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Apostila CEA-ECONOMIA-DO-DIA

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Prévia do material em texto

SOBRE O AUTOR:
Frederico Nobre tem 26 anos, é carioca e economista formado na UFRJ. Tornou-se especialista 
em investimentos certificado pela ANBIMA aos 19 anos e atua desde então no mercado financeiro, 
com experiência nas áreas de análise de investimentos e distribuição de produtos financeiros. 
Dedicou-se por 4 anos ao trabalho de análise e extração de dados financeiros na Refinitiv, antiga 
unidade de finanças da Reuters e uma das empresas líderes mundiais em soluções de dados. 
Colaborou na criação de mecanismos objetivos de consulta e análise de dados para instituições 
brasileiras de extrema relevância como Banco Central do Brasil, Petrobras, Vale, Banco do Brasil, 
entre outras. Atualmente trabalha na S&P Global Platts, empresa líder no segmento de preços 
de referência e análises para os mercados de energia e commodities, coordenando a operação 
de pós venda da América Latina. Paralelamente, Frederico é um dos fundadores e apoiadores 
do canal de educação financeira “Economia do Dia", voltado para pessoas que querem saber 
mais sobre investimentos e finanças e/ou estudar para provas de certificação de mercado.
http://www.economiadodia.com.br/
1
CURSO PREPARATÓRIO PARA O CEA
http://www.economiadodia.com.br/
SOBRE A PROVA
A certificação CEA faz parte do programa de educação continuada da ANBIMA e é voltada 
para profissionais que atuam na distribuição de produtos de investimento ou 
assessoria/planejamento financeiro. Ao obter a certificação CEA, o profissional pode, 
automaticamente, exercer as atividades abrangidas pela certificações CPA-10 e CPA-20. 
O exame é computadorizado e não há pré-requisito para inscrição.
A quem se destina:
Todas as pessoas que trabalham ou queiram trabalhar em instituições financeiras,
autarquias federais ou órgãos públicos que lidem com produtos de investimento.
Questões: 70
Duração: 3h30
Aprovação: 70% de acertos
CURSO PREPARATÓRIO PARA O CEA
2
CONTEÚDO:
MÓDULO 1 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTESDO MERCADO - páginas 04 a 21
MÓDULO 2 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA EFINANÇAS – páginas 22 a 42
MÓDULO 3 - INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E DERIVATIVOS – páginas 43 a 90
MÓDULO 4 – FUNDOS DE INVESTIMENTO – páginas 91 a 105
MÓDULO 5 – PRODUTOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - páginas 106 a 113
MÓDULO 6 – GESTÃO DE CARTEIRAS E RISCOS - páginas 114 a 127
MÓDULO 7 – PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTO - páginas 128 a 136
3
CURSO PREPARATÓRIO PARA O CEA
Agentes
superávitários
Sistema Financeiro 
Nacional
Agentes 
deficitários
Possui recursos disponíveis
e aplica em uma
instituição financeira.
Conjunto de instituições que 
viabilizam a transferência de 
recursos. Regulação e 
fiscalização para trazer 
confiabilidade aos negócios.
Tomador de recursos. Passa 
por dificuldades financeiras 
ou não consegue capital 
para investimento.
Módulo 1 – Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado
4 a 11 questões de prova
Sistema Financeiro Nacional - conjunto de órgãos que atuam pararegulamentar,
fiscalizar e executar operações voltadas para políticas de moeda e crédito.
SFN possui o papel de intermediar recursos entre agentes superavitários e deficitários.
4
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Órgão máximo do SFN que tem como finalidade a formulação das políticas de moeda e crédito.
Composição: Ministro da Economia; Presidente do BACEN e o Secretário especial de fazenda do
Ministério da Economia.
Objetivos:
• Equilibrar os meios de pagamento às necessidades da economia;
• Regular o valor interno e externo da moeda (correção de desequilíbrios, prevenção de crises,
saúde financeira do balanço de pagamentos);
• Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras;
• Promover o aperfeiçoamento das instituições financeiras para maior eficiência de mercado;
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
• Coordenar a política monetária, credítícia, orçamentária e fiscal.
Competências:
• Autorizar emissões de papel moeda;
• Direcionar a política cambial;
• Disciplinar todas as modalidades de crédito;
• Regular o funcionamento das Instituições Financeiras;
• Limitar, sempre que necessário, taxas de operações ou serviços bancários;
• Determinar o percentual máximo de empréstimos ao mesmo cliente ou grupo declientes;
• Expedir normas obrigatórias de contabilidade e estatística para as Instituições Financeiras.
5
Banco Central do Brasil (BACEN)
Principal executor das orientações e normas do CMN.
*O presidente do BACEN e seus 8 diretores colegiados são nomeados pelo Presidente da 
República sob aprovação do Senado Federal. Desde 2004, o presidente do BACEN ganhou 
status de Ministro de Estado.
Finalidades:
• Formular, executar e monitorar políticas monetárias, cambiais, creditícias e financeiras com o 
exterior;
• Gerir o Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP);
• Organizar, disciplinar e fiscalizar o SFN e o Sistema de Consórcio.
Objetivos:
• Estabilidade de preços;
• Manter as reservas internacionais em nível adequado;
• Estimular a poupança;
• Zelar pela liquidez da economia e pela estabilidade e aperfeiçoamento do sistema financeiro.
6
Políticaeconômica:
CMN – coordenação
BACEN – execução, acompanhamento e controle
Atribuições do BACEN:
• Emitir papel moeda e moeda metálica;
• Executar os serviços do meiocirculante;
• Realizar operações de política monetária (redesconto, open market, depósito compulsório);
• Exercer o controle do crédito;
• Autorizar o funcionamento das instituições financeiras (exceto empresasestrangeiras);
• Fiscalizar as instituições financeiras.
Comissão de Valores Mobiliários(CVM):
Entidade autárquica, com autoridade administrativa, autonomia financeira e orçamentária, que zela
pelo bom funcionamento do mercado de capitais.
Objetivos:
• Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e balcão;
• Proteger os investidores contra emissões irregulares, atos ilegais de profissionais do mercado e uso
de informação privilegiada;
• Evitar fraudes e manipulações de mercado;
• Estimular a formação de poupança e aplicação em valores mobiliários;
• Garantir o acesso de investidores à informações sobre valores mobiliários e sobre as empresas
emissoras.
7
Competências
• Disciplinar, fiscalizar e inspecionar companhias abertas e fundos de investimento;
• Credenciar, fiscalizar e disciplinar atividades desempenhadas por auditores independentes, 
administradores de carteiras, agentes autônomos, consultores e analistas de valores mobiliários;
• Apurar através de inquérito administrativo atos e práticas ilegais demercado.
Títulos e valores mobiliários de responsabilidade daCVM:
Ações, Debêntures, Notas Promissórias, Cotas de Fundos de Investimento, Opções, Mercado a 
Termo, Mercado Futuro, Swaps.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
Autarquia federal responsável por fiscalizar e controlar os mercados de seguro,previdência 
privada aberta, capitalização e resseguro.
SUSEP – supervisionar e regular.
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) – órgão normativo.
Competências:
• Fiscalizar a constituição e operação de seguradoras, resseguradoras, sociedades de 
capitalização e entidades de previdência privada aberta;
8
• Proteger a poupança de indivíduos efetuadas através de operaçõesde seguros, resseguros, 
capitalização ou previdência privada aberta;
• Promover o aperfeiçoamento, estabilidade e expansão do sistema e das instituições vinculadas ao 
Sistema Nacional de Seguros Privados e Sistema Nacional de Capitalização;
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições;
• Monitorar investimentos das entidades que integram o mercado;
• Cumprir as deliberações do CNSP e executar os serviços de secretaria executiva do CNSP.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)
É uma entidade governamental autônoma que tem como finalidade fiscalizar e supervisionar 
entidades fechadas de previdência complementar e executar políticas para o regime de 
previdência complementar.
Competências:
• Fiscalizar,apurar e julgar infrações de entidades fechadas de previdência complementar;
• Expedir instruções e determinar procedimentos para aplicação de normas;
• Autorizar a constituição e funcionamento das entidades fechadas de previdência
Complementar;
• Mediar conflitos e promover a conciliação de entidades fechadas de previdência complementar e 
seus participantes, assistidos ou patrocinadores;
• Decretar intervenção ou liquidação extrajudicial de entidades fechadas de previdência
Complementar.
9
Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (ANBIMA) - Associação de
bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras que possui quatro objetivos principais:
representar, autorregular, informar e educar.
Informação – disponibilização de informações sobre segmentos de mercado baseada numa sólida base de 
dados com objetivo de dar mais transparência ao mercado; divulgação de preços e índices de referência de 
mercado.
Representação – proporciona o diálogo entre governo e setor privado para aprimoramento de mercado; 
incentiva boas práticas de mercado.
Autorregulação – regras de adesão voluntária criadas pelo mercado em favor do mesmo e que 
estão descritas nos Códigos de Regulação e Melhores Práticas.
Educação – capacitação de profissionais por meio de certificações; programade educação 
continuada; conteúdo sobre educação financeira.
Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas:
Tem como objetivo estabelecer princípios de conduta e regras para atuação no mercado de capitais. A 
obrigatoriedade de adesão é apenas para instituições associadas (instituições não associadas podem 
assinar termo de adesão por livre e espontânea vontade). O código NÃO se sobrepõe a legislação.
10
As instituições participam de autorregulação de duas formas:
. Ao se associar, a instituição deve aderir a todos os códigos de atividades que ela exerce e 
passa também a participar da construção conjunta das boas práticas de mercado, seja por 
meio da participação em comitês ou pelo voto na Assembleia Geral (cada instituição tem 
direito a um voto, independentemente do porte).
. Ao aderir aos códigos que regulam as atividades que desempenha, mesmo sem se associar, 
a instituição se compromete a seguir as boas práticas estabelecidas para suas áreas de 
atuação. Nesse caso, no entanto, ela não participa da discussão das regras e dos organismos 
de representação da Associação.
Para a prova do CEA, a ANBIMA exige que o candidato conheça 4 dos seus códigos:
- Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas Públicas
- Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Administração de Recursos de 
Terceiros
- Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação 
Continuada
- Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de 
Investimento
11
A ANBIMA disponibiliza os PDFs com os códigos completos neste link, mas trata-se de uma 
leitura de mais de 250 páginas, o que no entender da equipe do Economia do Dia seria 
contraprodutivo caso o seu objetivo seja apenas se preparar para a prova do CEA.
A boa notícia é que nós lemos o material completo e fizemos um resumo pra você, que está 
disponível no site do Economia do Dia. 
Basta clicar no botão abaixo para ser redirecionado e entender melhor sobre os Códigos da 
ANBIMA.
Se você optar por ignorar o botão agora e seguir os estudos pela apostila, não esqueça de 
conferir este artigo depois.
Os códigos da ANBIMA sempre são cobrados na prova, pelo menos 2 ou 3 questões.
12
QUERO SABER 
MAIS SOBRE OS 
CÓDIGOS
https://www.anbima.com.br/pt_br/autorregular/codigos/entenda.htm
https://www.economiadodia.com.br/anbima
http://www.economiadodia.com.br/anbima
• Tesouro Nacional: O Tesouro Nacional e responsável por cuidar dos recursos da União. Todos 
os impostos recolhidos pelo governo vão parar no caixa do Tesouro, que atua de acordo com a 
demanda do Estado. No entanto, nem sempre o que o governo arrecada é suficiente para 
cumprir com todas as suas obrigações. Dessa forma, o governo pode se endividar através do 
mercado de títulos públicos, isto é, o governo emite dívidas que são geridas pelo Tesouro 
Nacional.
• Dealers: são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional que atuam dando 
liquidez para o mercado. Os Dealers atuam tanto nas emissões primárias de títulos públicos 
federais como na negociação no mercado secundário desses títulos. Atualmente, o Tesouro 
Nacional possui 12 Dealers, dos quais dez são bancos e dois são corretoras ou distribuidoras 
independentes. Resumindo: são instituições financeiras que compram e vendem títulos 
públicos diretamente do governo e também para investidores em geral. O desempenho de 
cada instituição é avaliado a cada seis meses e aquelas com pior performance são 
substituídas.
• Bancos comerciais: são todos os bancos que oferecem serviços de conta corrente, o chamado 
depósito à vista. O cliente deposita seus recursos nesse tipo de banco e o dinheiro deve estar 
disponível a todo momento. Os principais bancos do país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, 
Santander, Caixa) são bancos comerciais.
13
Bancos de investimento: o foco destes bancos é conceder crédito majoritariamente de médio e longo 
prazo para investimentos. É permitido que os bancos de investimento também tenham conta corrente, 
mas não podem fornecer talão de cheques.
Bancos Múltiplos: Instituição financeira que funciona como “Holding”, tendo obrigatoriamente uma 
carteira de banco comercial e/ou de banco de investimentos e mais uma outra carteira como:
• Sociedade de crédito imobiliário – concede empréstimos para o setor imobiliário
• Banco de desenvolvimento – banco público que atua no desenvolvimento da economia. Ex: BNDES
• Sociedade de arrendamento mercantil – banco que faz leasing (arrenda máquinas e equipamentos).
• Sociedade de financiamento e investimento – faz empréstimos direto ao consumidor. Ex: Crefisa
Distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários
Principal atividade destas instituições é executar ordens de compra e venda de títulos e valores
mobiliários para seus clientes.Outras atividades:
• Compra e venda de títulos e valores mobiliários por conta própria ou paraterceiros;
• Intermediação de ofertas públicas de títulos e valores mobiliários;
• Administração de carteira e custódia de títulos e valores mobiliários;
• Subscrição de títulos e valores mobiliários;
• Atuar como agente fiduciário;
• Criar, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
• Intermediar operações no mercado de câmbio e metais preciosos;
• Realizar operações compromissadas;
• Realizar operações de conta margem.
14
B3 – Brasil, Bolsa, Balcão
A B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo, com atuação 
em ambiente de bolsa e de balcão.
Através da bolsa de valores, os investidores podem comprar e vender ativos no mercado financeiro em 
um ambiente eletrônico organizado. As negociações são realizadas através do intermédio de 
instituições financeiras autorizadas: as corretoras e distribuidoras.
A B3 é uma empresa brasileira de capital aberto, cujas ações (B3SA3) são negociadas no segmento 
Novo Mercado e fazem parte dos índices Ibovespa, IbrX e IbrX-50.
Suas atividades incluem criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, 
depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa 
corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juro e de commodities. 
A B3 também opera como contraparte central garantidora para a maior parte das operações realizadas 
em seus mercados e oferta serviços de central depositária e de central de registro. 
15
Investidor Qualificado: agentes econômicos que têm mais condições do que o investidor normal para 
entender o mercado.
Exemplos:
• Investidores Profissionais;
• Pessoas físicas ou jurídicas com investimentos superiores a 1 milhão de reais eque 
adicionalmente atestem por escrito que são investidores qualificados;
• Pessoas aprovadas em exames de qualificação técnica reconhecidos pela CVM para agentes 
autônomos, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários (o status de 
investidor qualificado vale apenas para recursos próprios).
Investidor Profissional: único tipo de investidor que pode aplicar em fundos exclusivos, com cotista
único.
Exemplos:
• Instituições financeiras, seguradoras e sociedades de capitalização;
• Fundos de Investimento;
• Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
• Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pelaCVM (apenas 
recursos próprios);
• Pessoas físicas ou jurídicas com investimentos superiores a 10 milhões de reais e que
adicionalmente atestem por escrito que são investidores profissionais.
16
Processo:
Inserção do dinheiro no 
sistema econômico
Punição:
Reclusão de três a dez anos e multa aplicada pelo COAF, não superior ao:
- Dobro do valor da operação;
- Dobro do lucro real obtido na operação;
- R$20.000.000,00.
Todos que de alguma forma contribuem para qualquer uma das etapas do processo de lavagem de 
dinheiro estão sujeitos a estas punições.
OBS: pena pode ser reduzida de um a dois terços caso haja colaboração com autoridades e aumentada de 
um a dois terços caso os crimes tenham sido cometidos de forma reincidente ou por intermédio de 
organização criminosa.
Prevenção e combate a lavagem de dinheiro
Lavagem de dinheiro é o processo de transformação de recursos obtidos de forma ilegal em 
ativos cuja origem é aparentemente legal.
17
Mecanismos para impedir o 
rastreamento dos recursos
Incorporação formal do 
dinheiro de volta ao sistema
Operações que são indícios de crimes de lavagem dedinheiro:
• Aumento considerável no número de depósitos de pessoas físicas ou jurídicas;
• Troca de muitas notas de pequeno valor por notas de maior valor;
• Grandes transações de troca de moeda estrangeira;
• Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio;
• Movimentações em diversas contas para o mesmo indivíduo ou empresa.
Estratégias:
• fracionamento de valores, estabelecimentos que aceitam apenas cash;
• holdings que prestam serviços.
Fases da lavagem de dinheiro:
Colocação: inserção do dinheiro no sistema econômico.
Mecanismos: depósitos, compra de bens ou ativos negociáveis.
Estratégias: fracionamento de valores, estabelecimentos comerciais que aceitam apenas dinheiro e espécie.
Ocultação: o criminoso quer dificultar o rastreamento do dinheiro para quebrar a cadeia de evidências.
Mecanismos: movimentação eletrônica (principalmente em países com regras de sigilo bancário).
Estratégias: utilização de contas anônimas ou contas fantasmas.
Integração: o criminoso quer inserir os ativos formalmente no sistema econômico.
Mecanismos: investimentos em empreendimentos.
Estratégias: holdings que prestam serviços entre si, cadeia interconectada de serviços.
18
Exemplos:
Colocação – remessa de recursos ilícitos para outro país, compra de imóvel em cash com 
dinheiro ilegal;
Ocultação – envio de recursos para paraísos fiscais, troca de moeda;
Integração – compra de hotéis, restaurantes, negócios, doações de contas fantasmas, empresas de fachada.
Identificação de clientes: a lei sobre crimes de lavagem de dinheiro exige que as instituições financeiras 
mantenham o cadastro de clientes atualizado, bem como registro das transações financeiras, títulos e 
demais ativos. As instituições devem atender todas as requisições do COAF de acordo com prazo fixado 
pelo órgão judicial.
Cadastros e registros de transações devem ser armazenados por cinco anos e testes de verificação 
devem ser feitos com prazo máximo de um ano para adequação de cadastrode clientes.
Pessoa politicamente exposta (PEP): agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado 
cargos relevantes nos últimos cinco anos, bem como seus familiares próximos.
Convenção de Viena (1988) – convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias 
psicotrópicas. A convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1991. Foi um marco 
internacional na prevenção e combate à lavagem de dinheiro.
19
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF): órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro 
que tem por finalidade identificar, examinar, disciplinar e aplicar penas administrativas para operações 
financeiras ilícitas. O COAF está vinculado ao BACEN.
Competências:
• Receber e avaliar suspeitas de atividades financeiras ilícitas;
• Comunicar as autoridades competentes;
• Coordenar e propor acordos de cooperação e troca de informações;
• Disciplinar e aplicar penas administrativas.
Comunicação ao COAF:
As instituições financeiras devem comunicar ao COAF:
• Depósitos ou saques superiores ao valor de 50 mil reais ou o equivalente em moeda estrangeira
no mês calendário;
• Cheque, TED ou qualquer transferência superior a 50 mil reais;
• Depósitos ou saques em espécie que apresentem indícios de ocultação da sua natureza.
OBS: a comunicação deve ser feita até 1 dia útil após verificação.
Informação privilegiada – informação relevante fora de domínio público.
Insider trader – tem acesso a informações privilegiadas e as utiliza em benefício próprio ou de terceiros.
Frontrunner – apropria-se de operações de clientes, executando ordens de compra e venda de ativos primeiro 
na sua conta pessoal ou contas associadas. 20
Confidencialidade – o profissional de investimentos deve manter sigilo sobre informações de 
clientes, a menos que haja alguma solicitação de órgãode justiça.
Conflito de interesse – qualquer situação na qual o profissional tem interesses próprios que 
aparentemente podem influenciar seus objetivos. A recomendação é se conscientizar de 
qualquer conflito, divulgá-lo abertamente e se oferecer para eliminá-lo.
21
• Calculado pela FGV e divulgado mensalmente;
• Composto pelos índices: 
IPA (60%) – Índice de Preços por Atacado ; 
IPC (30%) – Índice de Preços ao Consumidor; 
INCC (10%) – Índice Nacional de Custo de Construção.
Módulo 2 – Princípios Básicos de Economia e Finanças
4 a 11 questões de prova
PIB (Produto Interno Bruto)
• É a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período de tempo. Considera 
apenas os bens e serviços finais, para não calcular a mesma coisa duas vezes (a matéria-prima usada na 
fabricação não é levada em conta);
• O PIB, considerando a ótica do consumo, é obtido pela seguinte equação: PIB = Consumo (C) + 
Investimentos (I) + Gastos do Governo (G) + Saldo da Balança Comercial, ou seja, exportações –
importações (X –M).
PIB = C + I + G + (X – M)
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
• Índice oficial de inflação no Brasil, calculado pelo IBGE, divulgado mensalmente e utilizado como 
referência para meta de inflação definida pelo CMN para o COPOM.
IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado)
22
Selic Meta X Selic Over
• Selic Over é a taxa diária que reflete a média ponderada de juros cobrada por operações de 
financiamento por um dia lastreadas em títulos públicos federais;
• Selic Meta é definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a principal taxa de juros da
economia que norteia todas as demais;
CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro
Títulos emitidos por instituições financeiras que tem como lastro operações interbancárias:
• A função do CDI é transferir recursos de uma instituição financeira paraoutra;
• A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar rentabilidade de fundos e 
aplicações financeiras.
TR (Taxa Referencial)
• Representa a Taxa Básica Financeira (TBF), deduzida de um redutor (R) e divulgada pelo BACEN;
• A TR é utilizada para remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas de 
poupança e do FGTS.
Metas de inflação - Anualmente, o CMN estabelece uma meta de inflação ao Banco Central. O Bacen 
executa a política monetária para cumprir essameta.
2018 = 4,5% com intervalo de 1,5%;
2019 = 4% com intervalo de 1,5%;
2020 = 4% com intervalo de 1,5%;
23
COPOM
• Adota desde 1999 as “Metas de Inflação” (definidas pelo CMN) – índice IPCA;
• Composto pela diretoria colegiada do BACEN – (7 diretores + 1 diretor presidente);
• 8 reuniões ao ano, intervaladas em 45 dias, podendo haver exceções, desde que 
convocadas pelo presidente do BACEN.
Define a meta da taxa de juros – COPOM
Define a meta de inflação – CMN
Juros e atividade econômica
Com juros altos, o crédito fica mais caro, as pessoas compram menos, indústrias 
produzem menos e a atividade econômica diminui. O oposto também é válido, mas o 
aumento na demanda pode gerar elevação de preços (inflação).
Política Monetária
• Conjunto de medidas adotadas pelo Governo voltadas para alinhar os meiosde
pagamento às necessidades da economia.
Os instrumentos de política monetária permitem definição das taxas de juros:
• Depósito compulsório;
• Operações de Redesconto;
• Open Market (operações de mercado aberto).
24
Depósito compulsório
Parcela dos recursos de contas bancárias que deve ser depositada no Banco Central:
• Limita a criação de moeda pelas instituições financeiras;
• Elevação do compulsório provoca redução da liquidez e elevação da taxa de juros.
Operação de redesconto
Taxa de redesconto é a taxa que o Banco Central usa para emprestar dinheiro a bancos
comerciais. Quando quer estimular a economia aumentando o crédito, o BACEN 
diminui ataxa de redesconto.
Open Market (mercadoaberto)
Compra ou venda de títulos públicos executada pelo BACEN:
• Instrumento mais eficaz e ágil de política monetária.
25
Receita de 
Impostos
Despesas não 
financeiras
Superávit ou 
déficit primário
Juros da dívida 
pública
Superávit ou
déficit nominal
Política Fiscal
Decisões do governo sobre arrecadação (impostos, taxas e contribuições) e destino dos
recursos disponíveis. A política fiscal busca cumprir 3 funções: estabilização macroeconômica, redistribuição da 
renda e alocação de recursos. O Tesouro Nacional é responsável por gerir essas receitas e despesas. A arrecadação é 
de responsabilidade da receita federal. Assim como a política monetária, a política fiscal também pode ser 
expansionista ou contracionista. 
Política fiscal contracionista – menos gastos do governo e/ou elevação de impostos
Política fiscal expansionista – mais gastos do governo e/ou redução de impostos
26
Necessidade de financiamento do setor público
Normalmente quando o orçamento da União é impactado por um déficit, a cobertura se dá mediante 
emissão de títulos públicos, aumentando a dívida pública. Esse aumento pode comprometer o caixa 
do governo e acarretar aumento da taxa de juros, prejudicando o crescimento econômico. É 
fundamental que as decisões de políticas fiscais sejam tomadas de acordo com as medidas de política 
monetária, minimizando potenciais desequilíbrios.
Política Cambial
Política do governo federal que direciona o comportamento do mercado de câmbio e da taxa de 
câmbio.
• O Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante suja sem banda cambial.
Taxa de câmbio
Preço de uma unidade de moeda em relação a outra.
PTAX – média das taxas de câmbio do mercado interbancário divulgada diariamentepelo
BACEN.
Dólar Spot – taxa à vista.
Dólar forward – mercado futuro.
27
Regimes mais usuais de taxa de câmbio
Câmbio fixo – a taxa é fixada e atrelada a um referencial fixo como dólar ou ouro. Os movimentos de 
mercado não alteram a cotação da moeda. Embora haja menos incerteza no comércio internacional, 
a manutenção deste regime no longo prazo pode ser insustentável por conta do alto risco carregado 
pelo governo, que deve utilizar de suas reservas para se proteger contra eventuais ataques 
especulativos.
Câmbio flutuante – as taxas acompanham as flutuações de mercado, sem intervenção da autoridade 
monetária. Não há compromisso em manter a taxa de câmbio em um determinado patamar, portanto 
o governo tem mais liberdade na condução da política monetária. Uma maior oferta de moeda 
estrangeira faz a moeda local se valorizar e vice versa.
Exemplo: quando o dólar sobe, o real se desvaloriza em relação ao dólar.
Flutuação suja – regime utilizado no Brazil e na maioria dos países atualmente. Neste regime, não há 
um limite de tolerância para a taxa de câmbio, mas o Banco Central pode intervir comprando ou 
vendendo dólares para corrigir desequilíbrios.
Bandas cambiais – regime que foi utilizado no início da implementação do Plano Real, onde o Banco 
Central estabelecia uma banda dentro da qual o câmbio poderia flutuar livremente. O Banco Central 
interveria apenas se o dólar ultrapassasse o limite superior da banda (teto) ou ficasse abaixo do limite 
inferior da banda (piso).
28
Quando investidores estrangeiros entram com divisas no Brasil, o Banco Central compra dólares, 
aumentando suas reservas. Por outro lado, em épocas turbulentas, o Banco Central vende dólares para 
suprir o mercado. 
Cupom cambial – é a remuneração efetiva dos dólares que são convertidos em reais e aplicados no 
mercado financeiro brasileiro.
Cupom cambial (t) = [
1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑝𝑟é 𝑑𝑢/252
𝐹𝑜𝑟𝑤𝑎𝑟𝑑
𝑠𝑝𝑜𝑡
− 1] ∗
360
𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑜𝑠
t: prazo de vencimento do título, aplicação ou fluxo de caixa avaliado
Taxa pré: taxa de juros em reais, conforme mercado futuro da B3, considerando o primeiro vencimento 
após (t)
du: número de dias úteis
dc: número de dias corridos
forward: preço futuro da moeda
spot: preço à vista da moeda
O cupom cambial tende a se elevar quando há pressão vendedora de dólares e tenda a cair quando há 
pressão compradora de dólares.
29
Contas Externas e Balanço dePagamentos: registro das transações de um país com o resto do 
mundo. No Brasil, os valores sempre são expressos em dólares.
Duas grandes contas formam o balanço de pagamentos de um país:
Conta Corrente: formada por três outras contas: a balança comercial, a conta serviços e rendas
e as transferências unilaterais;
Balança comercial: exportações menos importações.
Conta de Serviços e Rendas: comércio de bens, receitas/despesas com viagens internacionais, 
aluguéis, serviços do governo e o pagamento/recebimento de juros e de lucros e dividendos.
Transferências Unilaterais: saldo líquido das remessas de recursos ou doações feitas entre 
moradores do Brasil e do exterior.
Conta de Capitais: saldo líquido da compra de ativos estrangeiros por residentes noBrasil 
menos venda de ativos brasileiros a estrangeiros.
30
Conceitos de finanças
Para se tornar especialista em investimentos, é fundamental compreender e aplicar conceitos de matemática 
financeira.
Na hora da prova, é permitido levar calculadora e a indicada pelo Economia do Dia é a HP12c. Você provavelmente 
já ouviu falar dessa calculadora, certo?
A partir de agora, todos os conceitos deste módulo da apostila contarão com uma tabela de 
resolução utilizando a HP12c. 
Temos também alguns vídeos no canal do Youtube do Economia do Dia e um curso completo sobre o 
tema, utilizando a HP12c e o Excel.
A HP12c foi criada pela empresa Hewlett Packard e uma belezinha 
dessas pode te custar mais de R$300. Pode parecer caro, mas é um 
investimento que deve ser feito em algum momento, pois se você não 
dominar a utilização da HP12c, suas chances de se tornar especialista 
em investimentos diminuem consideravelmente. 
Caso não tenha condições de comprar uma agora, não desanime. É 
possível treinar online gratuitamente neste link. Outra opção seria 
baixar o app de celular “Touch RPN” e usar seu smartphone como 
calculadora.
31
https://www.fazerfacil.com.br/calculadoras/hp12c.html
Taxa de juros nominal e taxa de juros real
Taxa nominal é o valor dado da taxa de juros. Taxa real desconta a inflação.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑟 =
1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
1 + 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜
− 1
32
Vamos supor que a taxa de juros Selic no Brasil esteja no patamar de 5% ao ano e a inflação em 3%. 
Qual a taxa nominal de juros e qual a taxa real de juros?A taxa nominal é dada: 5% ao ano. A taxa real pode ser calculada assim: 
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑟 =
1 + 0,05
1 + 0,03
− 1 = 1,94%
Fórmula de Fisher
A taxa de juros nominal de equilíbro é igual a taxa de juros real acrescida da expectativa de inflação:
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑖 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑟 + 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎
Valor Comando HP12c
1.05 Enter
1.03 %
1 (-)
0.0194
VF = valor futuro do investimento 
VP = valor presente do investimento 
I = taxa de juros ou taxa de desconto
N = número de períodos de capitalização
Quando estamos descapitalizando a taxa de juros, juros
compostos são inferiores aos juros simples. 
12% ao ano é equivalente a 0,94% ao mês.
12% ao ano é proporcional a 1% ao mês.
Quando estamos capitalizando a taxa de juros, juros
compostos são superiores ao juros simples.
1% ao mês é equivalente a 12,68% ao ano.
1% ao mês é proporcional a 12% ao ano.
Regimes de capitalização
Capitalização simples: juros incide apenas sobre o capital (não há “juros sobre juros”). No regime de capitalização simples, 
a taxa é proporcional (taxa x prazo). 
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ (1 + 𝐼 ∗ 𝑁)
Composta: juros incide sobre o capital e jurosdos períodos anteriores (juros sobre juros). No regime de capitalização 
composta, a taxa de juros é equivalente. Isso quer dizer que 1% capitalizado ao mês não é igual a 12% ao ano.
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ 1 + 𝐼 𝑁
33
Considerando mais de 1 período:
Ex: José aplicou R$1000 em um regime de capitalização simples a uma 
taxa de 1% a.m. por um período de 12 
meses. Quanto ele terá no final desses 12 meses?
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ (1 + 𝐼 ∗ 𝑁) 𝑉𝐹 = 1000 1 + 0,01 ∗ 12
𝑉𝐹 = 1120
Agora considere o regime composto de capitalização. Quanto José terá 
no final desses 12 meses?
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ 1 + 𝐼 𝑁
𝑉𝐹 = 1000 1 + 0,01 12
𝑉𝐹 = 1126,82
Ex: José aplicou R$1000 em um regime de capitalização simples a 
uma taxa de 1% a.m. por um período de 12 
meses. Quanto ele terá no final desses 12 meses?
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ (1 + 𝐼 ∗ 𝑁)
𝑉𝐹 = 1000 1 + 0,01 ∗ 12
𝑉𝐹 = 1120
Valor Comando HP12c
1000 Enter
1 Enter
0.01 Enter
12 X
+
X
1120
Agora considere o regime composto de capitalização. Quanto José 
terá no final desses 12 meses?
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ 1 + 𝐼 𝑁
𝑉𝐹 = 1000 1 + 0,01 12
𝑉𝐹 = 1126,82
Valor Comando HP12c
1000 CHS
PV
1 i
12 n
FV
1126,82
34
35
Taxa efetiva
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = 1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑝𝑒𝑟ó𝑑𝑖𝑐𝑎 𝑛 − 1
Calcule a taxa efetiva anual de um título que paga juros trimestrais de 4%.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = 1 + 0.04 12/3 − 1
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = 16,99%
Regime de capitalização contínua
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∗ 𝑒𝑙 𝑥 𝑛
e = número constante (base dos logarítmos neperianos) - 2,718...
l = taxa de juros periódica ou taxa instantânea
n = período de capitalização
Valor Comando HP12c
1 Enter
0.04 +
12 Enter
3 %
Yx
1 -
0.16985 -
Calcule o valor futuro de um título de capitalização contínua na HP12c com 
sabendo que ele custa R$1200 e será resgatado em 12 meses, com juros de 
2% a.m.
Valor
Comando 
HP12c
0.02 Enter
12 X
[g] [1/x]
1200 X
1525.5
A tecla “g” 
da HP12c 
acessa as 
funções 
azuis da 
máquina.
36
Desconto bancário, comercial ou por fora
No desconto bancário, a taxa de desconto incide diretamente sobre o valor nominal (valor de resgate). 
Essa metodologia gera maior volume de encargos financeiros aos clientes e costuma ser utilizada para 
operações de crédito de curto prazo. Observe o exemplo abaixo:
Exemplo: Um título com valor nominal de R$100.000 vence em 3 meses mas seu detentor deseja 
antecipá-lo na data atual. Se a taxa de desconto for de 15% ao ano, calcule o desconto e o valor 
descontado da operação.
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ∗ 𝑡𝑎𝑥𝑎 ∗
𝑡
𝑇
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜
Valor descontado = R$95.000
Custo efetivo
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 =
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 =
5000
95000
= 0.0526
Valor
Comando 
HP12c
100000 Enter
0.15 X
1 Enter
3 %
X
5000
*Para chegar ao custo efetivo 
anual, é necessário converter a 
periodicidade da taxa. 
Séries uniformes de pagamento
Trata-se basicamente de um cálculo de prestações, que podem ser antecipadas ou postecipadas. As prestações são 
ditas antecipadas quando o primeiro pagamento é efetuado no ato do financiamento. Por outro lado, prestações 
postecipadas são aquelas que ocorrem no final do primeiro período e não no ato do investimento. Na calculadora 
financeira, o valor das prestações é representado pelo PMT.
37
Exemplo: Calcule o valor da prestação de um empréstimo de R$2500 por 12 
meses, com juros de 1.5% a.m.
Perpetuidade
Trata-se de um fluxo de duração sem limites, que tende ao infinito. 
Sem crescimento: o fluxo de caixa permanece constante ao longo do tempo.
Com crescimento: há incremento dos valores gerados no caixa a cada período.
Para encontrar o valor presente, basta dividir o valor da perpetuidade pela taxa de desconto:
𝑉𝑃 𝑃𝑒𝑟𝑝𝑒𝑡𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑃𝑒𝑟𝑝𝑒𝑡𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜
𝑉𝑃 𝑃𝑒𝑟𝑝𝑒𝑡𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑃𝑒𝑟𝑝𝑒𝑡𝑢𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
(𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
Valor Comando HP12c
2500 CHS
PV
1.5 i
12 n
PMT
229.19
Valor futuro para séries uniformes de pagamento
Trata-se basicamente do valor final de uma série de pagamentos. Se todas as prestações forem 
devidamente pagas, o valor futuro é igual a zero. Caso contrário, é o saldo remanescente após 
pagamento de algumas parcelas.
Sistemas de amortização
Importante: valor da parcela ou prestação = juros + amortização
SAC (Sistema de Amortização Constante)
No sistema SAC, a amortização assume sempre o mesmo valor ao longo do tempo. 
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çõ𝑒𝑠
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑃𝑀𝑇 =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑃𝑉
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛
∗ [1+(n−t+1)∗i]
1. 𝒕 = 𝒑𝒂𝒓𝒄𝒆𝒍𝒂 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄í𝒇𝒊𝒄𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒃𝒖𝒔𝒄𝒂𝒏𝒅𝒐
2. 𝐢 = 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐
38
Sistema de Amortização Francês – Tabela Price
No sistema price de amortização as parcelas são fixas. Neste modelo (que é o mais utilizado no 
segmento de varejo no Brasil), as amortizações são crescentes e os juros decrescentes (já que 
incidem sobre o saldo devedor).
𝑃𝑉 = PMT ∗ FPV (i,n)
𝑃𝑉 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑀𝑇 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎
𝑖 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
𝑛 = 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
𝐹𝑃𝑉 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑃𝑉 = 1 −
1 + 𝑖 −𝑛
𝑖
Sistema de Amortização Americano (SAA)
Trata-se do sistema mais simples de amortização, que utilizamos para investimentos sem cupom. O 
montante total é pago no final do contrato, incluindo juros e amortização. 
𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 ∗ 1 + 𝐼 𝑁 39
Taxa mínima de atratividade (TMA)
Trata-se da taxa mínima que o investidor exige para iniciar um novo projeto. Normalmente, o ativo 
livre de risco pode ser utilizado como parâmetro. É o caso da taxa SELIC no Brasil. No ambiente 
corporativo, a taxa mínima de atratividade (TMA) será utilizada nos modelos de viabilidade 
econômica. Nesse caso, a TMA pode ser igual ao custo de capital da empresa.
Custo de oportunidade
Quanto um investidor deixa de ganhar em outra opção de investimento.
Taxa interna de retorno (TIR)
É a taxa de desconto que iguala as entradas e saídas de um investimento, de acordo com um fluxo de 
caixa disponível. Para calcular a TIR é necessário identificar o fluxo de caixa.
𝟎 = FC0 +
𝑭𝑪𝟏
𝟏 + 𝑻𝑰𝑹
+
𝑭𝑪𝟐
𝟏 + 𝑻𝑰𝑹 𝟐
+ ⋯ +
𝑭𝑪𝒏
𝟏 + 𝑻𝑰𝑹 𝒏
FC = fluxo de caixa
FC0 = valor inicial (normalmente é o custo inicial de um investimento, portanto apresenta valor 
negativo)
O cálculo da TIR tem duas limitações:
. considera que os fluxos de caixa positivos são reinvestidos com a mesma taxa do custo do capital
. em determinados projetos são obtidos múltiplos resultados
40
Qualquertaxa de desconto menor do que a TIR gera um VPL positivo e qualquer taxa de desconto 
maior do que a TIR gera um VPL negativo.
Quando o VPL de um investimento é ZERO, a taxa de desconto utilizada é igual a TIR.
Regras para aceitar ou rejeitar um projeto:
TIR > taxa de retorno exigida – Aceitar o projeto
TIR < taxa de retorno exigida – Rejeitar o projeto
Taxa interna de retorno modificada (TIRM)
É uma taxa de desconto que tem o propósito de corrigir as limitações da TIR. Com a TIRM, 
conseguimos determinar taxas diferentes de reinvestimento dos fluxos futuros.
Valor presente líquido (VPL)
É o método padrão para planejamento financeiro e análise de projetos. Se o VPL for igual a zero, o 
investimento é indiferente, pois o valor presente das entradas é igual ao valor presente das saídas. 
VPL = 0 – Projeto cobre os custos
VPL > 0 – Projeto atrativo (lucro na operação)
VPL < 0 – Projeto deve ser rejeitado (prejuízo na operação)
41
TIR e VPL na HP12c
Teclas utilizadas na HP12c:
[CF0] = capital inicial ou investimento inicial (fluxo na data zero) 
[CFj] = valores dos fluxos de caixa a partir da data 1
[nj] = número de vezes que se repete os fluxos de caixa ininterruptos
[IRR] = Taxa interna de retorno (TIR)
[NPV] = Valor presente líquido
42
Valor Comando HP12c
7.000.000 CHS
[g] [CFo]
2.100.000 [g] [CFj]
3 [g] [nj]
2.700.000 [g] [CFj]
[f] [IRR]
Exemplo 1: Calcule a TIR de um projeto de 
investimento com custo inicial de R$7 
milhões e fluxo de caixa positivo de R$2,1 
milhões por ano durante os 3 primeiros 
anos e mais R$2,7 milhões no ano 4.
Resposta: TIR = 9,79%
Exemplo 2: Considere o mesmo fluxo de 
caixa acima, mas agora o projeto necessita 
de financiamento. A taxa de desconto 
utilizada é de 7,5% ao ano. Calcule o valor 
presente líquido do projeto.
Resposta: VPL = R$482.865,48
Valor Comando HP12c
7.000.000 CHS
[g] [CFo]
2.100.000 [g] [CFj]
3 [g] [nj]
2.700.000 [g] [CFj]
7.5 i
[f] [NPV]
Módulo 3 – Instrumentos de renda fixa, renda variável e derivativos
10 a 17 questões de prova
Renda Fixa – ativo cujos rendimentos são determinados no momento da compra. Podem ser prefixados (rendimentos 
conhecidos no início da operação) ou pós-fixados (rendimentos indexados e conhecidos no final da operação). Os juros 
podem ser pagos periodicamente (título com cupom) ou apenas no resgate (zero cupom). O emissor faz toda diferença 
na hora de considerar o risco de crédito (possibilidade de não pagamento do juros ou principal) de um título de renda 
fixa. Todo ativo de renda fixa é uma dívida, que foi emitida por alguma instituição (governo, bancos ou demais 
empresas).
PU – preço unitário do título, isto é, preço de negociação em determinado momento. É o valor presente dos fluxos de
pagamento de um título de renda fixa. O PU é inversamente proporcional a taxa de juros (quanto maior a taxa de juros,
menor o PU).
43
Títulos Públicos Federais:
títulos emitidos pelo 
governo, com liquidez diária 
(possibilidade de recompra 
pela Secretaria do Tesouro 
Nacional) e que fazem parte 
da dívida pública federal.
Tesouro direto:
É um programa online de venda e recompra de títulos públicos federais para pessoas físicas, desenvolvido 
pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3. Qualquer investidor pessoa física, com CPF ativo e que 
esteja cadastrado em uma instituição financeira (agente de custódia) pode operar no tesouro direto, seja 
diretamente através do site ou por intermédio da instituição financeira (página do banco/corretora ou 
ordem direta para o assessor de investimentos). A B3 cobra uma taxa anual de custódia no valor de 0,25% 
do total dos títulos, sendo que a cobrança é diluida diariamente enquanto o investidor tiver os títulos em 
carteira e começa a valer a partir da liquidação da operação de compra (D+2). As instituições financeiras 
também podem cobrar outras taxas do investidor, embora isso não seja tão comum atualmente por conta 
da alta concorrência. Obs: A B3 (bolsa de valores brasileira) e o Tesouro Nacional zeraram a taxa de 
custódia de investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic em 01 de agosto de 2020.
LTN ou tesouro prefixado:
A remuneração da LTN é calculada conforme desconto sobre o valor nominal no vencimento (R$1000,00). 
A partir da taxa ofertada, calcula-se o preço unitário (PU) da LTN. O investidor que aplica em LTN’s recebe 
o valor pago acrescido de rendimentos apenas no resgate. Este tipo de título é conhecido como “zero 
cupom”.
Exemplo: Calcule o PU de uma LTN que 
paga 13% ao ano e cujo vencimento 
será em 121 dias úteis:
𝑃𝑈 =
1000
1+0.13 121/252
= R$940,72
44
Valor Comando HP12c
1000 FV
1.13 Enter
0.5 Yx
i
1 n
PV
Obs: Também é 
possível calcular o 
PU utilizando a 
função valor 
presente na HP12c
NTN-F ou tesouro prefixado com juros semestrais:
A NTN-F é um título prefixado, emitido com cupom de juros de 10% a.a., cujo valor nominal é de 
R$1000,00. A rentabilidade da NTN-F é prefixada de acordo com a TIR do fluxo de pagamentos dos 
cupons semestrais.
Exemplo: Uma NTN-F com vencimento em 3 anos está sendo negociada a R$1072,50 no mercado. Calcule 
a rentabilidade deste título.
A nossa TIR para o exemplo seria de aproximadamente 3,63% ao semestre. Ainda seria preciso converter 
a taxa de juros para representar a rentabilidade anual.
45
Valor Comando HP12c
1072.5 CHS
[g] [CF0]
50 [g] [CFJ]
5 [g] [NJ]
1050 [g] [CFJ]
[f] [IRR]
LFT ou tesouro Selic
A remuneração da LFT segue a variação da taxa Selic registrada entre a data de liquidação da compra do 
título e a data de vencimento. A existência de ágio ou deságio no momento da compra impacta a 
rentabilidade do investidor.
A LFT é indicada para investidores que esperam uma elevação na taxa Selic ou que preferem minimizar 
riscos e garantir a taxa básica de retorno (perfil conservador). Existe liquidez diária e portanto a LFT pode 
funcionar também como reserva de emergência. Este título é considerado como aproximação mais fiel 
para o conceito de ativo livre de risco no Brasil. 
Exemplo: Suponha que um investidor tenha comprado 
R$15.000,00 em LFT’s ao par e tenha resgatado em 9 
meses. A taxa Selic permaneceu constante ao longo do 
período e o valor de referência é de 4,5% a.a.. 
Sabendo que este mesmo investidor conseguiu vender 
o título ao par, calcule o valor de venda no resgate.
Resposta: R$15.503,45
46
Negociação no mercado Preço Rendimento
Ao par Igual ao valor nominal 100% da Selic
Deságio Abaixo do valor nominal Acima de 100% da Selic
Ágio Acima do valor nominal Abaixo de 100% da Selic
Valor Comando HP12c
15000 CHS
PV
1.045 Enter
9 Enter
12 %
Yx
1 (-)
100 x
i
1 n
FV
NTN-B ou tesouro IPCA com juros semestrais
A NTN-B é emitida com cupom de juros de 6% ao ano e pode ser vendida com ágio ou deságio em função 
da taxa vigente no mercado no dia da negociação. No vencimento, a NTN-B para a variação do índice IPCA 
no período. Caso seja mantida até o vencimento, a NTN-B proporciona rentabilidade real para o 
investidor, que é representada pela taxa calculada no momento da compra.
NTN-B Principal ou tesouro IPCA
A NTN-B Principal pagará os juros e o IPCA apenas no vencimento do título. É recomendada para 
investidores que não precisam de fluxo regular de rendimentos.
Exemplo: Suponha que um investidor tenha comprado 
R$1.000,00 em NTN-B’s com taxa de 7.74% ao ano. 
Considerando que restam 2469 dias úteis até o 
vencimento, que o IPCA acumulado é de 43.2578 e
o valor nominal atualizado na data de liquidação
era de R$1432,57, qual o PU do título?
𝐶𝑂𝑇𝐴ÇÃ𝑂 =
1000
1+0.0774 2469/252
= 48.17
𝑃𝑈 = 1432.57 x 0.4817 = R$690,07
47
Valor Comando HP12c
1000 Enter
1.0774 Enter
2469 Enter
252 %
Yx
%
100 %
1432.57 x
48
Índices de renda fixa ANBIMA - o IMA (índice de mercado ANBIMA) é 
uma família de índices de renda fixa, que representa os títulos públicos 
federais a preços de mercado. A carteira teórica do IMA Geral representa 
aproximadamente 97% do mercado de títulos públicos federais. Por conta 
da baixa liquidez dos títulos indexadosao IGP-M (NTN-C), que não são 
emitidos mais, existe também a carteira IMA-Geral ex-C. Os demais 
índices estão listados abaixo:
. Prefixados (IRF-M)
. Indexados ao IPCA (IMA-B)
. Indexados ao IGP-M (IMA-C)
. Pós-fixados SELIC (IMA-S)
Índice de duração constante ANBIMA (IDkA) - representa o comportamento de aplicações de prazos fixos 
(vencimentos mantidos sempre com mesmo prazo) em títulos públicos. O índice é calculado com base em 
determinados pontos (chamados vértices) da curva de juros e tem como objetivo refletir ganhos e perdas 
decorrentes dos movimentos do mercado.
IDkA prefixado – reflete a curva de juros nominais construída a partir dos títulos públicos prefixados (LTN e 
NTN-F). A curva é calculada nos seguintes vencimentos: três meses (IDka PRÉ 3M), um ano (IDkA PRÉ 1A), 
dois anos (IDkA PRÉ 2A), três anos (IDkA PRÉ 3A) e cinco anos (IDkA PRÉ 5ª)
IDkA IPCA – reflete a curva de juros reais construída a partir dos títulos públicos indexados à inflação (NTN-
B ou Tesouro IPCA). A curva é calculada nos seguintes vencimentos: dois anos (IDkA IPCA 2A), três anos 
(IDkA IPCA 3A), cinco anos (IDkA IPCA 5A), dez anos (IDkA IPCA 10A), quinze anos (IDkA IPCA 15A), vinte 
anos (IDkA IPCA 20A) e trinta anos (IDkA IPCA 30A).
Títulos privados bancários:
• Certificado de depósito bancário (CDB);
• Recibo de depósito bancário (RDB);
• Letras financeiras (LF);
• Depósito à prazo com garantia especial (DPGE).
CDB – emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos. Pode ter rentabilidade 
prefixada ou pós-fixada (indexado a Selic, TR, TBF, IGPM, etc.). Os CDB‘s podem ser negociado no mercado 
secundário ou resgatados antecipadamente (caso o banco emissor concorde). CDB’s não podem estar 
indexados à variação cambial e contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de 
250 mil reais por CPF ou instituição.
Prazos mínimos:
CDB corrigido pela variação do DI – 1 dia; 
CDB corrigido pela TR ou TLP – 1 mês; 
CDB corrigido pela TBF – 2 meses; 
CDB corrigido pelo IGPM – 1 ano
RDB – emitido por bancos comerciais, bancos de investimento, bancos múltiplos, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento e cooperativas de crédito. Também é uma espécie de depósito a prazo, mas 
diferentemente do CDB, não admite negociação antecipada ou transferência para outro investidor, o que 
gera um risco adicional de liquidez. 
49
Letra financeira (LF) – emitida por bancos comerciais, bancos de investimento, bancos múltiplos, 
sociedades de crédito, caixa econômica, sociedades de crédito imobiliário, companhias hipotecárias 
e pelo BNDES. Trata-se de uma promessa de pagamento com remuneração prefixada ou posfixada. 
Possui prazo mínimo de 24 meses, sendo proibido o resgate antecipado. O pagamento dos 
rendimentos pode ser feito de forma periódica, respeitando intervalos mínimos de 180 dias. A 
emissão possui valor mínimo de 150 mil reais caso não contenha cláusula de subordinação e 300 
mil reais caso contenha cláusula de subordinação. LF’s não estão cobertas pelo FGC.
Depósito à prazo com garantia especial (DPGE) – título de depósito à prazo que confere um direito 
de crédito contra o emissor (bancos comerciais, múltiplos, de investimento, desenvolvimento, 
sociedades de crédito e caixas econômicas). Pode ser prefixado ou pós-fixado e o prazo não pode 
ser inferior a 6 meses nem superior a 36 meses, sendo vedado o resgate antes de 6 meses. O total 
de créditos para instituições associadas ao FGC deve respeitar o valor máximo de 20 milhões de
reais por CPF.
Letra de câmbio (LC) – embora o nome deste título possa confundir, não há nenhuma relação com o 
dólar, euro, ou qualquer outra moeda. Inclusive não é permitido que este tipo de título esteja 
indexado a variação cambial. Trata-se basicamente de um mecanismo de captação de recursos para 
sociedades de financiamento (as financeiras) que envolve uma troca: o cliente toma crédito junto a 
sociedade financeira emitindo uma letra de câmbio que por sua vez é comercializada com 
investidores. Letras de câmbio contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o 
limite de 250 mil reais por CPF ou instituição.
50
Títulos corporativos:
. Debêntures
. Debêntures incentivadas
. Notas Promissórias
Debêntures: funcionam como instrumento de captação de médio/longo prazo para empresas S.A. não 
financeiras. Não existe padronização de características, ou seja, pode existir qualquer prazo de 
vencimento, amortização, resgate e tipo de remuneração. Em alguns casos, existe a possibilidade de 
conversão da debênture em ações da empresa (debênture conversível). Em geral, o valor de emissão não 
pode ultrapassar o capital social da companhia. Debêntures não estão cobertas pelo FGC, mas pode 
existir garantia contra o inadimplento.
Qualquer emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente fiduciário, que tem a função de 
proteger o interesse dos debenturistas, através de fiscalização ativa e do estabelecimento de relação de 
confiança e lealdade com os credores. Em caso de inadimplência, o agente fiduciário pode:
• Executar garantias reais ou requerer a falência do emissor na ausência de garantias;
• Representar os interesses de debenturistas em processos de falência ou recuperação
Judicial.
Covenant: sistema de garantia indireta, representado por um conjunto de obrigações contratuais positivas 
ou negativas. Ex: limites de endividamento, exigências de hedge, etc..
Cross Default: se uma dívida de determinada empresa vence e o emissor fica inadimplente, suas 
debêntures também estarão vencidas de forma automática.O mesmo vale para o inverso.
51
Escritura: documento legal que mostra as “regras do jogo” sob as quais as debêntures foram
emitidas. Descreve os direitos dos debenturistas, deveres do emissor, condições de remuneração e
garantias.
Debêntures incentivadas: emitida apenas para financiamento de projetos dos setoresde 
logística, transporte, mobilidade urbana, energia, telecomunicações, radiofusão, saneamento 
básico e irrigação. Diferenças em relação à debêntures comuns:
• Prazo médio ponderado mínimo de 4 anos;
• Isenção de IR para pessoa física e menor alíquota de IR para pessoa jurídica (15%).
Notas Promissórias: emitidas por S.A. não financeiras, funcionam como fonte de financiamento de 
curto prazo sem garantia real. O prazo mínimo é de 30 dias e máximo de 180 para empresas de capital 
fechado e 360 para empresas de capital aberto. Notas promissórias não podem ser remuneradas por 
índice de preços e não são garantidas pelo FGC.
Garantias Debêntures:
• Garantia real: garantia forte, tem preferência sobre os demais credores e proíbe a alienação 
do bem registrado como garantia.
• Garantia flutuante: privilégio sobre o ativo da companhia, embora hajapossibilidade de 
negociação dos bens que compõem tal ativo.
• Garantia quirografária: não oferece privilégio sobre o ativo da emissora, não há nenhum tipo de 
preferência em relação aos outros credores.
• Garantia subordinada: em um cenário de falência, oferece preferência apenas em relação aos
acionistas.
52
Títulos do segmento agrícola imobiliário:
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI);
• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);
• Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI);
• Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
• Cédula de Produtor Rural (CPR);
• Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA);.
• Cédula de Crédito Imobiliário (CCI)
LCI: emitida por bancos comerciais, caixa econômica, sociedades de crédito imobiliário, companhias 
hipotécárias e associações de poupança e empréstimos. LCI’s são obrigatoriamente registradas na B3 e 
lastreadas em créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou alienação. O prazo mínimo de vencimento 
das LCI’s é de 90 dias, mas caso seja atualizada anualmente ou mensalmente por índice de preços (CDI, IPCA 
ou IGPM por exemplo), esse prazo é alterado para 12 meses e 36 meses respectivamente. Existe isenção de 
IR para pessoa física e cobertura do FGCaté 250 mil reais.
LCA: créditos de recebíveis do agronegócio emitidos por bancos e cooperativas de crédito. Existe isenção 
de IR para pessoa física e cobertura do FGC até 250 mil reais. Funciona de forma similar à LCI, mas os 
créditos são voltados para o agronegócio.
CRI: emitidos por companhias securitizadoras com lastro em empreendimentos imobiliários. A oferta 
pública de CRI só é autorizada após concessão de registro e verificação de normalidade da instituição 
securitizadora junto à CVM e não há prazo mínimo de investimento. Existe isenção de IR para pessoa física 
e não há cobertura do FGC.
53
CRA: emitidos por companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio, pode ser distribuido publicamente
ou negociado em bolsa/balcão. Existe isenção de IR para pessoa física mas não há cobertura do FGC.
CPR: título sob o qual produtores rurais ou cooperativas vendem antecipadamente a produção. O emitente procura 
um banco ou seguradora para agregar um seguro ou aval a emissão. O penhor rural é a garantia mais utilizada. O CPR 
pode ser negociado em mercado balcão sem registro na clearing (B3), mas para ser negociado no mercado 
secundário, precisa estar registrado na clearing da B3. Existe isenção de IR para pessoa física mas não há cobertura 
do FGC.
CDCA: Emitido por cooperativas de produtores rurais e por empresas que exercem atividades relacionadas à produção 
de insumos agroprecuários. É uma forma das cooperativas tomarem recursos do mercado para financiar produtores, 
que podem colocar CPRs como garantia. Existe isenção de IR para pessoa física mas não há cobertura do FGC.
CCI: Emitido por bancos, sociedades de crédito imobiliário e incorporadoras com lastro no ativo da operação de crédito. É 
uma forma do emissor receber a vista um crédito imobiliário e vender os recebíveis (as parcelas do financiamento) no 
mercado financeiro. É negociado em balcão e registrado na clearing da B3. Existe isenção de IR para pessoa física mas não 
há cobertura do FGC.
Operações Compromissadas: operações financeiras que possuem lastro em ativos de propriedade do banco, que 
assume o compromisso de recomprar o ativo do investidor.
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Tributação em renda fixa:
IOF: para resgates em até 29 dias, existe cobrança de IOF sobre os rendimentos. O IOF é 
regressivo e incide sempre antes do IR.
IR: a regra é a mesma para CDB, DPGE, LF, debêntures, poupança, títulos do segmento 
agrícola e imobiliário, notas promissórias e títulos públicos federais 
Alíquotas:
22,5% - resgates em até 180 dias 
20% - resgates entre 181 e 360 dias;
17,5% - resgates entre 361 e 720 dias;
15% - resgates acima de 721 dias.
Isenção de IR para pessoa física: todos os títulos do segmento imobiliário/agronegócio e poupança.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – entidade privada, sem fins lucrativos cuja principal função é 
proteger o sistema financeiro e investidores até os limites estabelecidos contra eventuais insolvências 
de instituições associadas, contribuindo para a estabilidade do sistema e prevenindo crises de 
contágio. Para isso, em caso de liquidação, os associados devem contribuir com 0,0125% do saldo de 
contas referentes aos ativos cobertos.
Ativos cobertos: depósitos á vista, poupança, depósitos à prazo, CDB, RDB, Letra de Câmbio (LC), Letra 
Hipotecária (LH), LCI e LCA.
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Caderneta de Poupança: fonte de captação de recursos para instituições financeiras que fazem parte do Sistema Brasileiro de 
Poupança e Empréstimos (SBPE), incluindo Caixa Econômica Federal (CEF), Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), 
Associações de Poupança e Empréstimos, Bancos Múltiplos com carteira de SCI. Existe cobertura do FGC até o limite de 250 
mil reais e garantia do governo no caso da CEF. Não há cobrança de tarifas para manutenção de conta poupança, que oferece 
total liquidez porém baixa rentabilidade. Governo alterou regras em maio de 2012 com a Selic em patamares mais baixos:
Até 03/05/2012: 6% ao ano + TR
Após 03/05/2012:
Selic > 8.5% ao ano – 6% ao ano Selic < 8.5% ao ano – 70% da Selic
Periodicidade de juros:
Pessoa física e jurídica isenta – mensal (0.5% a.m.) ; Pessoa jurídica – trimestral (1.5%)
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 recebem juros apenas no dia 1 domês subsequente. Não há incidência 
de IR para pessoa física.
Renda fixa internacional:
56
Títulos do tesouro norte americano: são considerados globalmente como ativos livres de risco e a partir da sua remuneração 
outros títulos são precificados e são definidos prêmios de risco. 
US Treasury Bills (T-Bills) – estrutura zero cupom com desconto sobre o valor de face de U$1000,00 e vencimento até 1 ano (52 
semanas). É o título de menor risco para o investidor americano, utilizado para aplicações de curto prazo.
US Treasury Notes (T-Notes) – são os títulos mais líquidos do mundo e pagam cupons semestrais sobre o valor de face. Os 
prazos de vencimento são de 2, 3, 5, 7 e 10 anos. No vencimento o investidor recebe o valor de face.
US Treasury Bonds (T-Bonds) – títulos com vencimento acima de 10 anos que pagam juros semestralmente. No vencimento o 
investidor recebe o valor de face. Alguns T-Bonds são emitidos com cláusulas de recompra de 5 ou 10 anos antes do 
vencimento e nesse caso o governo norte americano pode recomprar os títulos caso a taxa de juros caia e o investidor tem a 
obrigação de aceitar.
TIPS – Treasury Inflation-Protected Securities – títulos do tipo Notes ou Bonds que são corrigidos pela inflação medida pelo 
Consumer Price Indez (CPI). Os TIPS pagam juros semestrais e o investidor recebe o valor de face no vencimento, corrigido pela 
inflação acumulada. São emitidos com prazos de 5, 10 e 30 anos. 
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Títulos públicos norte-americanos
Título Vencimento
US Treasury Bills Até 52 semanas
US Treasury Notes 2, 3, 5, 7 e 10 anos
US Treasury Bonds Acima de 10 anos
TIPS - Treasury Inflation Protected Securities 5, 10 e 30 anos
Certificates of deposits (CD) – instrumentos de dívida emitidos por bancos que normalmente são de curto 
prazo, (não é comum emissões para prazos maiores que 5 anos). CD’s podem ser prefixados ou pós-fixados, 
podem realizar pagamentos periódicos ou apenas no vencimento, podem ser negociados no mercado 
secundário ou resgatados antecipadamente junto ao emissor de acordo com as condições de mercado e da 
emissão. No caso de bancos americanos, existe a garantia do FDIC – Federal Deposit Insurande Corporation, 
para até U$250.000,00 por instituição financeira associada.
Commercial Papers (CP) – são títulos de curto prazo do tipo “zero cupom” emitidos por empresas não 
financeiras. É muito utilizado por empresas norte-americanas para financiamentos de curto prazo, pois não há 
necessidade de registro junto à Securities Exchange Comission (SEC) para prazos de até 270 dias.
Eurobonds - são títulos de dívida emitidos em moeda diferente daquela do país da empresa de origem e são 
distribuidos internacionalmente. Apesar do nome, esses títulos não estão necessariamente associados ao euro 
ou ao território europeu e podem ser denominados em dólares ou yens por exemplo. Eurobonds são 
tipicamente menos regulados do que outros títulos nacionais e estrangeiros, porque são emitidos fora da 
jurisdição de qualquer país. São títulos sem garantia e que podem ser denominados em qualquer moeda, 
incluindo a moeda nacional do emissor. 
Globalbonds - Título emitido simultaneamente no mercado de Eurobonds e em pelo mais um mercado 
doméstico.
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Repurchase Agreement (REPO) – representa o que chamamos aqui no Brasil de operações compromissadas. 
O distribuidor vende títulos de curto prazo ao investidor (geralmente overnight) concordando em recomprá-
los futuramente por um preço ligeiramente mais alto. No mercado internacional, grande parte das operações 
de REPO é realizada com títulos do tesouro norte-americano e com ações (embora o risco seja bem mais 
elevado nesse segundo caso e a garantia exigida seja diferente).
Risco de um investimento: medida de incerteza, probabilidade de o retorno nãocorresponder às 
expectativas. Taxa livre de risco: investimento que não possui risco de crédito (no caso brasileiro o 
mais aproximado seria a taxa SELIC).
Risco de crédito: associado a probabilidade de “default” (não pagamento) do juros ou principal por parte 
do emissor. Agências de rating tem o papel de dar transparência ao mercado e quanto pior for a avaliação, 
maior será a taxa de retorno exigida pelos investidores.
Risco de liquidez: traduzido pela dificuldade de vender um ativo no prazo e preço esperados.
Risco de liquidação: traduzido pela possibilidade de não entrega dos títulos (liquidação física) ou do valor 
financeiro (liquidação financeira). Esse risco é mitigado pelas clearing houses.
Risco de imagem: impacto negativo da opinião pública.
Risco de contraparte: possibilidade de uma das partes envolvidas em uma transação não
honrar com seus compromissos.
Risco soberano ou risco país: capacidade do país de honrar a dívida pública.
Risco de mercado: risco da variação diária de ativos, volatilidade, medido pelo desvio padrão. Risco de 
mercado pode ser dividido em risco sistemático (afeta todos os ativos) e risco não sistemático (específico 
de determinada empresa ou setor).*Obs: apenas o risco não sistemático é diversificável.
Risco cambial: risco de volatilidade que afeta o valor da taxa de câmbio.
59
Agências de rating: o rating é uma nota de crédito emitida por agências classificadoras de risco e que pode estar 
relacionado a uma emissão, emissor ou país. A agência de risco leva em consideração a capacidade do emissor de 
honrar suas obrigações financeiras no prazo determinado. Quanto maior a nota de crédito, menos arriscado é o título 
e, consequentemente, menor a remuneração exigida pelo investidor. Os ratings influenciam bastante no preço dos 
ativos, uma vez que representam a probabilidade de inadimplência. O mercado baseia-se muitas vezes nos “spreads 
de crédito”, que servem como comparação entre títulos disponíveis. Existem alguns tipos de metodologia para cálculo 
de spreads de crédito, que não serão cobradas na prova do CEA. A metodologia mais comum é a comparação com o 
ativo livre de risco. Quanto maior o spread, maior a probabilidade de inadimplência e maior o retorno exigido pelos 
investidores. A classificação de risco envolve análise de alavancagem, endividamento, estrutura de capital do emissor, 
geração de caixa e etc.. Atualmente, as principais agências classificadores de risco são: Fitch, Moodys e Standard & 
Poors (S&P). Estas empresas classificam ativos em duas classes de risco (grau de investimento e grau de especulação) 
e as notas de crédito podem variar de “A” até “D”, sendo “A” a melhor classificação (menor risco de crédito).
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Moody's Fitch S&P Significado
Grau de 
investimento
Aaa AAA AAA Altíssima qualidade
Aa AA AA Alta qualidade
A A A Qualidade média/alta
Baa BBB BBB Qualidade média
Ba BB BB
Predominantemente 
especulativo
Grau 
especulativo
B B B Especulativo
Caa CCC CCC Próximo a inadimplência
C C C Qualidade baixa
DDD DDD Inadimplente
DD DD Inadimplente
D D Inadimplente
Elevação 
Rating
Queda de
Rating
Retorno Preço
Retorno Preço
Yield to maturity (YTM): é a taxa interna de retorno do investimento em um título de renda fixa, ou seja, a taxa que 
iguala o preço do título a soma de valores presentes do seu fluxo de caixa. O cálculo do YTM é igual ao cálculo da 
TIR (taxa interna de retorno). O preço de um título depende da relação entre o YTM e o pagamento de cupons:
Título ao par: YTM é igual ao cupom
Título com deságio (PU abaixo do valor de face): YTM é maior que o cupom
Título com ágio (PU acima do valor de face): YTM é menor que o cupom
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Ágio/Deságio Título YTM Cupom PU Comentários
Deságio T-Note 10Y 4.48% 4.25% 98.53 YTM > Cupom - título negociado com ágio
Ágio T-Note 10Y 3.89% 4.25% 103.25 YTM < Cupom - título negociado com deságio
Cálculos na HP12c
Deságio Ágio
98.53 CHS PV 103.25 CHS PV
100 FV 100 FV
2.125 PMT 2.125 PMT
20 n 20 n
i? i?
Lembre-se que o título T-Note paga cupons 
semestrais, portanto a taxa de juros estará 
expressa considerando o período de 6 meses 
e é necessário fazer a conversão.
Current Yield: é o ganho anual de fluxo de caixa do investidor em títulos de renda fixa e pode ser 
calculado considerando o valor do cupom anual dividido pelo preço de mercado.
𝐶𝑢𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡 𝑌𝑖𝑒𝑙𝑑 =
𝑐𝑢𝑝𝑜𝑚 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
Duration de Macauley: é o prazo médio ponderado do título ou da carteira de investimentos que é 
avaliado de acordo com o valor presente dos fluxos de caixa descontados pela taxa de juros.
Exemplo: Calcule a duration de um título que paga cupom anual de 4%, com valor de face de R$1000,00 e 
vencimento em 7 anos. A taxa de juros de mercado é 3%.
62
Anos Fluxo de pagamentos PV PV x Prazo
1 40 38.83 38.83
2 40 37.70 75.41
3 40 36.61 109.82
4 40 35.54 142.16
5 40 34.50 172.52
6 40 33.50 201.00
7 1040 845.62 5919.31
1062.30 6659.04
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 =
6659.04
1062.30
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 = 6.27
Duration Modificada: representa a taxa de variação percentual no preço de um título considerando 
uma determinada alteração na taxa de juros. Se a duration modificada apresentar o valor de 4.5, 
significa que a cotação do título irá cair 4,5% caso a taxa de juros suba 1%. 
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 𝑚𝑜𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 =
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑐𝑎𝑢𝑙𝑒𝑦
1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠
Risco e retorno em títulos de renda fixa: além da probabilidade de default (risco de crédito), o investidor no 
mercado de renda fixa possui o risco de taxa de juros e de reinvestimento dos cupons. A maturidade 
também é extremamente importante para avaliar o risco de títulos de renda fixa, uma vez que as 
condições de incerteza aumentam no longo prazo e também o impacto no PU por conta de uma alteração 
nas taxas de juros.
O retorno de qualquer título de renda fixa sempre levará em consideração os seguintes fatores:
• Taxa de juros do ativo livre de risco
• Expectativas de inflação
• Prazo de vencimento
• Desconto de liquidez
• Spread por risco de crédito
Duration e horizonte de tempo do investidor
Caso o horizonte de tempo do investidor seja maior do que a duration de Macauley, o risco de 
reinvestimento dos cupons é maior do que o risco de taxa de juros. Por outro lado, caso o horizonte de 
tempo do investidor seja menor do que a duration de Macauley do título, o risco de taxa de juros é maior 
do que o risco de reinvestimento dos cupons. 
Duration gap: diferença entre a duration de Macauley de um título e o horizonte de tempo do investidor.
duration gap negativo: risco da taxa de juros cair; 
duration gap positivo: risco da taxa de juros subir
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Ativos de renda variável : são aqueles cujos rendimentos não são conhecidos (ações, derivativos, 
cotas de diversos tipos de fundos de investimento, fundos imobiliários, moedas, índices, 
commodities, etc..)
Ações: são frações do capital social de uma empresa e seus principais tipos são:
Ordinárias (ON): possuem direito a voto em assembleias de acionistas.
Preferenciais (PN): não possuem direito a voto, mas têm preferência no pagamento de dividendos e
podem receber 10% a mais em dividendos do que as ordinárias. Caso a empresa fique 3 anos sem
distribuir dividendos, a ação PN passa a ter direito a voto.
Obs: empresas que abrem capital devem ter minimamente 50% de suas ações do tipo ON.
Bonus de subscrição: títulos negociáveis que garantem aos titulares o direito de subscrever
ações de uma empresa. A emissão é caracterizada como alienada caso o investidor pague por 
esse direito.
Depositary Receipts (DR): recibos de depósito com lastro em ações de empresas instaladas 
em outro país.
BDR: Brazilian Depositary Receipt (Ex: ação da Apple negociada no Brasil).
Os BDRs são certificados de valores mobiliários representativos de ações de empresas de capital 
aberto com sede no exterior. Os certificados são emitidos por instituições brasileiras, chamadas de 
instituições depositárias, autorizadas a funcionar pelo Banco Centraldo Brasil e que devem estar 
habilitadas pela CVM para emitir BDRs.
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Existem duas categorias de BDRs:
O BDR patrocinado é emitido por uma instituição depositária contratada pela companhia estrangeira 
emissora e pode ser classificado como Nível I, Nível II ou Nível III.
O BDR não patrocinado é emitido por uma instituição depositária, sem envolvimento da companhia 
estrangeira emissora, e só pode ser classificado como Nível I.
65
Níveis de ADR
ADR Nível 1
Negociado no mercado de balcão apenas. São emitidos com base 
em ações já existentes e que foram depositadas no banco 
custodiante, isto é, a companhia não capta recursos adicionais.
ADR Nível 2
Negociados em alguma bolsa dos EUA. São emitidos com base em 
ações já existentes e que foram depositadas no banco custodiante, 
isto é, a companhia não capta recursos adicionais. As 
demonstrações financeiras devem estar disponíveis no padrão US 
GAAP.
ADR Nível 3
Negociados em alguma bolsa dos EUA e vinculados a uma oferta 
pública nos EUA. Trata-se de uma nova emissão, através da qual a 
companhia capta recursos. As demonstrações financeiras devem 
estar disponíveis no padrão US GAAP.
ADR 144A
Colocação privada de títulos, negociados em mercado balcão. A 
companhia capta recursos e os títulos destinam-se exclusivamente a 
Investidores Institucionais Qualificados. 
ADR - American Depositary Receipt (Ex: 
ação da Vale negociada nos EUA).
ADRs são recibos de ações de empresas 
que não estão sediadas nos EUA e que são 
emitidos por bancos americanos, com 
lastro em ações depositadas em um banco 
custodiante no país de origem. Um 
investidor norte americano, ao comprar 
ADRs, pode investir em ações de empresas 
não americanas sem deslocar o capital 
para outro país.
Obs: os proventos (como dividendos, bonificações e subscrições) são pagos aos detentores 
de BDRs ou ADRs
Risco de mercado: ativos de renda variável apresentam maior volatilidade, portanto as oscilações 
de preço são mais representativas e podem impactar a rentabilidade do investidor, principalmente 
no curto e médio prazo. 
Risco de liquidez: existem algumas ações e outros ativos de renda variável com baixo volume de 
negociação e isso pode gerar um risco de liquidez para o investidor, traduzido pela impossibilidade 
de vender o ativo no momento desejado. Normalmente, os analistas de investimento consideram 
um desconto ao ajustar seus modelos de “valuation” para empresas de baixo valor de capitalização 
(small caps) por conta da menor quantidade de ofertas de compra e venda, que aumenta o spread 
de preço entre compradores e vendedores.
Tag Along: 
Quando há mudança de controle de companhia aberta, os acionistas com direito a voto devem 
receber uma oferta de no mínimo 80% do valor pago por ação.
Assembleia Geral Ordinária(AGO):
Organizada anualmente entre os quatro primeiros meses seguintes ao término doano fiscal
para:
• Analisar as contas dos administradores e validar demonstrações financeiras;
• Discutir sobre o destino do lucro e pagamento de dividendos;
• Eleger administradores e membros do conselho (caso necessário);
• Aprovar correção monetária do capital social.
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A empresa deve enviar para a CVM um edital de convocação da AGO até quinze dias antes da data
marcada. Posteriormente, deve publicar a ata e sumário das decisões em até 7 dias após a assembleia.
Assembleia Geral Extraordinária(AGE):
A assembleia geral extraordinária é assim considerada para todos os casos cujo objetivo não esteja listado
acima.
Caso a AGE seja motivada por uma possível mudança no estatuto, a primeira convocação será 
concluída apenas com a presença de acionistas que representem conjuntamente 2/3 do capital 
com direito a voto, mas poderá ocorrer segunda convocação sem restrições.
Direitos do acionista minoritário:
• Participação de lucros;
• Participação em assembléias (e voto se for ação ON);
• Ter acesso aos demonstrativos financeiros da empresa;
• Fiscalizar, de acordo com a lei das S.A.;
• Participação em caso de liquidação.
Acionista controlador: agente econômico, empresa ou grupo de empresas que possui maioria dos votos 
nas deliberações de AGO e exerce influência no processo de decisão e funcionamento de uma 
companhia.
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Empresas de capital aberto x capital fechado
Abertas: negociação em bolsa ou mercado balcão, muitos sócios (acionistas),maior nível de 
transparência.
Fechadas: negociação de balcão não organizado (sem garantias), poucos sócios em geral, menor grau 
de transparência.
Eventos corporativos:
Dividendos: distribuição de parte do lucro das empresas aos acionistas (minimamente 25% garantido por lei 
no Brasil). O valor pago em dividendos é descontado do preço da ação.
Juros sob capital próprio: proventos pagos em dinheiro que são dedutíveis do lucro
tributável da empresa.
Direito de subscrição: direito de aquisição de ações por conta de um aumento de capital. O direito 
de subscrição permite que o acionista mantenha sua participação percentual no capital social. Para 
incentivar o investimento adicional, as novas ações são oferecidas aos atuais acionistas por um 
valor inferior ao valor de mercado. 
Bônus de subscrição – título que confere ao titular o direito de subscrever ações em um prazo 
determinado por um valor fixado. Até o vencimento, os bônus podem ser comprados e vendidos 
em bolsa.
Grupamento (Inplit) – reduz a quantidade de ações e aumenta o valor de cada ação
(objetivo é reduzir o risco).
Desdobramento (Split) - aumenta a quantidade de ações e reduz o valor de cada ação (objetivo é 
aumentar a liquidez). *Obs: tanto no inplit como no split, o montante investido não sealtera.
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Operação de underwriting: captação de recursos via emissões no mercado financeiro. As operações de 
underwriting possuem:
Ofertante – empresa emissora;
Banco coordenador/banco líder – avalia, regulariza e coordena a distribuição;
Banco liquidante – liquida a venda dos ativos;
Escriturador – responsável pelo registro de informações transacionais;
Central depositária – pertencente a B3, é onde ocorre a conciliação de ativos e também onde o 
investidor pode consultar informações sobre a sua conta (Canal Eletrônico do Investidor – CEI);
Custodiante – movimenta os ativos do investidor na central depositária;
Market Maker – instituição que compra e vende ativos para prover liquidez de mercado. Caso muitos 
investidores queiram comprar uma ação or exemplo, o Market Maker entra no mercado vendendo sua 
posição. Caso contrário, se tiver muita gente vendendo, o Market Maker entra comprando;
Agente fiduciário – apenas para ofertas públicas de ativos de renda fixa (debêntures, CRI e CRA). 
Falaremos sobre este tópico mais adiante na parte de debêntures;
Agências de rating - empresas especializadas em classificar o risco do emissor de
um título no mercado financeiro.
Best efforts: não há garantia do intermediário na colocação da totalidade de títulos no
mercado e a empresa emissora assume os riscos.
Bookbuilding: mecanismo de consulta prévia a investidores para formação de preços.
Lote suplementar: caso haja demanda extra, pode haver distribuição de lote suplementar desde que conste 
previamente na Lâmina de Informações Complementares e não ultrapasse 15% a mais do que a quantidade
original.
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Prospecto: documento oficial que contém informações sobre a empresa, perspectivas, riscos e quadro 
administrativo. É obrigatória a entrega deste documento de forma física ou digital.
Mercado primário: novas emissões (captação de recursos). 
Mercado secundário: negociação de ativos em mercados organizados, onde investidores transferem 
títulos e valores mobiliários entre si. Principal objetivo do mercado secundário é fornecer liquidez para 
ativos financeiros.
IPO (Initial Public Offering) – a oferta pública inicial de ações ocorre quando uma empresa decide abrir 
capital na bolsa. As corretoras recebem ordens de potenciais investidores e essas ordens podem ser de 
mercado (sem preço pré estabelecido, dependendo das condições de oferta e demanda) ou limitadas

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