específica Nenhuma medida específica Nenhuma medida específica Nenhuma medida específica Se fonte de alto risco 4 , tratar como se fonte HBsAg positivo Testar o profissional de saúde: Se resposta vacinal adequada = nenhuma medida específica Se resposta vacinal inadequada: aplicar 1 dose da vacina contra hepatite B 2 ou HBIG* (2x) 3 MANUAL DE CONDUTAS EM EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO - MINISTÉRIO DA SAÚDE - 13/06/01 http: www.aids.gov.br/assistencia/manual_exposicao_ocupa.html A única medida eficaz é a prevenção da ocorrência do acidente! • A investigação do paciente-fonte e o acompanhamento sorológico do profissional de saúde é importante para a caracterização de uma doença ocupacional • Se paciente-fonte desconhecido, realizar sorologia do profissional (anti- HCV) no momento e 6 meses após o acidente • dosagem de TGO/TGP no momento, 6 semanas e 6 meses após o acidente • Se paciente-fonte HCV positivo, oferecer PCR em serviços de referência para diagnóstico precoce do profissional MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA HEPATITE C Privada - comunicação até 24h, através do CAT Pública - comunicação até 10 dias (RJU, lei nº 8112/90, arts. 211-4) Serviços Estaduais e Municipais - regimes jurídicos específicos • Quimioprofiláticos, vacina Hep.B e HBIG devem ser disponibilizados pelos locais de trabalho, públicos ou privados (estes, sob suas expensas) ORIENTAÇÕES GERAIS QUANTO À LEGISLAÇÃO O IMPACTO EMOCIONAL DE UM ACIDENTE COM AGULHA PODE SER FORTE E DURADOURO, MESMO QUANDO NÃO HÁ CONTAMINAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE O DESCONHECIMENTO DA SOROLOGIA DO PACIENTE- FONTE ACENTUA AINDA MAIS O ESTRESSE DO PROFISSIONAL ACIDENTADO, DA SUA FAMÍLIA E DOS SEUS COLEGAS DE TRABALHO FATOR EMOCIONAL NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH /CDC -Alert Preventing Needlestick Injuries in Health Care Settings - Publication No. 2000 - 108, November 1999. • Após um acidente ocupacionalcom material infectado ou proveniente de paciente-fonte desconhecido, o profissional de saúde deverá ser acompanhado por um período de seis a doze meses, pelo menos. Caso o paciente-fonte seja comprovadamente soro- negativo, para as doenças de risco, é indicado um acompanhamento de três a seis meses, para cobrir-se a possibilidade de o paciente-fonte estar no período de janela imunológica. • É ideal a avaliação clínica periódica nos dois primeiros meses, com o objetivo de detectar sinais e sintomas de infecção aguda pelo HIV, que usualmente ocorrem de três a quatro semanas após a exposição em 80% dos pacientes. A avaliação clinica associada a exames laboratoriais, permitem também a observação de efeitos adversos à quimioprofilaxia para o HIV, se esta houver sido empregada. • A sorologia para HIV deve ser realizada no momento do acidente e repetido após 6 a 12 semanas e após 6 meses. Caso tenham existido sintomas de possível infecção aguda pelo HIV nos primeiros 6 meses, história clinica prévia de deficiência imunológica ou exposição simultânea ao vírus da Hepatite C, o acompanhamento clinico e sorológico devem ser ainda mais rigorosos • Para a Hepatite B, caso o profissional apresente imunidade vacinal anterior ao acidente, não há necesidade de acompanhamento sorológico. Caso contrario, determinar HbsAg e Anti-Hbc após seis meses se o paciente-fonte for HbsAg positivo ou desconhecido. Caso tenha sido empregada a profilaxia com HBIG, determinar também o Anti-Hbs após 12 meses • Para a Hepatite C, caso o paciente-fonte tenha Anti- HCV positivo ou desconhecido, o profissional acidentado necessita realizar o anti-HCV no momento do acidente e após seis meses. É ideal o acompanhamento com dosagens de TGP no momento, seis semanas e seis meses após o acidente, a fim de auxiliar o diagnostico precoce de soroconversão (algumas vezes a TGP se eleva e o Anti-HCV continua dando resultados falso-negativos por um certo período). Se disponível, realizar também técnicas de Biologia Molecular (PCR) para detecção precoce da soroconversão, caso o paciente-fonte seja soro-positivo para Hepatite C. • Como existe o risco de transmissão destas patologias por via sexual, os profissionais acidentados devem ser orientados para utilizar-se de meios preventivos que evitem uma possível contaminação de seus parceiros. O uso de camisinhas é aplicável nas relações sexuais, principalmente durante o período onde não se possa descartar completamente a chance de aquisição da AIDS e das Hepatites após o acidente DIRETRIZES NO USO DE PERFUROCORTANTES 11/08/2017 131 Diretrizes no uso de perfurocortantes • Envolvimento da gestão nos programas de segurança • Garantir boa posição e reconhecimento para os responsáveis pelos programas • Bons programas de capacitação em segurança e de comunicação em segurança • Boa organização e ordenação das tarefas e atividades • Ênfase em reconhecer e premiar o desempenho individual seguro ao invés de só empregar medidas punitivas • Participação do trabalhador no planejamento do programa – influência das opiniões e crenças dos colegas – situar as práticas no contexto específico • Hierarquia de controles 11/08/2017 132 Diretrizes no uso de perfurocortantes • Identificar as circunstâncias, categorias e materiais implicados nos ATs • Identificar os padrões de ocorrência e tendências • Comparar os dados entre instituições • Definir critérios de seleção e avaliação de perfurocortantes com dispositivos de segurança • Substituir perfurocortantes convencionais por modelos com dispositivos – realizar a capacitação – avaliar a eficácia da substituição 11/08/2017 133 Diretrizes no uso de perfurocortantes • Ambiente de trabalho – Materiais acessíveis, em quantidade suficiente, bem distribuídos e sinalizados: EPIs, recipientes para descarte – Instalações favoráveis ao uso seguro de perfurocortantes: circulação, disposição de móveis, iluminação • Organização do trabalho: aspectos psicossociais e clima de trabalho – Tempo – Divisão adequada das tarefas – Melhoria no trabalho em equipe 11/08/2017 134 Diretrizes no uso de perfurocortantes • Capacitar nas precauções padrão de forma inicial e continuada • Estimular e exigir a completa adesão a elas – monitorar a adesão às precauções padrão – divulgar resultados da eficácia da adoção das medidas • Estimular a adesão à vacinação contra hepatite B • Estimular e exigir que comuniquem todo e qualquer AT – divulgar os resultados do monitoramento dos ATs • Realizar a vigilância de saúde e estimular que prossigam no tratamento pós-exposição • Exigir o uso adequado de calçados fechados, EPIs, dispositivos de segurança (quando presentes) O QUE É ACIDENTE DE TRABALHO? São os acidentes ocorridos dentro da Empresa ou a seu serviço, em horário normal de trabalho, ou horário extraordinário, na execução das tarefas atinentes ao cargo, causados por terceiros, ou força maior (natureza). Definição legal: Lei 6.367 de 19 de Outubro de 1976 • Art. 2º Acidentes do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda, ou redução, permanente ou temporária , da capacidade de trabalho. a) Equiparam-se ao acidente do trabalho, para fins desta lei: I- A doença profissional ou do trabalho assim entendida a inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).... II- O acidente que, ligado ao trabalho embora não tenha sido causa única , haja contribuído diretamente para a morte, ou a perda , ou redução da capacidade para o trabalho Definição legal: Lei 6.367 de 19 de Outubro de 1976 • III- O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) ato de imprudência, de negligencia ou imperícia de terceiro, inclusive companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação ou incêndio; f) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior, IV- a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no exercício de sua atividade. V- o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho: ... d) no percurso de sua residência para o trabalho ou deste para aquela. ACIDENTES DE TRAJETO: • São os acidentes ocorridos no deslocamento do funcionário, dentro do itinerário habitual, de sua Residência para Empresa e vice-versa, desde que não interrompido por motivo alheio ao trabalho. Obs: Para caraterização do acidente de trajeto e importante a apresentação de B.O. (Boletim de Ocorrência Policial) ou B.A. (Boletim de Atendimento Médico) no prazo de 24 horas (dias úteis) do ocorrido, ou ainda a apresentação de duas (02) testemunhas (não parentes) constando Nº de RG e endereço completo para confirmação do INSS. Caso o funcionário não puder comparecer, deverá enviar o B.O. ou B.A. por intermédio de outra pessoa, preferencialmente familiar, a fim de caracterizar o acidente dentro do prazo legal. 1. COMO PROCEDER • FUNCIONÁRIO: Todos os caso de Acidente do Trabalho devem ser comunicados imediatamente a empresa. O funcionário acidentado não deverá ausentarda empresa, sem registar e quando for o caso, sem receber o atendimento no dia do acidente, caso contrário, poderá ser descaracterizado como acidente de trabalho, perdendo dessa forma os direitos assegurados na CAT. • Em qualquer situação de acidentes perdem, a empresa com indenizações, contratação de novos funcionários, etc., o empregado com a redução da sua renda, com a perda de sua capacidade física para o trabalho, o risco de contaminação, e o restante dos trabalhadores e a nação. Buscar a redução de acidentes do trabalho e suas conseqüências, deve ser objetivo comum entre os seguimentos sociais. Porem o trabalho de prevenção, estará sempre atrelado ao nível de informação profissional, a periodicidade com que ele é reciclado e como é avaliado mediante execução das tarefas. As campanhas de vacinação são muito importantes, bem como os períodos de integração do funcionário ao trabalho. • Combater a sonegação de informações sobre os acidentes ocorridos, é outra forma de realmente conhecer o universo que deve ser alvo de dos cuidados e esforços direcionados nos níveis de competência legal, profissional e social. Em se tratando de risco BIOLÓGICO e com o aparecimento da “Síndroma da Imunodeficiência Adquirida” – AIDS, sua repercussão e letalidade obrigou o profissional da área de saúde a realizar procedimentos com alto nível de segurança, Os EPI’s, treinamento, conscientização poderão não ser suficientes, pois nosso inimigo é invisível e quando se manifestar poderá ser o fim. Cabe ao profissional estar sempre atento aos riscos relacionados ao seu trabalho, procurando aprimorar os serviços e atendimentos, realizando-os de forma a evitar possíveis acidentes, promovendo deste modo a sua SEGURANÇA NO TRABALHO 4) Cite cinco cuidados que o enfermeiro deve ter com um funcionário de sua equipe quando este acabou de se machucar com um perfurocortante Lixo Hospitalar COLETA SELETIVA • É recolher os resíduos separadamente, conforme a natureza do material, para posterior reciclagem. Grupo D – Resíduos Comuns Grupo E – Resíduos Perfurocortantes • Lâminas bisturi e barbear; • Agulhas; escalpes; • Ampolas de vidro; • Lâminas e lamínulas... Grupo E – Resíduos Perfurocortantes • Devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso. • Recipientes rígidos, sendo proibido o seu reaproveitamento. • Identificação. • Tratamento. Grupo E – Resíduos Perfurocortantes Caixa Coletora ACONDICIONAMENTO • Embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. IDENTIFICAÇÃO • Medidas que permitem o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. • NBR 7.500/94 da ABNT. TRANSPORTE INTERNO • Translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO • Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. ARMAZENAMENTO EXTERNO • Guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS • Remoção dos RSS, do abrigo de resíduos (armazenamento externo), até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS DISPOSIÇÃO FINAL • Disposição dos resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97. De acordo com a Resolução, os resíduos serão classificados como: • Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção, como bolsas de sangue contaminado; • Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X; De acordo com a Resolução, os resíduos serão classificados como: • Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear; • Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis; • Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro. Dicas de Treinamento e Biosegurança: Dicas de Treinamento e Biosegurança: • 1- Mostre todos os materiais considerados perfurocortantes e informe a necessidade de serem descartados imediatamente após o uso; • 2- O local adequado para o descarte de infectantes perfurocortantes deve ser em recipientes estanques, rígidos, com tampa e identificados (tipo DESCARTEX), localizados no local de sua geração; Dicas de Treinamento e Biosegurança: • 3- O funcionário deve ser informado como montar o recipiente rígido (tipo DESCARTEX) e qual o melhor local para coloca-lo (não deixa- lo no chão, em local úmido ou passível de respingamento) Dicas de Treinamento e Biosegurança: • 4- O local adequado para o descarte de infectantes não perfurocortantes deve ser o saco branco leitoso. Estes sacos são padronizados pela ABNT - NBR. 9190 e NBR 9191 de 1993. A lixeira da sala de aplicação deve dispor de pedal para evitar o contato manual com a tampa; Dicas de Treinamento e Biosegurança : • - Azul: papel/papelão - Vermelho: plástico - Verde: vidro - Amarelo: metal - Preto: madeira - Laranja: resíduos perigosos - Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços da saúde - Roxo: resíduos radioativos - Marrom: resíduos orgânicos - Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação. • 5- O funcionário deve ser informado para lavar as mãos antes e após aplicar injeção; • 6- O uso de luvas é opcional, pois os riscos maiores ocorrem no caso de perfurações; • 7- Enfatizar que é expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento • 8- Orientar que as agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente. Caso seja indispensável, a sua retirada só é permitida utilizando-se procedimentomecânico. 5) cite três dicas de treinamento e biosegurança que você implantaria no seu local de trabalho para prevenir acidentes com perfurocortantes Os equipamentos de proteção individual são: luvas máscaras, gorros, óculos, capotes (aventais) e botas, e atendem às seguintes indicações: • - Luvas: sempre que houver possibilidade de contato com sangue, secreções e excreções, com mucosas e com áreas da pele não íntegra (ferimentos, escaras, feridas cirúrgicas e outros); • - Máscaras, gorros e óculos de proteção: durante a realização de procedimentos em que haja possibilidade de respingo de sangue e outros fluidos corpóreos, nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional; • - Capotes (aventais): devem ser utilizados durante os procedimentos com possibilidade de contato com material biológico, inclusive em superfícies contaminadas; • - Botas: proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante (centros cirúrgicos, áreas de necropsias e outros). A melhor maneira de diminuir o risco de doença ocupacional a que todos os profissionais da saúde estão expostos, em maior ou menor grau conforme seu campo de atuação, é não dar chance ao azar, utilizando-se de todas as medidas preventivas disponíveis e lutando pela implantação daquelas ainda indisponíveis. Somos os maiores interessados em nossa saúde, portanto devemos cuidar dela. Não somos imunes às doenças e muito menos aos acidentes que podem promove-las. Os atos mais simples às vezes podem se tornar os mais perigosos se não forem tratados com o devido cuidado e respeito Título: Needle stick injuries in country general practice Autores: D.Lum; Z Mazon; G.Meyer-Rochon; G.Neveldsen; M.Siriwardena; P.Turner; H.Firth Fonte: NZ Med J 110: 122-5, 1997 ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA Resultados: 87 acidentes em 65 (22%) profissionais com taxas por categorias: 25/100médicos/6sem e 17/100enf./6sem (p=0,11) • Procedimento mais comum: sutura (médicos) e injeções (enfermeiras) •fator “reencape de agulhas” (RR=2,64 CI95 1,09-6,40) •Percepção de risco como médio/alto: 36% médicos e 17% enfermeiras 1 Título: Accidental blood contact during orthopedic surgical procedures Autores: A. C. Folin & G. M. Nordström Fonte: Infec Control Hosp Epidemiol 18: 244-6, 1997 ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA Resultados: • 88 contatos com sangue em 83 profissionais, durante 65 acidentes • 78 profissionais incluídos com 93 sítios de exposição ao sangue, sendo os mais frequentes: face, mãos e braços • 79% dos acidentes envolveram respingos de sangue e/ou irrigação de fluidos com exposição da pele íntegra • 13% acidentes pérfuro-cortantes, sendo mais frequentes nos •quirodáctilos esquerdos (todos destros) e o procedimento envolvido •mais comum foi a sutura 2 Título: Sharps disposal in the emergency department: simple techniques and equipment Autor: T. Zimmers Fonte: Am J Emerg Med 17: 53-4, 1999 Nota Clínica: lembrar que nunca devemos reencapar agulhas mas sim depositá-las usando apenas uma das mãos; os locais de depósitos devem ser inclusos nas bandejas de procedimentos; tais depósitos provisórios devem ser facilmente visíveis a todos os profissionais de saúde (por ex.: frascos vazios de medicações de uso parenteral ou pequenos copos de plástico resistentes) ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 3 ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA Título: Application of continuous quality improvement tools to the reduction in risk of needlestick injury Autores: L. Burnett & D. Chesher Fonte: Infec Control Hosp Epidemiol 16: 503-5, 1995 Resultados: redução de cinco vezes no número de seringas para gasometria que chegavam ao laboratório ainda contendo suas agulhas Conclusões: o risco de acidentes com agulhas entre profissionais de laboratório pode ser reduzido através da oferta de seringas para gasometria previamente heparinizadas e encapadas às equipes clínicas, sem o incremento do risco de acidentes para estas últimas 4 Título: The routine wearing of gloves: impact on the frequency of needlestick and percutaneous injury and on surface contamination in the operating room Autores: B. Ben-David & L. Gaitini Fonte: Anesth Analg 83: 623-8, 1996 RESULTADOS: No período I, houve 2855 procedimentos anestésicos, com 8 acidentes com agulhas e um percentual total de acidentes pérfuro- cortantes de 0,6% •No período II, houve 2953 procedimentos, 3 acidentes com agulhas (sendo 1 em profissional sem luvas) e um percentual total de 0,27% p = 0,06 (incluindo o acidente sem luvas no período II) e p < 0,05 (excluíndo o mesmo) ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 5 RESULTADOS (CONTINUÇÃO) • Em relação aos sítios pesquisados para sangue oculto, no ambiente de trabalho dos anestesistas, houve 28 com pesquisas positivas no período I, 16 no período II e 47 com pesquisas negativas, em ambos os períodos (p = 0,07) • A pesquisa adicional de sangue oculto em objetos pessoais dos anestesistas (total de 12 canetas e 6 óculos para leitura) revelou 28% de contaminação no período I e 16,7%, no período II • Os comentários favoráveis à regulamentação do uso rotineiro de luvas foram nitidamente mais frequentes entre os médicos mais jovens, ao contrário dos mais antigos, cuja principal reclamação foi a dificuldade para tomar notas com luvas. ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 5
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