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Bens. Diferentes classes.

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Aula 03
Direito Civil p/ TRF 1ª Região 2017/2018 (Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Pós-Edital
Professores: Aline Santiago, Paulo H M Sousa
02371388246 - Natalia Sanches Maciel
 
 
 
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DIREITO CIVIL ± TRF 1ª REGIÃO (TJAA). 
Teoria e Questões 
Aula 03 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
 
AULA 03 
Dos Bens. 
 
SUMÁRIO 
Apresentação da Aula 03 .............................................................................................................. 2 
Cronograma das Aulas ................................................................................................................. 3 
Dos Bens ...................................................................................................................................... 3 
Das Diferentes Classes de Bens..................................................................................................... 5 
1. Dos bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91). ............................................................... 5 
1.1 Bens Imóveis e Bens Móveis. .................................................................................................. 6 
1.2 Bens Fungíveis e Bens Infungíveis ......................................................................................... 10 
1.3 Bens Consumíveis e Inconsumíveis ....................................................................................... 11 
1.4 Bens Divisíveis e Indivisíveis ................................................................................................. 12 
1.5 Bens Singulares e Coletivos ................................................................................................... 13 
2. Dos Bens Reciprocamente Considerados................................................................................. 15 
(arts. 92 a 97). ............................................................................................................................ 15 
3. Dos Bens Públicos. ................................................................................................................. 21 
Classificação dos Bens quanto ao titular do seu domínio (arts. 98 a 103). .................................... 21 
3.1 Bens de uso comum do povo ................................................................................................ 22 
(também denominados Bens de domínio público). ..................................................................... 22 
3.2. Bens de uso especial. ........................................................................................................... 23 
3.3. Bens dominicais. ................................................................................................................. 24 
Características dos Bens públicos. .............................................................................................. 25 
4. Bens no comércio e fora do comércio. .................................................................................... 29 
Considerações Finais .................................................................................................................. 30 
Resumo da Matéria .................................................................................................................... 31 
Questões do CESPE .................................................................................................................... 34 
 
 
02371388246 - Natalia Sanches Maciel
 
 
 
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DIREITO CIVIL ± TRF 1ª REGIÃO (TJAA). 
Teoria e Questões 
Aula 03 ± Profa Aline Baptista Santiago 
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Apresentação da Aula 03 
 
Olá aluno (a)! 
 
Como você está? Muito estudo? Lembre-se de que o sacrifício é 
momentâneo, os frutos serão duradouros! 
Nesta aula vamos conversar sobre os bens, seu conceito e sua grande 
classificação. Não será uma aula muito extensa, mas ela pode se tornar 
complexa, uma vez que envolve uma vasta terminologia, justamente no que diz 
respeito à classificação desses bens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que 
elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
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Teoria e Questões 
Aula 03 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
Cronograma das Aulas 
Aulas Tópicos abordados no edital Data 
Aula 03 Bens. Diferentes classes. 28/09/2017 
 
Aulas Tópicos abordados no edital Artigos da Lei 
Aula 03 Dos Bens. Art. 79 -103 
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ó
d
ig
o
 
C
iv
il
 
 
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Dos Bens 
 
As nossas primeiras aulas versaram sobre as pessoas, as pessoas 
naturais e as pessoas jurídicas ± que são os sujeitos de direito. Pois bem, a 
partir de agora vamos estudar o objeto do direito. Pois, todo direito pressupõe 
a existência de um objeto, que vem a ser justamente aquilo que pode se 
submeter ao poder dos sujeitos de direito e, desta forma, instrumentalizar a 
realização de suas pretensões jurídicas. 
 
Em sentido amplo, o objeto de direito pode recair sobre coisas, ações humanas, 
atributos da personalidade e até mesmo determinados direitos, como, por exemplo, o 
poder familiar ou a tutela. 
Em sentido estrito, o objeto de direito recai sobre os bens ± que são o objeto dos 
direitos reais e também determinadas ações humanas denominadas prestações. 
 
 
³0DV�R�TXH�p�XP�EHP"´� 
 
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Teoria e Questões 
Aula 03 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 De acordo com Carlos Roberto Gonçalves1 - ³Bens são coisas materiais, 
concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de 
apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente 
apreciáveis´� 
Maria Helena Diniz2, sobre o conceito de bens, diz - ³&RPR�bens só se 
consideram as coisas existentes que proporcionam ao homem uma utilidade, 
sendo suscetíveis de apropriação, constituindo, então seu patrimônio. 
Compreendem não só os bens corpóreos, mas também os incorpóreos, 
FRPR�DV�FULDo}HV�LQWHOHFWXDLV´� 
Para Silvio de Salvo Venosa3, sobre o mesmo assunto ± ³(QWHQGH-se por 
bens tudo o que pode proporcionar utilidade aos homens. (...) Bem, numa 
concepção ampla, é tudo que corresponde a nossos desejos, nosso afeto em uma 
visão não jurídica. No campo jurídico, bem deve ser considerado aquilo que 
tem valor, abstraindo-se daí a noção pecuniária GR�WHUPR´� 
E, ainda, Washington de Barros Monteiro4 assim lecionava ± ³-XULGLFDPHQWH�
falando, bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de 
uma relação de direito´. 
Independente da problemática doutrinária que envolve os conceitos de 
bens e coisas, podemos concluir que bens ¹são coisas concretas como um 
carro, uma casa, uma joia, que possuem valor econômico e que podem ser 
apropriados ao patrimônio da pessoa ± tanto natural quanto jurídica, ²mas, 
também, podem ser coisas imateriais, coisas que não são concretas, mas 
que tenhamuma valoração econômica, a exemplo da propriedade intelectual. 
Então atenção! Integram o patrimônio das pessoas (física ou jurídica) 
tanto os bens corpóreos ± os que têm existência física (material) e podem ser 
tocados ou sentidos pelo homem, a exemplo dos bens imóveis por natureza - 
como os bens incorpóreos ± que são aqueles que têm existência abstrata ou 
ideal, são, portanto, entendidos como abstrações do direito, possuem existência 
jurídica mas não física, a exemplo das propriedades literária, científica ou 
artística. 
O patrimônio vem a ser a projeção econômica, é tudo aquilo avaliável 
pecuniariamente (ou seja, que tem avaliação em dinheiro). 
 
 
1 Direito Civil Esquematizado, ed. Saraiva, 2ª ed. 
2 Curso de Direito Civil Brasileiro, ed. Saraiva, 28ª ed. 
3 Direito Civil I, Parte Geral, ed. Atlas, 11 ed. 
4 Curso de Direito Civil 1, ed. Saraiva, 43 ed. 
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DIREITO CIVIL ± TRF 1ª REGIÃO (TJAA). 
Teoria e Questões 
Aula 03 ± Profa Aline Baptista Santiago 
 
 
Lembre-se de que quando vimos os direitos da personalidade, 
na aula 01, falamos que uma das características destes direitos 
era justamente o fato de serem extrapatrimoniais, porque não 
eram passíveis de avaliação pecuniária (o que somente ocorria 
com a sua projeção econômica). Neste sentido é que surge a 
definição que o patrimônio é a projeção econômica da 
personalidade. 
 
Cabe ressaltar que existem determinadas coisas que, podendo integrar o 
patrimônio de alguém, não estão ligadas a ninguém, como, por exemplo, é o caso 
das coisas de ninguém (res nullius) ± que são coisas sem dono, que nunca 
pertenceram a ninguém, como os peixes no mar - e também das coisas 
abandonadas (res derelictae) ± que são coisas que foram jogadas fora. 
Além disso, outras coisas não estarão no patrimônio de ninguém 
especificamente porque pertencem a todos (a coletividade), como é o caso das 
coisas de uso comum do povo ± a exemplo da praia, das praças e dos parques 
públicos. 
 
Das Diferentes Classes de Bens. 
O Código Civil de 2002 em seu livro II, denominado Dos bens, apresenta 
um Título Único ± Das Diferentes Classes de Bens, entretanto o subdivide em 
três capítulos: 
1. Dos bens considerados em si mesmos; 
2. Dos bens reciprocamente considerados; 
3. Dos bens públicos. 
 
A partir deste momento vamos estudar cada uma destas classificações. 
Cabe antes fazermos uma observação: cada classificação baseia-se numa 
característica peculiar do bem, entretanto este bem pode enquadrar-se em 
várias categorias, dependendo das características que serão intrínsecas a ele. 
Não se preocupe! Você logo entenderá o que isto quer dizer. - 
 
1. Dos bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91). 
Esta talvez seja a mais importante classificação (é também a mais 
extensa). É a classificação mais importante porque diz respeito à natureza dos 
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Teoria e Questões 
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bens. Neste sentido os bens podem ser: imóveis ou móveis; fungíveis ou 
infungíveis; consumíveis ou inconsumíveis; divisíveis ou indivisíveis; e singulares 
ou coletivos. 
 
 
1.1 Bens Imóveis e Bens Móveis. 
Baseia-se na efetiva natureza do bem. 
Bens imóveis 
Assim está no art. 79 do CC: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. 
 
Deste modo, os bens imóveis ± também conhecidos como bens de raiz, 
são os que, absolutamente, não podemos transportar ou remover, sem 
alteração de sua substância. 
De acordo com o artigo visto acima, são considerados bens imóveis o solo 
e tudo o que lhe for acrescentado, de forma natural ou artificial. 
Assim, os bens imóveis podem ser classificados, subdivididos em: 
- imóveis por natureza: é imóvel por natureza o solo, incluídos a sua 
superfície o seu subsolo e o seu espaço aéreo. 
- imóveis por acessão5 natural: aqui estão incluídas as árvores com seus 
frutos, desde que ainda pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as 
águas, as pedras, as fontes (naturais). Enfim, tudo que for ligado ao solo de 
forma natural entra nesta classificação. 
 
5 Entende-se por acessão aquilo que se incorpora, que se junta, podendo ocorrer de forma 
natural ou artificial. 
Bens considerados em si mesmos
Móveis ou 
Imóveis
Fungíveis ou 
Infungíveis
Consumíveis 
ou 
Inconsumíveis
Divisíveis ou 
Indivisíveis
Singulares ou 
Coletivos
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- imóveis por acessão artificial ou industrial: incluem-se nesta 
categoria tudo que o homem incorporar permanentemente ao solo. Por isso 
chama-se artificial, porque não veio da natureza e sim do homem. Como 
exemplos, temos as plantações e as construções. Enquanto são, por exemplo, 
sementes ou, então, materiais de construção, são bens móveis, mas uma vez 
incorporado ao solo se tornam bens imóveis por acessão industrial ou artificial ± 
visto que (como falamos) sua incorporação não veio naturalmente. 
 
Diante do que falamos acima, observe, no entanto, o que dispõe o art. 81 
do CC: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
 
O que é considerado para saber se um bem é móvel ou imóvel é sua 
finalidade, o destino final. Por exemplo, quando uma casa vai ser demolida e dela 
são retiradas as portas e as janelas, quando isso acontece as portas e as janelas 
readquirem sua qualidade de bem móvel, quando forem reutilizados, em outra 
casa, serão novamente bens imóveis. Explicando especificamente o art. 81, se a 
separação for provisória, segundo o inciso II do art. 81, os materiais nem 
chegam a perder a qualidade de imóveis desde que a finalidade seja o 
reemprego no mesmo prédio. O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações 
mais comuns em outros países, onde uma casa (normalmente de madeira) é 
transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
 
 
³1mR� HQWHQGL� EHP� SRU� TXH� GHVWD� LPSRUWkQFLD� GDGD� j�
FODVVLILFDomR�GRV�EHQV�HP�PyYHLV�RX�LPyYHLV"´ 
É muito importante que os bens sejam classificados em móveis e imóveis 
porquê de acordo com esta classificação decorrerão seus efeitos. 
 
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Vamos explicar melhor. Os bens móveis são adquiridos, em 
regra, por tradição (ou seja, pela simples entrega da 
coisa), já os bens imóveis de valor superior ao legal 
precisam de escritura pública e registro no Cartório de 
Registros de Imóveis. 
- imóveis por determinação legal: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um 
bem que por sua natureza não o é. 
Os direitos são coisasimateriais e, por este motivo, não entram 
diretamente na classificação de bens móveis ou imóveis. Entretanto, tendo em 
vista a segurança das relações jurídicas, os direitos reais sobre imóveis são 
tratados como se fossem imóveis. 
E, dada à natureza de bem imóvel de que se revestem os direitos 
hereditários, a cessão desses direitos, quando já aberta a sucessão, deve ser 
feita por instrumento público. OBS: A herança mesmo que composta de bens 
móveis será considerada bem imóvel. 
 
Bens Móveis 
Assim está no art. 82 do CC: 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por 
força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
 
São, portanto, coisas corpóreas que podem se movimentar (por força 
própria ou alheia) sem que esta capacidade de movimentação prejudique ou 
altere a sua essência ou o seu valor comercial. 
Podem ser classificados em: 
móveis por natureza: é o mesmo conceito de bem móvel utilizado acima, 
de acordo com o art. 82. São aqueles bens que podem ser transportados de um 
lugar para outro, por força própria ou de terceiro, sem prejudicar sua substância 
e sem alterar sua destinação econômico-social. Podem ser: semoventes ± são os 
que se movimentam por sua própria força, como os animais; e móveis 
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propriamente ditos ± são os que precisam da força alheia para se locomover, 
como moedas, mercadorias, produtos agrícolas. 
 
móveis por determinação legal: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
Vamos lá! 
Quanto ao inciso I, as energias são: o gás ± que pode ser transportado por 
tubulação ou em botijão, e também a energia elétrica, que embora não tenha 
a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. Neste sentido, Caio Mário da Silva 
Pereira6 afirmava: 
³No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive, que tenha 
valor econômico, considera-se bem móvel´� (grifos nossos) 
Quanto aos direitos tratados no inciso II, eles compreendem tanto o gozo 
quanto a fruição sobre objetos móveis e também as ações a eles 
correspondentes. 
Quanto ao inciso III, que trata dos direitos obrigacionais pessoais de caráter 
patrimonial e suas respectivas ações, este inclui, dentre outros, a propriedade 
intelectual e as cotas de capital de uma empresa. 
 
móveis por antecipação: são aqueles bens que foram incorporados ao 
solo, mas com a intenção de oportunamente separá-los, transformando-os, 
assim, em bens móveis (isto em função da finalidade econômica). Por exemplo, 
são móveis por antecipação árvores abatidas para serem convertidas em lenha, 
ou as casas vendidas para serem demolidas. 
³Da mesma forma que as árvores, também os frutos, pedras e metais enquanto 
aderentes ao imóvel são imóveis; separados para fins humanos tornam-se 
móveis��6mR�RV�FKDPDGRV�EHQV�PyYHLV�SRU�DQWHFLSDomR´��7 
Vamos agora tecer algumas considerações sobre o art. 84: 
 
6 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed. 
7 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., pág. 196. 
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 Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os 
provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Este artigo endossa o que já foi visto anteriormente. O que se considera 
neste tipo de classificação é a finalidade da separação e a destinação dos 
materiais (o seu emprego). 
 
 
Cuidado! Os materiais vindos da demolição de um prédio 
readquirem a qualidade de bens móveis, entretanto, quando 
a separação for provisória (como já explicamos), estes não 
perderão sua característica de bem imóvel quando a intenção 
for reutilizá-los na reconstrução do prédio. O que vale é a 
intenção do dono da coisa (isto deverá estar bem explicado na 
questão da prova). 
 
1.2 Bens Fungíveis e Bens Infungíveis 
Bens Fungíveis (Substituíveis) 
O CC em seu art. 85 nos fala o que são os bens fungíveis: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade. 
 
Como principal exemplo de coisa fungível, nós temos o dinheiro ± que 
é o bem fungível por excelência. Qualquer nota de R$ 10,00 pode ser substituída 
por outra de R$ 10,00. Ambas apresentam as mesmas características, são da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. Outro exemplo é o atribuído aos gêneros 
alimentícios em geral. 
Ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveis. O mútuo (espécie de 
empréstimo) é um exemplo do emprego de um bem fungível. A compensação 
(forma de pagamento especial de pagamento) também deverá englobar coisa 
fungível. 
 
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir 
ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. 
 
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DICA PARA MEMORIZAR que fungível é o mesmo que 
substituível, sendo característica apenas dos bens móveis: 
FUnGI e SUBi no autoMÓVEL. - 
 
Bens Infungíveis 
A contrário sensu dos bens fungíveis, temos que os bens infungíveis são 
aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade. Ou seja, são aqueles que são únicos, são personalizados. Como 
exemplo, temos um determinado quadro ou uma escultura de alguém famoso. 
Atenção: para saber se um bem possui a característica da fungibilidade, 
devemos comparar com outro que seja equivalente. Pois a fungibilidade deriva 
da própria natureza do bem. No entanto, pode acontecer de um bem, que por 
sua natureza seja fungível, tornar-se infungível por vontade das partes. 
Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível, mas que para um 
colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta de frutas é 
coisa fungível, mas, emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja, para 
ornamentação, transformar-se-á em coisa infungível.8 
 
1.3 Bens Consumíveis e Inconsumíveis 
Bens Consumíveis 
Seu conceito está no art. 86 do CC: 
Art. 86. São consumíveis ¹os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da 
própria substância, ²sendo também considerados tais os destinados à alienação. 
 
Deste conceito podemos perceber que existem duas espécies de bens 
consumíveis: 
Os consumíveis de fato ± que são aqueles que no seu primeiro uso já 
serão consumidos, ou seja, há a destruição imediata da própria substância, como 
um picolé -, por exemplo; 
Os consumíveis de direito ± que decorrem de uma classificação jurídica. 
São aqueles bens destinados à venda (alienação), como os remédios de uma 
 
8 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., pág. 199. 
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farmácia, um livro posto em uma loja, enfim os bens enquanto destinados à 
alienação. 
 
 
Atenção!! Consuntibilidade é característica de algo que é 
consumível. 
 
Bens Inconsumíveis 
São aqueles bens que podem ser usados de forma continuada e mesmo 
assim não perderão sua substância, nem serão destruídos. Claro que, se 
analisarmos rigorosamente, toda coisa um dia irá se consumir, acabar-se, mas, 
aqui, o que levamos em consideração é se esta destruição se dá no primeiro uso 
ou não. 
 
 
Atenção! Um bem pode ser consumível por sua própria natureza 
ou, então, por vontade das pessoas. Vamos a um exemplo: uma 
roupa, se você considerá-la na sua essência, concluirá que se trata 
de um bem inconsumível, tendo em vista que, em regra, irá 
demorar a se acabar. Porém, quando esta roupa está em uma loja 
para ser vendida será considerada um bem consumível, o mesmo 
ocorre com um livro enquanto na livraria, exposto para venda 
(como visto anteriormente, são os chamados consumíveis de 
direito). Tudo dependerá da destinação econômico-jurídica 
que será dada ao bem. 
 
1.4 Bens Divisíveis e Indivisíveis 
Bens Divisíveis 
Seu conceito jurídico está no art. 87 do CC: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Portanto, bens divisíveis são aqueles que podem ser partidos, ou 
repartidos, sem que com isso se perca sua substância, além disso, importa que 
esta divisão também não implique a sua desvalorização econômica. Por exemplo, 
se pegarmos um saco de arroz de 20 kg e dividirmos em 4 sacos de 5kg cada, 
cada fração conservará as mesmas qualidades do produto, ou seja, ainda 
será arroz, podendo ter a mesma utilização do todo, uma vez que não houve 
nenhuma alteração de sua substância. (1X20KG = 4X5KG -). A divisibilidade 
jurídica não se confunde com a divisibilidade física, para aquela o entendimento 
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que precisamos ter é o de que 1kg de arroz dentro do saco de 20 kg equivale a 
1kg de arroz dentro do saco de 5kg, não há nem desvalorização econômica nem 
prejuízo do uso. 
 
Bens Indivisíveis 
Indivisíveis são os bens que se opõe a definição de bens divisíveis, além 
disso, o art. 88 do código civil dispõe o seguinte: 
 Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por 
determinação da lei ou ²por vontade das partes. 
Portanto, de acordo com o artigo, os bens podem ser indivisíveis por: 
Sua própria natureza (indivisibilidade física ou material) - são aqueles 
bens que não podem ser partidos sem alteração na sua substância ou no seu 
valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. 
Por determinação legal (indivisibilidade jurídica), quando a lei de forma 
expressa proíbe que determinado bem seja dividido. Como exemplo, veja o CC 
art. 1.791, parágrafo único: 
³$Wp�D�SDUWLOKD��R�direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, 
será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativaV�DR�FRQGRPtQLR´� 
Por vontade das partes (indivisibilidade convencional), quando as partes 
fazem um acordo para tornar alguma coisa indivisível. Cuide, no entanto que, de 
acordo com o art. 1.320, § 2º: 
³1mR� SRGHUi� H[FHGHU� GH� FLQFR� DQRV� D� LQGLYLVmR� HVWDEHlecida pelo doador ou pelo 
WHVWDGRU´. 
Se a indivisão for promovida, então, pelo doador ou pelo testador, não 
poderá exceder de cinco anos. 
 
1.5 Bens Singulares e Coletivos 
Bens Singulares 
Assim está no art. 89 do CC: 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, 
independentemente dos demais. 
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Para esta classificação os bens são analisados em sua individualidade, 
como exemplo, serão bens singulares: um boi, um lápis, um carro, uma casa. 
Os bens singulares podem ser: simples ± quando suas partes são unidas 
pela própria natureza, como o exemplo o boi; ou podem ser compostos ± 
quando suas partes são unidas pelo esforço do homem, como um carro, uma 
casa. 
 
Quando junta-se coisas simples para formar uma coisa composta, e estas 
coisas simples mantem a sua identidade elas se denominam partes 
integrantes. Quando as coisas simples perdem sua identidade ao se juntarem 
para fazer a coisa composta elas se denominam partes componentes. 
 
Como exemplo de partes integrantes, nós temos as peças usadas para 
fabricar um automóvel, pois uma vez separadas mantéP�VHX�³YDORU´�H�LGHQWLGDGH��
Como exemplo de partes componentes, nós temos a farinha quando colocada 
em um bolo, uma vez utilizada não se pode separar, é componente. 
 
Bens Coletivos 
As coisas coletivas ou universais são as formadas por várias coisas 
singulares, que consideradas conjuntamente, formam um todo único que passa 
a ter uma identidade própria, distinta das partes que a compõe. Como 
exemplo clássico, temos uma floresta ou um rebanho. 
Os bens coletivos abrangem as universalidades: 
Universalidades de Fato 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, 
pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Como exemplo, temos uma galeria de obras de arte, onde, dependendo da 
vontade de seu dono, pode ser vendida a totalidade da universalidade, ou ainda, 
de acordo com o § único do art. 90, cada bem pode ser considerado 
individualmente e vendido separadamente. 
Art. 90. § único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações 
jurídicas próprias. 
 
Universalidades de Direito 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma 
pessoa, dotadas de valor econômico. 
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Como principal exemplo nós temos o patrimônio. 
 
 
A diferença básica entre uma universalidade de fato e uma 
universalidade de direito é que a universalidade de fato assim o é 
por uma vontade particular de seu proprietário, enquanto que uma 
universalidade de direito advém da lei, ou VHMD��³GD�SOXUDOLGDGH�
de bens corpóreos e incorpóreos a que a lei, para certos efeitos, 
atribui o caráter de unidade, como, por exemplo: na herança, 
QR�SDWULP{QLR��QD�PDVVD�IDOLGD�´ 
 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova: 
FCC 2006/TRE-SP/ Analista Judiciário - Área Administrativa. Com 
relação à classificação dos bens adotada pelo Código Civil Brasileiro, é correto 
afirmar: Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, 
pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Gabarito correto. 
 
2. Dos Bens Reciprocamente Considerados 
(arts. 92 a 97). 
Depois de estudarmos os bens quanto a sua própria natureza (com relação 
a eles mesmos), vamos passar ao estudo dos bens em sua relação entre uns e 
outros. Neste item veremos os bens principais e os bens acessórios, além dos 
conceitos de frutos, de produtos, de benfeitorias e pertenças. 
 
 
 
Logo no art. 92 temosa definição do que é um bem principal e do que é 
um bem acessório: 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; 
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. 
Bens reciprocamente considerados
Principais Acessórios
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Assim, principal é o bem que possui existência própria, que existe por si, 
independentemente de outros. Já o bem acessório dependerá da existência do 
principal. 
Como consequência imediata desta distinção que acabamos de fazer, temos 
que o bem acessório segue o destino do principal ± esta é a regra. (Para 
que isso não aconteça será necessário que seja assim acordado ou, então, que 
esteja previsto em algum dispositivo legal). 
 
Da regra que conhecemos acima, decorrem as seguintes consequências: 
A natureza do acessório é a mesma natureza do principal, princípio 
da gravitação jurídica, onde, um bem atrai o outro para sua órbita 
estabelecendo o mesmo regime jurídico (bonito isso, né? -). Assim, se o solo é 
imóvel a casa que está ligada a ele também o é. 
O acessório acompanhará o principal em seu destino, deste modo, se 
num contrato de locação (principal), existir um contrato acessório, como é a 
fiança, uma vez acabado o contrato de locação, se extinguirá também o de fiança, 
que é acessório. Cuidado que, no entanto, a recíproca não é verdadeira, se o 
contrato acessório se extinguir não atingirá necessariamente o contrato principal. 
O proprietário do principal é o proprietário do acessório, se uma 
pessoa possuir uma bananeira (principal) as bananas (acessórios) que esta 
árvore vier a dar serão também suas. 
 
Com relação às classes de bens acessórios, assim dispõem os arts. 95 
e 96: 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem 
ser objeto de negócio jurídico. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
 
Vamos ao estudo destas três figuras, os frutos, os produtos e as 
benfeitorias! 
 
 
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Os Frutos: 
São as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer 
alteração em sua substância. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que 
uma árvore dá. Para se reconhecer um fruto devemos observar três elementos: 
periodicidade; inalterabilidade da substância da coisa principal e a 
separabilidade desta. 
Quanto à sua origem os frutos podem ser naturais ± quando se 
desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria força orgânica da própria 
coisa; industriais ± são aqueles que têm a sua origem vinculada a alguma ação 
humana sobre a natureza; civis ± quando se tratar de rendimentos oriundos da 
utilização de coisa frutífera por outrem que não o proprietário. Como exemplos 
de frutos naturais, citamos: os ovos e as crias dos animais. Dos frutos 
industriais temos a produção de uma fábrica. Como exemplo de frutos civis, 
temos o aluguel. 
Quanto ao seu estado os frutos podem ser pendentes ± enquanto 
ainda estão ligados a coisa que os produziu; percebidos ou colhidos ± quando 
já separados da coisa que os produziu; estantes ± os que foram separados e 
estão armazenados ou acondicionados para a venda; percipiendos ± os que 
deveriam ter sido percebidos ou colhidos mas não foram; e consumidos ± os 
que não mais existem porque foram consumidos. 
 
Esta classificação dos frutos é importante no que diz respeito aos efeitos 
com relação à posse das coisas. De acordo com o art. 1.214 do CC, o possuidor 
de boa-fé tem direito aos frutos percebidos, enquanto a posse durar, mas 
não tem direito nem aos pendentes nem aos colhidos por antecipação. 
 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser 
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também 
restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
 
Já o possuidor de má-fé não tem direito aos frutos, devendo restituir os 
colhidos e percebidos: 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se 
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 
 
 
 
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Os Produtos: 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do 
principal diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem 
periodicamente. Como os metais, por exemplo. 
Atenção: os produtos quando são utilidades que provém de uma riqueza, postos 
em utilidade econômica, seguem a mesma natureza dos frutos. Assim, os 
produtos devem ser tratados, no que diz respeito aos possuidores de boa-fé pelo 
mesmo art. 1.214 do CC. 
 
As Benfeitorias: 
Também são consideradas bens acessórios. São aqueles melhoramentos 
acrescidos à coisa com a ¹finalidade de evitar que se deteriore, ou ²para 
aumentar seu valor ou com a finalidade de ³torná-la mais vistosa ou 
agradável. Deste modo, as benfeitorias são obras ou despesas que se faz em 
bem, móvel ou imóvel, para ¹conservá-lo, ²melhorá-lo ou ³embelezá-lo. 
 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
 
Portanto, existem três tipos de benfeitorias: 
1. Benfeitorias Necessárias ± são aquelas destinadas a conservação do bem, 
para evitar que este se deteriore. Estão prevista no § 3º do art. 96: 
Art. 96. § 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore. 
Como exemplos, nós temos o reforço de fundações de um prédio; uma cerca de 
arame farpado para defesa da terra cultivada. 
 
2. Benfeitorias Úteis ± são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. 
Está prevista no § 2º do art. 96: 
Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
O que não for benfeitoria necessária e que aumente o valor do bem será 
considerado benfeitoria útil. Como exemplos podemos citar a construção de uma 
garagem ou de mais um banheiro em uma casa ou, então, a modernização de 
encanamentos. 
 
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 3. Benfeitorias Voluptuárias ± são aquelas feitas para o prazer, não aumentam 
o uso habitual da coisa, ainda que a tornem mais agradável e seu valor seja 
elevado. Estão normatizadas no § 1º do art. 96: 
Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
Como exemplos, podemos citar: a pintura da casa; a construção de uma quadra 
de tênis, ou de uma piscina, ou de um mirante. 
 
 
Atenção para não misturar os conceitos de benfeitorias, acessões 
industriais e acessões naturais. 
As benfeitorias são obras ou despesas feitas em bem já 
existente. 
As acessões industriais são obras que criam coisas novas.As acessões naturais são acréscimos decorrentes de fatos 
naturais e fortuitos. São, portanto, obras exclusivas da natureza, 
quem lucra é o dono da coisa. Assim dispõe o art. 97. 
Art. 97 Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou 
acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, 
possuidor ou detentor. 
 
Pertenças 
Agora vamos falar sobre as pertenças. Pertenças são coisas auxiliares 
das outras. Diferentemente do que ocorre na regra do acessório, as pertenças 
não estão abrangidas nos negócios jurídicos pertinentes ao bem 
principal. 
³1mR� VH� FRQIXQGHP� QHFHVVDULDPHQWH�� FRP� DV� FRLVDV� DFHVVyULDV�� YLVWR� TXH� D�
GHILQLomR�GH�³SHUWHQoD´�QmR�SUHVVXS}H�TXH�VXD�H[LVWrQFLD�HVWHMD�VXERUGLQDGD�j�
do principal.´9 
 
Estão normatizadas no art. 93: 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, 
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
 
Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, 
sem, no entanto, ser parte integrante deste. 
 
9 Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8ª ed., pág. 296. 
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 São pertenças, todos os bens móveis ajudantes, que o dono, por sua 
vontade e querer, colocar na exploração industrial ou econômica de um 
imóvel, no seu embelezamento ou na sua comodidade. São coisas auxiliares das 
outras. São coisas móveis que são postas de modo estável a serviço de outras 
coisas móveis ou, então, imóveis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de 
um quadro que é usado na sala de uma residência; os tratores que são usados 
para melhorar a exploração de propriedade rural. 
 
 
Atenção! As pertenças não se confundem com as coisas 
acessórias, visto que a definição de pertença não pressupõe 
que sua existência esteja subordinada à do principal. 
 
O art. 94 traz a distinção entre parte integrante10 e pertenças: 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da ¹lei, da ²manifestação de vontade, ou 
das ³circunstâncias do caso. 
 
Assim, as pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o 
principal, porque são coisas que não formam partes integrantes e também não 
são fundamentais para a utilização do bem principal. 
Parte integrante é o acessório que, unido ao principal, forma com ele um 
todo, sendo desprovida de existência material própria, embora mantenha sua 
identidade. Exemplo de parte integrante já citado em provas11 foi o dos dutos e 
estações de compressão de um gasoduto. 
 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova: 
FCC 2016 / TRT - 1ª REGIÃO (RJ) / Juiz do Trabalho Substituto. Sobre 
os bens reciprocamente considerados, e de acordo com o que estabelece o Código 
Civil: São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se 
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de 
outro. E não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Gabarito correto. 
 
 
10 Parte integrante são os frutos, os produtos e as benfeitorias. 
11 Pela banca ESAF. 
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3. Dos Bens Públicos. 
Classificação dos Bens quanto ao titular do seu domínio 
(arts. 98 a 103). 
Os bens quanto a sua titularidade ou em relação aos sujeitos a que 
pertencem (em relação às pessoas) classificam-se em ¹bens públicos e ²bens 
privados. 
O art. 98 traz a conceituação dos bens públicos e dos bens particulares. 
 
 
Art. 98. São ¹públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público interno; todos os outros são ²particulares, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem. 
 
Deste modo, são bens públicos os de domínio nacional pertencentes à 
União, aos Estados, aos Territórios ou aos Municípios e às outras pessoas jurídicas 
de direito público interno. Todos os outros, os que tiverem, por exemplo, como 
titular de seu domínio pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado, 
serão bens particulares. 
 
O art. 99 traz a classificação dos bens públicos, ela se baseia no modo 
como esses bens são utilizados: 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os 
de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
Bens quanto ao titular de seu domínio
Públicos Particulares
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 Portanto, os bens públicos de acordo com sua destinação foram 
classificados em três categorias: ¹bens de uso comum do povo, ²bens de uso 
especial, ³bens dominicais. 
 
3.1 Bens de uso comum do povo 
(também denominados Bens de domínio público). 
A primeira observação que devemos fazer é de que os bens de uso comum 
do povo citados no art. 99, I, são meramente exemplificativos, porque neles não 
se exaurem, ou seja, há outros além dos citados. 
São os bens públicos que podem ser utilizados, sem restrições, de forma 
gratuita ou onerosa, por todos, sem necessidade de qualquer permissão especial, 
ou seja, se destinam ao uso de todos. 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
... 
 
Explicando melhor: Todos têm acesso a estes bens, podendo o acesso 
ocorrer gratuitamente ou não. Como exemplo temos as ruas, as estradas, as 
praças, os jardins públicos, o mar. ³9LD�GH�UHJUD��VXD�XWLOL]DomR�p�SHUPitida ao 
SRYR�� VHP� UHVWULo}HV� H� VHP� {QXV´12 , ou seja, o acesso é permitido a toda 
coletividade, no entanto, nada impede que a utilização deste bem possa ser 
cobrada, desde que regulamentada. 
Assim, bens de uso comum do povo, são bens que, embora mantidos sob 
gestão da administração pública - uma pessoa jurídica de direito público 
interno, podem ser utilizados, sem restrição, gratuita ou onerosamente, por 
todos, sem necessidade de qualquer permissão especial. Pertencem à 
coletividade (res communes omnium), também podem ser denominados bens 
de domínio público e se destinam ao uso de todos. 
Mesmo se regulamentos administrativos condicionarem ou restringirem o 
seu uso a certos requisitos ou mesmo se instituírem pagamento de contribuição 
(uso retribuído), não perdem a natureza de bens de uso comum do povo, como 
exemplo disto temos: o pedágio, nas estradas; a venda de ingressos, em museus 
públicos; a taxa de embarque, em aeroportos, a taxa de ancoragem, em portos. 
 
 
12 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed., pág. 
368. 
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 Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
Veja que o uso do bem até pode ser franqueado (o usuário é o povo), mas 
o domínio sobre o bem continua sendo da pessoa jurídica de direito público. 
 
�Sobre os bens de uso comum do povo citamos esta jurisprudência13: 
Administrativo. Ação de reintegração de posse. Estabelecimento comercial 
construído em terreno de marinha. Ocupação irregular. Mesas e cadeiras em área 
de praia. Bem da União de uso comum do povo. Impossibilidade de ocupação por 
particular. Demolição, com direito a indenização. Boa fé do ocupante. Cobrança 
de multa prevista na Lei n. 9.636/98. Impossibilidade. Irretroatividade. (TRF, 5ª 
Região, AP. n. 2002.800.000.13756/AL, rel. Des. Frederico Pinto de Azevedo, j. 
05.07.2007). 
A situação jurisprudencial descrita se refere a uma ação de reintegração de 
posse movida pela União contra uma empresa privada que construiu em terreno 
de marinha sem a devida autorização para a ocupação. 
 
3.2. Bens de uso especial. 
Como o próprio nome diz bens de uso especial são os bens que possuem 
uma destinação especial, bens que são utilizados pelo próprio poder público 
para a execução de seus serviços públicos. Por exemplo, os prédios onde estão 
instaladas repartições públicas e os prédios de escolas públicas. Constituem o 
aparelhamento administrativo, assim, são afetados a um serviço ou 
estabelecimento público, ou seja, destinam-se especialmente à execução dos 
serviços públicos e, por isso mesmo, são considerados instrumentos deste 
serviço. São os edifícios e terrenos aplicados ao funcionamento da administração. 
Não integram propriamente a Administração, mas constituem (como já falamos) 
o aparelhamento administrativo. 
 
Art. 99. São bens públicos: 
... 
 
13 Citação em Ministro Cezar Peluso, Código Civil Comentado, Doutrina e Jurisprudência, Manole, 
6ª ed., pág. 90. 
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 II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias; 
 
São também chamados bens patrimoniais indisponíveis, pois possuem uma 
finalidade pública permanente14. Para finalizar o tema assim lecionava o saudoso 
Caio Mario da Silva Pereira15: ³E, quando não mais se prestem à finalidade a que 
se destinam, é facultado ao poder público proprietário levantar a sua condição de 
inalienabilidade, e expô-lo à aquisição, na oportunidade e pela forma que a lei 
prescrever´. 
 
3.3. Bens dominicais. 
São os bens que compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. Abrangem tanto bens imóveis quanto bens móveis. São 
aqueles que, embora integrando o domínio público, diferem dos outros bens 
públicos pela possibilidade, sempre presente, de serem utilizados em qualquer 
fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim o desejar. Constituem o 
patrimônio disponível e alienável da pessoa jurídica de direito público. ³6REUH�HOHV�
R� SRGHU� S~EOLFR� H[HUFH� SRGHUHV� GH� SURSULHWiULR´ 16 . São bens que não são 
afetados a qualquer destino público. Como exemplos, temos as terras devolutas, 
oficinas, fazendas e indústrias pertencentes ao Estado. 
 
Art. 99. São bens públicos: 
... 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
Art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se 
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha 
dado estrutura de direito privado. 
 
 
³1mR�HQWHQGL�EHP��R�TXH�R�†~QLFR�GR�DUWLJR����TXHU�GL]HU"´ 
 
 
14 Hely. Dir. Administrativo, p. 520. Em Nelson Nery Júnior, Código Civil Comentado, Revista dos 
Tribunais, 8ª ed., pág. 298. 
15 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed., pág. 
369. 
16 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 249. 
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 Ele quer dizer que quando não houver lei em contrário, a própria lei 
instituidora da pessoa jurídica de direito público poderá qualificar seus bens, isto 
sem depender da destinação que dá a eles. O que acontece é o seguinte, ³FDVR�
nenhuma lei estabeleça normas especiais sobre os dominicais, seu regime jurídico 
VHUi�R�GH�GLUHLWR�SULYDGR��3RGHP�VHU�GHVDIHWDGRV´�17 
 
Características dos Bens públicos. 
A primeira característica é a inalienabilidade, desde que destinados ao uso 
comum do povo ou para fins administrativos, ou seja, enquanto guardarem a 
afetação pública os bens públicos de ¹uso comum do povo e ²os de uso 
especial são inalienáveis. 
 
É o que diz o art. 100 do código civil: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
Porém, esta característica poderá ser revogada, se mediante lei especial 
tenham tais bens perdido sua utilidade ou necessidade, não mais conservando a 
sua qualificação. Quando ocorre a desafetação, que é a mudança da destinação 
de um bem público, ele acaba incluído no rol dos bens dominicais, sendo que, de 
acordo com o art. 101: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. 
A venda ocorre em hasta pública ou por meio de concorrência 
administrativa. 
 
A segunda característica é a imprescritibilidade das pretensões a eles 
relativas. Deste modo os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, 
de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
 
17 Regina Sahm. Em, Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 126. 
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STF 340: ³'HVGH a vigência do CC (1916) os bens dominiais, bem como 
RV�GHPDLV�EHQV�S~EOLFRV�QmR�HVWmR�VXMHLWRV�D�XVXFDSLmR´��Ou seja, TODOS os 
bens públicos não estão sujeitos a chamada prescrição aquisitiva. 
A proibição da usucapião de imóveis públicos está no texto constitucional: 
Constituição Federal 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia 
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel 
urbano ou rural. 
... 
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
... 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por 
cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta 
hectares, tornando-a produtivapor seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, 
adquirir-lhe-á a propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova por outras bancas: 
FCC 2016 / Prefeitura de Campinas - SP/ Procurador. Caio 
estabeleceu-se, com animus domini 18 , em praça pública abandonada pelo 
Município. Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que 
frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a área. Tal praça 
constitui bem de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os 
de uso especial e os dominicais. 
Gabarito correto. 
 
E a terceira característica é a impenhorabilidade19, que é decorrência da 
primeira característica, pois uma vez que os bens públicos são inalienáveis não 
se pode também dá-los em garantia. 
 
 
18 Animus Domini é uma expressão em latim muito utilizada no campo jurídico para indicar a 
intenção de possuir, de ser dono. "Posse animus domini" traduz-se como "intenção de obter o 
domínio da coisa". 
19 A impenhorabilidade impede que o bem passe do patrimônio do devedor ao do credor, ou de 
outrem, por força da execução judicial. 
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 ³2V� FUpGLWRV� FRQWUa a Fazenda Pública se satisfazem por meio de precatórios 
�&)������SRLV�QmR�Ki�H[FXVVmR�GH�EHQV�S~EOLFRV��TXH�VmR�LPSHQKRUiYHLV´.20 
 
 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova: 
CESPE 2012/TJ-RR/Agente de Proteção. Por constituir bem de uso 
comum do povo, o jardim de uma praça pública pode servir ao lazer da população 
em geral, sem necessidade de permissão especial de uso. 
Comentário: 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Gabarito correto. 
 
CESPE 2011/TRF1ª/Juiz. Os bens públicos de uso comum não podem ser 
utilizados por particulares. 
Comentário: 
Como o próprio nome diz, esta categoria de bens públicos é de uso comum, 
portanto o bem pode ser utilizado por particulares. 
E atente para o art. 103: 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser ¹gratuito ou ²retribuído, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito errado. 
 
CESPE 2010/TRE-BA/Analista Judiciário. Tendo em vista a classificação 
dos bens prevista no Código Civil, julgue o item que se segue. O uso 
comum dos bens públicos deve ser gratuito ou retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Comentário: 
$�VXEVWLWXLomR�GH�³SRGH´�SRU�³GHYH´�(neste caso específico) não alterou o sentido 
da frase. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito correto. 
 
20 Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8ª ed., pág. 298. 
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CESPE 2010/TRE-BA/Analista Judiciário. Tendo em vista a classificação 
dos bens prevista no Código Civil, julgue o item que se segue. Ao contrário dos 
bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, os bens públicos 
dominicais podem ser alienados, desde que observadas as exigências legais. 
Comentário: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências 
da lei. 
Para os bens dominicais basta que sejam observadas as exigências legais. 
Lembrando que os bens de uso especial também poderão ser alienados, mas 
somente quando desafetados do serviço público. 
Gabarito correto. 
 
CESPE 2010/EMBASA/Direito. Os bens públicos de uso comum do povo e 
os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na 
forma que a lei determinar. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, 
observadas as exigências da lei. 
Comentário: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da 
lei. 
Gabarito correto. 
 
CESPE 2010/TRE-MT/Analista Judiciário. Os bens públicos dominicais e 
os de uso especial não podem ser alienados. 
Comentário: 
Este é um tema recorrente no CESPE, não vá errar isto! 
¹Bens de uso comum e ²bens de uso especial ± não podem ser alienados. 
³Bens dominicais ± podem ser alienados desde que atendidos os requisitos de 
lei. 
Gabarito errado. 
 
CESPE 2010/TRE-MT/Analista Judiciário. O uso comum dos bens 
públicos pode ser retribuído conforme estabelecido legalmente pela entidade a 
cuja administração pertencem, sendo vedado seu uso gratuito. 
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Comentário: 
Normalmente o uso do bem público será gratuito, mas nada impede que a 
administração estabeleça que seu uso seja retribuído. 
Gabarito errado. 
 
4. Bens no comércio e fora do comércio. 
 
Os bens no comércio são aqueles que poderão ser alienados, vendidos, 
ou seja, podem ser transferidos de um acervo patrimonial para outro. 
 
Já os bens fora do comércio são aqueles que não podem ser 
transferidos de um acervo patrimonial a outro, ou seja, não são 
suscetíveis de apropriação. 
São espécies de bens inalienáveis ou fora do comércio: 
Os inapropriáveis por sua natureza, como por exemplo o ar, o mar e 
os direitos da personalidade. 
 
Os legalmente inalienáveis, de acordo com Maria Helena Diniz 21 : 
³DSHVDU� GH� VXVFHWtYHLV� GH� DSURSULDomR� SHOR� KRPHP�� WrP� VXD� FRPHUFLDOL]DomR�
excluída pela lei, para atender aos interesses econômico-sociais, à defesa social 
e à proteção de determinadas pessoas. Todavia poderão ser alienados, por 
autorização legal, apenas em certas circunstâncias e mediante determinadas 
formalidades´��&RPR�H[HPSOR�WHPRV�RV�DUWV������H�����GR�&&� 
 
Os inalienáveis por vontade humana, quando a própria pessoa impõe 
cláusula de inalienabilidade, temporária ou vitalícia, na forma da lei. Para ilustrar 
temos o art. 1.911 do CC. 
 
 
 
 
21 Curso de Direito Civil Brasileiro. 28º Ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Pág. 397. 
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Considerações Finais 
 
Assim acabamos mais uma de nossas conversas. 
Repito que, embora esta aula não seja longa, você deve ter atenção, isto 
principalmente no que diz respeito à classificação dos bens. E sempre lembrando 
que, em caso de dúvidas, estou à sua disposição. Procure resolver as questões 
propostas e não hesite em utilizar o fórum dúvidas se não entender algo. 
 
Grande abraço e bons estudos! 
 
Aline Baptista Santiago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo da Matéria 
Bens imóveis: 
Estes dois artigos são muito importantes para fins de prova: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local; (Exemplo: Uma casa de madeira, que pode ser retirada de seus alicerces, 
para ser fixada em local diverso do original.) 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
Bens móveis: 
Estes dois artigos são muito importantes para fins de prova: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. (Exemplo: direitos 
autorais) 
 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis (Bens móveis por natureza) readquirem essa qualidade 
os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Exemplo de bens móveis por antecipação: árvores convertidas em 
lenha. 
 
Bens fungíveis (substituíveis) MACETE: FUNGISUBInoautoMÓVEL 
Bens infungíveis, não podem ser substituídos. 
 
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Dos Bens Divisíveis: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por 
determinação da lei ou ²por vontade das partes. 
 
 
Universalidade de fato 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens 
singulares que, ¹pertinentes à mesma pessoa, tenham 
²destinação unitária. 
Exemplo: Uma galeria de quadros 
Universalidade de direito 
Constitui-se por bens singulares corpóreos heterogêneos ou 
incorpóreos, ante o fato de que a norma jurídica, com o intuito de 
produzir certos efeitos, lhes dá unidade. 
 
³São benfeitorias úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem´� 
Exemplos de benfeitorias uteis realizadas em um apartamento: Colocação 
de tela nas varandas, Colocação de tela nas varandas. 
Informações: As pertenças não seguem necessariamente a lei geral de 
gravitação jurídica, por meio da qual o acessório sempre seguirá a sorte do 
principal, razão pela qual, se uma propriedade rural for vendida, desde que não 
haja cláusula que aponte em sentido contrário, o vendedor não está obrigado a 
entregar as máquinas, tratores e equipamentos agrícolas nela utilizados. 
A pertença é coisa destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, 
ou prestar serviço, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser parte 
integrante. 
 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar ¹da lei, ²da manifestação de vontade, ou 
³das circunstâncias do caso. 
 
Parte integrante é o acessório que, unido ao principal, forma com ele um todo, 
sendo desprovida de existência material própria, embora mantenha sua 
identidade. 
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Frutos e produtos: 
Os frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz, sem com isso 
sofrer alteração em sua substância. Os frutos industriais são os que tem sua 
origem vinculada a alguma ação humana sobre a natureza. 
Frutos estantes: são os armazenados em depósito para expedição ou venda. 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal 
diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, 
como, por exemplo, os metais ou o petróleo de um poço. 
 
Bens públicos: 
Bens públicos são os bens do domínio nacional, pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno. Os demais são particulares, seja qual for a 
pessoa a que pertencerem (art.98) 
 
 
 
Os prédios utilizados pelo poder público, como exemplos, o Prédio da Secretaria 
de Fazenda do Estado do Paraná e os prédios das universidades públicas, são 
bens imóveis classificados como de uso especial. Tais bens não podem ser 
alienados enquanto afetados ao serviço público, além disso, são 
imprescritíveis e impenhoráveis. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de 
suas autarquias; 
Bens Públicos
Uso comum
uso especial
dominicais
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... 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito 
privado. 
... 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da 
lei. 
 
 
 
 
 
 
 
Questões do CESPE 
Como solicitado nos cursos anteriores que ministramos, apresentaremos as 
questões com alguns comentários e ao final colocaremos apenas a lista das 
questões com gabarito, desta forma facilitamos para aqueles que estudam 
diretamente pelo computador, mas também ajudamos quem irá estudar pelas 
aulas impressas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. CESPE 2016/PGE-AM/Procurador do estado. Consideram-se bens 
públicos dominicais aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas 
de direito público como objeto de direito pessoal ou real, tais como os edifícios 
destinados a sediar a administração pública. 
 
2. CESPE 2016/TCE-PA/Auxiliar Técnico. São considerados bens particulares 
aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de direito público interno às quais se 
tenha dado estrutura de direito privado. 
 
3. CESPE 2016/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo. O valor 
decorrente do aluguel de determinado imóvel é consideradobem acessório. 
 
4. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/AJAJ. Com referência aos bens, 
analise o item. As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do 
bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as 
realize o direito à indenização e retenção do bem principal. 
 
5. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/AJAJ. Com referência aos bens, 
analise o item. Um bem divisível por natureza não pode ser considerado 
indivisível pela simples vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser 
determinada por lei. 
 
6. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/AJAJ. Com referência aos bens, 
analise o item. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que 
todos os bens deixados pelo falecido sejam móveis. 
7. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/AJAJ. Com referência aos bens, 
analise o item. Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição. 
 
8. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/AJAJ. Com referência aos bens, 
analise o item. Os frutos são as utilidades que não se reproduzem 
periodicamente; por isso, se os frutos são retirados da coisa, a sua quantidade 
diminui. 
 
9. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário ± Oficial de 
Justiça Avaliador Federal. Com referência aos bens, julgue o item. Bens 
infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição. 
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10. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário ± Oficial de 
Justiça Avaliador Federal. Com referência aos bens, julgue o item. Os frutos 
são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos 
são retirados da coisa, a sua quantidade diminui. 
 
11. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário ± Oficial de 
Justiça Avaliador Federal. Com referência aos bens, julgue o item. As 
benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para 
evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à 
indenização e retenção do bem principal. 
 
12. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário ± Oficial de 
Justiça Avaliador Federal. Com referência aos bens, julgue o item. Um bem 
divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade 
das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei. 
 
13. CESPE 2016/TRT 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário ± Oficial de 
Justiça Avaliador Federal. Com referência aos bens, julgue o item. O direito à 
sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados 
pelo falecido sejam móveis. 
 
14. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz substituto. Julgue o item. Pelo princípio da 
gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem 
principal, podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei 
ou das partes. 
 
15. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz substituto. Julgue o item. O atributo da 
fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de sua natureza. 
 
16. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz substituto. Julgue o item. Os rendimentos são 
considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não diminuem 
a substância do bem principal. 
 
17. CESPE 2015/TJDFT/Técnico Judiciário. A energia elétrica é bem de uso 
comum do povo, divisível e imóvel, conforme determinação legal. 
 
18. CESPE 2015/TJDFT/Técnico Judiciário. Os mares classificam-se como 
bens públicos de uso comum do povo. 
 
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19. CESPE 2015/TRE-RS/Analista Judiciário. No que diz respeito às 
diferentes espécies de bens e as suas classificações, julgue o item. Os bens 
públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, 
diferentemente dos bens públicos de uso especial e dos dominicais que são 
equiparados aos bens privados. 
 
20. CESPE 2015/TRE-RS/Analista Judiciário. No que diz respeito às 
diferentes espécies de bens e as suas classificações, julgue o item. Os animais, 
também denominados semoventes, são considerados espécies de bens móveis 
por natureza, já que possuem movimento próprio. 
 
21. CESPE 2015/TRE-RS/Analista Judiciário. No que diz respeito às 
diferentes espécies de bens e as suas classificações, julgue o item. A energia 
elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada como bem 
móvel ou imóvel, sendo considerada res nullius. 
 
22. CESPE 2015/TRE-RS/Analista Judiciário. No que diz respeito às 
diferentes espécies de bens e as suas classificações, julgue o item. Consideram-
se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao patrimônio 
pessoal, pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensuráveis 
economicamente. 
 
23. CESPE 2015/TRE-RS/Analista Judiciário. No que diz respeito às 
diferentes espécies de bens e as suas classificações, julgue o item. Diz-se 
infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mesma 
quantidade, qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro. 
 
24. CESPE 2015/TCE-RN/Assessor Técnico Jurídico. As pertenças, em 
regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem em partes 
integrantes. 
 
25. CESPE 2015/TCE-RN/Auditor. A energia elétrica, considerada um bem 
móvel, é suscetível de apropriação alheia e passível de causar dano patrimonial. 
 
26. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz substituto. Julgue o item com relação a bens. A 
infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte. 
 
27. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz substituto. Julgue o item com relação a bens. 
Os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua retirada não 
prejudica a substância da coisa principal. 
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28. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item à luz da jurisprudência pertinente. Os bens naturalmente divisíveis 
não se podem tornar indivisíveis. 
 
29. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item à luz da jurisprudência pertinente. É possível a cobrança de 
retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos. 
 
30. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item à luz da jurisprudência pertinente.Com a abertura da sucessão, a 
herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade de bem imóvel 
divisível. 
 
31. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item à luz da jurisprudência pertinente.São considerados bens imóveis 
os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações. 
 
32. CESPE 2015/TRF 5ª Região/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item. Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens 
públicos, se submetem primordialmente às regras do direito privado. 
 
33. CESPE 2015/TRF 5ª Região/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item. Os bens incorpóreos não admitem usucapião, mas, como 
regra, admitem tutela possessória. 
 
34. CESPE 2015/TRF 5ª Região/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item. A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a 
infungibilidade. 
 
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