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apostila de sustentabilidade

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Prévia do material em texto

Sustentabilidade 
Ambiental
Salete Regina Vicentini
Revisada por Rafael de Paula (janeiro/2013)
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Sustentabilidade Am-
biental, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico 
e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) 
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 7
1 HISTÓRICO AMBIENTAL .................................................................................................................... 9
1.1 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................11
1.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................12
2 SUSTENTABILIDADE .......................................................................................................................... 13
2.1 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................16
2.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................17
3 A GESTÃO AMBIENTAL E A ISO 14001 INSERIDAS NA SUSTENTABILIDADE .......... 19
3.1 O que é a ISO 14001.....................................................................................................................................................19
3.2 Por que Buscar o Certificado ....................................................................................................................................19 
3.3 Gestão Ambiental e a Sustentabilidade ..............................................................................................................20
3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................21
3.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................22
4 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, A POLUIÇÃO E AS CONSEQUÊNCIAS ATUAIS ........... 23
4.1 O Impacto Ambiental Causado pelas Indústrias ..............................................................................................24
4.2 O Consumismo ..............................................................................................................................................................25
4.3 O Problema das Habitações .....................................................................................................................................25
4.4 Poluição das Águas ......................................................................................................................................................26
4.5 Resíduos (Lixo), o Ar e o Solo ...................................................................................................................................28
4.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................29
4.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................30
5 AGENDA 21 .............................................................................................................................................. 31
5.1 Estrutura do Documento ...........................................................................................................................................32
5.2 Os Atores da Agenda 21 .............................................................................................................................................32
5.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................33
5.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................34
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 35
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 37
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 39
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5
Caro(a) aluno(a),
O objetivo geral do curso é formar Engenheiros com capacidade para o planejamento, execução, 
monitoramento e avaliação de sistemas de prevenção e controle da poluição ambiental e promoção da 
qualidade ambiental, através da aplicação de princípios tecnológicos, além de formar profissionais ge-
neralistas, com base científica e conhecimentos amplos e abrangentes, em todas as áreas da produção, 
considerando os aspectos humanos, sociais, econômicos, materiais, energéticos, tecnológicos e ambien-
tais, para atender às demandas de empresas industriais e de serviços.
Esta apostila e a disciplina Sustentabilidade Ambiental, como um todo, buscam proporcionar uma 
visão geral do contexto de sustentabilidade, visualizar e conceituar a interdisciplinaridade no processo 
de sustentabilidade. Dentro dessa perspectiva, o conteúdo está dividido em: histórico, sustentabilidade, 
gestão ambiental e poluições. Posteriormente, faremos uma conclusão, bem como apresentaremos as 
respostas comentadas das atividades.
Finalizando, busca-se, também, proporcionar conhecimentos para a melhoria da qualidade de vida.
Será um prazer acompanhá-lo(la) ao longo desse trajeto.
Profa. Salete Regina Vicentini
APRESENTAÇÃO
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7
Caro(a) aluno(a),
Os desafios da ciência e da tecnologia contemporânea exigem, cada dia mais, um diálogo constan-
te e profundo com os campos do saber. A hiperespecialização, que tanto mistério desvendou ao longo 
do século que termina, precisará, no século que se inicia, ser compensada por esforços de integrar os 
conhecimentos conquistados (PHILIPPI JR., 2000).
O nosso mundo complexo apresenta muitos problemas, que estão interligados de alguma forma, e 
tanto a ciência quanto a sociedade reclamam uma compreensão, intervenção e possíveis soluçõesinte-
gradas. Sendo assim, a prática da interdisciplinaridade torna-se indispensável para o mundo.
O desenvolvimento da sociedade no seu meio ambiente e as suas interações são processos natural-
mente interdisciplinares. O homem, todavia, na sua simplicidade de raciocínio, transformou esse comple-
xo conjunto de interações em elementos disciplinares, para melhor entender e buscar resolver cenários. 
Enquanto a complexidade dessa sociedade envolvia pequenas interações espaciais e interdisciplinares, 
essa tendência foi útil e criou um bom avanço científico-tecnológico (PHILIPPI JR., 2000). O próprio de-
senvolvimento humano, no entanto, gerou novas pressões e interações ambientais que exigem da ciên-
cia uma indispensável postura interdisciplinar. 
A necessidade de se estabelecer novos métodos para o conhecimento das questões ambientais, 
sociais e econômicas do planeta faz com que sejam fixadas as bases que deverão provocar mudanças e 
transformações na sociedade como um todo. Na verdade, estando a natureza profundamente marcada 
por ações humanas, muitas delas de caráter predatório, é imperioso encontrar meio de diminuir ou mini-
mizar os impactos negativos, interferindo especialmente em muitos processos industriais que ainda des-
prezam as tristes consequências de suas linhas de produção para o meio ambiente (PHILIPPI JR., 2000)
Na medida em que o homem desenvolve suas formas materiais de vida, gerando tecnologia nova, 
indústrias e desenvolvimento econômico, passa a exigir novas formas organizativas. Essas novas formas 
estão intimamente ligadas ao direito, principalmente quando essa organização é fundamentalmente so-
cial. Nesse caso, a questão jurídica, que trata do sistema de controle dessas forças que formam o conteú-
do histórico e social de uma comunidade, deve ser considerada (ALVES, 2002).
Hoje, afirma-se que, graças à modernidade, à Revolução Científica e ao processo de globalização 
impulsionado pela revolução cibernética e informática, o homem entra em uma nova etapa civilizató-
ria: a era do conhecimento. Isso é verdade, porque nunca antes ele havia construído e transformado 
o mundo com tanta intensidade sobre a base do conhecimento. Ao mesmo tempo que o ser humano 
superexplora recursos e desgasta ecossistemas para convertê-los em valor de troca, “tecnologiza” a vida 
e coisifica o mundo. A ciência e a tecnologia converteram-se nas maiores forças produtivas e destrutivas 
da humanidade (LEFF, 2000).
Assim, a ciência e a tecnologia, caminhando como parceiras na direção do sustentável, descobrem 
a complexidade do meio ambiente e se dão conta de que precisam estar cada vez mais equipadas; para 
tanto, as bases tecnológicas e científicas deverão ser alteradas; só assim estarão em condições de en-
frentar e resolver transtornos ambientais complexos, tais como as diversas formas de poluição, nos quais 
deve ser necessariamente incluído o impacto provocado pela fome e pela miséria (PHILIPPI JR., 2000).
INTRODUÇÃO
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9
HISTÓRICO AMBIENTAL1 
Caro(a) aluno(a),
O capítulo começa com um breve histórico 
da questão ambiental, componente muitas ve-
zes esquecido e de extrema importância para o 
entendimento das questões e problemáticas am-
bientais atuais.
Analisando a história de forma linear, po-
demos dizer que, desde a Pré-história, o homem 
já utilizava os recursos naturais, porém de forma 
moderada. Com o início da utilização de ferra-
mentas, pôde utilizar o ambiente natural, de for-
ma a modificá-lo, como, por exemplo, no corte de 
árvores, feitio de cercas, entre outros. Na Antigui-
dade, desenvolveram-se importantes projetos de 
saneamento, até hoje utilizados. Os mais conheci-
dos foram os de saneamento em Roma e Grécia. 
Nessa época, ao mesmo tempo que alguns povos 
faziam as devidas relações com o ambiente natu-
ral e humano, outros nem sequer entendiam es-
sas relações, já havendo aqui uma pequena par-
cela de degradação, uma vez que alguns povos 
abandonavam os locais de uso dos recursos natu-
rais e não os recuperavam, procurando outros lo-
cais para a exploração. Um exemplo foi os Maias.
Na Idade Média, houve vários problemas, 
inclusive de saúde pública, devido ao crescimen-
to da população; banheiros públicos passaram a 
não ser suficientes para todos, assim como o sa-
neamento básico, disseminando várias doenças e 
havendo um aumento da mortalidade na popu-
lação.
No início do século XIX, ocorreu uma Revo-
lução Energética e não uma Revolução Industrial, 
pois era necessária muita energia para que se 
produzisse cada vez mais; o consumo aumentou 
exacerbadamente e a degradação ambiental tor-
nou-se um fator necessário para que as empresas 
atingissem seus objetivos. O aumento da popula-
ção fez com que a demanda da produção atingis-
se um patamar altíssimo, a fim de suprir a sua ne-
cessidade. A mídia foi e é um fator de degradação 
quando vai contra a realidade dos graves fatores 
ambientais.
O marketing, por si, faz seu papel divulgan-
do uma “qualidade de vida” enganosa, pois cria 
campanhas que mostram a necessidade de con-
sumir determinados produtos para trazer a “feli-
cidade”; entretanto, nem todos podem consumir, 
aliás, a maior parcela da população brasileira não 
pode chegar à tão sonhada “felicidade” segundo 
o mundo do marketing, potencializando a cultura 
de massa e se esquecendo, portanto, de formas 
mais sustentáveis de viver.
Mesmo assim, o consumo é desenfreado; 
além disso, quem pode consome muito. A partir 
disso, o ser humano distanciou-se da natureza e 
passou a não mais encará-la como o equilíbrio do 
planeta Terra e sim como recurso infinito para a 
sua sobrevivência, mas ignorou o fato de que es-
ses recursos não são infinitos.
Hoje, passamos por uma grande ironia em 
relação à natureza: gastam-se milhões para re-
cuperar o que poderia não ter sido degradado, 
alimentando, assim, as crescentes demandas das 
sociedades de consumo.
Até onde sabemos, o ser humano é uma es-
pécie entre milhares, que tem consciência e pode 
intervir de forma positiva ou negativa; nesse caso, 
contando com a ética, gerada através de valores 
que podem ser descobertos ou estão enraizados 
nas culturas de todos os povos. Além disso, todos 
os organismos estão inter-relacionados e depen-
dem uns dos outros, conceito que pode ser larga-
mente entendido em Ecologia, Economia, estu-
dando a casa e fazendo seu manejo, optando por 
este, de forma sustentável. 
Salete Regina Vicentini
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
A partir da década de 1960, movimentos 
ambientalistas começaram a pressionar a socie-
dade para a sensibilização e posterior conscienti-
zação de todos. Eventos importantes começaram 
a ocorrer, envolvendo o mundo todo nas ques-
tões ambientais de maneira geral, na política, na 
sociedade, na educação, na saúde, na economia, 
no ambiente natural e urbano, no planejamento, 
na gestão ambiental.
O início da luta por um mundo ambiental-
mente mais equilibrado, em escala planetária, 
deu-se na década de 1970, quando a Organização 
das Nações Unidas (ONU) realizou em Estocolmo 
a primeira grande Conferência sobre o Meio Am-
biente, na qual seu principal objetivo foi alertar o 
mundo para o fato de que os processos tecnoló-
gicos e socioeconômicos associados ao “desen-
volvimento” estavam comprometendo a qualida-
de de vida da Terra (FELDMANN, 2011).
Em 1992, com a Rio 92, Conferência das Na-
ções Unidas, foram reafirmadas várias recomen-
dações sobre assuntos diversos, bem como foi 
criada a Agenda 21, que hoje entra nos municí-
pios, cidades e países como ferramenta das prio-
Saiba maisSaiba mais
Conceitos importantes:
•	Ecologia: do grego oikos = casa/logos = estudo. 
É “o estudo do ambiente da casa, incluindo todos 
os organismos contidos nela e todos os processos 
funcionais que a tornam habitável” (ODUM, 2004);•	Ecossistema: é a unidade básica da Ecologia;
•	Economia: significa, do grego também, manejo 
da casa;
•	Biodiversidade: é um conceito recentemente 
introduzido dentro da Ecologia, com a crescen-
te preocupação ambiental atingida nos últimos 
anos. Significa diversidade, ou seja, o número de 
espécies diferentes, sejam elas animais, plantas e/
ou microrganismos, que compõem um determi-
nado ecossistema ou mesmo o próprio planeta;
•	Espécie: dois ou mais organismos são considera-
dos da mesma espécie quando podem se repro-
duzir, originando descendentes férteis;
•	População: é formada por organismos da mesma 
espécie ocupando uma dada área;
•	Comunidade: é um conjunto de todas as popu-
lações, sejam elas de microrganismos, animais ou 
vegetais, existentes em uma determinada área.
ridades locais, agindo localmente para contribuir 
globalmente. Quanto ao Desenvolvimento Sus-
tentável, foram reafirmados, também, seu concei-
to e dimensão. 
Já em 2001, reunião sobre Mudanças Climá-
ticas foi realizada em Bonn, Alemanha. O Proto-
colo de Kyoto chegou mais perto da ratificação, 
mesmo sem o apoio dos Estados Unidos e com 
modificações no texto original. Hoje, o protocolo 
está confuso. Foi ratificado em parte, mas países 
estão saindo do acordo para que não haja prejuí-
zos. Reuniões (Conferências das Partes – COPS) 
são realizadas todos os anos. Neste ano, alguns 
itens avançaram, mas está longe um novo acordo, 
como o que foi feito em 1997 para que os países 
mais desenvolvidos diminuíssem 5% da poluição 
atmosférica medida em 1992 até 2012, que não é 
mais válido.
Em 2002, na Rio +10, em Joanesburgo, Áfri-
ca do Sul, de 26 de agosto a 4 de setembro, 190 
países participaram das negociações oficiais para 
o desenvolvimento de novos acordos baseados 
na Agenda 21 (Rio 92). Entre os trechos mais de-
batidos, encontravam-se mecanismos para a re-
dução da pobreza, preservação da biodiversidade 
e aumento do uso de fontes de energia limpas e 
renováveis. Vamos aguardar novas informações 
para este ano, na Rio +20.
Nos dias de hoje, a globalização contribui 
com a perda da cultura; as pessoas são estressa-
das e estatísticas do Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE) de 2002 mostram que, 
em São Paulo e Rio de Janeiro, há um maior índice 
de homicídios e a qualidade de vida cai cada vez 
mais.
Saiba maisSaiba mais
Em 1952, uma névoa instalou-se em Londres, cau-
sada pela queima de carvão, matando milhares de 
pessoas. Durante 5 dias, a cidade praticamente não 
funcionou, até que ventos dispersaram a névoa. A 
partir desse evento, houve o início de pensamentos 
acerca da despoluição nas cidades.
Sustentabilidade Ambiental
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11
Segundo o Fundo Monetário Internacional 
(FMI, 1999), em 2015, a proporção das pessoas vi-
vendo na pobreza extrema deve cair pela metade 
e todas as crianças de países em desenvolvimen-
to estarão na escola; em 2025, haverá guerra para 
adquirir água e, em 2040, o ar será mais seco, os 
invernos, rigorosos e os verões, mais quentes e 
haverá aumento do nível do mar. 
AtençãoAtenção
A história é importante como fator norteador 
dos acontecimentos atuais. Sempre relacione o 
passado com o presente. O histórico de locais 
também é significativo para o levantamento de 
áreas, fazendo com que conclusões de projetos 
fiquem mais perto da realidade passada, no caso 
de recuperação de algumas áreas.
1.1 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudamos o histórico ambiental, que, por si só, refere-se à sustentabilidade. Assim 
sendo, podemos concluir que a biodiversidade refere-se ao recurso global, composto pela variedade e 
variabilidade de todas as formas de vida, de ocorrências naturais ou domesticadas.
A biodiversidade pode ser abordada em três níveis:
ƒƒ diversidade genética;
ƒƒ diversidade de espécies: a mais facilmente observável e, normalmente, usada para avaliar o 
estado geral da biodiversidade;
ƒƒ diversidade de ecossistemas: observação das condições gerais e da diversidade global (NE-
GRÃO, 2002).
Sendo assim, ao longo da história da Terra, houve flutuações na sua biodiversidade. Antes do Homo 
sapiens, no Cambriano (aproximadamente 600 milhões de anos atrás), surgiram os primeiros seres vivos 
multicelulares com estruturas diferenciadas. No período seguinte, houve várias extinções e, assim, surgi-
ram novas espécies, alterando constantemente a biota. Assim, o papel do homem sobre a biodiversidade 
pode ser dividido em 4 fases:
1. fase do caçador – coletor: há cerca de 500 milhões de anos, com o uso do fogo pelo Homo 
erectus. Ferramentas rudimentares, nômade; podendo, nessa época, já atribuir um “certo” im-
pacto humano;
2. fase de modificações na biodiversidade: há 10 mil anos. Havia uma agricultura de subsistên-
cia e pastoreio (início de manipulação genética = domesticação). O impacto, nessa fase, foi 5 
vezes maior que o inicial;
3. urbanização: há, aproximadamente, 5.500 anos e ainda não se completou. Envolve a explora-
ção de recursos renováveis, em que o impacto já é cerca de 500 vezes maior que o inicial;
4. tecnologia moderna: ainda está em andamento e ocorre diferentemente no planeta como um 
todo. O impacto é 200 mil vezes maior que o inicial (NEGRÃO, 2002).
Salete Regina Vicentini
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12
Vamos analisar, agora, seu aprendizado.
Veja o vídeo A história das coisas, em http://
www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k.
Você vai reparar que o vídeo possui um contex-
to histórico e nos traz uma base sobre a susten-
tabilidade do planeta.
MultimídiaMultimídia
1.2 Atividades Propostas
1. Relacione a mídia sugerida anteriormente com a história ambiental e a sustentabilidade.
2. Relacione o capítulo com a sua qualidade de vida. Pense no que você estaria, hoje, fazendo 
com seu dinheiro e tempo. Relacione em tópicos e compare: como você vivia antes? Como 
vive hoje? O que pode e tem que melhorar para que sua vida fique mais sustentável?
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13
SUSTENTABILIDADE2 
Caro(a) aluno(a),
Afinal, o que é a sustentabilidade? Está vol-
tada à interdisciplinaridade, que significa: traba-
lho em equipe, contendo profissionais de várias 
áreas, para um determinado estudo de caso, seja 
ele a execução de planejamentos, projetos, ope-
ração ou manutenção de setores de interesse am-
biental, tendo visões diferentes em cima de um 
mesmo tópico (problema-solução).
Muitos entendem a sustentabilidade como 
algo apenas relacionado a locais naturais, ao 
“meio ambiente”, porém isso é um equívoco, pois 
a sustentabilidade ressalta-nos o todo na socie-
dade, ou seja, contextos sociais, econômicos e 
ambientais. Além disso, “meio ambiente” não 
AtençãoAtenção
Não pense que sustentabilidade está ligada ape-
nas ao ambiente natural! Lembre-se sempre do 
tripé da sustentabilidade e sua dimensão!
significa apenas locais naturais e sim todo e qual-
quer meio ambiente, seja ele escolar, urbano etc. 
Dentro desses contextos, desmembramos a cul-
tura, política, turismo, educação e saúde. Por isso, 
a sustentabilidade está voltada à interdisciplina-
ridade, pois trabalhamos tudo isso de forma a in-
terligar os acontecimentos nos itens comentados 
anteriormente. Para representá-la, costumamos 
falar sobre o tripé da sustentabilidade. Para tanto, 
segue modelo representativo.
Figura 1 – Representação do modelo de tripé da sustentabilidade (Triple Bottle Line – TBL).
Sustentabilidade
ƒƒ Área econômica
ƒƒ Competitividade
ƒƒ Cidadania
ƒƒ Responsabilidade Socioambiental
ƒƒ Cultura
ƒƒ Conservação de Recursos Naturais
ƒƒ Redução de consumo
ƒƒ Descarte correto de resíduos
ƒƒ Minimização de impactos ambientais
Dimensão 
Econômica
Dimensão 
Ambiental Dimensão Social
Salete Regina Vicentini
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14
 Não esqueçamos a questão da ética. No 
mundo corporativo, podemos observar “missão, 
visão e valores” das organizações como sua base, 
sendo que, entre seus valores, está inserida a éti-
ca. Ética é ação, é a maneira de colocarmos em 
prática os nossos valores morais, e o que parece 
simples é bem complexo, pois a ética exerce-se 
no espaço entre o que “é” e o que “deveria ser” e 
aí entra a questão de quem somos pelos nossos 
atos... Você pode estar perguntando: o que isso 
tem a ver com a sustentabilidade? Pois bem, só 
conseguiremos a verdadeira sustentabilidade a 
partir da ética, ou seja, o discurso feito terá que 
ser igual às atitudes.
Saiba maisSaiba mais
Conceitos importantes:
•	Sustentabilidade: é um conceito sistêmico relacionado à continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e 
ambientais da sociedade humana; equilíbrio entre as entradas e as saídas, ou seja, entre o desenvolvimento social, 
o crescimento econômico e a utilização dos recursos naturais, ecologicamente correta, economicamente viável, 
socialmente justa e culturalmente aceita; 
•	Desenvolvimento sustentável: “[...] aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilida-
de de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (ONU, 1991);
•	Consumo sustentável: o comportamento humano garantirá o crescimento contínuo da economia da empresa, por 
meio do uso inteligente/consciente dos recursos naturais utilizados;
•	Políticas públicas: referem-se tanto àquelas que são propostas diretamente por membros do Poder Legislativo quan-
to as que são encaminhadas ao Poder Legislativo pelo Executivo. Visam sempre ao bem comum da sociedade, com 
a devida ponderação dos interesses de diferentes grupos sociais. Podem, ainda, ser elaboradas com a participação 
da comunidade, seja através de Organizações Não Governamentais (ONGs), seja por meio de determinados comitês 
ou conselhos. É um conjunto de diretrizes estabelecido pela sociedade, por meio de sua representação política, em 
forma de lei, visando à melhoria das condições de vida dessa sociedade;
•	Ambiente: não é o meio que circunda as espécies e as populações biológicas; é uma categoria sociológica (e não 
biológica), relativa a uma racionalidade social, configurada por comportamentos, valores e saberes, bem como por 
novos potenciais produtivos. Nesse sentido, o ambiente do sistema econômico está constituído pelas condições 
ecológicas de produtividade e regeneração dos recursos naturais, bem como pelas leis termodinâmicas de degrada-
ção de matéria e energia no processo produtivo. O ambiente estabelece potenciais e limites às formas e ritmos de ex-
ploração dos recursos, condicionando os processos de valorização, cumulação e reprodução do capital (LEFF, 2000);
•	Conservação: está ligada ao conceito de sustentabilidade, ou seja, pode utilizar determinada área, contanto que, para 
ela, sejam devolvidas as mesmas características ou características próximas;
•	Preservação: espaços a serem preservados devem ficar exatamente como estão ou são;
•	Educação ambiental: entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletivi-
dade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação 
do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (Lei nº 
9.795 – PNEA, 1999).
Agora, vamos entender como o desen-
volvimento sustentável está ligado à sustenta-
bilidade. Eles são a mesma coisa? O conceito de 
desenvolvimento sustentável, segundo Bins-
wanger (1997), é uma alternativa ao conceito de 
crescimento econômico, o qual está associado a 
crescimento material, quantitativo da economia. 
Isso não quer dizer que, como um resultado de 
um desenvolvimento sustentável, o crescimento 
econômico deva ser totalmente abandonado, ad-
mitindo-se, antes, que a natureza é a base neces-
sária e indispensável da economia moderna, bem 
como das vidas das gerações presentes e futuras. 
Desenvolvimento sustentável significa qualificar 
o crescimento e reconciliar o desenvolvimento 
econômico com a necessidade de se preservar o 
meio ambiente, e que esse conceito não seja ape-
nas mais um a ser listado em nossas mentes e sim 
executado.
É evidente, contudo, que a sustentabilidade 
perfeita não pode ser efetivada, tendo em vista 
que os estragos feitos ao meio ambiente, bem 
como a perda de capital natural, são já conside-
ráveis. Mas o conceito de sustentabilidade pode 
servir para frear uma destruição mais acelerada 
dos recursos naturais. 
Hoje, conversa-se com um empresário ou 
com pessoas que, de certa forma, são informados 
Sustentabilidade Ambiental
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
15
e há certa confusão do ponto de vista conceitual 
sobre a questão ambiental, do que é Ecologia, 
Meio Ambiente, Conservação, Preservação, entre 
outros. Aqui entra a necessidade de capacitações 
contínuas, mostrando o quanto é importante uti-
lizar a Educação Ambiental em projetos dentro 
das empresas, utilizando suas ferramentas para 
alcançar a mudança de valores dessas pessoas, 
envolvendo toda a comunidade empresarial, de 
seu entorno e os consumidores, pois há uma falha 
nesses processos. A mudança de valores mostra-
-se essencial para atingir a Sustentabilidade do 
Sistema como um todo.
De maneira geral, a sustentabilidade en-
globa fatores ambientais, políticos econômicos 
e a continuidade deles, de forma a sempre exis-
tirem recursos naturais para as gerações futuras. 
Nas empresas, a sustentabilidade ambiental deve 
aparecer para encarar o papel dela na sociedade e 
exercer a responsabilidade socioambiental, atra-
vés do tão falado desenvolvimento sustentável.
Segundo o Dicionário Michaelis (2008), 
desenvolver significa tirar invólucro, descobrir o 
que estava encoberto; envolver significa meter-
-se num invólucro, comprometer-se. Dessa forma, 
poderíamos dizer que desenvolver uma pessoa 
ou comunidade significa retirá-la do seu invólu-
cro ou contexto ambiental; descomprometê-la 
com o seu ambiente.
O “envolvimento sustentável”, dito nova-
mente por Viana (2000), tem dois componentes 
básicos. Primeiro, as ações voltadas para a trans-
formação da realidade devem fortalecer o en-
volvimento das relações das sociedades com os 
ecossistemas locais. O “envolvimento sustentável” 
deve buscar reverter o distanciamento do homem 
em relação à natureza. Ao envolver as socieda-
des com os ecossistemas locais, são fortalecidos 
os vínculos econômicos, sociais, espirituais, cul-
turais e ecológicos. Cria-se uma lógica diferente 
daquela que hoje predomina e tem produzido o 
aumento da miséria e da degradação ambiental. 
O envolvimento sustentável deve criar condições 
favoráveis para um manejo mais cuidadoso, feito 
por indivíduos que vivem, convivem, apreciam e 
conhecem as sutilezas dos ecossistemas naturais. 
Envolver, aliás, é a antítese de desenvolver! Mas 
hoje esse termo está enraizado e o importante é 
entender suas diferentes facetas e como iremos 
trabalhar isso na prática empresarial, social, eco-
nômica e ambiental. É preciso que se desenvol-
vam novos pensamentos, tecnologias, na econo-
mia ambiental e ecológica, para evitar que elas se 
tornem parte do problema da insustentabilidade. 
Isso posto, não é nada fácil e aí entramos de forma 
a mostrar a importância para cada um.
Deve ficar claro que, para que as empresas 
promovam a sustentabilidade, é necessário o en-
volvimento não só empresarial, e sim social, do 
entorno, buscando o que podemos chamar “equi-
líbrio” ou mais próximo dele.
Segundo Odum (2002), a escalada do pro-
gresso técnico humano pode ser medida pelo 
seu poder de controlar e transformar a natureza. 
Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnoló-
gico, maior o ritmo de alteraçõesprovocadas no 
meio ambiente. Cada nova fonte de energia do-
minada pelo homem produz determinado tipo 
Saiba maisSaiba mais
Segundo o Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente (PNUMA), economia verde é aquela 
que resulta na melhoria do bem-estar humano e da 
igualdade social, ao mesmo tempo que reduz sig-
nificativamente os riscos ambientais e as carências 
ecológicas. Na economia verde, o crescimento da 
renda e do nível de emprego deve ser impulsiona-
do por investimentos públicos e privados, desde 
que reduza a emissão de carbono e poluição, me-
lhore a eficiência energética e de recursos e evite a 
perda da biodiversidade e dos serviços ecossistêmi-
cos (FELDMANN, 2011).
O PNUMA afirma que o investimento de apenas 
2% do Produto Interno Bruto (PIB) global por ano 
(US$ 1,3 trilhão) em dez setores-chave (agricultura, 
edificações, energia, pesca, silvicultura, indústria, tu-
rismo, transporte, água e gestão de resíduos) pode 
dar início a uma economia de baixo carbono e efi-
ciência de recursos. A Rio +20, reunião para avaliar 
os 20 anos após a Rio 92, será realizada este ano no 
Rio de Janeiro e terá como um dos eixos principais a 
Economia verde, no contexto do Desenvolvimento 
Sustentável e Erradicação da pobreza e da Gover-
nança Internacional para o Desenvolvimento Sus-
tentável (FELDMANN, 2011).
Salete Regina Vicentini
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16
de desequilíbrio ecológico e de poluição. A inven-
ção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a 
procura pelo carvão e acelera o ritmo de desma-
tamento.
2.1 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, você viu sobre o contexto, dimensão e importância da sustentabilidade. O que 
você deve incorporar é que o grande problema é o aumento da população. Quanto maior a população, 
maior o consumo, provocando problemas sociais, econômicos e ambientais. A Sustentabilidade aparece 
como solução para a melhoria de qualidade de vida, assim como tecnologias mais sustentáveis, mudan-
ça de valor e pensamentos individuais e coletivos. É importante ressaltar que, para que haja mudanças 
de valores, é necessário utilizar formas de capacitação, entre as quais, a Educação Ambiental, pela Lei nº 
9.795/99, traz-nos ideias, direitos e deveres relacionados a isso.
Figura 2 – Resumo representativo da Sustentabilidade como solução para os problemas atuais.
Ainda podemos resumir:
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ƒƒ Segundo a ONU (1991), é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer 
as possibilidades das gerações futuras;
ƒƒ Prover sustento, segurança e vida adequada para todos;
ƒƒ Respeitar os limites e regras do meio biofísico;
ƒƒ Papel fundamental dos governos para políticas públicas de Desenvolvimento Sustentável;
ƒƒ Melhoria da qualidade vida; 
ƒƒ A Gestão Ambiental (gerenciar tudo que está ao redor) não pode se separar do desenvolvimen-
to sustentável.
Sustentabilidade Ambiental
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17
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ƒƒ Sociocultural: consumo, história, cultura, cidadania;
ƒƒ Ambiental: esgotamento dos recursos naturais não renováveis (minérios: carvão, ferro, petró-
leo), degradação dos sistemas naturais (biodiversidade);
ƒƒ Econômica: atender ao interesse de diferentes grupos (governo, população), redução da po-
breza, equidade.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
Para exemplificar o capítulo, vamos assistir à 
campanha do Santander sobre sustentabilida-
de, levando em conta o tripé da sustentabilida-
de. Devemos refletir que nem todas as corpora-
ções fazem isso, bem como as que fazem não 
fazem 100%. É também o início de tudo isso, 
uma mudança, devendo levar em conta o pro-
cesso econômico da empresa.
•	Capítulo 1: http://www.youtube.com/watch?
v=VKCvFaQbx9c&feature=pyv;
•	Capítulo 2: http://www.youtube.com/
watch?v=GZ8js2FX0mU;
•	Capítulo 3: http://www.youtube.com/watch?
v=8Jug39kaj7g&feature=BFa&list=PL1D6817
40F609695B&lf=results_main.
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2.2 Atividades Propostas
1. Onde a Sustentabilidade será utilizada na Engenharia/Tecnologia?
2. Na abordagem das implicações da tecnologia atual para a saúde do homem e do meio am-
biente (Degradação Ambiental), até que ponto vale a construção de uma usina hidrelétrica 
em determinado local?
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19
A GESTÃO AMBIENTAL E A ISO 14001 
INSERIDAS NA SUSTENTABILIDADE3
Segundo definição da Confederação Nacio-
nal da Indústria, uma norma ambiental interna-
cional é a tentativa de homogeneizar conceitos, 
ordenar atividades e criar padrões e procedimen-
tos que sejam reconhecidos por aqueles que es-
tejam envolvidos com alguma atividade produ-
tora que gere impactos ambientais (FELDMANN, 
2011). O movimento em direção à normatização 
e gerenciamento ambiental surgiu no início dos 
anos 1990, através do trabalho de instituições 
normatizadoras de diversos países europeus. Por 
ocasião da Eco-92, foi apresentada a proposta 
de criação de um grupo especial para estudar a 
3.1 O que é a ISO 14001
elaboração de normas de gestão ambiental, com 
o intuito de serem internacionalmente reconhe-
cidas. As primeiras normas foram publicadas em 
meados de 1996, incluindo o documento de es-
pecificação ISO 14001, que representa um mode-
lo de Sistema de Gestão Ambiental (SGA) através 
do qual as empresas podem buscar a certificação. 
O empresariado brasileiro deve ficar atento ao 
cenário que se forma em torno da publicação da 
série ISO 14000 e aos reflexos que o processo de 
certificação ISO 14001 pode trazer para a compe-
titividade internacional de nossos produtos.
3.2 Por que Buscar o Certificado
Apesar de a certificação ISO 14001 desper-
tar maior interesse nas empresas exportadoras, já 
que existe a tendência do nascimento de um pro-
tecionismo ambiental no mercado internacional, 
diversos são os motivos que podem levar uma 
organização brasileira, seja ela multinacional ou 
não, a buscar sua obtenção. Entre esses motivos, 
cabe destacar:
ƒƒ a tentativa de diminuir pressões legais; 
ƒƒ a busca por uma melhor administração 
de custos ambientais; 
ƒƒ melhoria da imagem institucional pe-
rante o público consumidor;
ƒƒ proporcionar um diferencial competiti-
vo em seu nicho de mercado. 
Os dois primeiros motivos expostos estão 
intimamente relacionados. A legislação brasileira 
impõe às empresas um alto custo em seus negó-
cios. Supostamente, os órgãos ambientais, em 
seus diferentes níveis, através dos esforços em 
fazer cumprir a legislação aplicável aos diferentes 
tipos de organizações, passam a criar e exigir de-
terminadas responsabilidades empresariais. Para 
cumprir suas obrigações, as empresas deparam-
-se com custos sob a forma de despesas de in-
vestigação e remediação em áreas degradadas, 
tratamento e disposição de efluentes e resíduos, 
multas, além de paralisações em suas atividades. 
Além desses, podemos considerar custos ambien-
tais os desperdícios de matéria-prima, energia e 
insumos, comuns na indústria nacional.
Salete Regina Vicentini
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20
Certamente, a implementação de um SGA, 
segundo o modelo proposto pela NBR ISO 14001, 
impulsiona as empresas a observarem essas ques-
tões, sob uma ótica gerencial, de forma mais sus-
tentável. Os procedimentos exigidos para a cer-
tificação, principalmente em relação a requisitos 
legais e controles operacionais, farão com que as 
empresas passem a considerar suas relações com 
o meio ambiente como qualquer outro aspecto 
de seus negócios.
Pode-se dizer, também, que as outras duas 
razões citadas têm bastante em comum. É natural 
que uma empresa, após a obtenção de um certi-
ficado internacional de qualidade ambiental, pas-
se a fazer uso de sua conquista como marketing 
institucional, principalmente se fizerparte de um 
segmento industrial tradicionalmente poluidor. O 
marketing ecológico passou a ser obrigação das 
empresas que pretendem continuar – ou se tor-
nar – modernas e competitivas, e, apesar de não 
garantir um padrão de excelência em termos de 
desempenho ambiental, a certificação ISO 14001 
representa esforços concretos e um compromisso 
assumido na busca por uma minimização de im-
pactos ambientais e pela sustentabilidade.
AtençãoAtenção
A Gestão Ambiental possui sempre um depar-
tamento específico dentro das empresas, o que 
não quer dizer que será separado do restante de-
las. Todos os setores devem estar interligados no 
contexto da sustentabilidade; entretanto, quan-
do falamos em Sistema de Gestão, seja ele qual 
for, prezando a qualidade, é necessário um diá-
logo entre as partes. A Gestão Ambiental, por si 
só, relaciona-se com a parte econômica e social, 
além, é claro, dos ambientes que correspondem 
a ela.
Saiba maisSaiba mais
Conceitos importantes:
•	Aspectos: elementos das atividades, produtos ou 
serviços de uma organização que podem intera-
gir com o Meio Ambiente;
•	 Impacto: qualquer modificação do meio ambien-
te, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou 
em parte, dos aspectos ambientais da organiza-
ção;
•	Melhoria contínua: processo recorrente de se 
avançar com o SGA, com o propósito de atingir 
o aprimoramento do desempenho ambiental ge-
ral, coerente com a política ambiental da organi-
zação;
•	SGA: é a parte do sistema global que inclui a es-
trutura organizacional, atividades de planejamen-
to, responsabilidades, práticas, procedimentos, 
processos e recursos para desenvolver, imple-
mentar, atingir, analisar criticamente e manter a 
política ambiental;
•	Gestão Ambiental (GA): é um modelo administra-
tivo usado por uma única área para tratar as ques-
tões ambientais, sem haver a inter-relação com o 
resto das áreas da organização;
•	 Implementação: dar execução a um plano, proje-
to e/ou programa, colocar em prática.
3.3 Gestão Ambiental e a Sustentabilidade
A noção de sustentabilidade pressupõe a 
realização de desenvolvimento sem destruição; 
logo, traduzi-la supõe perseguir-se um grau de 
desenvolvimento caracterizado pelo redirecio-
namento do atual padrão de produção e consu-
mo. Isso significa reduzir os impactos ambientais 
resultantes desse processo e, por conseguinte, 
melhorar os níveis de qualidade ambiental das 
cidades.
Essa perspectiva tem sido preconizada a 
partir dos dispositivos constitucionais da Carta 
Magna de 1988 e dos instrumentos e documentos 
produzidos na década seguinte, os quais definem 
o estado da arte sobre sustentabilidade e quali-
dade do meio ambiente. Entre as evidências mais 
recentes, além dos inúmeros esforços teóricos, 
destacam-se o documento produzido para orien-
tar a implementação da Agenda 21 brasileira e o 
Estatuto da Cidade (MMA; PNUD, 1999). Em todas 
essas construções, a ideia da sustentabilidade am-
biental está apoiada na defesa de uma qualidade 
ambiental que se traduz pelo equacionamento 
Sustentabilidade Ambiental
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21
dos problemas socioeconômicos (“sociedade am-
bientalmente mais justa”) e ecológicos (“interven-
ções ecologicamente sustentáveis”).
A produção e o consumo de bens e de 
serviços devem respeitar e visar uma so-
ciedade mais justa (sustentabilidade so-
cial); a conservação e utilização racional 
e adequada dos recursos naturais, reno-
váveis e não renováveis, incorporados às 
atividades produtivas (sustentabilidade 
ambiental); e a gestão e aplicação mais 
eficientes dos recursos para suprir as ne-
cessidades da sociedade e não permitir a 
submissão absoluta às regras de mercado 
(sustentabilidade econômica). (OLIVEIRA, 
2001, p. 12).
Saiba maisSaiba mais
É certo que os SGAs são extremamente importantes 
para a sustentabilidade do planeta. A concentração 
pré-industrial de CO2 na atmosfera era de 280 partes 
por milhão (ppm). A menor projeção para o fim do 
século XXI é superior a 520 ppm. Já é certo que o 
aquecimento global médio ultrapasse 1 ºC por volta 
de 2050 e talvez chegue a 6 ºC até o fim do século 
(FELDMANN, 2011).
3.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
A sustentabilidade insere-se nesse contexto, uma vez que há vários benefícios na implantação de 
um SGA para a prevenção de possíveis impactos gerados pelos aspectos da empresa.
Segue, na Figura 3, um esquema demonstrativo, levando em conta a melhoria contínua. Perceba 
que todas as flechas estão ligadas ao SGA e, em consequência, temos a melhoria contínua, que, por sua 
vez, promove a sustentabilidade do sistema.
 
 Figura 3 – Esquema demonstrativo das ligações entre Sustentabilidade e SGA.
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22
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
Para maior entendimento do capítulo, leia o 
texto do link: http://www.fecilcam.br/anais_ive-
epa/arquivos/9/9-14.pdf.
MultimídiaMultimídia
3.5 Atividades Propostas
Leia o texto proposto e responda:
1. Tendo em vista que os recursos naturais finitos estão se esgotando, tem-se a necessidade de 
um novo modelo de produção, que produza mais e polua menos; com isso, a Engenharia tem, 
entre suas áreas, a Engenharia da Sustentabilidade, que visa a uma produção sustentável, nos 
contextos ambiental, social, ecológico, econômico e político. Relacione essa frase com a Ges-
tão Ambiental.
2. Relacione Gestão Ambiental com a sustentabilidade.
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23
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, A POLUIÇÃO 
E AS CONSEQUÊNCIAS ATUAIS4 
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, iremos abordar as causas 
e as consequências do início do processo de in-
dustrialização no mundo, o que, por si só e com o 
aumento da população, ocasionou fortes mudan-
ças ambientais, econômicas, políticas, culturais e 
sociais.
O grande impulso das indústrias, em função 
de diversos fatores, não mais permitiu ao homem 
satisfazer-se com formas grosseiras e modestas de 
aproveitamento das energias disponíveis, como 
moinhos de vento, rodas-dágua e força animal. 
A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, 
foi, na verdade, uma revolução nos processos de 
utilização da energia, que se tornava necessária 
em quantidades cada vez maiores, para permitir 
a produção de bens de consumo na proporção 
exigida por populações em rápido crescimento 
(BRANCO, 2002). 
A urbanização (criação de cidades) é, sem 
dúvida, a intervenção humana que maior impac-
to causa no meio natural. O aumento da popula-
ção interfere no planejamento urbano dos locais, 
inclusive na questão das ocupações indevidas, o 
que não justifica o governo não tomar atitudes 
para evitar esse fator. Nos ecossistemas que não 
sofreram alteração pelo homem, existe uma per-
feita troca de energia entre todos os seus compo-
nentes, sejam eles vivos ou não. Já nas cidades, há 
uma total alteração desse equilíbrio, que se inicia 
pela remoção da cobertura vegetal, alterando a 
dinâmica das populações de organismos, bem 
como a ciclagem da água e dos nutrientes no 
solo. Tal processo de degradação quase sempre 
culmina com a total impermeabilização da super-
fície, através da pavimentação. 
À medida que a população aumenta (hoje, 
temos cerca de 7 bilhões de habitantes), as inter-
-relações entre o meio físico e os aspectos bioló-
gicos, psicológicos e sociais tornam-se cada vez 
mais complexas. Isso porque a cidade não é um 
ecossistema urbano, pois qualquer ecossiste-
ma deve, antes de tudo, ser autossuficiente. Um 
exemplo a ser dado é um aquário, que pode ser 
interpretado como um ecossistema, desde que 
possua plantas que, recebendo energia na forma 
de luz, sintetizem compostos orgânicos, os quais 
alimentarão pequenos animais, que, por sua vez, 
servirão de alimentoaos peixes, cujos excremen-
tos serão decompostos no próprio ambiente, for-
necendo elementos essenciais à vida das plantas. 
Enfim, um ecossistema deve conter organismos 
produtores, consumidores e decompositores, 
de modo a garantir uma contínua reciclagem de 
substâncias químicas. No meio natural, os seres 
sustentam-se e aí estão a grande dificuldade e os 
desafios do “mundo” urbano, juntamente a fato-
res, como a globalização, que despejam informa-
ções diversas, sendo a cultura tradicional perdida.
Sobretudo, não há reciclagem, não há o re-
torno de componentes químicos, uma vez que 
os resíduos da cidade são soterrados em aterro 
sanitário de lixo ou simplesmente lançados ao 
solo, aos rios, na forma de esgoto, e à atmosfera, 
na forma de gases, fumaça e poeiras. Observa-se, 
assim, um fluxo contínuo de materiais que pro-
vêm de áreas externas à cidade e são aí processa-
dos e consumidos, gerando subprodutos que se 
acumulam no meio ambiente e não retornam às 
áreas de produção. 
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O enorme e rápido crescimento das popu-
lações humanas, em todo o mundo, leva a uma 
necessidade de mudanças nos modos de produ-
ção e consumo. Ainda que a população humana 
decidisse satisfazer-se apenas com o que já exis-
te, renunciando à utilização de novos modelos de 
veículos, aparelhos de televisão ou computado-
res, a produção dessas comodidades não cessaria, 
pois a imensa maioria ainda não as possui, além 
da questão dos alimentos, que ocupam mais em 
mais áreas naturais para suprir as necessidades 
populacionais.
Na chamada sociedade do consumo, o des-
perdício é imensurável. Há mudanças já ocorren-
do em relação à Política Nacional de Resíduos Só-
lidos, lei aprovada em agosto de 2010. Há metas 
e acordos já feitos no Brasil e, agora, resta-nos 
aguardar o início dos resultados.
Nesse contexto, os problemas do ambiente 
urbano, que geralmente são devidos à superpo-
pulação, estão diretamente relacionados com a 
habitação, a poluição atmosférica e da água, a co-
leta, tratamento e disposição final de resíduos só-
lidos, o congestionamento do trânsito, os proble-
mas habitacionais, o desmatamento de grandes 
áreas para a formação de novos pastos, campos 
de cultivo, represas para o abastecimento de água 
potável ou para a geração de energia elétrica. Há 
também o esgotamento de petróleo e outros 
minerais, como ferro, alumínio, chumbo etc.; e a 
necessidade de construção de novas indústrias e 
de utilização de novos processos de geração de 
energia, como a nuclear (NEGRÃO, 2002).
AtençãoAtenção
Deve ficar claro que não existem “ecossistemas ur-
banos” e sim apenas ecossistemas naturais, uma 
vez que o ambiente urbano é totalmente depen-
dente de fatores externos para se sustentar.
4.1 O Impacto Ambiental Causado pelas Indústrias
O consumo excessivo de energia e materiais, 
a produção de poluentes e as próprias alterações 
decorrentes da construção de grandes indús-
trias constituem formas importantes de impacto 
ambiental. Os impactos provocados por uma in-
dústria extravasam muito o espaço físico que ela 
ocupa. Há, ainda, o problema do transporte de 
matérias-primas, da fonte para a indústria, e de 
produtos industriais para os centros de consumo. 
Os maiores e mais graves problemas de poluição 
marinha acontecem justamente no transporte de 
petróleo bruto e seus produtos refinados, através 
do oceano, por gigantes navios, que já atingem 
mais de 500 mil toneladas cada um.
Além disso, as indústrias são grandes con-
sumidoras de energia. Por exemplo, a quantida-
de de energia consumida na produção de cada 
lingote de alumínio é tão grande que se diz que 
esse metal poderia ser chamado “energia em bar-
ras”. Para suprir essa necessidade, recorre-se a três 
opções básicas: a construção de enormes barra-
gens, causando a inundação de áreas cobertas 
de vegetação, como as represas que estão sendo 
construídas na Amazônia; a instalação de usinas 
termoelétricas movidas a petróleo, carvão ou ma-
deira, com todo o problema de gases e matéria 
particulada expelidos por suas chaminés; e a im-
plantação de usinas nucleares, com os graves pro-
blemas de disposição final.
Enfim, todos esses impactos são significati-
vos e devem-se somar aos impactos gerados pela 
própria presença física da indústria em funciona-
mento.
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25
No vídeo A história das coisas, pode-se ter 
certeza de como estamos influenciados pela mí-
dia, mas a sociedade atual não pode passar sem 
as indústrias. Talvez fosse possível conter o ritmo 
descontrolado de seu crescimento, se o homem 
moderno conseguisse abandonar o consumismo 
que o caracteriza. Isso não é possível e, por isso, 
falamos em consumo sustentável, ou seja, utiliza-
ção de bens que realmente precisamos, para não 
gerar mais resíduos do que já geramos. Além dis-
so, é necessário termos uma consciência indivi-
dual antes de tudo, destinando de forma correta 
o que geramos.
É comum ouvirmos sobre a “Política dos 3 
Rs”. Pois bem, na verdade, o 1º “R” refere-se à re-
dução de consumo; posteriormente, temos a reu-
tilização e, por último, a reciclagem, ou seja, pro-
jetos que visam apenas à reciclagem são válidos, 
porém estão longe do ideal.
4.2 O Consumismo
O consumismo é um processo condená-
vel, pois se compra mais que o necessário, o que 
acompanha a cultura de massa. Através desses 
temas complexos de propaganda, que envol-
vem sutilezas psicológicas e recursos para tanto, 
indústrias e produtos em geral convencem a po-
pulação a adquirir sempre os novos modelos de 
todos os produtos, garantindo a venda contínua.
O consumismo não gera apenas os impac-
tos ambientais de correntes da sociedade cres-
cente de energia e do próprio processo industrial, 
mas é causa de outro grave problema: o esgota-
mento dos recursos naturais não renováveis, isto 
é, aqueles que, uma vez consumidos, não podem 
ser novamente repostos, como, por exemplo, o 
petróleo e os minérios em geral (BRANCO, 2002).
4.3 O Problema das Habitações
A boa qualidade da habitação é um dos 
itens considerados pela Organização Mundial da 
Saúde (OMS) para avaliar a qualidade de vida das 
populações humanas. Os principais aspectos para 
uma moradia seriam: 
ƒƒ estrutura da habitação (proteção contra 
calor e frio extremos, ruído e poeira);
ƒƒ grau de abastecimento de água quanti-
tativa e qualitativamente adequado;
ƒƒ disposição e posterior manejo adequa-
do de resíduos sólidos, líquidos e excre-
tas;
ƒƒ qualidade da área em que se localiza a 
habitação;
ƒƒ excesso de habitantes (risco de doenças 
e acidentes domésticos);
ƒƒ poluição no ambiente doméstico de-
corrente da queima de combustível 
para o preparo de alimentos ou aque-
cimento;
ƒƒ presença de vetores e/ou hospedeiros 
intermediários de agentes etiológicos;
ƒƒ a habitação como ambiente de traba-
lho (aspectos de saúde ocupacional).
Podemos perceber que grande parte das 
habitações populares de São Paulo e outras cida-
des do Brasil não contempla vários dos requisitos 
anteriores (NEGRÃO, 2002). O grande desafio é 
novamente citado: com o aumento da população, 
como faremos para aplicar a sustentabilidade, se 
a maior parte não vive em condições básicas?
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26
A água é o mais abundante componente da 
matéria viva e precisa ser necessariamente reci-
clada para a garantia de vida no planeta. Essa reci-
clagem depende de fluxos naturais da Terra, que 
constantemente são prejudicados pela poluição 
causada pelo homem. A superfície terrestre é re-
4.4 Poluição das Águas
coberta por cerca de 72% de água. De toda a água 
que recobre a Terra, cerca de 97% pertencem aos 
ecossistemas marinhos e o restante pertenceàs 
águas continentais. Segue, na figura 4, gráficos 
representativos da quantidade total de água que 
realmente está disponível para a população.
Figura 4 – Demonstrativo do volume de água disponível na Terra.
72%
28%
Água na superfície da Terra
Terra
Representação do volume de água total na Terra
97%
3%
Oceanos
Água doce
Representação do volume de água dividido entre os oceanos 
e a água doce
79%
20% 1%
Calotas Polares
Águas Subterrâneas
Água acessível
Representação do volume de água total de água doce
1%
1%
52%38%
8%
Rios
Água acessível nas plantas
Lagos
Água nos solos
Vapor de água na atmosfera
Representação do volume total de água acessível ao homem
Percebe-se que a situação, mediante a ques-
tão da quantidade de água, é crítica, havendo um 
engano em relação a quem diz que o Brasil possui 
água suficiente. Isso não é real. A poluição é um 
fator definitivo para observar que, se não houver 
outras alternativas, teremos sérios problemas em 
breve.
Saiba maisSaiba mais
Conceitos importantes:
•	Poluição: degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente, prejudiquem a 
saúde, a segurança e o bem-estar da população, criem condições adversas às atividades sociais e econômicas, afe-
tem desfavoravelmente a biota, afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e lancem materiais ou 
energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. É a colocação de energia e matéria no lugar errado;
•	Contaminação: agentes patogênicos que fazem mal à saúde, como, por exemplo, metais pesados;
•	Eutrofização: é um processo pelo qual há um despejo de adubos sintéticos (que são à base de nitrogênio, fósforo 
e potássio), havendo uma fertilização das águas e, consequentemente, um crescimento desordenado de algas mi-
croscópicas, tornando a água muito espessa e verde, impedindo a entrada de luz e, também, a oxigenação do local 
eutrofizado, ocasionando graves problemas na qualidade para o abastecimento, inclusive mau cheiro. O tratamento 
convencional de esgotos não resolve esse tipo de problema.
Fonte: Branco (2002).
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Quando, entretanto, coloca-se certa quanti-
dade de matéria ou energia que o ambiente não 
é capaz de assimilar, esse ambiente fica sobrecar-
regado; seu equilíbrio desfaz-se e se alteram com-
pletamente sua composição e estrutura. Dizemos, 
assim, que esse ambiente foi poluído. 
Quando se joga matéria orgânica em um 
rio, de modo que as bactérias decompositoras 
consigam consumir aquela quantidade, não há 
problema algum, porém, quando ocorre o opos-
to, elas se proliferam de tal maneira a acontecer 
o que foi explicado no exemplo do aquário. É cla-
ro que isso tudo está ligado ao crescimento de-
sordenado da população, novamente havendo 
como consequência uma maior quantidade de 
esgoto. A maior parte da descarga de esgotos ain-
da é clandestina, proporcionando uma poluição 
ou contaminação significativa nos corpos dágua.
A Política Nacional de Recursos Hídricos 
(Lei nº 9.433/97) prevê, juntamente à Resolução 
CONAMA nº 430/11, padrões para o lançamento 
de efluentes em corpos de água, classificando-os, 
porém nem sempre há fiscalização suficiente e 
adequada para o cumprimento dessa lei.
O consumo de oxigênio que certa quanti-
dade de esgotos produz quando diluída na água, 
em consequência da respiração das bactérias que 
provocam sua degradação, é denominado De-
manda Bioquímica de Oxigênio ou, simplesmen-
te, DBO. É a causa mais frequente de mortandade 
dos rios e se deve ao lançamento de matéria e 
energia no lugar errado e a não presença de qual-
quer substância tóxica ou organismo patogênico. 
Assim como os esgotos das casas, também os resí-
duos orgânicos de certas indústrias representam 
altas cargas de DBO, como os despejos de usinas 
Saiba maisSaiba mais
O conceito de pegada hídrica, criado pelo holandês 
Arjen Hoekstra, é uma ferramenta de gestão em re-
cursos hídricos, que define o uso direto ou indireto 
da água ao longo da cadeia produtiva, permitindo 
que as iniciativas públicas e privadas e a população 
em geral entendam o quanto de água é necessário 
para a fabricação de um produto.
de açúcar e álcool, matadouros, frigoríficos e mui-
tos outros. Quanto maior a poluição, maior a DBO.
O problema da contaminação é de mais 
difícil solução que o da poluição por compostos 
orgânicos. Muitos dos tóxicos que chegam aos 
rios e ao meio ambiente em geral não são bio-
degradáveis nem degradáveis, isto é, não sofrem 
alterações bioquímicas, tampouco químicas, por 
oxidação e outras reações que podem ocorrer na 
natureza, permanecendo sempre tóxicos. Alguns 
chegam a ter sua toxicidade aumentada, como 
é o caso do mercúrio, que, lançado ao meio em 
forma elementar ou salina, de baixa toxicidade, 
pode ser metabolizado por bactérias que vivem 
no lodo do fundo de rios ou oceanos, transfor-
mando-se em metilmercúrio, altamente tóxico 
(BRANCO, 2002).
Em algumas cidades da Austrália e da Euro-
pa, há mais de 80 anos, faz-se o tratamento de es-
gotos apenas espalhando-os criteriosamente, por 
infiltração do solo, no qual são plantados cereais, 
pomares ou pastagens. O solo assimila natural-
mente a matéria orgânica dos esgotos e a trans-
forma em húmus, bastando para isso que ela seja 
disposta de maneira compatível com a permeabi-
lidade e composição do solo.
Outra prática muito antiga é a da constru-
ção de lagoas destinadas a receber esgotos. Estes, 
graças à propriedade fertilizante que possuem, 
provocam a proliferação de algas microscópicas, 
que, por fotossíntese, geram o oxigênio necessá-
rio à respiração das bactérias decompositoras. 
Essas são formas de soluções sustentáveis. 
Podemos também falar sobre a Produção Mais 
Limpa, que cria tecnologias e soluções para a eco-
nomia de água e energia nas indústrias.
A Organização das Nações Unidas para o 
Desenvolvimento Industrial afirma que a Produ-
ção Mais Limpa é a aplicação contínua de uma 
estratégia econômica, ambiental e tecnológica 
integrada aos processos e produtos, a fim de au-
mentar a eficiência no uso de matérias-primas, 
água e energia, através da não geração, minimi-
zação ou reciclagem de resíduos gerados, com 
benefícios ambientais e econômicos para os pro-
cessos produtivos. 
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O traço específico da ecoeficiência em rela-
ção à Produção Mais Limpa é buscar ir mais além 
do aproveitamento sustentável dos recursos e da 
redução da contaminação, destacando a criação 
de valor agregado tanto para os negócios quanto 
para a sociedade em geral, mantendo os padrões 
de competitividade (DIAS, 2007).
4.5 Resíduos (Lixo), o Ar e o Solo
Como já foi mencionado, o ser humano 
consome cada vez mais de forma inadequada, 
resultando na problemática do modo como es-
ses resíduos são dispostos no solo, água, e, con-
sequentemente, irão para a atmosfera, através do 
metano e gás carbônico. Na sua maioria, esse lixo 
é constituído de matérias orgânicas biodegradá-
veis, originadas de restos de alimentos. O proble-
ma ambiental que ele provoca é diferente daque-
le causado por esgotos, uma vez que o chorume, 
produto líquido da degradação do lixo orgânico, 
libera o gás metano (CH4), que, em termos de po-
tencialidade, é muito mais nocivo do que o Gás 
Carbônico no Ciclo do Carbono, ocasionando o 
aquecimento global e elevando as temperaturas 
na Terra.
Outro problema de resíduos em locais ina-
dequados é a questão da saúde pública, o fato de 
constituir ambiente favorável ao desenvolvimen-
to de insetos (moscas, baratas) e ratos. A famosa 
peste bubônica, que, na Idade Média, causou a 
morte de grande parte das populações da Europa 
e da Ásia, deveu-se principalmente aohábito que 
se tinha na época de lançar o lixo às ruas. O triste 
é olharmos a realidade hoje e vermos que não se 
evoluiu muito nesse sentido desde aquela época, 
o que força pensarmos que uma maneira Susten-
tável é a promoção e prevenção de saúde e capa-
citações à população, o que envolve novamente a 
Educação Ambiental.
Outro inconveniente do lixo urbano é os de-
pósitos de lixo a céu aberto; esse líquido infiltra-se 
no solo, podendo atingir o lençol freático, conta-
minando poços e rios. Além disso, há naturalmen-
te o problema do mau cheiro, que se desprende 
sempre que o lixo decompõe-se por fermentação 
anaeróbia. Esperamos que, aqui no Brasil, com a 
nova lei, esse cenário mude em breve.
Além disso tudo, há ainda o problema do 
transporte. Não sendo líquido, não pode escoar 
das casas e indústrias através de tubulações que 
o levem às estações de tratamento e, daí, às plan-
tações. O sistema de coleta e transporte por cami-
nhões acarreta, entre outros, uma série de proble-
mas de trânsito nas grandes cidades, lembrando 
que, muitas vezes, esses impactos podem ser irre-
versíveis!
Em São Paulo, as estações medidoras da po-
luição do ar operadas pela Companhia Ambiental 
do Estado de São Paulo (CETESB) monitoram os 
níveis de Material Particulado (MP), dióxido de 
enxofre (SO2), óxido de nitrogênio (NOx), hidro-
carbonetos (HC), ozônio (O3) e monóxido de car-
bono (CO). A análise de todos os dados mostra, 
em quase toda a cidade, o padrão primário anual, 
isto é, a concentração de poluente, que, quando 
ultrapassada, pode prejudicar a saúde da popu-
lação. Em lugares arborizados, o teor de poeiras 
inaláveis é bastante reduzido.
Uma possível solução é o aproveitamen-
to do lixo. Pode-se tirar do lixo e do esgoto uma 
energia que será aproveitada por indústrias, por 
exemplo. Em relação aos esgotos, isso ocorre atra-
vés de biodigestores (CETESB), havendo a produ-
ção de metano, que é transformado em energia; 
assim também ocorre com o lixo, quando dispos-
to em aterros energéticos, cobertos com argila, 
mediante uma técnica especial. 
Outra maneira de aproveitar o lixo é a Agroe-
cologia. A prática da agricultura orgânica consiste 
em utilizar restos orgânicos (cascas de frutas, fo-
lhas secas, restos de alimentos etc.) para introdu-
zir a compostagem, que é o material orgânico de-
composto após alguns meses. A compostagem é 
utilizada para substituir o adubo químico, tendo, 
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assim, uma adubagem natural do solo, evitando a 
sua contaminação com produtos químicos e não 
tendo nenhum gasto econômico para a fertiliza-
ção do solo (APRIGLIANO et al., 2002).
4.6 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Agora, vamos analisar o capítulo e resumi-lo em uma tabela, comparando ambiente natural e ur-
bano.
 Tabela 1 – Meio ambiente natural e urbano.
 Fonte: Adaptada de Negrão (2002).
Analisando a tabela, podemos perceber que impactos no meio ambiente Natural são reversíveis, 
dependendo do grau de degradação, ou seja, havendo muito impacto, o ambiente não volta mais ao 
que era, muitas vezes nem próximo. Entretanto, se alguns impactos forem positivos, de forma susten-
tável a retomar o mesmo ecossistema, o ambiente voltará e se recuperará. Já em ambientes urbanos, 
os modos de produção e consumo, como foi dito, são selvagens, proporcionando um desequilíbrio, em 
geral irreversível. O aumento da população, aqui, aparece mais uma vez, havendo déficit habitacional e 
desemprego. Cidades são possíveis de serem construídas de forma sustentável! Entretanto, isso gera um 
investimento alto em planejamento, mas é totalmente viável.
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Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
Veja o vídeo no link a seguir, com exemplos de ou-
tras cidades no mundo:
http://www.youtube.com/watch?v=5sTDik3rUug.
MultimídiaMultimídia
4.7 Atividades Propostas
1. Faça a ligação entre a sustentabilidade e a poluição do ar, água e solo. Cite uma solução para 
cada item.
2. Qual a importância do tratamento dos resíduos nas empresas? 
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AGENDA 215 
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, iremos entender o que é a 
Agenda 21.
A Agenda 21 foi o principal documento 
aprovado na Eco-92, em junho de 1992, no Rio 
de Janeiro, com o propósito de fixar metas com 
a humanidade, em que se reuniram 178 países. A 
Conferência Mundial do Desenvolvimento Sus-
tentável, a Rio +10, ocorreu em agosto de 2002, 
na África do Sul, e fez um balanço sobre os dez 
anos da Agenda 21.
A Agenda 21 é um documento imenso, 
com mais de 800 páginas. Nelas, estão contidos 
os princípios e metas que devem ser perseguidos 
para a conquista do desenvolvimento sustenta-
do, que é o desenvolvimento com justiça social e 
respeito aos recursos naturais, em benefício das 
atuais e das futuras gerações. Daí a Agenda 21 ser 
um compromisso ético com o futuro da humani-
dade e do planeta. 
As principais características da Agenda 21 
são:
ƒƒ preparar o mundo para os desafios do 
próximo século;
ƒƒ estabelecer o compromisso, no mais 
alto nível político, sobre o desenvolvi-
mento e cooperação ambiental;
ƒƒ preconizar a cooperação internacional 
para o êxito das estratégias, planos, po-
líticas, processos e esforços nacionais;
ƒƒ estimular a participação pública de or-
ganizações internacionais, regionais e 
sub-regionais e o envolvimento de or-
ganizações civis.
A formulação da Agenda 21 veio também 
para que, sendo executada, traga uma melhor 
qualidade de vida. Para Forattini (1992), os ele-
mentos que podem ser classificados como de-
terminantes dessa qualidade de vida e que estão, 
consequentemente, ligados entre si são:
1. orgânicos (biológicos): saúde, estado 
funcional, doença, incapacidade;
2. psicológicos: bem-estar, autoestima, 
estado emocional e afetividade, apren-
dizado, conhecimento, habilidade;
3. sociais: relacionamentos em geral, vida 
familiar, vida sexual, privacidade;
4. comportamentais: atividade, mobilida-
de, vida profissional, hábitos, repouso, 
lazer;
5. materiais: economia privada, autossus-
tentação, bens e renda;
6. estruturais: significado da própria vida, 
posição social.
AtençãoAtenção
Uma das questões discutidas na pauta da Agen-
da 21 foi: mais do que pensar e falar, é preciso ter 
compromisso e sugerir ações. Aqui fica claro que 
a Agenda 21, do ponto de vista da sustentabili-
dade, requer participação. Cada um deve fazer a 
sua parte.
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A Agenda 21 está estruturada em 40 capí-
tulos, por sua vez agrupados em quatro seções, 
precedidas de um Preâmbulo, que constitui o Ca-
pítulo 1 do documento. O Preâmbulo dá as linhas 
gerais do documento e a Seção I trata das Dimen-
sões Econômicas e Sociais do desenvolvimento 
sustentado.
A Seção I é a prova, então, de que a Agen-
da 21 não trata apenas de questões ambientais, 
como geralmente se pensa. O segundo capítulo 
destaca como o comércio internacional pode aju-
dar no desenvolvimento sustentado e o terceiro 
lida com as alternativas de combate à pobreza, 
que, hoje é sabido, é uma das principais causas da 
degradação ambiental no planeta. O quarto capí-
tulo trata da mudança dos padrões de consumo, 
atualmente muito diferentes em escala interna-
cional e no interior de cada país, de modo especial 
5.1 Estrutura do Documento
nos países em desenvolvimento. “Dinâmica de-
mográfica e sustentabilidade” é o título do quinto 
capítulo, o que ressalta a preocupação muito hu-
mana que inspirou a formulação da Agenda 21. 
O Capítulo 6 trata da “Proteção e promoção das 
condições da saúde humana” e o Capítulo 7 lida 
com a “Promoção do desenvolvimento sustentá-
vel dos assentamentoshumanos”, em que se des-
taca a inquietação com as péssimas condições de 
moradia de grande parte da população mundial. 
O Capítulo 7 mostra, portanto, basicamente a gra-
ve situação das grandes áreas urbanas. É só a par-
tir do oitavo capítulo, que trata da “Integração en-
tre meio ambiente e desenvolvimento na tomada 
de decisões” pelas várias instâncias de governo, 
que a questão ambiental, como habitualmente 
é conhecida, aparece de modo mais saliente na 
Agenda 21.
5.2 Os Atores da Agenda 21
O “Fortalecimento do papel dos grupos 
principais” é o título da Seção III da Agenda 21. Ela 
trata da forma como os diferentes setores sociais 
podem e devem contribuir para a conquista do 
desenvolvimento sustentado. O Capítulo 23 con-
tém um Preâmbulo geral e o Capítulo 24 trata da 
situação das mulheres e do seu papel para a con-
solidação do desenvolvimento sustentado.
O Capítulo 25 lida, por sua vez, com “A in-
fância e juventude no desenvolvimento sustentá-
vel”. É um tema muito importante para a realidade 
brasileira, pois lida com a cidadania das crianças 
e adolescentes. O Capítulo 26 também trata de 
outro assunto importante para a realidade brasi-
leira: o dos povos indígenas. O Capítulo 27 trata 
do papel das ONGs, novos agentes políticos que 
evoluíram no cenário internacional nos últimos 
anos. No Capítulo 28, são discutidas as Iniciativas 
das autoridades locais em apoio à Agenda 21. O 
Capítulo 29 aborda o papel dos Sindicatos e o Ca-
pítulo 30, da indústria e comércio, para a consoli-
dação do desenvolvimento sustentado. A contri-
buição dos cientistas é discutida no Capítulo 31. 
O Capítulo 32 é dedicado ao “Fortalecimento do 
papel dos agricultores”.
No Brasil, já temos a Agenda 21 nacional, 
criada pela Comissão Internacional para o Desen-
volvimento Sustentável (CIDES), porém há muito 
que fazer para se fixar metas em estados e cida-
des brasileiras.
Os documentos temáticos da Agenda 21 
brasileira são: 
ƒƒ Cidades sustentáveis;
ƒƒ Agricultura sustentável;
ƒƒ Redução das desigualdades sociais;
ƒƒ Infraestrutura e integração regionais;
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ƒƒ Gestão de recursos naturais;
ƒƒ Ciência e tecnologia para o desenvolvi-
mento sustentável.
Em relação à construção local da Agenda 21 
no Brasil, temos como exemplos: Búzios-RJ (orga-
nizada por uma ONG), São Luiz-MA (organizada 
pela Câmara Municipal), Santos-SP, Florianópolis-
-SC (organizada por 130 entidades), São Paulo-SP 
(organizada pela Secretaria Municipal do Verde e 
do Meio Ambiente).
Já em relação à situação internacional, te-
mos os seguintes exemplos: Grã-Bretanha, que 
visa à cidadania; Índia, que prioriza a pobreza; 
Colômbia, que prioriza a democratização; Nova 
Zelândia, o planejamento das cidades; África do 
Sul, a reconstrução e desenvolvimento do país; e 
Canadá, que visa ao futuro e à participação públi-
ca (SÃO PAULO, 2003).
Saiba maisSaiba mais
A Agenda 21 tem como principal objetivo tornar 
melhor a vida de todos os povos da Terra, isto é, me-
lhorar a qualidade de vida para todos, melhorando 
seu ambiente de vida, suas cidades e comunidades. 
Na medida em que a sociedade brasileira, conhe-
cendo o conteúdo da Agenda 21 e os compromis-
sos assumidos internacionalmente, os quais fazem 
parte desse documento, passar a exigir seu cum-
primento por meio de um efetivo controle social, 
será possível obter um desenvolvimento humano 
sustentável, que, por sua vez, é visto pelo Programa 
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 
como um processo de ampliações de opções das 
pessoas, oferecendo mais oportunidades em edu-
cação, saúde, emprego e renda, incluindo desde 
um ambiente físico em boas condições até liberda-
de econômica e política (PELICIONI, 2005).
5.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
A Agenda 21 foi o principal documento aprovado na Eco-92, em junho de 1992, no Rio de Janeiro, 
em que estão contidos os princípios e metas que devem ser perseguidos para a conquista do desenvol-
vimento sustentado, que é o desenvolvimento com justiça social e respeito aos recursos naturais, em 
benefício das atuais e das futuras gerações. No Brasil, já temos a Agenda 21 nacional, criada pela CIDES, 
e todos os documentos temáticos referem-se à sustentabilidade, ficando claro a importância da Agenda 
21, seja local ou global.
Na situação atual, temos que concluir que há certo desinteresse das esferas governamentais, de-
sinformação e ausência de planejamento participativo para que a Agenda 21 seja efetivada, havendo um 
longo caminho para que o Brasil cumpra seu compromisso internacional. 
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
Assista ao vídeo disponível no link a seguir, 
que explica, de forma muito clara, a impor-
tância da Agenda 21 e a sua ligação com a 
Sustentabilidade: http://www.youtube.com/
watch?v=lJsjguTGrC8.
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1. O que é a Agenda 21? Quando foi criada?
2. No Brasil, quais são os documentos temáticos criados pela CIDES?
5.4 Atividades Propostas
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Caro(a) aluno(a),
Vale a reflexão sobre a sociedade em que vivemos, na qual os grandes congestionamentos geram 
empregos, ou seja, uma renda familiar, a partir de cidadãos que vendem balas, chocolates, entre outros 
produtos. A população chegou ao ponto de depender do caos para sobreviver...
Precisamos repensar os padrões de consumo em todos os sentidos, para que, assim, diminuam as 
poluições atmosféricas, hídricas e, consequentemente, o problema do lixo. Não devemos ser simplistas, 
de modo a pensar que, para cada poluição citada neste texto, tenha um tratamento. Não é só isso! Preci-
samos de novos pensamentos, mudanças de valores e uma nova maneira de enxergar o mundo.
A Sustentabilidade exerce um papel importante na sociedade, para proporcionar mais cidadania e 
uma melhor qualidade de vida para todos nós. Para tanto, é necessário que as mudanças iniciem-se de 
forma individual, para, posteriormente, acontecer de forma coletiva, sendo a participação em políticas 
públicas fundamental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS6
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS 
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPíTULO 1
1. A história das coisas remete-nos à realidade da história e à necessidade de padrões de consu-
mo mais sustentáveis. A reflexão fica por conta do que cada um fará após ver esse vídeo. Quais 
ações você faz individual e coletivamente para tornar o local em que vive mais sustentável?
2. Aqui, o(a) aluno(a) poderá pensar e refletir livremente, mas o ideal é realmente fazer uma lista 
de como gostaria de empregar seu tempo e dinheiro e, assim, fazer a comparação com o que 
faz, como é sua vida nos dias de hoje. Assim, terá certeza do que deve mudar para tornar sua 
vida melhor.
CAPíTULO 2
1. Através do entendimento de qual é o papel do homem na natureza, nos diversos ecossiste-
mas! Saber sobre Ecossistemas, Biomas e seus recursos naturais é extremamente importante 
para a atuação de engenheiros em empresas. Relatórios de sustentabilidade cada vez mais 
são reportados pelas empresas para que o público veja suas ações e, para tanto, é necessário 
que o colaborador saiba como atuar e seu papel. Toda empresa, por si só, gera um impacto, 
fazendo com que análises apuradas do entorno sejam feitas.
2. Alternativas e propostas para a melhoria e minimização de impactos ambientais, assim como 
trazer bem-estar ao homem, através de conceitos de Desenvolvimento Sustentável, são im-
portantes; entretanto, o ideal é que sejam atreladas à tecnologia, para a melhoria da qualida-
de de vida da população com o mínimo de choque ambiental.
CAPíTULO 3 
1. Com o crescimento das indústrias e a grande utilização dos recursos finitos, ouve-se

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