Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
7 Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica Curso de Engenharia Biomédica CÁLCULO DE CARGA INSTALADA E DEMANDA CLÍNICA DE SAÚDE JHONE ROBERTO G. SANTOS 11111EBI012 Uberlândia 2014 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DEFINIÇÕES 3 2.1 Carga instalada (kW) 3 2.2 Consumidor 3 2.3 Demanda (kVA) 3 2.4 Edificação Individual 3 3 CÁLCULO DE CARGA INSTALADA 3 5 CÁLCULO DE DEMANDA 4 8 CONCLUSÃO 7 7 REFERÊNCIAS 7 1 INTRODUÇÃO Para realizar o cálculo de carga instalada e a demanda que será exigida para o correto funcionamento de todos os equipamentos que dependem de alguma forma do fornecimento da rede elétrica, existe uma normalização que define como esse cálculo deve ser executado e em qual classificação se encaixa o imóvel. Cada empresa de fornecimento de energia elétrica possui sua cartilha de normas e o cálculo deve compreender as regras nela estabelecida. Nesse relatório, estabelecendo que a clínica de saúde projetada esteja estabelecida na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, a norma utilizada será a norma fornecida pela companhia energética de Minas Gerais: CEMIG. A norma é intitulada ND-5.1edição de maio de 2013 e compreende a normalização de distribuição para o fornecimento de energia elétrica em tensão secundária, rede de distribuição aérea e edificações individuais. 2 DEFINIÇÕES 2.1 Carga instalada (kW) A carga instalada é a soma das potências nominais dos aparelhos, equipamentos e dispositivos a serem ligados na rede consumidora de forma que esteja em condições adequadas para que possam permitir o funcionamento [1]. 2.2 Consumidor É o solicitante legal, físico ou jurídico, que apresentar a companhia energética o fornecimento de energia elétrica e assumir as obrigações de pagamento das contas e outros custos obrigatórios regulamentados no contrato [1]. 2.3 Demanda (kVA) É a média das potências ativas ou reativas solicitada pela parcela de carga instalada que esteja funcionando por um intervalo de tempo específico [1]. 2.4 Edificação Individual É toda construção dentro dos padrões públicos que tenha uma única unidade consumidora. Condição em que se encaixa a clínica de saúde aqui projetada [1]. 3 CÁLCULO DE CARGA INSTALADA Para que seja possível definir o tipo de fornecimento deve-se determinar a carga total instalada na unidade consumidora. E, para isso, deve-se somar de todas as potências ativas (kW) dos equipamentos, aparelhos e dispositivos que serão conectados a rede elétrica, o que inclui lâmpadas, tomadas de uso geral (TUG’s), tomadas de uso específicos (TUE’s), eletrodomésticos e entre outros. A Tabela 1 indica a carga total instalada na clínica. Tabela 1 - Cálculo de carga instalada Ref. Descrição Qt. Potência (W) Unitária Total 1 Lâmpadas Fluorescentes Compactas 18W 10 18 180 2 Lâmpadas Fluorescentes Tubulares 14W 64 14 896 3 Lâmpadas Fluorescentes Tubulares 28W 72 28 2016 4 TUGs 100VA 57 80 4560 5 TUGs 300VA 30 240 7200 6 TUGs 600VA 27 480 12960 7 Micro-ondas 1 800 800 8 Cafeteira elétrica 1 1460 1460 9 TV LED 32" 6 3260 19560 10 Chuveiro elétrico 1 6400 6400 11 Refrigerador Frost free - Sidebyside 1 1822 1822 12 Ar condicionado Split 30000 btus 4 639 2556 13 Fogão 5 bocas 1 1160 1160 PT (W) : 61570 5 CÁLCULO DE DEMANDA A ND-5.1 determina que o dimensionamento da entrada de serviço de unidades consumidoras urbanas com carga instalada superior a 15 kW tem por obrigação de ser realizada pela demanda provável da edificação. Desde modo, a determinação da demanda da edificação pode ser realizada de acordo como consta na norma. Sendo expressa pela equação (1). [kVA] (1) Onde: a = demanda referente à iluminação e tomadas para unidades consumidoras não residenciais, dadas pela tabela 1; b = demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento. Os fatores de demanda são dados pelas tabelas 2 e 3, sendo aplicados separadamente à carga instalada dos seguintes grupos de aparelhos: chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas; aquecedores de água por acumulação e por passagem; : fornos, fogões e aparelhos tipo Grill; máquinas de lavar e secar roupas, máquinas de lavar louças e ferro elétrico; demais aparelhos (TV, conjunto de som, ventiladores, geladeira, freezer, torradeira, liquidificador, batedeira, exaustor, etc.). c = demanda dos aparelhos condicionadores de ar, tabela 3; d = demanda de motores elétricos; e = demanda de máquinas de solda e transformador, determinada por: 100% da potência do maior aparelho; 70% da potência do segundo maior aparelho; 40% da potência do terceiro maior aparelho; 30% da potência dos demais aparelhos. Em caso de máquina de solda a transformador com ligação V-v invertida, a potência deve ser considerada em dobro. f = demanda dos aparelhos de Raios-x, determinada por: 100% da potência do maior aparelho; 10% da potência dos demais aparelhos. Constam nesse relatório apenas as tabelas que serão utilizadas no cálculo de demanda da clínica. Tabela 2 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas unidades consumidoras não residenciais Fonte: ND-5.1:2013,cap.6,pg.13 Tabela 3 - Fatores de demanda de fornos e fogões elétricos Fonte: ND-5.1:2013,cap.6,pg.14 Tabela 4 - Fatores de demanda de aparelhos eletrodomésticos, de aquecimento, de refrigeração e condicionamento de ar Fonte: ND-5.1:2013,cap.6,pg.14 Aplicando a metodologia do cálculo de demanda obtém-se o resultado da tabela 5 em que a demanda provável é de 37581,34 kVA. Tabela 5 - Cálculo de Demanda Ref. Tipo fp PT (W) QT (VAr) FD PD (W) QD (VAr) 1 a 0,99 180 25,65 0,40 72,00 10,26 2 a 0,99 896 127,67 0,40 358,40 51,07 3 a 0,99 2016 287,26 0,40 806,40 114,91 4 a 0,80 4560 3420,00 0,40 1824,00 1368,00 5 a 0,80 7200 5400,00 0,40 2880,00 2160,00 6 a 0,80 12960 9720,00 0,40 5184,00 3888,00 7 b3 0,92 800 340,80 0,75 600,00 255,60 8 b1 1,00 1460 0,00 0,92 1343,20 0,00 9 b5 0,92 19560 8332,53 0,60 11736,00 4999,52 10 b1 1,00 6400 0,00 0,92 5888,00 0,00 11 b5 1,00 1822 0,00 0,60 1093,20 0,00 12 c 0,80 2556 1917,00 0,76 1942,56 1456,92 13 b3 0,92 1160 494,16 0,75 870,00 370,62 34597,76 14674,89 Demanda: 37581,342 [kVA] Sabendo disso tem-se a classificação da clínica de saúde como consumidor tipo C, faixa C4, como consta na tabela 6. Tabela 6 - Dimensionamento para unidades consumidoras urbanas e rurais atendidas por rede de distribuição secundária trifásica Fonte: ND-5.1:2013,cap.6,pg.3 8 CONCLUSÃO Os cálculos da carga instalada e da demanda provável na clínica é algo essencial para os demais dimensionamentos que deverão ser feitos para a conclusão do projeto. O que se observa é que a partir da definição do tipo de consumidor e sua faixa já é possível o dimensionamento de outros parâmetros como o tipo de proteção do disjuntor termo-magnético e o diâmetro nominal do eletroduto. 7 REFERÊNCIAS [1] CEMIG, ND – 5.1: Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária; Rede de Distribuição Aérea; Edificações Individuais. Maio/2013.
Compartilhar