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1 – Introdução
Os investimentos em Renda Fixa apresentam uma vasta gama de produtos e condições para que cada investidor possa optar por qual aplicação melhor se encaixe à sua realidade financeira pessoal.
Títulos em renda fixa, são títulos que pagam, em determinados períodos, uma remuneração que pode ser definida no momento da aplicação ou no momento do resgate.
Ao comprar um título de renda fixa, o investidor está, em linhas gerais, emprestando dinheiro ao emissor do título (podendo ele ser o banco, uma empresa ou o governo federal). Os juros cobrados é a remuneração recebida pelo serviço de emprestar dinheiro à essa entidade.
Além da poupança, outros produtos vem ganhando ao longo dos anos maior destaque, por proporcionarem um retorno maior e alguns rendem acima da inflação. Contudo, a poupança ainda é o método de investimento mais popular no Brasil. 
No presente artigo serão abordados os principais produtos, bem como suas condições, rentabilidade, liquidez e também será explanado como está a representatividade dos produtos da Renda Fixa no mercado financeiro brasileiro. Os produtos podem ser divididos de acordo com seus emissores, sendo assim: privados, públicos e Fundos de investimento.
2 – Títulos Privados 
 São títulos emitidos por entidades privadas para a captação de recursos sob a forma de dívida. A principal depositária é a CETIP que oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos.
Tratam-se de alguns dos principais títulos privados de renda fixa:
2.1 – CDB – Certificado de Depósito Bancário
São títulos emitidos por instituições financeiras (bancos) para pessoas físicas e jurídicas e podem ser considerados um depósito bancário, visto que, o investidor está emprestando dinheiro ao banco e recebendo juros como recompensa pelo empréstimo. 
Além dos CDBs, as instituições financeiras emitem também os RDBs - Recibos de Depósito Bancário, que possuem as mesmas características de um CDB, entretanto não admite negociação ates de seu vencimento.
A Rentabilidade de um CDB pode ser: pré-fixada, pós-fixada ou flutuante. Na opção pré-fixada: o investidor sabe exatamente o que vai receber no momento da compra. Na opção pós-fixada: o investidor sabe o que vai receber no momento do vencimento do título. E na opção flutuante: a taxa está atrelada à um percentual da variação de um índice (TR, TILP, CDL, IGP-M, IGP-DI).
As aplicações normalmente variam entre 30 e 180 dias. Geralmente os bancos remuneram conforme o montante investido, ou seja, quanto maior o investimento, melhor será a taxa de rendimento recebida pelo banco.
A liquidez de um CDB é diária, isto é, o investidor pode sacar o dinheiro a qualquer momento, caso o saque seja feito antes de 30 dias, irá incidir IOF. O recebimento do CDB é feito diretamente na conta corrente já descontado o pagamento do imposto de renda sobre o rendimento bruto do CDB naquele período.
Ao aplicar dinheiro em um CDB o maior risco é o emissor ficar inadimplente, ou seja, o banco falir. Para esses casos existe o FGC - Fundo Garantidor de Crédito do Governo Federal, que cobre até R$20.000,00 por CPF.
2.2 – LC – Letras de Câmbio 
São títulos negociáveis oferecidos por sociedades de crédito, investimento e financiamento, conhecidas como Financeiras, onde o emitente é o devedor, o beneficiário é a pessoa física ou jurídica que investe o seu dinheiro, e o aceitante é a financeira, como a Fininvest e a Crefisa.
São investimentos que estão entre os mais rentáveis em renda fixa, dão ao investidos a opção de saber exatamente quanto o dinheiro vai render ou optar por acompanhar as taxas de juros do mercado. 
A principal taxa de juros das Letras de Câmbio – LCs é o CDI – Certificado de Depósito Interbancário, que é uma taxa que acompanha a variação das taxas de juros do mercado brasileiro, sendo assim, a remuneração será conhecida no vencimento do investimento. 
Comumente, no mercado, o vencimento da Letra de Câmbio não costuma ultrapassar três anos. Em geral, não há como resgatar o dinheiro antes do prazo e, quando existe essa opção, o rendimento acaba sendo menor. Cabe ressaltar que essa aplicação incide IOF e Imposto de Renda sobre o rendimento bruto.
2.3 – LH – Letras Hipotecárias
Letras hipotecárias são uma forma de captação usada pelos bancos par financiar certas linhas de crédito imobiliário. Sendo assim, apenas as instituições financeiras autorizadas para este tipo de financiamento podem emitir as Letras Hipotecárias. 
As LH - Letras Hipotecárias são emitidas com juros pré-fixados, pós-fixados (TR ou TJLP) ou flutuantes com o prazo de no mínimo 180 dias e o máximo não é determinado, porém, geralmente não ultrapassa o limite de 24 meses.
A rentabilidade é vinculada ao valor nominal do financiamento imobiliário, ajustado pela inflação ou variação do CDI - Certificado de Depósito Interbancário. Atualmente a Caixa Econômica Federal - CEF é a maior emissora deste tipo de títulos no país.
As aplicações em LH são atrativas para pessoas com perfis menos agressivas e que possuam um alto capital para investimento inicial e que buscam redução da carga tributária nos investimentos.
As letras hipotecárias são oferecidas apenas com vencimento pré-fixados, que variam entre seis meses à 24 meses e não há possibilidade de juros antes do prazo estabelecido.
2.4 – Debêntures
São títulos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras, com capital aberto que buscam obter recursos de médio e longo prazo para financiar as suas atividades ou quitar dívidas.
A rentabilidade da aplicação em debênture é definida pela combinação de duas variáveis, uma é a valorização do valor do título e a outra são os juros pagos em períodos definidos para o investidor.
O nível de juros a serem pagos reflete a qualidade da empresa (do ponto de vista da estrutura de capital). Por exemplo: Empresas com altas taxas de rentabilidade podem estar mais endividadas, e pagam mais para recompensar o investidor pelo risco que está correndo.
Como credor de uma entidade, o investidor tem preferência frente aos acionistas em caso de falência da empresa. Para tornar as debêntures mais atrativas para os investidores as entidades dão algumas garantias, sendo elas:
Garantia Real: direitos do investidor são garantidos por um ativo da entidade, que não podem ser negociados até que as obrigações com os investidores sejam quitadas completamente.
Garantia Flutuante: o investidor tem privilégio sobre u ativo da entidade sem que com isso este deixe de ser negociado.
Garantia sem preferência: não há qualquer garantia real para o investidor. Em caso de falência o investidor concorrerá igualmente com os demais credores sem preferência da entidade.
Garantia Subordinada: são clausulas de subordinação que garantem preferência somente em relação aos acionistas.
Para emissão de debêntures para investidores não acionistas é necessário registro da empresa emissora e da emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
Ao se registrar na CVM, a entidade fornece informações de suas finanças para que os investidores possam analisar a oportunidade de investimento imparcialmente.
2.5 – Commercial Papers
São títulos de dívida emitidos por empresas que podem ou não ser financeiras. Possuem um prazo curto de duração, e são indicados para investidores interessados em aplicações de curto prazo. O prazo mínimo dos commercial papers é de 30 dias e o máximo de 360 dias. 
A rentabilidade dos commercial papers é definida pelos juros pagos pela entidade ao investidor que podem ser pré ou pós-fixados.
Por serem emissões de curto prazo, a garantia da operação é vinculada à situação financeira da empresa junto à Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
2.6 – Onde comprar títulos privados?
CDBs, RDBs e Letras Hipotecárias em instituições financeiras que possuam as melhores condições e se encaixem no perfil do investidor. 
Já as debêntures podem ser negociadas em bolsa de valores ou em mercado de balcão. O mercado de balcão define a comprae venda de títulos fora do ambiente das bolsas, através de contato direto com os bancos de investimentos, bancos múltiplos com carteira de investimento, entre outros.
A negociação de debêntures foi simplificada com a criação do Sistema Nacional de Debêntures - SND. O SND tem por objetivo de registrar, permitir a negociação, custódia e a liquidação financeira de operações realizadas com debêntures no mercado de balcão brasileiro, facilitando a negociação destes papéis.
4 – Referências Bibliográficas

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