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Introdução
As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento mas sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos, amigos. São também cuidadoras, não só das crianças ou outros membros da família, mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade. A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico. Outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos.
Dentro da perspectiva de buscar compreender essa imbricação de fatores que condicionam o padrão de saúde da mulher, este documento analisa, sob o enfoque de gênero, os dados epidemiológicos extraídos dos sistemas de informação do Ministério da Saúde e de documentos elaborados por instituições e pessoas que trabalham com esse tema. 10 Propõe diretrizes para a humanização e a qualidade do atendimento, questões ainda pendentes na atenção à saúde das mulheres. Toma como base os dados epidemiológicos e as reivindicações de diversos segmentos sociais para apresentar os princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher para o período de 2004 a 2007.
Importância da saúde preventiva da mulher
Entre os grupos de risco que merecem particular atenção da Medicina Preventiva, está a mulher, ao longo das várias fases da sua vida e que devem ser marcadas por diferentes e adequados tipos de prevenção.
Até à adolescência (18 anos), as meninas devem ser seguidas por um pediatra, que deve acompanhar o seu crescimento, no qual se destaca o início da menstruação (menarca), cuja idade média atualmente é de 13 anos.
A correria do dia-dia faz com as mulheres cuide cada vez menos de si mesma. Comemorado no dia 08 de março o dia internacional da mulher homenageia todas as mulheres e traz a tona o cuidado com a saúde e a prevenção, assunto este extremamente importante. Segundo o ministério da saúde o câncer de mama é o mais frequente ente a população feminina, seguido do câncer de colo do útero. Carla Polido, docente do departamento de medicina da UFSCAR, afirma que câncer do colo do útero é hoje considerado uma doença sexualmente transmissível, na maioria dos casos é decorrente da infecção pelo HPV (papiloma vírus humano). A melhor prevenção é a pratica do sexo seguro, através do uso de preservativo de borracha (camisinha), mais também a redução do numero de parceiros sexuais e redução do inicio precoce da atividade sexual.
De acordo com Carla, todas as mulheres sexualmente ativas ou a partir de 25 anos de idade, independente da atividade sexual, devem ser submetidas anualmente a coleta do exame.
A partir dos 40 anos, mulheres devem aproveitar a ida anual ao ginecologista para indicar os fatores de risco clínico individual, mulheres nesta faixa etária podem estar propensas ao sedentarismo, obesidades diabetes, hipertensão, depressão, entre outros.
Mulher, mercado de trabalho e desigualdade.
O crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho é uma
transformação estrutural na composição de forças e responsável por criar ambiente favorável para outras mudanças na situação de desigualdade de oportunidades
As lutas que as mulheres enfrentam cotidianamente para superar as desigualdades de gênero envolvem, em diferentes momentos da história e contextos sociais, dramas, tragédias e resistências na família, na escola, no trabalho, na comunidade, no partido, no sindicato.
Em meio a tantas adversidades, no entanto, houve avanços em diversas questões, apesar de ainda estarmos muito, muito distante da situação ideal.
A luta pela equidade de gênero precisa ocupar os diferentes espaços e dimensões da vida. É tarefa de todos e essencial na busca por uma sociedade em que haja liberdade, igualdade e justiça na sociedade. Diversas pesquisas mostram como o caminho a ser percorrido é longo.
De acordo com recente trabalho do IBGE, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, usando dados do Censo de 2010, comparados aos de 2000, a participação das mulheres com idade ativa (16 anos ou mais) no mercado de trabalho cresceu de 50% (2000) para 55% (2010), enquanto a participação dos homens caiu de 80% para 76%.
Essa diferença de participação entre homens (76%) e mulheres (55%) indica que há um contingente potencial de mulheres que pode ingressar no mercado de trabalho e continuar responsável pelo vigor futuro da formação da força de trabalho do País.
O crescimento da participação é maior para aquelas com mais de 30 anos, assim como a participação das que vivem nas cidades (56%) é superior à das que vivem no meio rural (46%).
O ingresso da mulher no mercado de trabalho é uma transformação estrutural na composição da força de trabalho e é responsável por criar ambiente favorável para outras mudanças na situação de desigualdade de oportunidades.
A formalidade cresceu no mercado de trabalho brasileiro. Para as mulheres, o nível de formalização passou de 51% para 58% e a dos homens de 50% para 59%.
É provável que o emprego doméstico explique parte desse movimento menos intenso de formalização entre as mulheres, pois as trabalhadoras domésticas correspondiam a 15% das mulheres que trabalhavam (em 2000 eram 19%).
O registro em carteira de trabalho cresceu de 37% para 47% da força de trabalho masculina e para a feminina, foi 33% a 40%.
As mulheres estudam mais e têm maior nível de instrução, mas possuem formação em áreas que pagam menores salários e ocupam postos de trabalho com menor remuneração.
É recorrente ainda observar salários menores para mulheres que ocupam funções idênticas às dos homens. Em 2010, o rendimento médio era de R$ 1.587 para eles e de R$ 1.074 para elas, o que corresponde a 68% da remuneração masculina.
As diferenças diminuem nas maiores cidades e na maioria das capitais brasileiras. A remuneração média do Nordeste é 43% menor que a do Sudeste (R$ 881 contra R$ 1575).
O rendimento médio das negras ou pardas (R$ 727) representa 35% do rendimento médio do homem branco (R$ R$ 2.086). O rendimento médio das mulheres rurais é de R$ 480, inferior ao salário mínimo da época, de R$ 510.
No período analisado, dobrou o número de domicílios que tinham as mulheres como responsáveis. Em 2000, eram 11 milhões (24,9%), em 2010, eram 22 milhões, o que corresponde a 38,7% dos domicílios comandados por mulheres.
Nas famílias de casal com um filho, as mulheres são chefes em 24% dos casos (e 23% nos casos de famílias sem filhos). Elas são ainda responsáveis por 87% das famílias formadas por responsável sem cônjuge e com filho.
O emprego e a renda são dois componentes que criam condições para que as mulheres se libertem das incontáveis situações de opressão e humilhação que vivem na relação com os homens, o que lhes têm acarretado o ônus do cuidado dos filhos e, na maior parte das vezes, dos idosos. O rendimento das mulheres tem crescente participação na renda familiar.
Por essa situação relacionada ao cuidado dos filhos e para promover a igualdade de condições de inserção da mulher no mercado de trabalho, é fundamental que as políticas públicas universalizem o direito de acesso às creches, à educação infantil, básica e média, todas em tempo integral.
Desigualdade de gênero.
A desigualdade de gênero esta muita bem associada com a sociedade em que vivemos hoje em dia, mas ao falar de desigualdadede gênero vem em nossa cabeça primeiro, e a desigualdade dos negros em relação aos brancos, das mulheres em relação aos homens, principalmente no mercado de trabalho, entre outras desigualdades. De modo geral vemos que negras não são bem aceitas na sociedade, principalmente na área profissional, ou seja, com o preconceito que as pessoas carregam em relação aos negros e depois em relação às mulheres por considera-las inferiores, frágeis e incapacitadas para executar a mesma tarefa executada por um homem, sendo assim vemos que as mulheres já são consideradas inferiores e se ela for negra ela ainda e mais discriminada na sociedade, um exemplo que podemos citar e que nas novelas a gente quase não vê uma mulher negra com um papel principal na novela, vemos que normalmente as mulheres negras são colocadas como empregadas, ou como uma pessoa qualquer.
Para começarmos a ver um pouco mais as questões de desigualdade em relação aos negros, vemos que hoje há esse grande desequilíbrio e desigualdade social, pois no passado com o processo de colonização dos países, os negros eram explorados de criança ate a velhice pelos grandes senhores feudais no período em que ainda existia a escravidão, eles eram sequestrados e vendidos para prestar serviço aos grandes senhores feudais, sem oferecer a eles nenhuma oportunidade de mostrar que são iguais a todo mundo e que poderiam ter uma vida normal na sociedade. Desde então os negros vêm com esse cargo de inferioridade em suas “costas”.
Ao analisarmos essa situação vemos que desde o passado então, essa inferioridade vem atingindo os negros de forma geral e, com isso vemos que os negros ainda não conseguiram seu valor na sociedade como os brancos e, nós mesmos estamos guardando esse preconceito irracional, quando escolhemos para trabalhar em uma empresa um branco sem muita qualificação em vez de escolher uma pessoa negra com mais qualificação que o branco, também podemos ver essa inferioridade quando vemos que as escolas particulares oferecem melhor ensino que as escolas públicas, pois ao fazermos uma analise, nas escolas publicas estão a maioria da população negra. O preconceito de modo geral e uma “coisa boba” e sem razão, pois enquanto temos preconceitos contra os negros, estamos tendo preconceito contra nós, pois somos descendentes dos negros, além de que há grande influencia dos negros em nossa cultura, como na musica, na culinária, no modo de vestir e, ao vermos isso vemos que os negros não têm a mesma condição de vida que os brancos.
Ao falarmos em negros com preconceito racial voltado a eles, não podemos nos esquecer das mulheres, que como tem o preconceito voltado para os negros, tem também o preconceito voltado para as mulheres principalmente no mercado de trabalho. Vê-se que há muito tempo a mulher e vista pelo homem como uma pessoa frágil e inferior a ele.
O “machismo” ainda esta presente m nossa sociedade, ao vermos que a cada dia acontece coisa em nosso meio que podemos ver que as mulheres não são inferiores e nem frágeis, elas são atenciosas e cuidadosas, alguns exemplos são claros para percebemos, por exemplo, se acontecer um acidente e estiver envolvimento com alguma mulher, logo os homens falam: “Ah é uma mulher” e se, acontecer com algum homem, sempre ele acha uma saída para situação, e, ao analisarmos a situação das mulheres principalmente no transporte, vemos que de cada dez acidentes que acontece apenas um envolve mulher e os outros noves envolvem homens. Homens dirigem falando no celular, dirigem embriagados, enquanto a maioria das mulheres nem atendem o celular enquanto estão dirigindo. Outro exemplo que acontece periodicamente em nossos dias e o caso em que se um garoto “ficar” com muitas garotas, ele é um “pegador”, fica popular na cidade, enquanto se uma garota “fica” com muitos garotos, ela passa a ser considerada como “galinha” ou “prostituta”, além de ser discriminada pelas pessoas, ate mesmo pela família.
Sabemos que a cada dia, com o aumento da globalização e da conscientização as mulheres vêm assumindo seu ligar na sociedade, antigamente as mulheres ficavam apenas em casa cuidando da casa e dos filhos, mas hoje as mulheres não querem engravidar muito novas, querem estudar, fazer um curso profissionalizante e conquistar seu lugar no mercado de trabalho, percebe-se que no governo, não existem muitas mulheres para representarem seus direitos, mas e hora das mulheres ficarem ainda mais unidas e elegerem uma representante feminina.
Os crimes que acontecem hoje são oitenta por cento deles, contra as mulheres, às vezes se elas tivessem sido ouvidas, muitos dos crimes que aconteceram, não teriam acontecido, como o caso do ex-goleiro do flamengo, talvez se a ex-garota de programa Eliza Samúdio tivesse sido ouvida, em algumas denúncias que ela já havia feito antes de acontecer à tragédia, ela não teria sido morta. Também vemos que se a justiça tivesse ouvido a cabelereira ela não teria sido morta pelo seu ex-marido Fabio Willian da Silva, de 30 anos, a tiros dentro do salão, em Belo Horizonte. E ao olharmos bem essas duas tragédias, segundo algumas reportagens que foram passadas na televisão, se as duas vitimas tivessem sido ouvidas como deveriam, não teria ocorrido essa tragédia que chamou atenção do mundo inteiro.
De modo geral, quando vamos a um casamento, enquanto o padre ou o pastor celebra o casamento ele coloca algumas colocações importantes na formação da mulher. Segundo eles e a bíblia a mulher foi retirada da costela do homem para ficar ao lado dele, assim podemos fazer as seguintes análises: Se a mulher fosse retirada das mãos do homem, ela seria presa ao homem, fazendo apenas o que o homem deixasse; se fosse retirada cabeça, assim ela mostraria superioridade em relação ao homem, querendo mandar e desmandar em tudo; se ela fosse retirada dos pés do homem, assim ela seria pisada pelo homem, o homem mostraria muita superioridade em relação à mulher, mas que podemos perceber que ela foi retirada das costelas do homem, para que ela mostra igualdade em relação ao homem, um ajudando o outro nos momentos de necessidades. E com isso, concluímos que a mulher não e melhor e nem pior que o homem, que assim como o homem exerce determinada atividade, ela também pode exercer, basta-a mostrar coragem, igualdade e esquecer esse preconceito que homem carregam em relação a elas por questão de fragilidade e inferioridade, porque somos todos iguais, nenhum melhor e nem pior que o outro e se as mulheres lutarem juntas poderão alcançar o lema da revolução francesa: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Mulher, sexo frágil ou forte?
Dizem que a mulher é o sexo frágil. Será mesmo? Como classificar de frágil alguém que consegue equilibrar com maestria os “afazeres femininos”, como cuidar de casa e da família, com a carreira profissional? Enfrentar as diversas discriminações da sociedade e as barreiras impostas por um mercado de trabalho ainda preconceituoso? Classificar as mulheres de sexo frágil é um equívoco. Alguns argumentos para comprovar isto: elas vivem mais do que os homens; já são a maioria nas escolas e nas universidades; das 97 milhões de pessoas acima de 16 anos presentes no mercado de trabalho em 2008, cerca de 42,5 milhões (43,7% do total) eram de mulheres e elas ainda têm uma jornada semanal superior à dos homens ao se conjugarem as informações relativas às horas de trabalho dedicadas às tarefas domésticas com àquelas referentes à jornada exercida no mercado de trabalho. O número de famílias chefiadas por mulheres aumentou de 25,9% para 34,9% entre 1998 e 2008. Como podemos ver as mulheres têm se mostrado fortes o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição e ainda administrar o tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais. O que muitos consideram fragilidade é na verdade sensibilidade. Qualidade que é capaz de colaborar nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, poiso mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas e a mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo. A fragilidade da mulher está nos ônus que ela tem que enfrentar pela independência financeira e profissional alcançada. Muitas vezes mulheres bem sucedidas se culpam por não poderem estar presentes fisicamente no dia-a-dia dos filhos e da família; sofrem assédios e violências; recebem remuneração inferior mesmo ocupando posição igual a do homem. As mulheres ainda precisam percorrer um longo caminho até conseguirem usufruir de todas as conquistas de forma mais leve, sem culpas e desconfortos, pois a realidade só começou a mudar muito recentemente. Por isto é importante que o Dia Internacional da Mulher seja uma data muito mais do que comemorativa e sirva também para trazer à tona certos temas que ainda precisam ser debatidos e transformados. *Terezinha Maggi (SETECS/MT) Secretária de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social.
Saúde da mulher no trabalho.
As mulheres estiveram presentes no mercado de trabalho desde o início da industrialização no país. Todavia, essa participação caracterizou-se por períodos de fluxo e refluxo condicionados pelas necessidades do capital. Até muito recentemente o trabalho das mulheres teve, em relação ao dos homens, um caráter complementar na sustentação da família, fazendo com que sua inserção fosse intermitente, em atividades de baixa qualificação e com consequente baixa remuneração. Nos últimos vinte anos, contudo, registrou-se uma acelerada e crescente incorporação das mulheres no mercado de trabalho. Entre 1976 e 1985, a taxa de atividade feminina passou de 28,7% para 36,9%, com um crescimento do contingente de mulheres economicamente ativas a uma taxa geométrica anual de 5,6%, contra apenas 2,9% de incremento do contingente masculino, enquanto a taxa de atividade masculina vem apresentando variações que incluem o crescimento de 78 a 81 e a diminuição de 81 a 84, as taxas de atividade feminina vêm crescendo mesmo com a crise, em cujo ápice, abriram-se para as mulheres oportunidades de trabalho no mercado formal. Em um primeiro momento, parte desse crescimento poderia ser explicada como decorrência de mudanças metodológicas introduzidas nos censos e nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (de realização anual) por influência de pesquisadores/as feministas, que modificaram o processo de coleta de dados sobre o trabalho, conferindo maior visibilidade às atividades das mulheres. Todavia, essa tendência ao aumento da participação feminina tem se acentuado e é consistente com o que vem ocorrendo em outros países da América Latina. Ainda que a maior parte dos estudos enfatize a primazia de determinantes econômicos como a crise, o empobrecimento da
população e a consequente degradação das condições de vida , uma hipótese bastante plausível é a de que, além disso, estariam ocorrendo mudanças nos valores relativos ao trabalho feminino, o que conferiria ao fenômeno um atributo de irreversibilidade. Apesar disso, a inserção feminina continua se dando em menores proporções e de modo bastante diferenciado da masculina. O processo de terceirização da economia brasileira, caracterizado pelo subemprego em atividades de baixa produtividade, baixo prestígio e baixa remuneração, atingiu primordialmente a força de trabalho feminina De qualquer modo, essa distinção faz com que a inserção masculina e feminina no mercado de trabalho seja vista e interpretada de formas diferentes, sendo o trabalho do homem considerado fundamental e o trabalho da mulher complementar. Estabelece-se aí a segregação ocupacional, característica universal do trabalho feminino pela qual a grande maioria das mulheres que tem trabalho remunerado está sujeita a se concentrar em poucas ocupações, principalmente nas atividades informais, no serviço doméstico, como trabalhadoras rurais e como externas de fábricas os setores da economia que absorveram com mais intensidade o trabalho feminino foram a prestação de serviços (32,1%), o setor social (17,1%), o setor agrícola (18,47%), a indústria de transformação (11,6%) e o comércio de mercadorias (10,4%), sendo os dois primeiros caracterizados pela absoluta preponderância de mulheres no setor de prestação de serviços, cuja maioria dos empregos corresponde ao serviço doméstico, as mulheres eram, naquele mesmo ano, 65% das pessoas ocupadas. Nas atividades sociais, caracterizadas em sua maior parte por ocupações da saúde e da educação, a participação feminina de 73% era incontestavelmente hegemônica (Médici, 1989). A atividade feminina tem sido marcada por um refluxo durante o período de maior cuidado e educação dos filhos. Entre as que permanecem empregadas, um alto percentual trabalha em “tempo parcial”, isso porque a incorporação crescente de novas atividades fora do lar não as têm necessariamente desobrigado das antigas funções. Sem equipamentos sociais que as liberem ou aliviem das tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos, grande número de mulheres é levado a optar por jornadas parciais e até mesmo por interrupções frequentes na vida profissional.
Acidente de trabalho, exposições e doenças no âmbito de trabalho.
Diariamente existem inúmeros casos de acidentes do trabalho assim como doenças ocupacionais em que os efeitos são danos, às vezes irreversíveis para o trabalhador vitimado e sua família. O objetivo principal do trabalho é fazer uma breve apresentação do acidente trabalhista assim como das doenças ocupacionais visando pro âmbito dos danos e indenizações. Como metodologia foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Podendo se concluir que para que se possa ter um ambiente de trabalho adequado, sem muitos riscos de acidentes, é necessário que haja uma parceria entre empregador e empregado, se cada um fizer a sua parte, com certeza os incidentes irão diminuir em grande escala.
O Eurostat - o organismo oficial de estatística da União Europeia - divulgou um relatório intitulado "Quem morre do quê na Europa antes dos 65 anos de idade", em que Portugal surge no grupo dos piores países e regiões no que diz respeito às mortes por acidentes.
Acidentes de trabalho, exposições, problemas de saúde E doenças profissionais (cont.) A investigação da UE-OSHA no sector dos transportes encontrou uma falta de adaptação física e organizacional nas condições aos trabalhadores do sexo feminino e recomendou que as mudanças fossem implementadas com urgência. Esta investigação mostrou também que o risco de lesões músculo- esqueléticas entre as mulheres pode ser subavaliado, e que doenças específicas ligadas à postura de pé prolongada, sentado e posturas estáticas está a ser posto de parte, mas alguns Estados-Membros elaboraram programas eficazes para combater o trabalho estático em trabalhos de escritório, por exemplo.
O alemão New Quality of work desenvolveu práticas que ajudam os trabalhadores a movimentarem-se com mais frequência, por exemplo: ü( Adaptar o trabalho ao trabalhador e não o contrário. ü( Tornar o mobiliário mais dinâmico ou seja mais favorável ao movimento, oferecendo soluções dinâmicas, para o movimento frequente, ajudando a manter boas posturas.
A exposição das mulheres a substâncias perigosas continua a ser largamente inexplorado. Os últimos 20 anos revelam que trabalhadores do sexo feminino estão mais frequentemente expostos a substâncias infeciosas tais como: Substância Fonte Circunstância Ocupação, Tarefa Pó, partículas Mercadorias perigosas, como por-exemplo fibras têxteis Trabalhadores da indústria têxtil; Trabalhadores de lavandarias Produtos cosméticos Arranjar cabelos; assistência ao domicilio e saúde Cabeleireiros, Profissionais de Saúde Desinfetantes Produtos de limpeza, produtos de saúde, Empregadas de limpeza; Desinfeção nas áreas da saúde Profissionais de saúde, Empregadas de limpeza. Trabalhadores da manutenção Chumbo e outros metais Fabricação eletrônicade dispositivos; tratamentos dentários Fabrico de próteses dentárias e dispositivos eletrônicos Dentistas
7.1 Conceito de acidente de trabalho.
Quando nos remetemos a pensar sobre o acidente de trabalho propriamente dito, vemos de relance algo relacionado com desgraça, tragédia, fatalidades.
 “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário”  que é o que preceitua  o (art. 19, Lei nº 8.213/91). Como também se podem considerar acidentes de trabalho as entidades mórbidas previstas no art. 20 da Lei nº 8.213/91:
“ I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.”
 Já a lei previdenciária fala que o acidente do trabalho apenas ocorre com trabalhadores que no exercício de suas atividades, estejam prestando serviço à empresa, o segurado empregado ou empregado avulso, assim como o segurado especial, em que provocam lesão corporal ou perturbação funcional suficientes para causar a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.
Embora se diferenciem um pouco, o acidente do trabalho em si é um evento danoso esporádico, que tende a provocar lesão corporal ou perturbação funcional, perda ou redução da capacidade para o trabalho ou morte da vítima, sendo em algumas vezes previsível e evitável, podendo ocorrer devido ao descuidado por parte do indivíduo por deixar de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho, e também pela empresa que não estiver com uma estrutura de prevenção dos acidentes, o acidente do trabalho apresenta duas características, o nexo de causa e efeito. Existindo assim diferença das doenças ocupacionais ao qual veremos adiante.
7.2 Doenças Ocupacionais.
São as que acontecem pela exposição rotineira do trabalhador a agentes nocivos, presentes no âmbito do trabalho. Existindo as doenças do trabalho e as doenças profissionais. Então as doenças ocupacionais já se destacam mais pelo meio ambiente inadequado do trabalho.
Segundo COSTA (p.72) “Doenças ocupacionais são as moléstias de evolução lenta e progressiva, originárias de causa igualmente gradativa e durável, vinculadas às condições de trabalho”
7.3 Possíveis causas e consequências dos acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
Podem ser variadas as causas e consequências dos acidentes de trabalho, mas geralmente acontecem pela exposição do indivíduo aos riscos que envolvam objetos, substâncias químicas, etc. Como nossa sociedade evolui gradativamente quanto a tecnologias o empregado é obrigado a se adequar a tais e principalmente ao ritmo da produção que acompanha tal evolução. Sendo importante destacar também a deficiência no sistema de inspeção do trabalho, excesso de horas extras, sistema inadequado de compensação de quadro de horários e dos turnos de revezamento, a fadiga física e a tensão mental do trabalhador.
Já nas doenças ocupacionais são variadas as possíveis causas dessas doenças como, por exemplo: movimentos repetitivos, cargas excessivas, situações de estresses elevados, etc.
7.4 Lesões acidentárias: Dano Material, dano Moral, Dano Estético.
As lesões acidentárias causar perdas patrimoniais significativas ao trabalhador. Em primeiro lugar, no tocante aos próprios gastos implementados para sua recuperação, em segundo lugar, podem produzir restrições relevantes ou até inviabilização da atividade laborativa do empregado, dependendo da gravidade sofrida da lesão. Tais perdas patrimoniais traduzem-se nos danos materiais, o que efetivamente se perdeu (dano emergente) e aquilo que se deixou de ganhar (lucros cessantes).
As lesões acidentárias também podem causar dano moral ao trabalhador, a doença ocupacional ou acidente do trabalho podem, segundo sua gravidade provocar substanciais  dores físicas e psicológicas nos indivíduos, com intensidade imediata ou até mesmo permanente, ensejando a possibilidade jurídica de reparação.
Também tem de se falar no âmbito estético, segundo OLIVEIRA (2002, pg. 85) “no caso de a lesão comprometer a harmonia física da vitima, não se está diante rigorosamente de um terceiro gênero de danos, mas de uma especificidade destacada do dano moral. Caso não se acolha o dano estético como parte especifica do plano moral protegido, ele se encontraria englobado, de todo modo, no dano à imagem explicitamente tutelado pela constituição federal.
A ordem jurídica tende a acolher a possibilidade de cumulação de indenizações por Dano material, dano moral e dano estético, mesmo que a lesão acidentaria tenha sido a mesma.
7.5 Responsabilidade indenizatória.
É do empregador, obviamente, a responsabilidade pelas indenizações por dano moral ou à imagem resultantes de conduta ilícita por ele feita. Também recai sobre o empregador as responsabilidades pelas indenizações por dano material, moral ou estético decorrentes de lesões vinculadas infortunas do trabalho, sem prejuízo do pagamento pelo INSS.
Há de se seguir requisitos para a responsabilidade empresarial, sem a união unitária dos tais requisitos, não há de se falar em indenizar.
Os requisitos são o dano, nexo causal e culpa empresarial.
O nexo causal é importante para que se haja causalidade na conduta do empregador ou de seus prepostos e o dano sofrido pelo empregado
Já a culpa empresarial é necessária a culpa do empregador ou de suas chefias pelo ato ou situação que provocou o dano no empregado.
Para que de fato haja indenização, tem que se haver prova que, de fato, a doença ou acidente foi causado por culpa do empregador, isto é, esteja presente a negligência, imprudência ou imperícia. Em alguns casos para que haja definição se a lesão ou doença ocupacional foi gerada por culpa do empregador, é necessária a realização de perícia médica. O perito médico pode reconhecer ou não o "nexo causal", isto é, a relação entre trabalho e o fato lesivo. Em outros casos, também é necessária a vistoria do local do trabalho.
Tendência no emprego e seus impactos na segurança e na saúde do trabalho.
O aumento nas taxas de participação de trabalho das mulheres entre 1995-2010 foi acompanhado por muitas mudanças sociais, econômicas, e demográficas. 
Os setores e atividades com uma percentagem elevada de trabalhadores do sexo feminino, onde o trabalho informal é mais prevalente, são um bom ponto de partida para determinar  os riscos e problemas de saúde enfrentados por mulheres que trabalham sem declarar  os rendimentos.
Os problemas de linguagem, a falta de comunicação e formação no trabalho, as horas de trabalho e a fadiga, foram identificados como possíveis fatores para maiores taxas de acidentes no local de trabalho.
 Referencias
http://www.gep.msess.gov.pt/estatistica/acidentes/at2002sintese.pdf
http://www.jornalpp.com.br/cidades/item/29288-import%C3%A2ncia-da-sa%C3%BAde-preventiva-da-mulher#comments
 http://brasildebate.com.br/mulher-mercado-de-trabalho-e desigualdade/#sthash.u0MtdfBt.dpuf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABLJAAL/a-desigualdade-genero
http://www.crea-mt.org.br/palavra_profissional/artigo.php?id=16403
http://www.scielosp.org/pdf/csp/v11n2/v11n2a11.pdf
http://www.dn.pt/portugal/interior/eurostat-compara-mortes-com-dados-de-2002--1351384.html
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