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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - Campus União da Vitória - Introdução à Diversidade Vegetal Prof. Dr. Jean Henrique da Silva Rodrigues União da Vitória / PR Julho - 2017 A Diversidade de Plantas Como as plantas evoluíram? Reino Plantae 2) Cladograma Semente / Tubo polínico Vasos condutores / Raiz, caule e folha Clorofila A e B Relações Filogenéticas Conquista do ambiente terrestre Fortes evidências sugerem que as plantas atuais evoluíram a partir de ancestrais do grupo das algas verdes (Clorofíceas) A vida teve sua origem no ambiente aquático e a conquista do ambiente terrestre foi uma etapa importante na evolução de diversos grupos de seres vivos; Constituem os ancestrais evolutivos das plantas atuais; Chamadas Talófitas, por não possuírem raiz, caule e folha. Não apresentam tecidos completamente diferenciados ou vasos condutores bem organizados. Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Algas Pluricelulares Clorófitas (Algas verdes) São representadas pelas: Feófitas (algas pardas) Rodófitas (algas vermelhas) Florestas de Kelps - Algas pardas Laminaria hyperborea podem chegar à 90 m de altura - As plantas atuais se originaram das Algas verdes Semelhanças entre Algas verdes e Plantas: • Amido armazenado em plastos como substância de reserva; • Clorofila a, b e carotenoides como pigmentos fotossintetizantes; • A celulose é o principal carboidrato constituinte da parede celular; Ulva – “Alface d’água” Espécie de Carófita Diferenças entre as Algas verdes e as Plantas • As plantas apresentam tecidos altamente diferenciados e organizados; • Todas as plantas tem embriões multicelulares que se desenvolvem protegidos no gametófito feminino; • As estruturas reprodutivas das plantas estão protegidas em gametângios (arquegônio e anterídeo); • A maioria das plantas tem as partes aéreas do corpo recobertas por uma camada de cera (cutícula) que ajuda a prevenir a dessecação; CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ORGANISMOS DO REINO PLANTAE • Eucariontes e Multicelulares; • Autotróficos fotossintetizantes; • Dotados de clorofila; • Apresentam parede celular composta de celulose; • Tem amido como substância de reserva; • Apresentam embrião multicelular e maciço, nutricionalmente dependente do gametófito; Como classificar as plantas? Ciclo Haplodiplobionte Esporófito sempre 2n (diplóide) Gametófito sempre n (haplóide) Esporos produzidos por meiose Gametas produzidos por mitose Ciclo comum a todas as plantas Ciclo de vida geral das plantas Primeiro grupo de plantas na escala filogenética a conquistar o ambiente terrestre; Atualmente são reconhecidas 3 divisões/filos: BRIÓFITAS Bryophyta (musgos) Anthocerophyta (antóceros) Hepatophyta (hepáticas) Musgo MORFOLOGIA Ausência de raiz, caule e folhas Apresentam: Rizóide: fixação e absorção Caulóide: absorção e sustentação Filóide: fotossíntese e trocas gasosas Filóide Caulóide Rizóide BRIÓFITAS BRIÓFITAS MusgoAntócero ANATOMIA São Avasculares Ausência de vasos condutores de seiva (xilema e floema). Obs.: O transporte de água e nutrientes se dá por difusão, o que limita o crescimento das briófitas. Musgo MODO DE VIDA Vivem em habitats úmidos e sombreados Dependência da água para reprodução: O gameta masculino flagelado, anterozóide, precisa de água para chegar até a oosfera. Ausência de cutícula protetora nos filóides Sob luz solar, as briófitas podem ressecar facilmente. BRIÓFITAS Polytrichum juniperinum BRIÓFITAS Alguns musgos apresentam células especializadas na condução Algumas briófitas apresentam células especializadas na difusão de água (hidróides) e seiva elaborada (leptóides) BRIÓFITAS A reprodução em briófitas pode ser: • Assexuada: por fragmentação; A planta pode ser rompida em propágulos, sendo levada por ação da chuva ou do vento; • Sexuada: por meio da produção de gametas nos gametângios Gametângio Masculino (Anterídeo) produz os gametas masculinos (anterozoides). Gametângio Feminino (Arquegônio) produz o gameta feminino (oosfera). Reprodução sexuada Gametângios de Briófitas Arquegônio Anterídio Observações I. O esporófito é clorofilado e dependente do gametófito. II. Após a liberação dos esporos o esporófito, degenera-se. III. O esporófito sempre está presente sobre o gametófito feminino. Gametófito Esporófito Haplóide (n) Diplóide (2n) Fase sexuada Fase assexuada Clorofilado Aclorofilado Fase dominante Fase temporária Reprodução sexuada I. São organismos pioneiros no processo de sucessão ecológica. II. São bioindicadores da qualidade do ar e do solo. III. Criam micro habitats para várias espécies de microrganismos. IV. São organismos produtores de cadeias alimentares. IMPORTÂNCIA BRIÓFITAS Inclui as plantas vasculares sem sementes. Seus principais representantes são as samambaias, avencas, licopódios e cavalinhas; PTERIDÓFITAS Licopódios Cavalinha Samambaias I) Primeiras Traqueófitas Presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema) Qual a vantagem? o Maior porte físico. o Exploração de hábitats mais variados. o Facilita a sobrevivência no meio terrestre. Avenca PTERIDÓFITAS Dicksonia sp. Secção transversal de parte da região vascular do rizoma. MEDULA FLOEMA XILEMA FLOEMA CÓRTEX 0,1 mmX I L E M A E F L O E M A : T E C I D O S V A S C U L A R E S Primeiras cormófitas Plantas de raiz, caule e folhas Qual a vantagem? o Divisão de trabalho entre os órgãos da planta. Raiz Caule Folha PTERIDÓFITAS Apesar de terem um processo reprodutivo mais independente da água ainda habitam locais úmidos e sob a sombra; Morfologia Samambaia Raiz Caule Folha Folha jovem Soros PTERIDÓFITAS Reprodução sexuada Fase dominante é o Esporófito O esporófito no início é aclorofilado e dependente do gametófito. O esporófito ao se desenvolver suga as reservas nutritivas do gametófito. O gametófito degenera-se e o esporófito torna-se clorofilado. Gametófito Esporófito Haplóide (n) Diplóide (2n) Fase sexuada Fase assexuada Clorofilado Inicialmente aclorofilado e depois torna-se clorofilado Fase temporária Fase dominante PTERIDÓFITAS Importância Organismo produtor das cadeias alimentares Ornamentação Obtenção do xaxim (caule de samambaiaçu) o Cultivo de orquídeas o Risco de extinção do samambaiaçu (mata atlântica) o Alternativa: coxim (feito com fibras do coco) Samambaiaçu SamambaiaCoxim PTERIDÓFITAS Gimnospermas As gimnospermas incluem as coníferas (pinheiros, araucária, ciprestes, sequóias), as cicadáceas, a ginkobiloba e as cicadáceas. Gimnospermas Coniferophyta Cycadophyta Ginkgophyta Gnetophyta Primeiro grupo a conquistar definitivamente o ambiente terrestre. Principais representantes: Pinheiros, sequóias, araucárias e cipreste GIMNOSPERMAS Cycas Araucária Sequoia Pinus Coníferas Sequóias Sequóias Sequóias Ciprestes Cycadophyta Ginkgophyta Gnetophyta Características: São vasculares com sementes nuas. Tamanho variável, podendo alcançar grande porte. Fecundação independente da água (sifonogamia). Gametófito reduzido e dependente do esporófito. Estruturas reprodutivas: Estróbilos (cones). GIMNOSPERMAS Surgimento das sementes (espermatófitas) Quais as vantagens? o Aumento da dispersãoo Colonização de habitats mais variados o Proteção do embrião GIMNOSPERMAS ESTRÓBILO SEMENTE Estróbilo feminino (cone) de Araucaria. Quando maduro, se abre para liberar as sementes (pinhões). Estróbilo masculino de Araucaria. Formado na ponta do ramo, é bem menor do que o feminino. GIMNOSPERMAS Redução extrema da fase gametofítica Gametófito masculino: grão de pólen. Gametófito feminino: saco embrionário GIMNOSPERMAS Polinização pelo vento (anemofilia) Transporte dos grãos-de-pólen até a abertura do óvulo (micrópila). Os grãos-de-pólen alados facilitam esse tipo de dispersão. GIMNOSPERMAS Desenvolvimento do Tubo polínico Célula espermática Célula estéril Tubo polínico Célula do tubo Asa da parede do grão de pólen Célula generativa Células protaliais Micrósporos (n) MEIOSE Grão de pólen (microgametófito imaturo) Microsporócito (2n) Microesporófilo Microsporângio com microsporócito (2n) Célula espermáticas (gametas) Gametófito Masculino GIMNOSPERMAS Desenvolvimento do Saco embrionário Gametófito feminino Megaesporófilos Megaesporócito (2n) MEIOSE 1 megásporo funcional (n) 3 Células em degeneração (n) Micrópila Arquegônio (n) Oosfera (n) Megagametófito (n) Mitoses sucessivas do megásporo funcional. Óvulo GIMNOSPERMAS Esporófito maduro (2n) Germinação Pinhão Grãos de pólen são liberadosMeiose com formação de grãos de pólen Sacos aéreos Célula do tubo Célula generativa Escama ovulífera Meiose Megásporo funcional (n) Formação do tubo polínico e fecundação Arquegônio (2n) com oosfera (n) Gametófito feminino (n) Embrião (2n) Estróbilo feminino Estróbilo masculino Ciclo de Vida Fecundação É independente da água Somente uma das células espermáticas é utilizada Desenvolvimento do óvulo Tegumento: origina a casca da semente Zigoto: origina o embrião Saco embrionário: origina o endosperma primário ou albúmen (n). Gametófitos Feminino: saco embrionário. Masculino: grão-de-pólen. GIMNOSPERMAS Importância Indústria madeireira. Indústria de celulose (papel). Alimentação (pinhão) semente do pinheiro-do-Paraná. Ornamentação. Indústria farmaucêutica (Ginkgo biloba) - Calmante. Pinhão GIMNOSPERMAS Silvianthemum suecicum – Flor fóssil do Cretáceo tardio (80 milhões de anos) registrada no sul da Suécia Os primeiros registros de pólens de angiospermas foram datados no registro fóssil de cerca de 127 milhões de anos O grupo mais diversificado do Reino Plantae (cerca de 350.000 espécies). a) Características Apresentam flores verdadeiras, contendo ovários. Único grupo que possui frutos (importante para a dispersão das sementes). Muitas angiospermas possuem flores com estruturas que atraem animais. o Pétalas coloridas o Nectários o Aromas ANGIOSPERMAS Vegetativos Reprodutivos Carpelo ANGIOSPERMAS Estrutura da Flor A Flor é um ramo reprodutivo das angiospermas I) Pedúnculo floral: Haste que fixa a flor no ramo. II) Receptáculo floral: Região da flor onde se inserem os elementos florais. III) Sépala: Folha modificada estéril (verde) conjunto: cálice IV) Pétala: Folha modificada estéril (colorida) conjunto: corola V) Estame (filete + antera) o Folha modificada fértil produz grãos-de-pólen. o Conjunto: Androceu VI) Carpelo (estigma + estilete + ovário) o Folha fértil formadora de óvulos o Conjunto: Gineceu VII) Verticílios florais (conjunto de folhas modificadas) o Androceu / Gineceu / Corola / Cálice ANGIOSPERMAS Estrutura da Flor Nas angiospermas, assim como nas gimnospermas, o esporófito (2n) é a fase mais duradoura; ANGIOSPERMAS O corpo vegetativo das gimnospermas e angiospermas como observamos em nosso meio correspondem ao esporófito (2n); Os indivíduos podem ser monóicos ou hermafroditas (a mesma planta apresenta os órgãos reprodutivos masculinos e femininos) ou dióico (plantas com sexos separados); As flores por sua vez podem conter apenas estruturas reprodutivas masculinas (androceu) ou femininas (gineceu) - flores diclinas - ou conter as duas estruturas – flores monoclinas; ANGIOSPERMAS Espécie Dióica Actinidia deliciosa (Kiwi) Flor feminina Flor masculina Flor femininaFlor masculina Espécie Monóica Diclina Cucurbita pepo (Abóbora) Espécie Monóica Flor Monoclina Lilium sp. (Lírio) Ciclo de vida das Angiospermas 8) Angiospermas c) Ciclo Reprodutivo I) Formação do tubo polínico Antera R! Microspororócito (2n) 4 Micrósporos (n) Grão-de-pólen Célula geradora Célula do tuboTubo polínico Células espermáticas II) Formação do saco embrionário O desenvolvimento do tubo polínico e a dupla fecundação I) Oosfera (n) + Célula espermática (n) Zigoto (2n) II) Núcleo polar (n) + Núcleo polar (n) + Célula espermática (n) Célula (3n) Dupla fecundação e a formação do fruto Fruto o Protege as sementes em seu interior. o Os animais ao se alimentarem dos frutos realizam a dispersão das sementes. Ciclo reprodutivo ANGIOSPERMAS – PRINCIPAIS GRUPOS – ANGIOSPERMAS MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS Classe MagnoliopsidaClasse Liliopsida Principais Grupos ANGIOSPERMAS MONOCOTILEDÔNEAS X DICOTILEDÔNEAS (1) Raiz fasciculada ou em cabeleira. (2) Raiz pivotante ou axial ou principal. (1) Sementes com um cotilédone. (2) Sementes com dois cotilédones. Cotilédones folhas modificadas que armazenam reservas nutritivas. MONOCOTILEDÔNEAS X DICOTILEDÔNEAS www.bioloja.com (1) Folhas com nervuras paralelas (paralelinérvias): – geralmente sem pecíolo e com bainha desenvolvida. (2) Folhas com nervuras reticuladas ou em forma de pena (reticulinérvias ou peninérvias): – geralmente com pecíolo e sem bainha ou com bainha pouco desenvolvida. MONOCOTILEDÔNEAS X DICOTILEDÔNEAS www.bioloja.com MONOCOTILEDÔNEAS X DICOTILEDÔNEAS (1) Disposição desordenada dos vasos condutores de seiva no caule. (2) Disposição cilíndrica dos vasos condutores de seiva no caule. www.bioloja.com MONOCOTILEDÔNEAS X DICOTILEDÔNEAS (1) Flores trímeras: – verticilos florais em número de 3 ou seus múltiplos. (2) Flores dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras: – verticilos florais em número de 2, 4, 5 ou seus múltiplos. Flor tetrâmera Flor pentâmera
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