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UNIDADE 5 – CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR
Os ácidos nucleicos, assim denominados por terem sido encontrados pela primeira vez no núcleo das células, são moléculas constituídas por unidades básicas, os nucleótidos e cada um desses nucleótidos é formado por uma base azotada, uma pentose e um grupo fosfato.
A principal diferença entre o RNA e o DNA reside na pentose presente nos nucleótidos. No RNA a pentose presente é a ribose e no DNA é a desoxirribose. 
Existe quatro tipos de bases azotadas: adenina, guanina e citosina estão presentes tanto no DNA como no RNA; a timina está presente no DNA e o uracilo no RNA.
Os nucleótidos estabelecem ligações fosfodiéster (covalentes) entre si, formando cadeias polinucleotídicas que se estabelecem entre o grupo fosfato de um dos nucleótidos e o carbono 3 da pentose do nucleótido seguinte.
Cada cadeia de nucleótidos apresenta nas extremidades uma ponta livre, uma designada 3’ e outra 5’. Cada cadeia desenvolve-se em sentidos opostos, iniciando-se na extremidade 5’ e terminando na extremidade 3’. Assim, como a extremidade 5’ corresponde à extremidade 3’, as cadeias designam-se antiparalelas.
A ligação entre as duas cadeias forma-se por pontes de hidrogénio que se estabelecem entre as bases azotadas por complementaridade. Assim, a guanina só emparelha com a citosina (por 3 pontes de hidrogénio) e a timina só emparelha com adenina (por 2 pontes de hidrogénio).
A molécula de DNA replica-se de forma semiconservativa, ou seja, cada uma das cadeias serviria de molde para uma nova cadeia e, consequentemente, cada uma das novas moléculas de DNA seria formada por uma cadeia antiga e uma cadeia nova.
Gene são segmentos de DNA que contêm informação para sintetizar uma determinada proteína. Ao conjunto dos mesmos chama-se genoma que constitui a totalidade da informação genética presente num ser vivo.
As mutações genicas são alterações que afectam um determinado gene e que resultam da substituição, do desaparecimento ou da adição de um nucleótido da sequência que o constitui.
O código genético caracteriza-se por:
Cada aminoácido é codificado por um tripleto designado codão.
O tripleto AUG é o codão de iniciação para síntese proteica e codifica o aminoácido metionina.
UAA, UGA, UAG são tripletos de codões de finalização.
O código genético é redundante, ou seja, existe mais do que um codão para codificar um a.a.
O código genético não é ambíguo, isto é, um determinado codão não codifica dois aa diferentes.
É universal.
Para que se realize a síntese proteica, é necessário que se copie a informação genética contida na molécula de DNA para uma molécula de RNA num processo designado transcrição.
Para que esta se inicie, primeiro é necessário que um determinado segmento de dupla hélice de DNA se desenrole. A enzima helicase separa as cadeias de DNA e uma dessas cadeias serve de molde para a síntese de mRNA que é feita pela RNA polimerase. A síntese de RNA faz-se pela adição sucessiva de nucleótidos no sentido 5’-3’ da nova cadeia de RNA. O RNA polimerase termina a síntese ao atingir o tripleto de finalização. Após a transcrição, a cadeia de RNA sintetizada desprende-se da molécula de DNA que retoma as ligações de hidrogénio entre as bases das cadeias complementares, refazendo-se a dupla hélice. Nos seres eucariontes, ocorre um processo de maturação ou processamento no qual são retirados intrões por não conterem informação genética para a síntese proteica. Os exões ligam-se entre si, formando o mRNA maturado. No final de todo este processo, o mRNA migra do núcleo da célula para o citoplasma onde vai ocorrer a síntese de proteínas.
A tradução divide-se em três partes: iniciação, alongamento e finalização. Na iniciação ocorre a ligação entre o mRNA e a subunidade menor do ribossoma na extremidade 5’. Esta desliza pelo mRNA até encontrar o codão de iniciação (AUG). De seguida liga-se um tRNA iniciador que transporta o aminoácido metionina por complementaridade ao codão de iniciação. No final da iniciação, a subunidade maior do ribossoma liga-se à subunidade menor do ribossoma. No alongamento ocorre a tradução sucessiva de codões e uma ligação peptídica entre aminoácidos. Liga-se ao codão um 2º tRNA que transporta um aminoácido específico. Estabelece-se uma ligação peptídica entre o novo aminoácido e a metionina. O ribossoma avança um codão no sentido 5’-3’ no mRNA e liberta o tRNA que se havia ligado anteriormente. Este processo repete-se ao longo do mRNA até o ribossoma encontrar um codão de finalização (UAA, UAG ou UGA). Como nenhum destes codões possui anti-codão complementar, o alongamento termina. Todo o processo culmina com a separação das subunidades do ribossoma (que se reciclam) e com a libertação do péptido. Durante todo o processo existe consumo de ATP.
A informação genética contida nos ácidos nucleicos encontra-se, nos seres eucariontes, no núcleo da célula. Quando uma célula se divide, é necessário que a molécula de DNA se replique, permitindo que cada célula-filha herde uma cópia de toda a informação genética que a célula-mãe possuía.
A maioria dos seres procariontes apresenta uma só molécula de DNA, que não está associada a proteínas e se encontra dispersa no hialoplasma. Nos seres eucariontes, a informação genética encontra-se distribuída por várias moléculas de DNA, as quais estão associadas proteínas (histonas) que conferem estabilidade ao DNA e são responsáveis pelo processo de condensação.
Cada porção de DNA, associado às histonas, constitui um filamento de cromatina que se encontram, na maior parte do tempo, dispersos no núcleo da célula mas quando esta se encontra em divisão, os filamentos sofrem um processo de condensação e originam filamentos curtos e espessos (cromossomas).
O processo que permite que um núcleo que um núcleo se divida originando dois núcleos-filhos, cada um contendo uma cópia de todos os cromossomas do núcleo original e, consequentemente, de toda a informação genética, designa-se mitose.
Depois de uma célula se dividir, é necessário algum tempo até que esta célula esteja pronta para uma nova divisão, reiniciando-se todo este processo. A esta alternância de períodos de divisão e períodos de não divisão chama-se ciclo celular que compreende a mitose e o tempo que decorre até outra mitose (interfase – período mais longo onde a célula procede à síntese de diversos constituintes que conduz ao crescimento e à maturação). A interfase compreende três fases: G1, S e G​2.
Durante a fase G1 são produzidas moléculas de RNA, a partir da informação do DNA, para sintetizar proteínas, lípidos e glícidos. Durante o período S acontece a replicação semiconservativa do DNA originando duas moléculas filhas idênticas. Às novas moléculas de DNA associam-se histonas formando-se cromossomas constituídos por dois cromatídeos ligados pelo centrómero. O período G2 tem lugar após a replicação do DNA e antes de ter início a divisão nuclear. Verifica-se a síntese de mais proteínas, bem como a produção de estruturas membranares, a partir das moléculas sintetizadas em G1, que serão utilizadas nas células-filhas. Após a interfase, inicia-se a mitose, período durante o qual o núcleo da célula experimenta um conjunto de transformações que culminam com a sua divisão. A mitose divide-se em 4 fases: profase, metafase, anafase e telofase.
A profase é a fase mais longa da mitose e envolve enrolamento dos cromossomas, tornando-os progressivamente mais condensados, curtos e grossos. Forma-se também o fuso acromático (é formado por feixes de fibrilas de microtúbulos proteicos) entre os centrossomas que se afastaram para pólos opostos. No final desta fase, os nucléolos desaparecem e o invólucro nuclear desagrega-se.
Na metafase os cromossomas apresentam a sua máxima condensação. Os cromossomas, ligados ao fuso acromático, dispõem-.se no plano equatorial da célula, formando a placa equatorial. Os centrómeros encontram-se voltados para o centro do plano equatorial, enquanto que os braços dos cromossomas voltam-se para foradeste plano.
O rompimento do centrómero verifica-se na anafase, separando-se os dois cromatídeos que constituíam cada um dos cromossomas. Inicia-se a ascensão polar dos cromossomas ao longo das fibrilas dos microtúbulos. No final, cada pólo da célula possui um conjunto de cromossomas (constituídos por um só cromatídeo) exactamente igual.
A organização dos núcleos-filhos acontece na telofase formando-se um invólucro nuclear em redor dos cromossomas de cada um. Os cromossomas iniciam um processo de descondensação desorganizando-se as fibrilas do fuso acromático. A mitose termina possuindo a célula dois núcleos.
A mitose nuclear é acompanhada pela citocinese (divisão do citoplasma) completando-se a divisão celular que origina duas células-filhas.
Nas células-animais a citocinese ocorre por estrangulamento do citoplasma que se deve à progressiva contracção de microfibrilas proteicas, que conduzem à divisão da célula-mãe em duas células-filhas.
Nas células-vegetais, a existência de parede esquelética não permite a citocinese por estrangulamento. Assim, verifica-se que vesículas resultantes do Complexo de Golgi, contendo celulose, outros polissacarídeos e proteínas, são depositadas na região equatorial da célula devido à acção orientadora de microtúbulos que se formam entre os dois pólos celulares. Estas biomoléculas, originam uma lamela mediana, que se torna visível na telofase. A deposição de celulose na lamela mediana vai originar uma parede celular, que se começa a formar do centro para a periferia da célula. Quando esta atinge a parede da célula-mãe, completa-se a divisão em duas células-filhas.
O ovo é a primeira célula de um organismo e é capaz de originar células-filhas, as quais poderão originar diferentes tipos de células. Diz-se, por isso, que o ovo é uma célula totipotente – todas as potencialidades para originar todas as outras células. As primeiras divisões do ovo originam células indiferenciadas pois são muito semelhantes entre si e à célula que lhe deu origem. Contudo, à medida que as mitoses sucessivas se repetem, as células iniciam um processo de diferenciação até se tornarem células especializadas. Esta diferenciação ocorre porque alguns genes são activados enquanto que outros são bloqueados. 
A maioria dos tecidos de um organismo no estado adulto não é constituída exclusivamente por células especializadas pois existe grupo restrito de células que apresentam grau de diferenciação menor, as células estaminais. No entanto, apesar do pouco grau de diferenciação, as células estaminais não são totipotentes.
Nos tecidos adultos das plantas existem os meristemas que são tecidos onde se agrupam as células pouco diferenciadas que são capazes de se dividirem, levando ao crescimento ou renovação das zonas lesadas.
Define-se clonagem como sendo a produção de um ou mais indivíduos geneticamente idênticos, geralmente a partir de células somáticas, sendo cada um desses indivíduos designados por clone. 
Após várias experiências, pode-se concluir que nas plantas, uma célula diferenciada pode reverter o processo de diferenciação, tornando-se novamente indiferenciada, coisa que as células dos animais não conseguem fazer. Assim, estas células podem originar todos os tipos de células especializadas necessárias para a produção de uma nova planta.
Uns cientistas removeram um núcleo de um ovo de rã transplantando-o, de seguida, para esse ovo anucleado, um núcleo de uma célula intestinal de um embrião de rã originando um embrião de rã. Esta experiência veio provar que, se o núcleo proviesse de um embrião jovem, o desenvolvimento de um novo embrião é possível mas se se usarem núcleos de células com uma certa diferenciação, só 2% desenvolveriam um novo embrião.
UNIDADE 6 – REPRODUÇÃO
Na reprodução assexuada formam-se novos indivíduos a partir de um único progenitor, sem que haja intervenção de células sexuais, gâmetas, não havendo por isso fecundação. Os descendentes são geneticamente idênticos ao progenitor (desvantagem). Nos seres vivos unicelulares a divisão corresponde à reprodução.
A reprodução assexuada não contribui para a variabilidade genética das populações, mas assegura o seu rápido crescimento e a colonização de ambientes favoráveis (vantagem).
	Bipartição
	Divisão da célula-mãe em duas células do mesmo tamanho que irão formar novos indivíduos.
	Bactérias, algas unicelulares, protozoários, planaria.
	Gemulação ou gemiparidade
	Esta divisão origina duas células de tamanho diferente devido à distribuição desigual do citoplasma. O núcleo divide-se mitoticamente e origina 2 núcleos em que um deles migra para uma protuberância, gomo, que surge na célula-mãe. O gomo cresce e separa-se originando um novo ser independente.
	Levedura, hidra, anémona-do-mar, corais.
	Divisão múltipla ou esquizogonia
	O núcleo divide-se várias vezes e cada um dos pequenos núcleos rodeia-se de uma porção de citoplasma e de uma membrana, constituído as células-filhas. Quando as condições são favoráveis, a membrana da célula-mãe rompe-se libertando as células filhas
	Amiba e alguns fungos
	Partenogénese
	Activação espontânea do gâmeta feminino.
	Dáfnias, abelhas, peixes, formigas.
	Fragmentação
	O indivíduo parte-se em dois ou mais fragmentos e cada um desses fragmentos cresce e forma novos indivíduos
	Cianobactérias, estrela-do-mar, vermes marinhos.
	Estratégias reprodutoras nas plantas
	Multiplicação vegetativa:
Certas partes da planta – raízes, caules ou folhas, separam-se da planta-mãe e dão origem a uma nova planta
	NATURAL (sem intervenção do Homem)
	ARTIFICIAL (com intervenção do Homem)
	Esporulação
	A partir de partes da planta
	Estaca
(retira-se de uma parte da planta e planta-se)
	Enxertia
(consiste na união entre duas partes da planta distintas, o cavalo que dá o sistema radicular e uma parte do caule e o garfo que é o caule e ramagem da outra planta cujas características queremos evidenciar).
	Mergulhia
(consiste em dobrar um ramo da planta até enterrá-lo no solo. Na parte enterrada criam-se raízes. Quando na parte enterrada já há raízes, procede-se ao “desmame”, ou seja, separa-se a jovem planta da planta-mãe)
	Cultura “in vitro”
ex. micropropagação
	Formação de células especiais – esporos – que originam novos seres vivos.
Ex.: fungos, algas, musgos e fetos.
	Folha
	Raiz
ex.: cenoura
	Caule
	Pode ser: caulinar
	
	
	
	
	
	Caule aéreo 
	Foliar
	
	
	
	
	
	Caule rastejante-estolho
	Ou radicular
	
	
	
	
	
	Caule subterrâneo que pode ser o:
Tubérculo
Rizoma
Bolbos
	
	
	
	
	
	
	
	
	Existe 3 tipos de enxertia:
Por garfo
Por borbulha
Por encosto
	
	
A reprodução sexuada está dependente da fecundação, da união de duas células especializadas, denominadas gâmetas de onde resultará o ovo ou zigoto que, por mitoses sucessivas, originará um indivíduo.
Para que da fecundação resulte um ovo diplóide, isto é, com o número normal de cromossomas da espécie (2n), é necessário que cada gâmeta seja haplóide, que possua apenas metade dos cromossomas (n), por isso é que os gâmetas são formados por um processo especial de divisão celular, a meiose
A meiose, tal como a mitose, é precedida pela replicação do DNA dos cromossomas. A esta replicação seguem-se duas divisões consecutivas. A primeira divisão chama-se divisão reducional, ou meiose I, e a segunda divisão tem por nome divisão equacional, ou meiose II. Estas divisões originam a formação de 4 células diferentes entre si, cada uma das quais com metade do número de cromossomas da célula inicial.
Muitas das etapas da meiose são semelhantes às etapas da mitose, pelo que têm a mesma designação. 
Interfase – fase que precede a meiose e que se caracteriza pela replicação do DNA. No final desta fase, cada cromossoma é constituído por dois cromatídeos, ligados pelo centrómero. O centrossoma também duplica.
A divisão reducional reduz para metade o número de cromossomas em cada célula.Nesta fase, separam-se os cromossomas homólogos, que ficam repartidos pelas duas células filhas. Os cromossomas homólogos são herdados de cada um dos progenitores; possuem um tamanho e uma morfologia semelhantes e têm genes que codificam as mesmas características. 
Meiose I:
Profase I – é a etapa mais longa e complexa. Os cromossomas condensam e os cromossomas homólogos emparelham, num processo que se designa sinapse. Durante a sinapse, os cromossomas homólogos ficam unidos ao longo de todo o seu comprimento e alinham, precisamente, gene por gene, formando um conjunto constituído por quatro cromatídeos, ao qual se chama tétrada cromatídica. Cromatídeos pertencentes a cromossomas homólogos cruzam-se e trocam segmentos equivalentes, num processo designado crossing-over. Os locais onde ocorreram as trocas ficam visíveis ao microscópio como zonas em forma de X; chamamos a estes locais quiasmas. Nas células animais, os centrossomas deslocam-se para pólos opostos da célula, formando-se o fuso acromático entre eles. O nucléolo e o invólucro nuclear desorganizam-se.
Metafase I – Os bivalentes dispõem-se na placa equatorial. A orientação dos cromossomas de cada bivalente é aleatória. São os pontos de quiasma que se localizam no plano equatorial.
Anafase I – Ocorre a segregação independente dos cromossomas homólogos. Os dois cromossomas homólogos de cada bivalente separam-se e migram aleatoriamente para pólos opostos da célula.
Telofase I – Em cada pólo da célula, constitui-se um conjunto haplóide de cromossomas, com dois cromatídeos cada um. Os cromossomas descondensam; o invólucro nuclear e os nucléolos reorganizam-se. Em alguns casos, segue-se a citocinese e formam-se duas células haplóides.
Pode existir ou não uma Interfase entre a divisão reducional e a divisão equacional; em qualquer dos casos, não se verifica a replicação do material genético.
Na divisão equacional ou meiose II, separam-se os dois cromatídeos de cada cromossoma.
Profase II – Os cromossomas, constituídos por dois cromatídeos, condensam. Forma-se o fuso acromático; o invólucro nuclear e os nucléolos desorganizam-se.
Metafase II - Os cromossomas dispõem-se na placa equatorial. São os centrómeros que se localizam no plano equatorial.
Anafase II – Os dois cromatídeos de cada cromossoma separam-se pelo centrómero e migram para pólos opostos da célula.
Telofase II – Os cromossomas, agora formados por um único cromatídeo, descondensam. O invólucro nuclear reorganiza-se e formam-se dois núcleos, cada um com um conjunto haplóide de cromossomas.
Uma célula diplóide dá origem a quatro células haplóides.
	Acontecimentos
	Mitose
	Meiose
	Replicação do DNA
	Ocorre na interfase anterior à mitose
	Ocorre na interfase anterior à meiose I
	Número de divisões
	Uma divisão que inclui, profase, metáfase, anafase e telofase
	Duas divisões, cada uma das quais dividida em profase, metáfase, anafase e telofase
	Sinapse dos cromossomas homólogos
	Não ocorre
	Profase I
	Células formadas
	Duas, iguais entre si e iguais à célula-mãe
	Quatro, diferentes entre si e diferentes da célula-mãe, com metade do seu número de cromossomas
	Função no organismo
	Crescimento e reparação das estruturas do organismo
	Produção de gâmetas ou esporos.
Reduz para metade o nº de cromossomas e introduz variabilidade nas células formadas.
A separação ao acaso dos cromossomas homólogos na anafase I (reduz para metade o nº de cromossomas), o crossing-over (conduz à recombinação dos genes), a aleatoriedade da união dos gâmetas durante a fecundação são fenómenos que contribuem para o aumento da variabilidade genética que é fundamental para a sobrevivência e evolução das espécies. 
As mutações também causam variabilidade genética pois criam novos genes (mutação genica) ou novos cromossomas (mutação cromossómica).
A formação dos gâmetas ocorre em estruturas especializadas – nas gónadas ou nos gametângios.
As gónadas são os órgãos produtores de gâmetas nos animais. As femininas são os ovários (os gâmetas são os óvulos) e as gónadas masculinas são os testículos (os gâmetas são os espermatozóides). Os gâmetas dos animais são haplóides e formam-se por meiose.
Em certas plantas, os gâmetas são produzidos nos gametângios. O feminino é o arquegónio (produz uma única oosfera) e o gametângio masculino é o anterídio (produz os anterozóides que são libertados para o meio ambiente quando se encontram maduros).
Muitas plantas, e alguns animais, são hermafroditas, isto é, possuem simultaneamente os sistemas reprodutores masculino e feminino, pelo que produzem os dois tipos de gâmetas. A autofecundação é vantajosa em organismos imóveis ou em parasitas que têm dificuldade em encontrar um parceiro do sexo oposto. No entanto, alguns organismos hermafroditas não são capazes de se autofecundar, pelo que recorrem à fecundação cruzada em que cada organismo funciona, simultaneamente, como macho e fêmea, dando e recebendo gâmetas masculinos. Produz-se, assim, o dobro da descendência, com maior variabilidade. A fecundação cruzada ocorre em muitas plantas e em alguns animais, como as minhocas e os caracóis.
A sequência de estados na história reprodutiva de um órgão, começando na concepção do indivíduo até à produção da própria descendência, é designada por ciclo de vida.
Dos fenómenos de meiose e fecundação resulta sempre uma alternância de fases nucleares característica:
Fase haplóide ou haplofase (n cromossomas) – tem início nas células que resultam da meiose;
Fase diplóide ou diplofase (2n cromossomas) – tem início no ovo ou zigoto.
Apesar da diversidade de ciclos de vida, eles possuem em comum a complementaridade da meiose e da fecundação, e uma alternância de fases nucleares que contribui para a variabilidade genética da descendência. A uma haplofase sucede-se sempre uma diplofase. Os ciclos de vida distinguem-se, sobretudo, pelo momento do ciclo em que ocorre a meiose.
Ciclo de vida haplonte – a meiose ocorre imediatamente após a formação do ovo (meiose pós-zigótica). Isto faz com que a diplofase esteja limitada a uma célula – ovo – e que todas as outras estruturas, incluindo o organismo adulto, pertençam à haplofase.
Ciclo de vida diplonte – a meiose ocorre antes da formação dos gâmetas (meiose pré-gamética). Este acontecimento determina que os gâmetas sejam as únicas células da haplofase e que todas as outras estruturas, incluindo o organismo adulto, pertençam à diplofase.
Ciclo de vida haplodiplonte – a meiose ocorre antes da formação dos esporos (meiose pré-espórica). A haplofase inicia-se com os esporos que, através de mitoses sucessivas, originam estruturas pluricelulares, os gametófitos, onde se formarão os gâmetas femininos e masculinos (anterozóides e oosferas). Após a fecundação, o zigoto inicia a diplofase e origina uma entidade pluricelular diplóide (planta adulta). Esta entidade constitui o esporófito que irá produzir, por divisão meiótica, os esporos. Neste ciclo de vida, para além de existir alternância de fases nucleares (haplofase e diplofase), existe também alternância de gerações, a geração gametófita e a geração esporófita. 
 
A espirogira é uma alga que vive na água doce. Forma agregados filamentosos, constituídos por células cilíndricas dispostas topo a topo, que fazem parte do “limo”. 
Em condições ambientais favoráveis, os filamentos crescem, podendo-se soltar, por fragmentação, algumas porções, que dão origem a novas espirogiras.
A reprodução sexuada ocorre sob condições desfavoráveis, altura em que dois filamentos celulares se colocam lado a lado, formando-se entre algumas das suas células tubos de conjugação. Cada uma destas células passa então a funcionar como um gametângio, correspondendo o seu conteúdo a um gâmeta. O conteúdo de uma delas condensa-se e desloca-se através do tubo de conjugação até à célula do outro filamento, ocorrendo então a fecundação. Da união dos gâmetas resulta uma célula diplóide, ovo ou zigoto, que inicia a diplofase.Cada um dos zigotos, rodeado por uma parede espessa, permanece num estado de vida latente, até que as condições voltem a ser favoráveis, altura em que sofre meiose (meiose pós-zigótica). Neste ciclo de vida, a fase diplóide (2n) está representada apenas por uma célula – o zigoto –, sendo por isso considerado ciclo haplóide e este organismo haplonte. 
O polipódio é um feto bastante comum que se reproduz assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada ocorre por fragmentação vegetativa do rizoma. A reprodução sexuada este dependente da formação de esporos. Durante a época da reprodução, desenvolvem-se soros (grupos de esporângios) na página inferior das folhas.
Durante o processo reprodutivo, as células-mãe dos esporos contidas nos esporângios sofrem meiose, originando esporos. Seguidamente, os esporângios rompem-se, libertando os esporos, que caem na terra, germinam e cada um deles dá origem a uma estrutura fotossintética de vida independente chamada protalo. O protalo é um gametófito que possui anterídios, onde se formam anterozóides, e arquegónios, onde se formam oosferas.
Os anterozóides nadam até aos arquegónios, nos quais se vão fundir com as oosferas. Desta fecundação, dependente da água, resulta um zigoto diplóide que, por mitoses sucessivas, origina um esporófito de vida independente (planta adulta). A geração esporófita corresponde à diplofase.
O polipódio é um ser haplodiplonte, pois a meiose é pré-espórica, havendo alternância de gerações. A geração esporófita (começa na fecundação e acaba na meiose – ovo ou zigoto, esporófito, soros, esporângio) é mais desenvolvida que a geração gametófita (começa na meiose e acaba na fecundação - esporos, protalo, anterídio, arquegónio, oosfera). 
No Homem, da fecundação forma-se um ovo que dá início à diplofase. O ovo sofre mitoses sucessivas e origina um embrião que se vai desenvolvendo até ao nascimento. Após o nascimento, a criança continua a desenvolver-se até ao estado adulto. Nos testículos do homem e nos ovários da mulher, as células da linhagem sexual sofrem meiose e originam os espermatozóides e os ovários. Neste ciclo de vida, os gâmetas são as únicas células da haplofase. A diplofase ocupa quase a totalidade da duração do ciclo (incluindo o organismo adulto), sendo, por isso, um ser diplonte.
UNIDADE 7 – EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Actualmente, os biólogos consideram que todos os seres vivos conhecidos na Terra podem ser divididos em dois grandes grupos: os seres procariontes e os seres eucariontes. A principal distinção conhecida entre estes grupos é a sua organização celular. Os seres procariontes apresentam células simples, sem um verdadeiro núcleo enquanto que os seres eucariontes apresentam-se constituídos por células complexas, com um núcleo organizado e diversos organelos membranares.
Os fósseis mais antigos que se conhecem pertencem a organismos procariontes, pelo que se supõe que os eucariontes terão evoluído a partir de um ancestral procarionte que acumulou, gradualmente, uma maior complexidade estrutural.
Alguns dos seres procariontes existentes nessa época foram-se diversificando, sobretudo no que se refere ao seu metabolismo. Alguns desenvolveram um processo metabólico que conduzia à libertação de oxigénio – fotossíntese. O surgimento do oxigénio na atmosfera terrestre teve um impacto brutal nos procariontes, pois este gás estabelece ligações com diversas moléculas, destruindo-as ou modificando-as drasticamente. Desta forma, muitos grupos de procariontes foram extintos, envenenados pelo oxigénio. Contudo, alguns conseguiram sobreviver em ambientes que permaneceram anaeróbios.
Entre os sobreviventes, houve um grupo, que à semelhança das actuais mitocôndrias, era capaz de aproveitar o oxigénio para oxidar compostos orgânicos, obtendo assim uma grande quantidade de energia.
Apesar destas capacidades, fotossíntese e respiração, a simplicidade dos organismos procariontes limitava os processos metabólicos. 
Dois modelos foram apresentados para a explicação da origem das células eucarióticas: o Modelo Autogénico e o Modelo Endossimbiótico.
Segundo o modelo autogénico, algumas células procarióticas ter-se-iam tornado progressivamente mais complexas. Prolongamentos da membrana citoplasmática deslocaram-se para o interior do citoplasma, originando compartimentos, separados do resto do hialoplasma, que viriam a constituir organelos celulares. Como resultado dessa compartimentação foi possível às células fazer uma divisão interna das suas funções. Os defensores deste modelo sugerem que o primeiro compartimento a surgir dentro da célula foi o invólucro nuclear, o que permitiu a individualização do material genético no interior do núcleo. Como resultado do aumento do número de organelos celulares, estas células sofreram um aumento de tamanho muito acentuado.
O modelo endossimbiótico, desenvolvido por Lynn Margulis, defende que os seres eucariontes terão resultado da evolução conjunta de vários organismos procariontes, os quais foram estabelecendo associações simbióticas entre si. Este modelo admite que os sistemas endomembranares e o núcleo tenha resultado de invaginações da membrana plasmática, as mitocôndrias e os cloroplastos seriam, até há cerca de 2100 m.a., organismos autónomos. Nessa altura, algumas células de maiores dimensões (células hospedeiras) terão capturado células mais pequenas, como os ancestrais das mitocôndrias e dos cloroplastos. Alguns destes ancestrais conseguiam sobreviver no interior da célula procariótica de maiores dimensões, estabelecendo relações de simbiose. A íntima cooperação entre estas células conduziu ao estabelecimento de uma relação simbiótica estável e permanente. 
As primeiras relações simbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias que seriam organismos que tinham desenvolvido a capacidade de produzir energia, de forma muito rentável, utilizando o oxigénio no processo de degradação de compostos orgânicos.
Por outro lado, outro grupo de procariontes, semelhantes às actuais cianobactérias, tinha desenvolvido a capacidade de produzir compostos orgânicos utilizando a energia luminosa. A associação das células procarióticas de maiores dimensões com estes seres, ancestrais dos cloroplastos, conferia-lhes vantagens evidentes.
O facto de nem todas as células procarióticas possuírem cloroplastos é explicado pela Hipótese Endossimbiótica, pelo estabelecimento de relações simbióticas de forma sequencial, isto é, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias e, só posteriormente, algumas dessas células terão estabelecido relações de simbiose com os ancestrais dos cloroplastos.
As vantagens da associação da célula hospedeira, anaeróbia e heterotrófica, com os ancestrais das mitocôndrias e dos cloroplastos foram:
- Uma maior capacidade de metabolismo aeróbio, num meio ambiente com q concentração de oxigénio livre a aumentar;
- Uma maior facilidade em obter nutrientes, produzios pelo endossimbionte autotrófico.
Evidências biológicas e bioquímicas que apoiam a Hipótese Endossimbiótica para a origem das mitocôndrias e dos cloroplastos:
- As mitocôndrias e os cloroplastos têm dimensões semelhantes às bactérias (prova que eram procariontes quando foram capturados;
- As mitocôndrias e os cloroplastos produzem as suas próprias membranas internas e replicam-se por um processo semelhante à fissão binária que ocorre nas bactérias (perderam a independência, mas não perderam a capacidade de se reproduzir);
- Possuem o seu próprio material genético, apresentando uma molécula de DNA circular, sem histonas associadas;
- Os ribossomas dos cloroplastos apresentam mais semelhanças com os ribossomas dos procariontes, do que com os ribossomas do citoplasma das células eucarióticas;
- Na membrana internas destes organelos existem enzimas e sistemas de transporte que se assemelham aos que estão presentes nos actuais procariontes;
- A síntese proteica dos cloroplastos e das mitocôndrias é inibidapor substâncias inibidoras de procariontes, mas não por inibidores de eucariontes;
- O aminoácido iniciador da cadeia polipéptidica de uma mitocôndria ou cloroplasto é a foremil-metionina, como nas bactérias, e não a metionina, como nos eucariontes.
Apesar de terem um genoma próprio, as mitocôndrias e os cloroplastos não são geneticamente auto-suficientes – algumas das suas proteínas são codificadas por genes que se encontram no núcleo. Muito provavelmente, no decurso da evolução, terá ocorrido a transferência de DNA dos endossimbiontes para o genoma da célula hospedeira.
O metabolismo celular depende da razão entre a superfície externa da célula e o seu volume. Face à impossibilidade de aumentarem indefinidamente o seu volume, os seres vivos unicelulares seguiram outras vias evolutivas que haveriam de originar a organização em colónias e, posteriormente, a pluricelularidade. A associação de seres unicelulares em estruturas maiores e mais complexas – as colónias – bem como o aparecimento de seres pluricelulares vieram permitir o aumento do volume, mantendo elevada a superfície de contacto das células com o seu exterior. Desta forma, garantida a eficácia das torças e a eficiência do seu metabolismo, o processo evolutivo pôde prosseguir no sentido do aumento de volume do organismo.
A alga Volvox é um ser colonial constituído por uma esfera oca de células biflageladas mergulhadas numa matriz gelatinosa que as une. Os flagelos estão localizados para o exterior da esfera e permitem o movimento da colónia. As células mantêm a sua independência, apesar de existirem ligações citoplasmáticas entre elas. Algumas células de maiores dimensões têm função reprodutiva, o que indicia uma incipiente especialização celular. Apesar deste aumento gradual de complexidade e de interligação entre as suas células, os organismos coloniais não constituem seres pluricelulares, uma vez que a diferenciação celular ou não existe ou é muito reduzida. 
O aparecimento da multicelularidade permitiu uma série de tendências evolutivas que acabaram por conferir vantagens aos respectivos organismos, como:
- A diferenciação celular, com a consequente especialização no desempenho de determinadas funções;
- A diminuição da taxa metabólica e utilização mais eficaz da energia, resultado da diferenciação celular;
- O aparecimento de seres de maiores dimensões que mantêm constante a relação superfície/volume das suas células;
- Uma maior diversidade de formas que conduziu a uma melhor adaptação aos diferentes ambientes;
- Uma maior autonomia em relação ao meio externo, dado que os sistemas de órgãos garantem que o meio interno mantenha um maior equilíbrio (homeostasia) face às flutuações do meio externo.
Até meados do séc. XIX, a diversidade do mundo era explicada de acordo com uma concepção resultante da interpretação de textos bíblicos. Segundo esta interpretação, os seres vivos são o resultado de um acto de criação divino, mantendo-se as diferentes espécies inalteradas ao longo do tempo desde o momento da sua criação, ou seja, as espécies são fixas e imutáveis e, como tal, não sofrem alterações. Esta explicação, o fixismo, considera que a Natureza como um sistema ordenado e estável, onde cada forma de vida, criada para um determinado fim, está perfeitamente adaptada.
Existe ainda outra teoria explicativa da actual biodiversidade, o evolucionismo: conjunto de teoria segundo as quais as espécies actuais surgiram a partir de outras num passado longínquo. Supõe-se que houve e há uma variação contínua da diversidade e da adaptação das populações de seres vivos ao longo do tempo.
O fixismo inclui duas correntes:
	Espontaneísmo (Aristóteles, Van Helmont, Descartes, Newton…)
	As espécies, unidades fixas e imutáveis, num mundo igualmente estático, surgem independentemente umas das outras a partir de matéria inerte (não viva), mediante determinadas condições e sob a acção de um “princípio activo” presente na matéria e que, por si só, era capaz de gerar vida.
	Criacionismo (Lineu, Cuvier…)
	As espécies, unidades fixas e imutáveis, num mundo igualmente estático, surgem independentemente umas das outras devido a um acto de criação especial de um ser sobrenatural (Criador). 
A harmonia existente entre os seres vivos e o ambiente é o resultado da obra desse criador que teria planejado todas as espécies, adequando-as aos diferentes ambientes. Esses ambientes seriam sempre os mesmos dado que a Terra é um planeta estático, com apenas 6000 anos e, desde a sua origem, mantêm-se sempre imutável.
Vários fixistas fizeram estudos com o objectivo de provarem a realidade do fixismo. Contudo, os estudos feitos foram, na realidade, o motor para o aparecimento das primeiras ideias evolucionistas.
Os fixistas que, através dos seus estudos “ajudaram” ao aparecimento do evolucionismo foram:
	Lineu
	Lineu estabeleceu um sistema hierárquico de classificação dos seres vivos. Cada espécie possuía um conjunto de características que correspondiam aos desígnios de Deus. Deus permitiu, em certos casos, a variação da aparência externa. Na medida em que Lineu desenvolveu um sistema de classificação que estudava pormenorizadamente a morfologia dos indivíduos, estabelecendo semelhanças e diferenças entre eles, permitiu que, entre outros cientistas, conhecedores do seu trabalho, se instalasse a ideia de uma possível origem comum entre os seres vivos.
	Cuvier
	Um grande abalo para o fixismo surgiu quando começou a valorizar-se o estudo dos fósseis. Surgiram fósseis de seres vivos que hoje em dia já não existem. Tal ia contra a ideia fixista de que as espécies de hoje são as mesmas de sempre. Para explicar as dúvidas levantadas pelos registos fósseis, Cuvier propôs a Teoria do Catastrofismo. Segundo esta teoria, teria havido no passado grandes alterações na superfície de certos locais da Terra, provocadas por catástrofes atribuídas à intervenção divina. Estas grandes catástrofes teriam destruído os seres vivos que existiam nesse local àquela altura e que hoje já não existem. Posteriormente, teria havido um repovoamento por migrações de seres vivos vindos de outros locais da Terra ou mesmo por espécies novas, criadas por Deus e mais perfeitas que as anteriores. Deste modo, Cuvier explicava a existência de fósseis de seres vivos que hoje não existem e as lacunas estratigráficas (ausência de fósseis em determinados estratos).
	Buffon
	Buffon defendia a teoria das variações geográficas que referia a existência de variações geográficas entre indivíduos da mesma espécie. O povoamento inicial teria sido feito por um certo número de espécies, as quais teriam sofrido uma sucessão de variações geográficas adaptativas, de acordo com as condições geográficas e a alimentação do local. 
Buffon acreditava que o ambiente actuava directamente através de “partículas orgânicas” sendo responsável pelas variações ocorridas nos seres vivos. Estas variações seriam devidas a sucessivas degenerações da espécie inicial. Por exemplo, em relação aos mamíferos existentes na América, Buffon dizia que eram menores e existiam em menor diversidade porque o “calor aí era menor e a humidade maior”. Os mamíferos endémicos foram limitados pelo clima e os vindos da Europa tinham degenerado, influenciados pelo clima e alimentação diferentes. Buffon é considerado um transformista porque admite que as diferentes espécies resultam de transformações por degeneração, lentas e graduais de espécies anteriores. Na medida em que admite a existência de lentas transformações, Buffon afasta-se das concepções fixistas podendo considerar-se a sua concepção como percursora do Evolucionismo. Buffon reconheceu que muitas conchas e ossadas pertenciam a espécies extintas e foi o primeiro a questionar a idade da Terra, tendo proposto que a sua verdadeira idade seria de cerca de 75 000 anos e não de 6 000 anos como se pensava até então.
	Maupertuis
	Maupertuis defendia a teoria dos Erros que considerava que todos os organismos derivavam de uma mesma fonteoriginal, apresentando ligeiras alterações em relação aos progenitores ao longo das gerações, devido a acasos e erros na reprodução. Estes erros eram devidos ao facto de o descendente resultar da união de uma “semente” masculina com uma “semente” feminina, formadas por partes que se organizavam no embrião graças a uma “memória” que podia ser errada. Deste modo, a partir de uma só espécie, poderiam obter-se numerosas outras aparentadas entre si devido a diversos graus de “erro”. 
Tal como Buffon, Maupertuis é considerado um transformista porque admite, esporadicamente, a possibilidade de umas espécies se formarem a partir de outras devido a modificações acidentais. As modificações acidentais que se tornassem úteis aos indivíduos seriam preservadas e as que não se revelassem úteis tornariam os indivíduos inaptos e condenados à morte. 
No final do século XVIII e durante o século XIX, o desenvolvimento da Geologia permitiu ter uma noção mais clara sobre os fenómenos que têm lugar no nosso planeta. Abandonava-se, progressivamente, a visão estática do mundo, substituindo-a por uma ideia de um planeta em constante mudança. Esta perspectiva veio preparar o terreno para que as concepções evolucionistas, relativamente à origem das espécies, se pudessem desenvolver com alguma aceitação. Dois geólogos tiveram um papel muito importante no desenvolvimento das ideias evolucionistas:
	James Hutton
	Hutton estabeleceu a Teoria di Uniformitarismo. Segundo esta teoria a Terra não é um planeta estável e imutável, nem tem uma curta duração. A Terra é um planeta em constante mudança, sendo dominada por forças terrestres como ventos e chuvas, responsáveis pela erosão, subsidência e sedimentação assim como por fenómenos de fusão magmática.
	Charles Lyell
	Lyell confirma a teoria do uniformitarismo de Hutton e conclui que:
- as leis naturais são constantes no espaço e no tempo;
- os acontecimentos do passado devem ser explicados a partir dos mesmos processos naturais que se observam na actualidade, dado que as causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam os mesmos fenómenos actualmente;
- a maioria das alterações geológicas ocorrem de forma lenta e gradual.
Pode-se portanto dizer que Lyell considera a Terra dinâmica, com uma idade bastante superior do que se pensava até então. As mudanças geológicas são lentas e graduais pelo que as concepções de Lyell dizem-se gradualistas. A ausência de um fóssil numa sequência estratigráfica é devida à actuação de agentes erosivos, que lentamente removeram o estrato em que este estava contido. Deste modo Lyell explica as lacunas estratigráficas.
A ideia de a diversidade de seres vivos resultar de um processo dinâmico de lenta transformação de espécies ao longo do tempo é defendida por diversos naturalistas. Mas os dois nomes mais marcantes são os de Jean Baptiste de Monet, cavaleiro de Lamarck (1744-1829), e Charles Darwin (1809-1882).
Historicamente, considera-se a hipótese de Lamarck como a primeira teoria explicativa dos mecanismos de evolução dos seres vivos. No entanto, foi, sem dúvida, o mecanismo proposto por Darwin que veio modificar a perspectiva sobre a origem das espécies.
A teoria de Lamarck pode resumir-se em duas leis fundamentais:
	Lei do uso e do desuso
	Lei da herança dos caracteres adquiridos
	- O ambiente, ao sofrer alteração, criava nos seres vivos a necessidade de se adaptarem às novas condições ambientais.
- A necessidade que os seres vivos sentem de se adaptarem às novas condições ambientais conduziria a um uso ou um desuso de certos órgãos.
- O uso de determinados órgãos conduziria ao seu desenvolvimento enquanto o desuso de outros órgãos conduziria à sua atrofia.
- Em conclusão, a necessidade cria um órgão e a função modifica-o, alterando a sua estrutura, de acordo com o exigido pelas alterações ambientais.
	- As modificações adquiridas, pelo uso ou desuso dos órgãos, são transmitidas aos descendentes.
- Os caracteres adquiridos individualmente por cada um dos indivíduos ocorrem simultaneamente numa determinada população originando mudanças morfológicas ao nível do conjunto da população.
- Essas transformações acumulam-se ao longo de gerações sucessivas, provocando o aparecimento de novas espécies.
- A adaptação é progressiva e as espécies vão caminhando para a perfeição pois a “matéria viva” tem uma “ambição natural” de se tornar melhor, sempre a partir de uma interacção com o ambiente.
As explicações de Lamarck sofreram grande contestação porque:
* Atribui à evolução uma intenção ou objectivo, ao afirmar que as alterações ocorrem devido à necessidade de as espécies procurarem a perfeição.
* Embora hoje se saiba que, por exemplo, uma actividade física intensa favorece o desenvolvimento muscular, um organismo sujeito a certas infecções microbianas adquire imunidade, o aumento de tamanho de um rim surge muitas vezes como uma compensação ao mau funcionamento do outro rim, estas modificações são adaptações individuais somáticas, não transmissíveis, que não devem ser confundidas com as adaptações populacionais evolutivas, as quais implicam sempre uma modificação genética e que são, por isso, transmissíveis aos descendentes.
Weissmann, em 1820, desenvolveu uma experiência durante a qual cortou as caudas a um grupo de ratos brancos, tendo os descendentes desses ratos apresentado todos a cauda com o comprimento normal. Repetiu este procedimento ao longo de 22 gerações, tendo obtido sempre descendentes com caudas normais.
* Lamarck afirmava que a função determina a estrutura. Tal não se verifica; pelo contrário, os caracteres surgem independentemente da acção do meio. Só assim se explica o aparecimento, nos indivíduos, de caracteres que lhes são inconvenientes. Por exemplo, o daltonismo ou a miopia. Hoje pensa-se que a relação entre a estrutura e a função é biunívoca, isto é, não só a função resulta da estrutura existente, como a estrutura se desenvolve mais ou menos de acordo com a função.
No entanto, Lamarck interpretou a diversidade biológica existente como resultado da evolução e reconheceu que é na interacção dos seres vivos com o ambiente que as espécies se modificam ao longo do tempo.
A teoria de Lamarck não teve aceitação na época tendo sido posta de lado, principalmente devido à falta de argumentos em seu favor.
Darwinismo
Mais tarde surgiu um naturalista inglês, Charles Darwin que apresentou outra teoria evolucionista, desta vez com muitos argumentos a seu favor, muito bem fundamentados: os dados geológicos, os dados biogeográficos, a teoria de Malthus, a selecção artificial e a variabilidade intraespecífica.
Dados geológicos – Darwin conhecia a teoria do uniformitarismo da autoria de Hutton e defendida por Lyell relativamente às mudanças geológicas lentas e graduais que a Terra teria sofrido desde a sua origem. Pensou então que essa mudança geológica lenta e uniforme teria implicado uma também lenta evolução nos seres vivos. Darwin reforçou esta ideia quando analisou fósseis marinhos nos Andes.
Dados biogeográficos – Darwin observou que as tartarugas gigantes de cada ilha do arquipélago das Galápagos apresentavam um padrão ligeiramente diferente na casca, semelhante ao padrão da casca das tartarugas existentes no Continente Americano. Constatou também que o mesmo se passava com as 14 espécies diferentes de tentilhões. Deste modo, Darwin conclui que as ilhas foram povoadas a partir do Continente americano e as características particulares de cada ilha condicionaram a evolução de cada espécie, daí a sua diferenciação.
Teoria de Malthus – Malthus defendia que a população humanoa tende a crescer de forma geométrica, enquanto que os recursos alimentares são produzidos segundo uma progressão aritmética e que se factores externos, como a fome e as epidemias, não condicionassem o crescimento, a população humano duplicaria de 25 em 25 anos. Darwin transpôs as ideias de Malthus para as populações animais e admitiu que, emboraas populações tendam a crescer geometricamente, tal não acontece. Esta manutenção do número de indivíduos fica a dever-se a vários factores:
- Nem todos os animais se reproduzem;
- A falta de alimento e as condições ambientais (seca, frio, etc.) condicionam o desenvolvimento, a reprodução e a sobrevivência dos animais;
- Um grande número de indivíduos morre na luta pela sobrevivência, devido à competição, parasitismo ou predação;
- As doenças são responsáveis pela morte de um número significativo de indivíduos.
Selecção artificial – Darwin pensou que o papel desempenhado pelo homem na selecção artificial teria, na Natureza, correspondência, havendo uma selecção natural. Ou seja, há um processo natural de factores ambientais pelo qual os indivíduos que possuem qualquer vantagem adaptativa em relação aos restantes, num determinado tempo e ambiente, se vão tornando mais frequentes. O mecanismo essencial que dirige a evolução é a selecção natural.
Variabilidade intra-específica – Darwin verificou que existia uma grande variedade de seres vivos e que, dentro de cada espécie, havia variabilidade
A teoria de Darwin pode enunciar-se da seguinte forma:
- Todas as espécies apresentam indivíduos com pequenas variações nas suas características;
- Em cada geração é eliminado um grande número de indivíduos através de uma luta pela sobrevivência que ocorre entre eles, devido à competição pelo alimento, habitat, espaço, fuga aos predadores;
- Existe uma selecção natural, feita pela Natureza, a partir da qual, só os indivíduos possuidores de características vantajosas, ou seja, mais bem adaptados a determinadas condições ambientais sobrevivem – sobrevivência do mais apto;
- Os indivíduos mais aptos ou seja, mais bem adaptados, vivem durante mais tempo e reproduzem-se mais, transmitindo as suas características vantajosas à descendência, ou seja, verifica-se uma reprodução diferencial;
- A acumulação das pequenas variações determina a longo prazo a transformação e o aparecimento de novas espécies.
A principal crítica a esta teoria é o facto de Darwin não conseguir explicar os mecanismos responsáveis pelas variações existentes nos indivíduos de uma espécie (variabilidade intra-especifica) e a forma como as variações são transmitidas de geração em geração.
Argumentos a favor do Evolucionismo
Apesar de haver lacunas nas explicações lamarckistas e darwinistas, a perspectiva evolucionista foi tendo cada vez maior aceitação. Para apoiar o evolucionismo foram utilizados diversos argumentos:
Argumentos de Anatomia Comparada:
A anatomia baseia-se no estudo comparativo das formas e das estruturas dos organismos, ou seja, no estabelecimento de semelhanças e diferenças entre os caracteres morfológicos de diferentes organismos. Assim, o seu principal objectivo é estabelecer possíveis relações de parentesco entre seres vivos de diferentes grupos taxonómicos. A apoiar este argumento encontram-se os órgãos ou estruturas homólogas que apresentam estrutura semelhante, a mesma posição e origem embriológica idêntica, logo provêm de um ancestral comum. Contudo, estes órgãos podem possuir função e forma diferentes devido a sofrerem uma evolução divergente que resulta de uma adaptação dos seres a diferentes ambientes sendo seleccionadas as estruturas que melhor respondem às exigências de cada meio, surgindo diferenças anatómicas entre os indivíduos. Ex.: asas dos morcegos e barbatanas das baleias
Nos mamíferos ocorreu um tipo particular de evolução divergente, designada por radiação adaptativa.
As estruturas homólogas permitem construir séries filogenéticas – séries que traduzem a evolução das estruturas homólogas em diferentes organismos. Estas séries filogenéticas podem ser:
- Séries filogenéticas progressivas se os órgãos homólogos apresentam uma complexidade crescente. EX: coração dos vertebrados.
- Séries filogenéticas regressivas se os órgãos homólogos se tornam cada vez mais simples. EX: redução dos membros dos répteis.
A apoiar o argumento de anatomia comparada encontram-se também os órgãos ou estruturas análogas que têm uma estrutura e origem embriológica diferentes, mas que desempenham a mesma função podendo ser aparentemente semelhantes. Formam-se por evolução convergente, ou seja, como foram sujeitos a condições ambientais semelhantes, sofreram o mesmo tipo de pressões selectivas. Tal fez com que estruturas com origem diferente desempenhassem a mesma função. EX: asas de aves e asas de insectos.
Os órgãos ou estruturas vestigiais são órgãos atrofiados, com pouca ou nenhuma importância fisiológica em determinados grupos de seres vivos mas que terão sido úteis num passado. Estes órgãos indicam a existência de um ancestral comum e são evidentes em séries filogenéticas regressivas.
Argumentos paleontológicos:
Os fósseis são vestígios de organismos do passado, impressos nas rochas, razão pela qual testemunham as modificações sofridas pelos seres vivos ao longo do tempo, o que contraria a ideia de imutabilidade das espécies.
As formas fósseis extintas e a sua sequência demonstram a evolução dos indivíduos, permitindo a elaboração de árvores filogenéticas, que são representações gráficas do percurso evolutivo de um determinado grupo, partindo do seu ancestral, até às formas actuais. Apresentam, também, ramificações que correspondem às novas formas de seres vivos que vão surgindo. EX: cavalo, elefante e amonite.
Além da reconstituição da filogenia de determinado grupo, a Paleontologia fornece os fósseis de formas intermédias ou sintéticas que apresentam características que correspondem, na actualidade, a dois grupos diferentes de organismos. EX: o Archaeopterix tem asas e penas (características das aves), dentes e cauda (presentes nos répteis).
Quando os fósseis de formas intermédias ou sintéticas correspondem a pontos de ramificação que conduziram à formação de grupos taxonómicos distintos e permitem formar árvores filogenéticas parciais, tomam o nome de fósseis de transição. EX: Ichthyostega reúne características dos Peixes e dos Anfíbios actuais.
Argumentos da Embriologia:
Em certas situações a homologia de estruturas não é evidente nos adultos, mas é evidente durante o desenvolvimento embrionário, logo a embriologia permite estabelecer relações de parentesco entre os diferentes grupos de seres vivos.
O estudo comparativo do desenvolvimento embrionário de peixes, anfíbios, aves e mamíferos permite verificar que os embriões são muito semelhantes nas primeiras etapas desse desenvolvimento. Contudo, as diferenças vão-se acentuando nas etapas subsequente.
Numa fase inicial, todo os embriões de Vertebrados apresentam fossetas branquiais e cauda. Nos peixes, as fossetas desenvolvem-se como órgãos respiratórios, enquanto que nos vertebrados terrestres estas estruturas modificam-se e regridem. DA mesma forma, a cauda, nalguns animais como o Homem, sofre uma regressão, desaparecendo no estado definitivo.
Argumentos da Biogeografia:
Este argumento baseia-se na observação de seres vivos em diferentes áreas geográficas que permitiu constatar que a ocorrência de semelhanças nítidas entre seres que habitam locais geograficamente distantes que, num passado já estiveram juntos. EX: fauna e flora das ilhas Tristão da Cunha, da África e da América. Permitiu constatar, também, que a ocorrência de grande diversidade intra-específica em seres vivos que habitam locais geograficamente próximos. EX: tartarugas e tentilhões das Galápagos.
Argumentos da Citologia:
Ao considerar-se que todos os organismos são constituídos por células, e que a célula é a sua unidade estrutural e funcional, a citologia contribuiu para a ideia de que existe uma base comum para todos os seres vivos. Para além disso, os processos e os mecanismos celulares são semelhantes, constituindo um forte argumento a favor de uma origem comum. EX: a mitose e a meiose são idênticas nas células animais e vegetais.
Argumentos da Bioquímica:
Os argumentos bioquímicos são aqueles queutilizam processos químicos ou biomoléculas como justificação à ocorrência de evolução.
Os argumentos bioquímicos que nos permitem afirmar que a evolução ocorreu a partir de um ancestral comum são:
- Os componentes bioquímicos fundamentais são os mesmos para qualquer ser vivo (ácidos nucleicos, prótidos, glícidos, lípidos, água e sais minerais).
- O mecanismo de síntese proteica é comum em todos os organismos, embora as proteínas sintetizadas não sejam de todo iguais.
- O código genético é universal para todos os organismos.
- A energia biológica (ATP) é a mesma para todos os organismos.
Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução
O desenvolvimento da genética, no decurso do século XX, permitiu colmatar as lacunas da teoria de Darwin. Por um lado, a descoberta das mutações permitiu explicar o surgimento de variações nos indivíduos de uma determinada espécie. Por outro lado, a Teoria da Hereditariedade, desenvolvido por Mendel, explicava a transmissão das características de geração em geração. A teoria Neodarwinista é uma teoria completa, ao contrário da terio darwinista, porque explica as causas da variabilidade intra-específica (variedade de formas existentes nos seres vivos) que se devem essencialmente a duas causas: ocorrência de mutações e ocorrência de recombinações genéticas.
O Neodarwinismo engloba duas ideias fundamentais: variabilidade genética e selecção natural explicando a evolução das populações do seguinte modo:
- Numa população existem sempre indivíduos com variações diferentes.
- Essas variações resultam, essencialmente, das mutações e das recombinações genicas que surgem no decorrer da reprodução.
- As mutações e as recombinações genicas, para serem hereditárias e se transmitirem à descendência, têm de fazer parte do património genético das células reprodutoras ou das células da via germinal. As mutações somáticas não se transmitem à descendência.
- O indivíduo que possua a combinação de características externas (fenótipo) mais vantajosa será seleccionado diferencialmente em relação a outros menos favorecidos da mesma população, entendendo-se por população um conjunto de indivíduos da mesma espécie que, num dado momento, ocupam uma determinada área geográfica e se cruzam entre si.
- A evolução corresponde a uma mudança no fundo genético (conjunto de genes existentes numa população) das populações. As populações vão ficando cada vez mais bem adaptadas ao meio porque, em termos globais, há genes que se tornam mais frequentes (genes de indivíduos que se reproduzem mais), enquanto outros vão sendo progressivamente eliminados.
- A unidade evolutiva é a população que é definida através do seu fundo genético – conjunto de todos os genes presentes numa população num dado momento e quando o fundo genético de uma população se altera, tornando-a mais adaptada ao ambiente, diz-se que ocorreu evolução.
UNIDADE 8 – SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS
Sistemas de classificação:
A sistemática é a área do conhecimento biológico que se ocupa do estudo das relações evolutivas dos diferentes grupos de seres vivos ao longo do tempo e do agrupamento e classificação dos seres vivos. A sistemática tem como objectivo a criação de sistemas de classificação que não se limitem a agrupar os seres vivos actuais, mas que reflictam a evolução sofrida por esses grupos ao longo do tempo. 
	Até ao século XVIII, dominado pelo Fixismo, as classificações dos seres vivos eram estáticas, privilegiavam as características estruturais dos organismos e não entrando em linha de conta com o factor tempo, uma vez que partiam do pressuposto da imutabilidade das espécies. Eram, portanto, classificações horizontais (pré-Darwiniano).
	Classificações práticas – foram criadas na tentativa de satisfazer necessidades básicas, como a defesa e a alimentação. Estes sistemas de classificação carecem, muitas vezes, de base científica, sendo meros instrumentos de sistematização utilitária.
	Classificações racionais – propostos pela primeira vez por Aristóteles, na Grécia Antiga, mais objectivos, utilizavam características morfológicas ou fisiológicas, intrínsecas aos seres vivos, representando uma outra forma de organizar o mundo vivo. Baseiam-se em caracteres evidenciados pelos seres vivos.
	Classificações artificiais – baseiam-se apenas numa característica ou num pequeno número de características estruturais apresentadas pelos seres vivos. São classificações artificiais as que se baseiam somente na cor do sangue, na estrutura do coração, no tipo de ovos, na presença de antena e noutras características. Neste sistema de classificação, constitui-se um número restrito de grupos muito heterogéneos, pois os seres vivos podem ser semelhantes nas características seleccionadas, mas muito diferentes outras.
	
	Classificações naturais – baseiam-se no maior número possível de características, pelo que transmitem maior quantidade de informação do que as classificações artificiais. Os grupos formados reúnem indivíduos com maior grau de semelhança e mais relacionados.
As ideias evolucionistas do século XIX influenciaram as classificações, que passaram a reflectir o factor tempo e as relações de geneologia entre os organismos. Como as espécies se foram diversificando ao longo do tempo, as classificações deviam reflectir as relações filogenéticas entre os organismos. Desta forma, surgem os sistemas de classificação filogenéticos ou cladísticos, que tentam agrupar os seres vivos de acordo com o grau de parentesco entre eles. Baseiam-se em critérios estruturais e fisiológicos, mas também paleontológicos, citológicos, embriológicos, genéticos e bioquímicos. As semelhanças entre os organismos surgem como consequência da existência de um ancestral comum, a partir do qual os vários grupos foram divergindo ao longo do tempo. Quanto mais afastado no tempo estiver o ancestral comum, maior será a divergência entre as espécies.
As classificações filogenéticas recorrem à construção de árvores filogenéticas que reflectem a classificação hierárquica dos grupos taxonómicos e ilustram a relação de filogenia e a classificação nas ramificações a partir de ancestrais comuns. As classificações evolutivas dizem-se também verticais, porque têm em conta o factor tempo (pós-Darwiniano).
Distinguem-se dois tipos principais de classificação biológica: a fenética e a evolutiva.
Os sistemas de classificação fenéticos têm como principal objectivo permitir a identificação rápida de um ser vivo, sem se preocupar com as relações evolutivas desse organismo com outros. Baseia-se no grau máximo de semelhança entre organismos, tendo em conta a presença ou ausência de uma série de caracteres fenotípicos. Uma desvantagem deste tipo de classificações reside no facto de nem todas as características fenotípicas semelhantes corresponderem a uma proximidade evolutiva. A semelhança pode dever-se, por exemplo, a uma evolução convergente, que originou estruturas análogas.
Os sistemas de classificação filogenéticos ou cladísticos pretendem traduzir, com rigor, as relações entre os organismos, tendo e conta a história evolutiva dos seres.
Polimorfismo – várias formas morfologicamente diferentes nos indivíduos adultos.
Uma característica morfológica muito importante na classificação dos seres é o tipo de simetria corporal que os mesmos apresentam: sem simetria (EX: esponja); simetria radial (EX: estrela-do-mar que tem vários planos de simetria que se intersectam num eixo); simetria bilateral (EX: borboleta que tem um plano de simetria que divide o corpo em duas partes simétricas).
TAXONOMIA
É a Lineu que se deve um dos primeiros sistemas de classificação com um grau de estruturação assinalável. Este sistema, apesar de ter evoluído e de se ter diversificado, mantém parte da hierarquização proposta por Lineu. Neste sistema as categorias taxonómicas ou taxa, (plural de taxon) encontram-se dispostos de forma hierárquica, o que torna evidente o grau de semelhança entre eles. 
A categoria básica deste sistema, entendidacomo a unidade de classificação biológica, é a espécie. Constitui a categoria taxonómica com menor capacidade de inclusão, mas mais uniforme, ou seja, que integra organismos com maior número de características comuns e que cruzados entre si originam descendentes férteis. De acordo com este conceito biológico de espécie, este taxon é natural e é o único agrupamento taxonómico que existe na Natureza, sendo todos os outros fruto de esquemas conceptuais humanos. O reino é a categoria mais abrangente ou com maior amplitude, sendo, por isso, mais heterogénea. Entre estes dois extremos consideram-se:
Espécie ( Géneros (Famílias ( Ordens ( Classes ( Filo ( Reino
Ao longo desta hierarquia (da espécie para o reino), vai aumentando o número de organismos incluídos em cada nível, mas diminuindo o grau de parentesco entre eles.
Espécie · grupo natural constituída por indivíduos com o mesmo fundo genético, morfologicamente semelhantes e que se podem cruzar entre si originando descendentes férteis. Os organismos da mesma espécie estão isolados reprodutivamente dos indivíduos de outras espécies, pelo que é a única categoria taxonómica natural. Todas as outras são agrupamentos feitos pelo Homem.
Com a aceitação das ideias evolutivas, os agrupamentos taxonómicos formados passaram a representar linhagens evolutivas. Assim, considera-se que dois seres são tanto mais próximos quanto maior for o número de taxa comuns a que pertencem.
A nomenclatura:
Consiste na atribuição de um nome científico aos diferentes grupos taxonómicos e surgiu para tentar uniformizar os nomes que eram dados aos seres vivos pois, popularmente, os organismos são conhecidos por nomes muito diferentes, que até podem variar de região para região.
A nomenclatura é atribuída de acordo com regras específicas com o objectivo de criar uma nomenclatura internacional.
As regras básicas de nomenclatura são iguais no mundo inteiro:
 ( A designação dos taxa é feita em Latim, porque é uma língua que já era usada na Idade Média havendo já muitos nomes atribuídos, pelo que não seria necessário alterá-los e também porque o Latim é uma língua morta, como não evolui, o significado das palavras não se altera.
( As espécies são designadas por um sistema de nomenclatura binomial, segundo o qual, o nome da Espécie é formado por duas palavras latinas (ou latinizadas). A primeira palavra é um substantivo grafado com inicial maiúscula e corresponde ao nome do Género a que a Espécie pertence. A segunda palavra é, geralmente, um adjectivo. Escreve-se com inicial maiúscula e designa-se restritivo (ou epíteto) específico.
( Os grupos superiores à espécie são uninomiais, formados por uma só palavra, que é um substantivo escrito com inicial maiúscula.
( A nomenclatura das famílias constrói-se acrescentando uma terminação à raiz do nome de um dos géneros: nos animais acrescenta-se idae, nas plantas a terminação é aceae. Existem, contudo, algumas excepções.
( Quando as espécies têm subespécies, a nomenclatura é trinomial, consiste no nome da espécie seguido do restritivo ou epíteto subespecífico.
( Os nomes genéricos, específicos e subespecíficos devem ser escritos em tipo de letra diferente da do texto corrente. Normalmente, utiliza-se o itálico e nos textos manuscritos sublinham-se estas designações.
( Depois da espécie deve escrever-se o nome ou abreviatura do taxonomista que pela primeira vez a partir de 1758, atribuiu o nome científico. Ex: Canis Familiaris (Lineu, 1758)
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADO
O processo de classificação pressupõe a definição de prévia de critérios que o tornam possível. São muitos e variados os critérios utilizados na classificação dos seres vivos. O aumento de critérios utilizados resultou da evolução das ciências biológicas e do aparecimento de uma grande quantidade de dados associados às diferentes áreas: Morfologia, Fisiologia, Embriologia, Paleontologia, Citologia, Estrutura Molecular, etc. Esta diversidade permitiu adequar a classificação à especificidade de cada grupo taxonómico.
Os sistemas de classificação podem ser entendidos como formas de organização de dados respeitantes aos seres vivos que se pretendem classificar. Esta organização depende de critérios que vão sendo revistos ao longo do tempo, o que torna transitórios os sistemas de classificação que reflectem a visão dos seus autores e da comunidade científica em dada altura. 
Num sistema de classificação, os taxa superiores englobam mais organismos e, consequentemente, uma maior diversidade, tornando estes taxa cada vez mais artificiais. Consequentemente, o reino é a categoria taxonómica mais artificial, porque engloba seres que partilham entre si menos características que os seres de categorias inferiores. 
	Sistema de classificação em dois reinos de Aristóteles:
	Critérios de classificação:
A distinção dos seres vivos é feita com base no seu aspecto e na sua capacidade de movimento. Deste modo existem dois reinos:
Reino das Plantas – Abrange uma grande diversidade de organismos – seres fotossintéticos sem locomoção e sem ingestão e, também, bactérias e fungos.
Reino Animal – Inclui seres vivos não fotossintéticos que têm locomoção e que obtêm alimentos por ingestão, tanto unicelulares (protozoários) como os pluricelulares (metazoários).
Limitações deste sistema de classificação:
Este modelo não consegue explicar a posição de certos organismos como a Euglena, que tem locomoção e é fotossintética.
A posição das bactérias e dos fungos não está bem esclarecida. Por exemplo, os fungos são incluídos nas plantas mas não são fotossintéticos e a sua parede celular é de natureza diferente e as bactérias apenas porque possuem parede celular. IMAGEM pag 184
	Sistema de classificação em três reinos de Haeckel:
	Critérios de classificação:
Com o desenvolvimento da microscopia óptica e da tecnologia bioquímica, surgiu o Reino Protista onde foram incluídos os seres de classificação duvidosa, com características de plantas e de animais como as algas unicelulares, os protozoários e os fungos.
	Sistema de classificação em quatro reinos de Copeland:
	Critérios de classificação:
Com o desenvolvimento do microscópio electrónico, Copeland reparou nas grandes diferenças estruturais entre seres eucariontes e procariontes e criou o Reino Monera que incluí os seres procariontes, ficando o Reino Protista com os fungos, algas vermelhas e castanhas e os protozoários.
Página 185
	Sistema de classificação em cinco reinos de Whittaker:
	O sistema de classificação em cinco reinos é bastante coerente em termos moleculares, permitindo sistematizar as características mais importantes dos principais grupos de organismos. Assim, Whittaker inclui os fungos num reino independente, o Reino Fungi.
Em relação ao reino Monera, Whittaker distribui os procariontes por dois grupos: Eubactéria e Arqueobactéria (verdadeiras bactérias e primeiras bactérias, respectivamente).
Esta nova classificação baseia-se em estudos realizados por Carl R. Woese. Ao utilizar novas técnicas moleculares , este cientista determinou as sequências nucleotídicas de RNA de diferentes seres vivos, a partir das quais se estabeleceram as relações filogenéticas entre eles. 
Os grupos, arquebactéria e eubactéria, foram estabelecidos com base nessas diferenças bioquímicas.
As Arqueobactérias e eubactérias são muito semelhantes quando observadas ao microscópio óptico. No entanto, dados obtidos pelo microscópio electrónico e análises químicas revelam diferenças muito significativas na sua estrutura e composição química.
Por exemplo, a composição química da parede celular das arqueobactérias mostra que estas não possuem os glicopéptideos que as eubactérias possuem. Também as arqueobactérias são capazes de viver em ambientes muito extremos como: salinas e salmouras, fundo de pântanos, aparelho digestivo de alguns animais, águas quentes e ácidas ou sulfurosas. 
As condições extremas desobrevivência das arqueobactérias são semelhantes às que terão existido na Terra primitiva. Por isso supõe-se que terão surgido precocemente na História da Terra, provavelmente há cerca de 3400 a 2600 milhões de anos.
O sistema de classificação de Whittaker é apresentado por este em 1969 mas apresenta algumas limitações que o próprio reconhece como:
- Dificuldade em separar seres eucariontes unicelulares e pluricelulares, como acontece com as algas verdes que podem ser eucariontes unicelulares, coloniais ou multicelulares. As algas multicelulares estavam no Reino das Plantas e as unicelulares e coloniais no Reino Protista.
Assim, em 1979 Whittaker altera o seu anterior sistema de classificação e coloca no reino Protista os fungos flageladis e todas as algas, quer sejam unicelulares, quer sejam multicelulares.
Critérios de classificação:
Organização estrutural: Diz respeito ao tipo de célula, se é procariótica, e se os seres são unicelulares ou pluricelulares.
Tipos de nutrição: Tem como base o processo de obtenção de alimento, os seres podem ser autotróficos fotossintéticos ou quimiossintéticos ou podem ser heterotróficos, obtendo o alimento por ingestão ou por absorção.
Interacções nos ecossistemas: São as interacções alimentares que os organismos estabelecem no ecossistema que estão relacionadas com o modo de nutrição: Assim, consideram-se: os produtores, que são autotróficos, os macroconsumidores, que são heterotróficos e que obtêm os alimentos por ingestão e os microconsumidores que são heterotróficos decompositores ou saprófitos que obtêm o alimento por absorção da matéria decomposta.
	REINOS
	TIPO DE CÉLULA
	ORGANIZAÇÃO CELULAR
	TIPO DE NUTRIÇÃO
	INTERACÇÃO NOS ECOSSISTEMAS
	EXEMPLOS
	Animalia
	Eucariótica, com núcleo, sem parede celular e cloroplastos
	Multicelulares com diferenciação celular e tecidular
	Heterotróficos por ingestão
	macroconsumidores
	Homem, javali, cavalo, cão, baleia…
	Plantae
	Eucariótica com núcleo, parede celular celulósica e com cloroplastos
	Multicelulares com diferenciação celular e tecidular
	Autotróficos por Fotossíntese
	Produtores 
	Angiospérmicas, gimnospérmicas…
	Fungi
	Eucariótica com núcleo, parede celular com quitina, se cloroplastos
	Multicelulares (bolores e cogumelos) unicelulares (leveduras)
	Heterotróficos por absorção
	microconsumidores
	Saprófitos, simbiontes, líquenes, parasitas
	Protista
	Eucariótica, com núcleo, alguns com cloroplastos, com ou sem parede celular
	Unicelulares ou pluricelulares (com pouca diferenciação tecidular)
	Autrotróficos fotossintéticos ou heterotróficos por absorção ou ingestão
	Produtores (algas)
Macroconsumidores (protozoários)
Microconsumidores (mixomicetos)
	Protozoários, algas, mixomicetos
	Monera
	Procariótica sem núcleo, sem organelos membranares, tem parede celular (peptoglicano)
	Unicelulares (solitárias ou coloniais)
	Autrotrófica por fotossíntese ou autotrófica por quimiossíntese ou heterotrófica por absorção
	Microconsumidores pq há bactérias heterotróficas.
Produtoras pq as cianobactérias são fotossintéticas
	bactérias
GEOLOGIA
Rochas sedimentares
Um mineral é um sólido cristalino, formado por processos geológicos, com uma composição química fixa ou variável dentro de limites definidos e uma estrutura interna específica.
As diferenças entre os minerais resultam do tipo de átomos que fazem parte da sua constituição e da forma como esses átomos se arranjam na estrutura cristalina.
Os minerais são estáveis apenas numa gama fixa de condições, nas quais se verifica o equilíbrio com o seu ambiente. Alterações de pressão, temperatura e composição química do meio envolvente determinam alterações dos minerais, que resultam num novo equilíbrio.
Os minerais que têm a mesma estrutura cristalina, as mesmas formas externas, mas a composição química diferente designam-se minerais isomorfos.
Os minerais polimorfos têm a mesma composição química mas a mesma forma externa, a mesma estrutura cristalina.
	Propriedades dos minerais
	Determinação
	
F
Í
S
I
C
A
S
	
Ó
P
T
I
C
A
S
	Cor
	Ideocromáticos – cor própria não variável 
Alocromáticos – cor variável
	
	
	Risca
	Cor do mineral quando reduzido a pó por vezes diferente da cor do mineral
Determina-se raspando o mineral numa placa de porcelana.
Os minerais alocromáticos possuem risca clara ou incolor
	
	
	Brilho
	Luz reflectida numa superfície de fractura recente do mineral.
Brilho metálico – semelhante ao dos metais
Brilho não metálico.
	
	
M
E
C
Â
N
I
C
A
S
	Dureza
	Relativa – medida segundo uma escala crescente de dez termos – escala de Mohs. Determina-se riscando uma amostra num dos minerais da escala e vice-versa.
Um mineral que risque e seja riscado por um termo da escala, ou se não se riscarem entre si, possui a mesma dureza relativa.
Um dado mineral produz um sulco, risca em todos os termos da escala de menor dureza e é riscado por todos os que possuem dureza superior.
	
	
	Clivagem
	O mineral fractura-se por planos paralelos entre si com superfícies brilhantes.
Os planos de clivagem resultam de ligações químicas entre as partículas mais fracas em determinadas direcções da rede cristalina. O mineral divide-se segundo essas direcções.
	
	
	Fractura
	O mineral divide-se segundo superfícies irregulares, dando origem a fragmentos de superfícies irregulares e de diferentes tamanhos.
As partículas da rede cristalina estão submetidas a forças fortes em todas as direcções.
	
		Densidade
	Razão massa/volume. Depende do tipo de átomos que constituem o mineral e da forma como estão arranjados na estrutura cristalina. É uma das propriedades mais definidas dos minerais. Varia com a pressão e com a temperatura.
	Químicas
	
	A composição de um mineral é definida e pode ser escrita por uma fórmula química. Pode variar, dentro de certos limites, por substituição iónica.
As rochas sedimentares formam-se à superfície, ou próximo dela, e resultam da alteração, desagregação e rearranjo dos constituintes de uma rocha-mãe preexistente – sedimentar, metamórfica ou magmática – provocados por factores físicos, químicos ou biológicos. Surgem frequentemente em estratos e conservam vestígios de seres vivos contemporâneos da sua génese.
 Sedimentogénese – formação, transporte e sedimentação
Rochas sedimentares 
 Diagénese – compactação, cimentação e por vezes, recristalização.
A meteorização refere-se ao conjunto de processos que alteram as características físicas e químicas das rochas à superfície da Terra ou perto dela. A meteorização leva à transformação de uma rocha em partículas.
A erosão é a remoção física das partículas produzidas pela meteorização, por agentes como a água, o gelo ou a gravidade.
A meteorização pode ser:
 - Física por ( Alívio de pressão
 ( Variações térmicas (contracções e dilatações)
( Congelamento de água em fendas (crioclastia)
( Actividade biológico (ex. raízes das árvores ou animais escavadores)
- Química por (Dissolução
 ( Hidrólise
 ( Oxidação/redução
Geralmente, na Natureza, a meteorização física e química ocorrem em conjunto e os seus efeitos estão relacionados. As rochas que sofrem meteorização física ficam com uma maior superfície exposta aos agentes que causam a meteorização química.
Os sedimentos podem ser partículas sólidas soltas ou substâncias dissolvidas na água, que vão ser transportadas e depositadas.
O transporte é o movimento dos sedimentos por agentes físicos (rios, glaciares, vento, ondas…)
A sedimentação verifica-se quando o agente transportador perde energia e os sedimentos se depositam.
Diagénese ( converte os sedimentos soltos numa rocha sedimentar coerente:
Compactação (maior aproximação

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