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AULA ACIDENTES PERFUROCORTANTES

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ACIDENTES 
PERFUROCORTANTES 
Pérfuro-cortantes
O que são Pérfuro-cortantes?
Todo material que possa provocar 
cortes ou perfurações.
Causas dos Acidentes de 
Trabalho
Ato inseguro
Condição insegura do ambiente
Fator pessoal de insegurança
EPIDEMIOLOGIA
• 600.000 a 800.000 ACIDENTES POR ANO - USA
• METADE DESSES ACIDENTES NÃO SÃO COMUNICADOS
• ACIDENTES COMUNICADOS ENVOLVEM EQUIPE ENFERMAGEM
• 30 ACIDENTES COM AGULHA PARA CADA 100 LEITOS POR ANO
• AGULHAS - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES PERCUTÂNEOS
NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH /CDC -Alert Preventing
Needlestick Injuries in Health Care Settings - Publication No. 2000 - 108, November 1999.
BRASIL ???
Introdução
• As exposições ocupacionais a 
materiais biológicos (MB) 
potencialmente contaminados 
continuam representando um sério 
risco aos profissionais da área da 
saúde (PÁS), no seu local de 
trabalho. Apesar de muitos estudos 
desenvolvidos nesta área, os 
acidentes envolvendo sangue e 
outros fluidos orgânicos 
correspondem às exposições mais 
freqüentemente relatadas. 
• Os ferimentos com agulhas e 
materiais perfurocortantes, em 
geral, são considerados 
extremamente perigosos por 
serem potencialmente capazes 
de transmitir mais de vinte tipos 
de patógenos diferentes, sendo 
os vírus da Imudodeficiência 
Humana (HIV), da Hepatite B e 
da Hepatite C os agentes 
infecciosos mais comumente 
envolvidos 
• Evitar a exposição ocupacional é o 
principal caminho pra prevenir a 
transmissão dos vírus das Hepatites B
e C e o do HIV. Entretanto a 
imunização contra a Hepatite B e o 
atendimento adequado pós-exposição 
são componentes integrais para um 
programa completo de prevenção 
destas infecções e elementos 
importantes para a segurança do 
trabalho 
11/08/2017 9
Hepatites virais e AIDS
• São os agentes mais importantes das 
infecções causadas por lesão por 
perfurocortantes
– longos períodos sem sinais ou sintomas clínicos
11/08/2017 10
RISCO DE TRANSMISSÃO
• Quando um trabalhador de saúde sofre uma 
lesão por perfurocortante contaminado, 
existe o risco de transmissão de:
– Hepatite B: 1 a cada 3 exposições
• existe vacina!
– Hepatite C: 1 a cada 30 exposições
– AIDS: 1 a cada 300 exposições
ACIDENTES DO TRABALHO 
• As atividades de atenção à saúde 
com cuidados diretos à pacientes 
e manuseio de material destes 
pacientes não previamente 
esterilizados, traz uma carga de 
risco de acidentes muito grande 
para o trabalhador. O principal e 
mais evidente, é o risco de 
acidentes com materiais 
perfurocortantes (PFC´s): 
agulhas, gelcos, lâminas, 
ganchos, tesouras, etc. 
SETORES DE MAIOR 
INCIDÊNCIA 
• Serviço de enfermagem, 
Laboratórios de Anatomia e 
Patologia, Lavanderia, Serviço de 
limpeza, Banco de Sangue, Coleta 
de Sangue, entre outros. Por 
manterem contato direto habitual e 
permanente com material biológico 
na execução das atividades diárias. 
COMO OCORRE
A EXPOSIÇÃO 
• Preparação, 
• Administração, 
• Descarte, 
• Transporte, 
• Limpeza , 
• Manuseio de excretas, 
• Manipulação de fluidos, 
• Separação e transporte de 
lixo
A exposição mais severa poderá 
ocorrer durante os seguintes 
procedimentos:
Meios de contaminação: 
• Contato direto com material biológico, 
contato indireto através de Perfurocortantes 
ou ainda pelo contato com o ambiente 
contaminado (bacilo da Tuberculose). 
Causas mais freqüentes : 
• a pressa, que tira a atenção e leva os profissionais 
a cometerem erros graves como o descarte 
inadequado; 
• o esquecimento de perfurocortantes em locais 
impróprios como macas ou balcões; 
• utilização errada dos coletores, 
• reencape de agulhas, 
• derrubada de agulhas no chão, 
• quebra de ampolas sem proteção para as mãos, 
Causas mais freqüentes :
• a falta de equipamentos adequados, 
• iluminação deficiente nos ambientes de 
trabalho, 
• pacientes agressivos ou descontrolados, 
• falta de funcionários causando sobrecarga 
de serviço, 
1) Cite três setores de maior 
incidência por acidentes por 
perfurocortantes
11/08/2017 18
Acidentes com perfurocortantes
• EUA: cerca de 1.000 exposições percutâneas 
(parenterais) a material biológico por dia em 
hospitais
• Europa: cerca de 1 milhão de ferimentos por 
agulhas por ano
• Números reais difíceis de estimar
– evolução silenciosa e demorada das doenças, 
dificultando o nexo causal
– trabalhador da saúde não reconhece o trabalho como 
possível agente causal de agravos a sua saúde
várias dificuldades para relatar e registrar acidentes
Trabalhos estatísticos
ACIDENTES MAIS FREQUENTES NA ÁREA DA SAÚDE
• entre Agosto/1998 e Agosto1999, ocorreram 2.196 acidentes, 
• entre uma população de 17.046 trabalhadores, 
• em 14 entidades paulistas do setor de assistência à saúde, 
• Deste total de acidentes 38% representou os acidentes com 
PFC´s. 
DIAS PERDIDOS : 5.590 
FONTE : COMISSÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR - HOSPITAL SÃO PAULO - UNIFESP - JUNHO 2001
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO HOSPITAL SÃO PAULO - JAN 1994 A JUN 2000 n= 1767
CARACTERÍSTICAS Nº (%) 
SEXO 
FEMININO 1263 71,5
MASCULINO 504 28,5
ATIVIDADE
ENFERMAGEM 779 44,1
MÉDICOS 140 7,9
RESIDENTES (MEDICINA E ENFERMAGEM) 320 18,1
ALUNOS 161 9,1
LIMPEZA 236 13,4
LABORATÓRIO 64 3,6
OUTROS 43 2,4
IGNORADOS 17 1,0
LOCAL
PRONTO-SOCORRO 259 14,7
UNIDADES CLÍNICAS 529 29,9
UNIDADES CIRÚRGICAS 317 17,9
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 164 9,3
CENTRO CIRÚRGICO 132 7,5
OUTROS 226 12,8
DESCONHECIDOS 133 7,5
CARACTERÍSTICAS Nº (%) 
DISPOSITIVO
AGULHA 1238 70,1
LÂMINA 133 7,5
OUTROS 292 16,5
IGNORADO 97 5,5
MOMENTO DO ACIDENTE
SELF-INDUCED 655 37,1
MOVIMENTO DO PACIENTE 124 7,0
MOVIMENTO DE COLEGA 106 6,0
REENCAPE 184 10,4
DESCARTE INADEQUADO 433 24,5
USO DE EPI
SIM 932 52,7
NÃO 706 40,0
FLUIDO BIOLÓGICO
SANGUE 1319 74,6
OUTROS 186 10,5
DESCONHECIDO 255 14,4
11/08/2017 22
Custos dos ATs e seus efeitos
• Para a sociedade: perda de profissionais 
especializados (e caros) em um setor de 
grande importância social e aumento dos 
gastos com benefícios previdenciários e 
tratamento dos trabalhadores acidentados
• Para os trabalhadores da saúde: aquisição de 
doença grave, diminuindo sua expectativa e 
qualidade de vida e com prejuízos também à 
sua família (questões afetivas e financeiras)
11/08/2017 26
Perfurocortantes envolvidos
11/08/2017 27
Risco de AT por perfurocortante
Outros resultados 
• dos 398 acidentes ocupacionais notificados 
oficialmente, 125 (30 a 40%) foram perfurocortantes 
e 89 (71,20%) ocorreram entre trabalhadores de 
enfermagem e, na maioria dos casos, no período 
diurno (79,53%). Os maiores causadores de acidentes 
foram as agulhas (47,24%). As situações mais 
freqüentes de ocorrência se deram quando da 
administração de medicamentos (25,78%). 
• Concluiu-se que os trabalhadores de enfermagem 
foram os mais atingidos pelos acidentes ocupacionais 
envolvendo material perfurocortante. 
FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S 
¨ Conscientização do 
Profissional quanto a sua 
segurança e ao risco que 
está exposto;
¨ Utilização de EPI’s 
aplicáveis a cada função 
e atividade; 
FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S 
• ¨ Realização de exames 
médicos específicos 
(periódico) para cada 
tipo de atividade e 
exposição; 
• ¨ Fixação do Mapa de 
Risco em todos as áreas, 
informando ao 
funcionário os riscos a 
que está exposto: 
FORMAS DE PREVENÇÃO.USO DE EPI´S 
• Reciclagem periódica para 
os profissionais;
• Conhecimento das técnicas 
de trabalho;
• Conhecimento dos limites 
técnicos e do ambiente; 
FORMAS DE PREVENÇÃO.
USO DE EPI´S 
• Manutenção correta de 
material e equipamento.
• Adoção de Vacinas contra 
Hepatite, Tétano, etc.
• Modernização de 
equipamentos;
• Melhoria da condições de 
trabalho; 
Outras orientações
• a) Máxima atenção durante a realização 
dos procedimentos;
• b) Jamais utilizar os dedos como 
anteparo durante a realização de 
procedimentos que envolvam materiais 
perfurocortantes;
Outras orientações
• c) As agulhas não devem ser 
reencapadas, entortadas, quebradas ou 
retiradas da seringa com as mãos;
• d) Não utilizar agulhas para fixar 
papéis; 
Outras orientações
• e) Todo material perfuro-cortante 
(agulhas, seringas, scalp, laminas de 
bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo 
que esterilizados, devem ser 
desprezados em recipientes resistentes 
à perfuração e com tampa;
Outras orientações
• f) Os recipientes específicos para 
descarte de materiais não devem ser 
preenchidos acima do limite de 2/3 de 
sua capacidade total e devem ser 
colocados sempre próximos do local 
onde é realizado o procedimento
2) Cite cinco formas de prevenção 
de acidentes por perfurocortantes
DE QUEM E 
RESPONSABILIDADE ? 
¨ Empresa 
¨ Profissional 
¨ Chefias diretas 
¨ CIPAS 
¨ Sindicatos 
INFORMAÇÃO A IMEDIATA DA 
EXPOSIÇÃO
• Dentre as formas de prevenção, está a 
comunicação de exposição a material 
biológico de forma imediata, para dar tempo 
de serem tomadas medidas de ação 
preventiva contra a contaminação por HIV 
ou Hepatite, que será determinado pelo 
Médico do Trabalho ou Médico 
Infectologista. 
ACIDENTES COM MATERIAL 
BIOLÓGICO 
• 1. Acidentes com instrumentos 
perfurocortantes (agulhas, Lâminas de 
bisturi, etc.) visivelmente ou potencialmente 
contaminados. 
• 2. Acidente com sangue e seus derivados ou 
fluídos corporais, que tenham contato com a 
pele integra ou em solução de continuidade 
da pele, ou com a mucosa do acidentado.
Riscos Biológicos em Serviços de Saúde
Relação entre vias de contaminação e doenças
• Via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, 
influenza, viroses respiratórias, doença 
meningocócica
• Exposição ao sangue e fluidos orgânicos: HIV, 
hepatites B e C, raiva
• Transmissão fecal-oral: hepatite A, poliomielite, 
gastroenterite, cólera
• Contato com o paciente: escabiose, pediculose, 
colonização por stafilococos
Aquisição ocupacional acidental de HIV
• OMS
– 103 casos documentados de soroconversão
– 219 casos prováveis
• EUA
– 56 casos documentados 
• 49 relacionados a exposição a sangue 
• 46 relacionados a acidentes pérfuro-cortantes
• 22 enfermeiros, 16 técnicos de coleta, 6 médicos 
• Soroconversão entre 2 e 6 semanas após acidente
– MMWR 2001;50 (RR-11)
– Ministério da Saúde; 2004
3) Explique com suas palavras o 
maior percentual de contaminação 
por Hepatite B por 
perfurocortantes
• Para situações semelhantes, o acidentado 
deve comunicar à sua chefia direta ou à 
Medicina do Trabalho, relatando 
detalhadamente o ocorrido (Relatório de 
Acidentes). 
• E os infectantes não perfurocortantes? 
Segundo a mesma Resolução, são os 
materiais que contenham sangue ou fluidos 
corpóreos. No caso das farmácias e drogarias 
são os algodões com sangue.
MEDIDAS LOCAIS
• Devem ser aplicadas imediatamente após todos os 
acidentes com material biológico: 
1. Contato em pele integra: Lavar a região atingida 
com água e sabão e aplicar álcool etílico a 70% ou 
povidine. 
2. Contato com mucosa: Lavar a parte atingida 
com água corrente ou solução fisiológica. 
3. Perfurocortantes: Promover o sangramento 
pressionando a área vizinha, lavar com água e 
sabão, aplicar álcool etílico a 70% ou povidine. 
- O que fazer após a exposição 
acidental a material biológico?
Recomendações CDC-2001 e MS-2004
Material = sangue, 
fluidos com sangue
ou fluidos de risco
Sim Não
Exposição de mucosa 
ou pele lesada
Exposição *
de pele íntegra
Exposição 
percutânea
Volume
Pequeno
(poucas gotas,
curta duração)
Grande
(muitas gotas e/ou
longa duração)
CE 1 CE 2
Sem PPE Gravidade
Menos grave
(agulha sólida,
arranhão)
Mais grave
(agulha oca,
profundo, sg visível,
proc vascular)
CE 2 CE 3
Sem PPE
Determinar a Categoria de Exposição
Recomendações CDC-2001 e MS-2004
Fonte de exposição
HIV negativo HIV positivo
Status ou fonte 
desconhecida
Sem PPE
Exposição a títulos baixos
baixos (assintomático,
CD4 alto)
Exposição a títulos altos
(AIDS avançado, HIV
agudo, CV crescente,
CD4 baixo)
HIV SC 1 HIV SC 2
HIV SC 
desconhecida
Determinar a Categoria de Status - HIV
INDICAÇÕES DE ANTI-RETROVIRAIS
AVALIAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA (QP) PARA O HIV
MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO? SOROLOGIA ANTI-HIV CONHECIDA ?
SIM NÃO
HIV
NEGATIVO
HIV
POSITIVO
PACIENTE - FONTE
COM SOROLOGIA
DESCONHECIDA
PACIENTE -FONTE
DECONHECIDO
(LIXO,ETC)
TIPO DE EXPOSIÇÃO
QP
DESNECESSÁRIA
VOLUME DE 
MATERIAL BIOLÓGICO
MUCOSA OU
PELE NÃO ÍNTEGRA
GRAVIDADE
PERCUTÂNEA
PELE
ÍNTEGRA
HIV DESCONHECIDO
ALTA CARGA VIRAL
BAIXA CARGA
VIRAL
C
1 2 3
A B
QP
DESNECESSÁRIA
1 + A OU 1 + C QP NÃO RECOMENDADA
1 + B OU 2 + C OU 3 + C CONSIDERAR QP BÁSICA
2 + A RECOMENDAR QP BÁSICA
RECOMENDAR QP EXPANDIDA2 + B OU 3 + A OU 3 + B
PEQUENO GRANDE
PEQUENO
RISCO
GRANDE RISCO
 QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA = AZT + 3TC
Indicada em exposições com risco conhecido de transmissão
 QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA = AZT + 3TC + IP (IDV ou 
NFV)
Indicada em exposições com risco elevado de transmissão pelo 
HIV
• Quimioprofilaxia = potencial de toxicidade, então:
não é indicada em exposições com risco desprezível de 
transmissão
e o esquema expandido não é recomendado para todos os 
tipos de exposição 
QUIMIOPROFILAXIA PARA HIV
MEDICAMENTOS USADOS NA PROFILAXIA APÓS 
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AZT cap. 100 mg - 2 cap., 8/8h ou 3 cap., 12/12h
eventos adversos: anemia, neutropenia, leucopenia, plaquetopenia, 
náuseas,vômitos, astenia, cefaléia, miopatia, pigmentação ungueal 
e de mucosas
3TC comp. 150mg - 2 comp., 12/12h
eventos adversos: pancreatite, diarréia, dor abdominal, anemia, 
neutropenia
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA PROFILAXIA 
APÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
IDV cap. 400mg - 2 cap., 8/8h (com ingestão de líquidos > 1,5litros/dia)
eventos adversos: nefrolitíase, hematúria, cefaléia, insônia, náuseas, 
vômitos, astenia, fadiga, dist.do paladar, pele e boca secas, 
dor abdominal, plaquetopenia, hiperbilirrubinemia indireta assintomática, 
hipercolesterolemia, aumento de TGL, hiperglicemia e diabetes
NFV comp. 250mg - 3 comp., 8/8h
eventos adversos: diarréia, exantema, flatulência, náuseas, dor muscular, 
fraqueza, aumento de TGL, hipercolesterolemia, hiperglicemia e diabetes
1- Cuidados locais com a área exposta devem ser 
iniciados imediatamente após o acidente. 
Recomenda-se lavar exaustivamente o local com 
água e sabão, em casos de exposição percutânea. Não 
há evidencias reais da vantagem em se usar soluções 
anti-sépticas (PVP – Iodo ou Clorexidina) em 
substituição ao sabão. Em casos de exposições de 
mucosas, a lavagem deve ser feita com água ou 
solução fisiológica. Não utilizar éter, hipoclorito ouglutaraldeido, pois podem causar irritação local e 
aumentar ou mascarar a área exposta. Não efetuar 
cortes ou injeções locais; 
• 2- Sendo um acidente no local de trabalho, recomenda-
se procurar o Setor de Recursos Humanos ou 
Departamento de Pessoal para que seja feito o 
encaminhamento ao serviço de medicina do trabalho. 
Geralmente este encaminhamento é feito para serviços 
públicos credenciados para este tipo de atendimento 
através do preenchimento, pela empresa, do formulário 
chamado CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). 
A legislação atual determina que a comunicação pelas 
empresas privadas seja feita em no máximo 24 horas 
após o acidente. Nos serviços públicos, o prazo é de até 
10 dias. Para os profissionais autônomos, recomenda-se 
contato direto com um médico do trabalho, o qual 
poderá orientar diretamente quais as medidas 
necessárias. O tempo decorrido entre o acidente e o 
encaminhamento deve ser o menor possível, para que a 
avaliação médica e a profilaxia sejam iniciadas 
imediatamente; 
• 3- É ideal que o laboratório proceda imediatamente a 
testes sorológicos do paciente e do acidentado. Os testes 
rápidos (tipo “pack” ou “sabonete”) são os mais 
recomendados, dados a necessidade de se estabelecer o 
status da sorologia de ambos para o HIV e as Hepatites 
B e C, o qual determinará as medidas profiláticas 
necessárias. Testes mais detalhados devem ser 
realizados concomitantemente para se determinar com 
maior fidelidade à situação sorológica, mesmo para 
outras patologias. Infelizmente, nem sempre há tempo 
ou condições para que os exames sejam realizados no 
intervalo de uma a duas horas após o acidente. Nestes 
casos, quando existe o risco de se ultrapassar o tempo 
limite para inicio da profilaxia, o médico costuma adotar 
as condutas considerando-se o paciente-fonte como 
provável soro-positivo para as doenças de risco 
• 4- A quimioprofilaxia para o HIV costuma ser 
empregada baseando-se na avaliação médica criteriosa 
do risco de transmissão em função do tipo de acidente, 
da condição sorológica do paciente-fonte, do volume e 
tipo de material biológico envolvido. Quando indicado o 
uso profilático dos anti-retrovirais, a quimioprofilaxia 
deverá ser iniciada o mais rápido possível, dentro de 
uma a duas horas após o acidente. Estudos com animais 
demonstraram ineficácia se o tratamento for iniciado de 
24 a 36 horas após a exposição. Geralmente é 
empregada uma combinação de AZT e Lamivudina 
(3TC), estando disponíveis outras combinações e 
esquemas alternativos quando necessário. O tratamento 
costuma ser empregado por um período de quatro 
semanas, existindo efeitos colaterais geralmente leves e 
transitórios controlados com outros medicamentos; 
• 5- A profilaxia para a Hepatite B geralmente emprega 
Gamaglobulina Hiperimune (HBIG), aplicada via 
intramuscular, sendo mais eficiente se empregada 
dentro de 24 a 48 horas após o acidente. O status 
sorológico do paciente-fonte e do próprio profissional 
vão determinar a necessidade de sua utilização. Caso o 
profissional tenha sido vacinado anteriormente e tenha 
uma resposta imune vacinal conhecidamente adequada, 
geralmente não é aplicada a HBIG, mesmo que o 
paciente-fonte tenha HbsAg positivo. Caso o 
profissional acidentado não seja vacinado ou tenha 
resposta imune vacinal inadequada, o HBIG é 
empregado, principalmente se o paciente fonte tenha 
HbsAg positivo ou desconhecido 
• 6- Quanto à Hepatite C não existe nenhuma 
medida especifica que reduza o risco de 
transmissão viral após exposição 
ocupacional. Portanto, é apenas por meio da 
prevenção que tem-se como combater esta 
patologia. Após um acidente, o 
acompanhamento futuro do profissional soro-
negativo par Hepatite C, anteriormente à sua 
exposição, é importante para caracterizar-se o 
acidente de trabalho e entrar com 
medicamentos o mais precocemente possível 
- Acompanhamento do 
profissional acidentado: 
• período de 6 meses, se material fonte- infectado ou com 
pacientes-fonte desconhecido
• se paciente-fonte HIV negativo, somente se houver risco de 
janela imunológica
• rastreamento de síndrome “mono-like” (80% dos 
profissionais que soroconvertem)
• rastreamento de sinais de intolerância medicamentosa, 
inclusive com exames laboratoriais
• efeitos colaterais são geralmente leves e transitórios e os 
mais graves se resolvem com a suspensão das medicações
ACOMPANHAMENTO DO PROFISSIONAL
• acompanhamento sorológico: no momento do acidente, 6 e 12 
semanas e 6 meses após o mesmo
• período de 12 meses, se sintomas de infecção aguda pelo HIV ou 
passado sugestivo de deficiência de resposta imune ou exposição 
simultânea ao HCV
• orientação quanto às medidas de prevenção durante o 
acompanhamento (preservativos; contra-indicados doação de 
sangue/órgãos, gravidez e aleitamento materno)
ACOMPANHAMENTO DO PROFISSIONAL
MEDIDAS ESPECÍFICAS DE QUIMIOPROFILAXIA PARA HEPATITE B
Vacina (preferencialmente como prevenção)
Gamaglobulina Hiperimune (maior eficácia se recebida dentro de 24 a 48h)
Profissional de Saúde 
exposto: 
Paciente-fonte: 
HBsAg positivo 
HBsAg negativo HBsAG desconhecido 
Ou não testado ## 
Não Vacinado HBIG
*
 + iniciar vacinação Iniciar vacinação Iniciar vacinação 
Previamente vacinado 
 Com resposta vacinal 
conhecida e 
adequada
1
 
 Sem resposta vacinal 
 Resposta vacinal 
desconhecida 
Nenhuma medida 
específica 
HBIG* + 1 dose da vacina 
contra hepatite B 
2 
ou 
HBIG (2x) 
3 
Testar o profissional de 
saúde: 
Se resposta vacinal 
adequada: nenhuma 
medida específica 
Se resposta vacinal 
inadequada: HBIG* + 1 
dose da vacina contra 
hepatite B 
2 
ou HBIG* (2x) 
3
 
Nenhuma medida 
específica 
Nenhuma medida 
específica 
Nenhuma medida 
específica 
Nenhuma medida 
específica 
Se fonte de alto risco
4
, 
tratar como se fonte 
HBsAg positivo 
Testar o profissional de 
saúde: 
Se resposta vacinal 
adequada = nenhuma 
medida específica 
Se resposta vacinal 
inadequada: aplicar 1 
dose da vacina contra 
hepatite B 
2 
ou HBIG* (2x) 
3
 
 
MANUAL DE CONDUTAS EM EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO - MINISTÉRIO DA SAÚDE - 13/06/01
http: www.aids.gov.br/assistencia/manual_exposicao_ocupa.html
A única medida eficaz é a prevenção da ocorrência do acidente!
• A investigação do paciente-fonte e o acompanhamento sorológico do
profissional de saúde é importante para a caracterização de uma doença
ocupacional
• Se paciente-fonte desconhecido, realizar sorologia do profissional (anti-
HCV) no momento e 6 meses após o acidente
• dosagem de TGO/TGP no momento, 6 semanas e 6 meses após o acidente
• Se paciente-fonte HCV positivo, oferecer PCR em serviços de referência
para diagnóstico precoce do profissional
MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA HEPATITE C
 Privada - comunicação até 24h, através do CAT
 Pública - comunicação até 10 dias (RJU, lei nº 8112/90, arts. 211-4)
 Serviços Estaduais e Municipais - regimes jurídicos específicos
• Quimioprofiláticos, vacina Hep.B e HBIG devem ser disponibilizados
pelos locais de trabalho, públicos ou privados (estes, sob suas expensas)
ORIENTAÇÕES GERAIS QUANTO À LEGISLAÇÃO
O IMPACTO EMOCIONAL DE UM ACIDENTE COM
AGULHA PODE SER FORTE E DURADOURO, MESMO
QUANDO NÃO HÁ CONTAMINAÇÃO DO 
PROFISSIONAL DE SAÚDE
O DESCONHECIMENTO DA SOROLOGIA DO PACIENTE-
FONTE ACENTUA AINDA MAIS O ESTRESSE DO 
PROFISSIONAL ACIDENTADO, DA SUA FAMÍLIA E 
DOS SEUS COLEGAS DE TRABALHO
FATOR EMOCIONAL
NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH /CDC -Alert Preventing
Needlestick Injuries in Health Care Settings - Publication No. 2000 - 108, November 1999.
• Após um acidente ocupacionalcom material 
infectado ou proveniente de paciente-fonte 
desconhecido, o profissional de saúde 
deverá ser acompanhado por um período de 
seis a doze meses, pelo menos. Caso o 
paciente-fonte seja comprovadamente soro-
negativo, para as doenças de risco, é 
indicado um acompanhamento de três a seis 
meses, para cobrir-se a possibilidade de o 
paciente-fonte estar no período de janela 
imunológica.
• É ideal a avaliação clínica periódica nos dois 
primeiros meses, com o objetivo de detectar 
sinais e sintomas de infecção aguda pelo 
HIV, que usualmente ocorrem de três a 
quatro semanas após a exposição em 80% 
dos pacientes. A avaliação clinica associada a 
exames laboratoriais, permitem também a 
observação de efeitos adversos à 
quimioprofilaxia para o HIV, se esta houver 
sido empregada.
• A sorologia para HIV deve ser realizada no 
momento do acidente e repetido após 6 a 12 
semanas e após 6 meses. Caso tenham 
existido sintomas de possível infecção aguda 
pelo HIV nos primeiros 6 meses, história 
clinica prévia de deficiência imunológica ou 
exposição simultânea ao vírus da Hepatite C, 
o acompanhamento clinico e sorológico 
devem ser ainda mais rigorosos 
• Para a Hepatite B, caso o profissional 
apresente imunidade vacinal anterior ao 
acidente, não há necesidade de 
acompanhamento sorológico. Caso contrario, 
determinar HbsAg e Anti-Hbc após seis 
meses se o paciente-fonte for HbsAg positivo 
ou desconhecido. Caso tenha sido empregada 
a profilaxia com HBIG, determinar também o 
Anti-Hbs após 12 meses 
• Para a Hepatite C, caso o paciente-fonte tenha Anti-
HCV positivo ou desconhecido, o profissional 
acidentado necessita realizar o anti-HCV no momento 
do acidente e após seis meses. É ideal o 
acompanhamento com dosagens de TGP no momento, 
seis semanas e seis meses após o acidente, a fim de 
auxiliar o diagnostico precoce de soroconversão 
(algumas vezes a TGP se eleva e o Anti-HCV continua 
dando resultados falso-negativos por um certo período). 
Se disponível, realizar também técnicas de Biologia 
Molecular (PCR) para detecção precoce da 
soroconversão, caso o paciente-fonte seja soro-positivo 
para Hepatite C. 
• Como existe o risco de transmissão destas 
patologias por via sexual, os profissionais 
acidentados devem ser orientados para 
utilizar-se de meios preventivos que evitem 
uma possível contaminação de seus parceiros. 
O uso de camisinhas é aplicável nas relações 
sexuais, principalmente durante o período 
onde não se possa descartar completamente a 
chance de aquisição da AIDS e das Hepatites 
após o acidente 
DIRETRIZES NO USO DE 
PERFUROCORTANTES
11/08/2017 131
Diretrizes no uso de perfurocortantes
• Envolvimento da gestão nos programas de segurança
• Garantir boa posição e reconhecimento para os responsáveis 
pelos programas
• Bons programas de capacitação em segurança e de 
comunicação em segurança
• Boa organização e ordenação das tarefas e atividades
• Ênfase em reconhecer e premiar o desempenho individual 
seguro ao invés de só empregar medidas punitivas
• Participação do trabalhador no planejamento do programa
– influência das opiniões e crenças dos colegas
– situar as práticas no contexto específico
• Hierarquia de controles
11/08/2017 132
Diretrizes no uso de perfurocortantes
• Identificar as circunstâncias, categorias e materiais 
implicados nos ATs
• Identificar os padrões de ocorrência e tendências
• Comparar os dados entre instituições
• Definir critérios de seleção e avaliação de 
perfurocortantes com dispositivos de segurança
• Substituir perfurocortantes convencionais por 
modelos com dispositivos
– realizar a capacitação
– avaliar a eficácia da substituição
11/08/2017 133
Diretrizes no uso de perfurocortantes
• Ambiente de trabalho
– Materiais acessíveis, em quantidade suficiente, bem 
distribuídos e sinalizados: EPIs, recipientes para 
descarte
– Instalações favoráveis ao uso seguro de 
perfurocortantes: circulação, disposição de móveis, 
iluminação
• Organização do trabalho: aspectos psicossociais e 
clima de trabalho
– Tempo
– Divisão adequada das tarefas
– Melhoria no trabalho em equipe
11/08/2017 134
Diretrizes no uso de perfurocortantes
• Capacitar nas precauções padrão de forma inicial e 
continuada
• Estimular e exigir a completa adesão a elas
– monitorar a adesão às precauções padrão
– divulgar resultados da eficácia da adoção das medidas
• Estimular a adesão à vacinação contra hepatite B
• Estimular e exigir que comuniquem todo e qualquer AT
– divulgar os resultados do monitoramento dos ATs
• Realizar a vigilância de saúde e estimular que prossigam 
no tratamento pós-exposição
• Exigir o uso adequado de calçados fechados, EPIs, 
dispositivos de segurança (quando presentes)
O QUE É ACIDENTE DE 
TRABALHO? 
São os acidentes ocorridos dentro da Empresa ou 
a seu serviço, em horário normal de trabalho, ou 
horário extraordinário, na execução das tarefas 
atinentes ao cargo, causados por terceiros, ou 
força maior (natureza). 
Definição legal: 
Lei 6.367 de 19 de Outubro de 1976 
• Art. 2º Acidentes do Trabalho é aquele que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte 
ou perda, ou redução, permanente ou temporária , da 
capacidade de trabalho. 
a) Equiparam-se ao acidente do trabalho, para fins desta lei: 
I- A doença profissional ou do trabalho assim entendida a 
inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e 
constante de relação organizada pelo Ministério da 
Previdência e Assistência Social (MPAS).... 
II- O acidente que, ligado ao trabalho embora não tenha 
sido causa única , haja contribuído diretamente para a 
morte, ou a perda , ou redução da capacidade para o 
trabalho 
Definição legal: 
Lei 6.367 de 19 de Outubro de 1976 
• III- O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do 
trabalho, em conseqüência de: 
a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de 
disputa relacionada com o trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligencia ou imperícia de terceiro, 
inclusive companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação ou incêndio; 
f) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior, 
IV- a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de 
área médica, no exercício de sua atividade. 
V- o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e 
horário de trabalho: 
... d) no percurso de sua residência para o trabalho ou deste para 
aquela. 
ACIDENTES DE TRAJETO:
• São os acidentes ocorridos no deslocamento do funcionário, 
dentro do itinerário habitual, de sua Residência para Empresa e 
vice-versa, desde que não interrompido por motivo alheio ao 
trabalho. 
Obs: Para caraterização do acidente de trajeto e importante a 
apresentação de B.O. (Boletim de Ocorrência Policial) ou B.A. 
(Boletim de Atendimento Médico) no prazo de 24 horas (dias 
úteis) do ocorrido, ou ainda a apresentação de duas (02) 
testemunhas (não parentes) constando Nº de RG e endereço 
completo para confirmação do INSS. Caso o funcionário não 
puder comparecer, deverá enviar o B.O. ou B.A. por intermédio 
de outra pessoa, preferencialmente familiar, a fim de caracterizar 
o acidente dentro do prazo legal. 
1. COMO PROCEDER
• FUNCIONÁRIO: Todos os caso de Acidente do 
Trabalho devem ser comunicados imediatamente a 
empresa. 
O funcionário acidentado não deverá ausentarda 
empresa, sem registar e quando for o caso, sem 
receber o atendimento no dia do acidente, caso 
contrário, poderá ser descaracterizado como 
acidente de trabalho, perdendo dessa forma os 
direitos assegurados na CAT. 
• Em qualquer situação de acidentes perdem, a empresa 
com indenizações, contratação de novos funcionários, 
etc., o empregado com a redução da sua renda, com a 
perda de sua capacidade física para o trabalho, o risco 
de contaminação, e o restante dos trabalhadores e a 
nação. 
Buscar a redução de acidentes do trabalho e suas 
conseqüências, deve ser objetivo comum entre os 
seguimentos sociais. 
Porem o trabalho de prevenção, estará sempre atrelado 
ao nível de informação profissional, a periodicidade 
com que ele é reciclado e como é avaliado mediante 
execução das tarefas. As campanhas de vacinação são 
muito importantes, bem como os períodos de integração 
do funcionário ao trabalho. 
• Combater a sonegação de informações sobre os acidentes 
ocorridos, é outra forma de realmente conhecer o 
universo que deve ser alvo de dos cuidados e esforços 
direcionados nos níveis de competência legal, profissional 
e social. 
Em se tratando de risco BIOLÓGICO e com o 
aparecimento da “Síndroma da Imunodeficiência 
Adquirida” – AIDS, sua repercussão e letalidade obrigou 
o profissional da área de saúde a realizar procedimentos 
com alto nível de segurança, 
Os EPI’s, treinamento, conscientização poderão não ser 
suficientes, pois nosso inimigo é invisível e quando se 
manifestar poderá ser o fim. 
Cabe ao profissional estar sempre atento aos riscos 
relacionados ao seu trabalho, procurando aprimorar os 
serviços e atendimentos, realizando-os de forma a evitar 
possíveis acidentes, promovendo deste modo a sua 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
4) Cite cinco cuidados que o 
enfermeiro deve ter com um 
funcionário de sua equipe quando 
este acabou de se machucar com 
um perfurocortante
Lixo Hospitalar
COLETA
SELETIVA
• É recolher os resíduos
separadamente, conforme a
natureza do material, para
posterior reciclagem.
Grupo D – Resíduos Comuns
Grupo E – Resíduos 
Perfurocortantes
• Lâminas bisturi e barbear;
• Agulhas; escalpes;
• Ampolas de vidro;
• Lâminas e lamínulas... 
Grupo E – Resíduos Perfurocortantes
• Devem ser descartados separadamente, no
local de sua geração, imediatamente após o
uso.
• Recipientes rígidos, sendo proibido o seu
reaproveitamento.
• Identificação.
• Tratamento.
Grupo E – Resíduos 
Perfurocortantes
Caixa Coletora
ACONDICIONAMENTO
• Embalar os resíduos segregados, em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos e resistam
às ações de punctura e ruptura. A capacidade
dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo
de resíduo.
IDENTIFICAÇÃO
• Medidas que permitem o reconhecimento dos
resíduos contidos nos sacos e recipientes,
fornecendo informações ao correto manejo
dos RSS.
• NBR 7.500/94 da ABNT.
TRANSPORTE INTERNO
• Translado dos resíduos dos 
pontos de geração até local 
destinado ao armazenamento 
temporário ou armazenamento 
externo com a finalidade de 
apresentação para a coleta.
ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO
• Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos
já acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta dentro do
estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os
pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para
coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento
temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso,
sendo obrigatória a
conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento.
ARMAZENAMENTO EXTERNO
• Guarda dos 
recipientes de 
resíduos até a 
realização da etapa de 
coleta externa, em 
ambiente exclusivo 
com acesso facilitado 
para os veículos 
coletores.
COLETA E TRANSPORTE 
EXTERNOS
• Remoção dos RSS, do abrigo de resíduos
(armazenamento externo), até a unidade de
tratamento ou disposição final, utilizando-se
técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da população e
do meio ambiente, devendo estar de acordo
com as orientações dos órgãos de limpeza
urbana.
COLETA E TRANSPORTE 
EXTERNOS
DISPOSIÇÃO FINAL
• Disposição dos resíduos no solo,
previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de
construção e operação, e com licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA nº 237/97.
De acordo com a Resolução, os 
resíduos serão classificados como:
• Grupo A (potencialmente infectantes) - que 
tenham presença de agentes biológicos que 
apresentem risco de infecção, como bolsas de 
sangue contaminado;
• Grupo B (químicos) - que contenham substâncias 
químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio 
ambiente, independente de suas características 
inflamáveis, de corrosividade, reatividade e 
toxicidade. Por exemplo, medicamentos para 
tratamento de câncer, reagentes para laboratório e 
substâncias para revelação de filmes de Raio-X;
De acordo com a Resolução, os 
resíduos serão classificados como:
• Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que 
contenham radioatividade em carga acima do padrão 
e que não possam ser reutilizados, como exames de 
medicina nuclear;
• Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo que 
não tenha sido contaminado ou possa provocar 
acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais 
passíveis de reciclagem e papéis;
• Grupo E (perfurocortantes) - objetos e 
instrumentos que possam furar ou cortar, 
como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de 
vidro.
Dicas de Treinamento e 
Biosegurança: 
Dicas de Treinamento e 
Biosegurança: 
• 1- Mostre todos os materiais considerados 
perfurocortantes e informe a necessidade de 
serem descartados imediatamente após o 
uso; 
• 2- O local adequado para o descarte de 
infectantes perfurocortantes deve ser em 
recipientes estanques, rígidos, com tampa e 
identificados (tipo DESCARTEX), 
localizados no local de sua geração; 
Dicas de Treinamento e 
Biosegurança: 
• 3- O funcionário deve ser 
informado como montar o 
recipiente rígido (tipo 
DESCARTEX) e qual o melhor 
local para coloca-lo (não deixa-
lo no chão, em local úmido ou 
passível de respingamento) 
Dicas de 
Treinamento e 
Biosegurança: 
• 4- O local adequado para o descarte de 
infectantes não perfurocortantes deve 
ser o saco branco leitoso. Estes sacos 
são padronizados pela ABNT - NBR. 
9190 e NBR 9191 de 1993. A lixeira 
da sala de aplicação deve dispor de 
pedal para evitar o contato manual 
com a tampa;
Dicas de 
Treinamento 
e 
Biosegurança
: 
• - Azul: papel/papelão 
- Vermelho: plástico
- Verde: vidro
- Amarelo: metal
- Preto: madeira
- Laranja: resíduos perigosos
- Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços da 
saúde
- Roxo: resíduos radioativos
- Marrom: resíduos orgânicos
- Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, 
ou contaminado não passível de separação.
• 5- O funcionário deve ser informado para 
lavar as mãos antes e após aplicar injeção;
• 6- O uso de luvas é opcional, pois os riscos 
maiores ocorrem no caso de perfurações;
• 7- Enfatizar que é expressamente proibido o 
esvaziamento desses recipientes para o seu 
reaproveitamento 
• 8- Orientar que as 
agulhas descartáveis 
devem ser 
desprezadas 
juntamente com as 
seringas, sendo 
proibido reencapá-las 
ou proceder a sua 
retirada manualmente. 
Caso seja 
indispensável, a sua 
retirada só é permitida 
utilizando-se 
procedimentomecânico. 
5) cite três dicas de treinamento e 
biosegurança que você implantaria 
no seu local de trabalho para 
prevenir acidentes com 
perfurocortantes
Os equipamentos de proteção 
individual são: 
luvas máscaras, gorros, óculos, 
capotes (aventais) e botas, e atendem 
às seguintes indicações: 
• - Luvas: sempre que 
houver possibilidade de 
contato com sangue, 
secreções e excreções, com 
mucosas e com áreas da 
pele não íntegra 
(ferimentos, escaras, feridas 
cirúrgicas e outros); 
• - Máscaras, gorros e óculos 
de proteção: durante a 
realização de procedimentos 
em que haja possibilidade de 
respingo de sangue e outros 
fluidos corpóreos, nas 
mucosas da boca, nariz e 
olhos do profissional; 
• - Capotes (aventais): 
devem ser utilizados 
durante os 
procedimentos com 
possibilidade de contato 
com material biológico, 
inclusive em superfícies 
contaminadas; 
• - Botas: proteção dos pés em locais úmidos 
ou com quantidade significativa de material 
infectante (centros cirúrgicos, áreas de 
necropsias e outros). 
A melhor maneira de diminuir o risco de 
doença ocupacional a que todos os 
profissionais da saúde estão expostos, em 
maior ou menor grau conforme seu campo 
de atuação, é não dar chance ao azar, 
utilizando-se de todas as medidas 
preventivas disponíveis e lutando pela 
implantação daquelas ainda indisponíveis. 
Somos os maiores interessados em nossa 
saúde, portanto devemos cuidar dela. Não 
somos imunes às doenças e muito menos 
aos acidentes que podem promove-las. Os 
atos mais simples às vezes podem se tornar 
os mais perigosos se não forem tratados 
com o devido cuidado e respeito 
Título: Needle stick injuries in country general practice
Autores: D.Lum; Z Mazon; G.Meyer-Rochon; G.Neveldsen; 
M.Siriwardena; P.Turner; H.Firth
Fonte: NZ Med J 110: 122-5, 1997
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA
Resultados: 87 acidentes em 65 (22%) profissionais com taxas por 
categorias: 25/100médicos/6sem e 17/100enf./6sem (p=0,11)
• Procedimento mais comum: sutura (médicos) e injeções (enfermeiras)
•fator “reencape de agulhas” (RR=2,64 CI95 1,09-6,40)
•Percepção de risco como médio/alto: 36% médicos e 17% enfermeiras
1
Título: Accidental blood contact during orthopedic surgical procedures
Autores: A. C. Folin & G. M. Nordström
Fonte: Infec Control Hosp Epidemiol 18: 244-6, 1997
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA
Resultados: 
• 88 contatos com sangue em 83 profissionais, durante 65 acidentes
• 78 profissionais incluídos com 93 sítios de exposição ao sangue,
sendo os mais frequentes: face, mãos e braços
• 79% dos acidentes envolveram respingos de sangue e/ou irrigação 
de fluidos com exposição da pele íntegra
• 13% acidentes pérfuro-cortantes, sendo mais frequentes nos 
•quirodáctilos esquerdos (todos destros) e o procedimento envolvido 
•mais comum foi a sutura
2
Título: Sharps disposal in the emergency department: simple
techniques and equipment
Autor: T. Zimmers
Fonte: Am J Emerg Med 17: 53-4, 1999
Nota Clínica: lembrar que nunca devemos reencapar agulhas mas
sim depositá-las usando apenas uma das mãos; os locais de 
depósitos devem ser inclusos nas bandejas de procedimentos; 
tais depósitos provisórios devem ser facilmente visíveis a todos os
profissionais de saúde (por ex.: frascos vazios de medicações de 
uso parenteral ou pequenos copos de plástico resistentes)
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA
3
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA
Título: Application of continuous quality improvement tools to the 
reduction in risk of needlestick injury 
Autores: L. Burnett & D. Chesher
Fonte: Infec Control Hosp Epidemiol 16: 503-5, 1995
Resultados: redução de cinco vezes no número de seringas para 
gasometria que chegavam ao laboratório ainda contendo suas agulhas
Conclusões: o risco de acidentes com agulhas entre profissionais 
de laboratório pode ser reduzido através da oferta de seringas para 
gasometria previamente heparinizadas e encapadas às equipes 
clínicas, sem o incremento do risco de acidentes para estas últimas
4
Título: The routine wearing of gloves: impact on the frequency of
needlestick and percutaneous injury and on surface contamination 
in the operating room
Autores: B. Ben-David & L. Gaitini
Fonte: Anesth Analg 83: 623-8, 1996
RESULTADOS: No período I, houve 2855 procedimentos anestésicos,
com 8 acidentes com agulhas e um percentual total de acidentes
pérfuro- cortantes de 0,6%
•No período II, houve 2953 procedimentos, 3 acidentes com agulhas 
(sendo 1 em profissional sem luvas) e um percentual total de 0,27%
p = 0,06 (incluindo o acidente sem luvas no período II) e p < 0,05 
(excluíndo o mesmo)
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RESULTADOS (CONTINUÇÃO)
• Em relação aos sítios pesquisados para sangue oculto, no ambiente
de trabalho dos anestesistas, houve 28 com pesquisas positivas no 
período I, 16 no período II e 47 com pesquisas negativas, em ambos 
os períodos (p = 0,07)
• A pesquisa adicional de sangue oculto em objetos pessoais dos 
anestesistas (total de 12 canetas e 6 óculos para leitura) revelou 
28% de contaminação no período I e 16,7%, no período II
• Os comentários favoráveis à regulamentação do uso rotineiro de 
luvas foram nitidamente mais frequentes entre os médicos mais
jovens, ao contrário dos mais antigos, cuja principal reclamação
foi a dificuldade para tomar notas com luvas.
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