Buscar

Slides Civil Obrigações e Responsabilidade Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL 
- Obrigações - 
 
 
 
Professor: Ms. Danilo Orsida 
 
 
CONTATOS 
 
 - 62 ) 98205 11 17 
 
 
 - e-mail: daniloorsida@gmail.com 
 
 
 - @daniloorsida / facebook.com/danilo.orsida 
 
 
 - @danilo.orsida 
 
 
 
Resgatando Parte Geral 
Prescrição e Decadência 
Art. 189 a 211 CC 
 
 
 
 
 
 
1. O TEMPO COMO FATO JURÍDICO 
 1. O tempo como fato jurídico. 
 2. Fundamentos Sociais da limitação temporal de direitos e 
pretensões. 
 3. Noções conceituais. 
 4. Distinção entre prescrição e decadência 
 5. A prescrição e a decadência no Novo Código Civil 
 6. Causas impeditivas e suspensivas da prescrição 
 7. Causas interruptivas da prescrição 
 8. Prazos de prescrição no Código Civil 
 9. Prazos de decadência no Código Civil 
 10. Prazos prescricionais em matéria de Direito Intertemporal 
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. 
Novo curso de direito civil: 
parte geral. São Paulo: Saraiva, 2017. v.1. 
 
1. O TEMPO COMO FATO JURÍDICO 
 Trata-se, em verdade, da espécie mais importante 
e socialmente difundida de negócio jurídico, 
consistindo, sem sombra de dúvidas, na força 
motriz das engrenagens socioeconômicas do 
mundo. 
 
 Não podemos fixar, ao longo da história, uma data 
específica de surgimento do contrato. 
 
 O que podemos é buscar um período em que a sua 
sistematização jurídica se tornou mais nítida 
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo 
curso de direito civil: 
contratos em espécie. São Paulo: Saraiva, 2017. v.4. 
 
2. FUNDAMENTOS SOCIAIS DA LIMITAÇÃO TEMPORAL 
 “O Direito não socorre aos que dormem !” 
 
 É justamente sobre os efeitos jurídicos do decurso 
do tempo que refere-se os institutos da prescrição 
e decadência. 
 
 O decurso de certo lapso temporal no exercício 
de determinadas faculdades jurídicas pode: 
 1) Ser o fato gerador da aquisição de direitos; 
 2) Pode ter força modificativa; 
 3) Fulminar certos direitos ou as pretensões 
decorrentes de sua violação; 
 
2. FUNDAMENTOS SOCIAIS DA LIMITAÇÃO TEMPORAL 
 Não é razoável, para a preservação do sentido 
de estabilidade social e segurança jurídica, que 
sejam estabelecidas relações jurídicas 
perpétuas. 
 
 “O exercício de direitos não pode ser uma 
ameaça eterna”. 
2. FUNDAMENTOS SOCIAIS DA LIMITAÇÃO TEMPORAL 
 Portanto, a existência de prazo para o exercício 
de direitos e pretensões é uma forma de 
disciplinar a conduta social, sancionando 
aqueles titulares que se mantêm inertes. 
 
 Trata-se da aplicação do brocardo latino: 
“dormientibus non sucurit jus”. 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTOS SOCIAIS DA LIMITAÇÃO TEMPORAL 
3. NOÇÕES CONCEITUAIS 
 A prescrição é a perda da pretensão de 
reparação do direito violado, em virtude da 
inércia do seu titular. 
 
 Tem por objeto direitos subjetivos patrimoniais 
e disponíveis, não afetando, por isso, direitos 
sem conteúdo patrimonial. 
3. NOÇÕES CONCEITUAIS 
 O Código Civil de 1916 não distinguia com 
precisão a decadência e a prescrição. 
 
 Havia doutrinadores, que entendiam que a 
prescrição ocasionaria a perda do próprio 
direito material 
 
 Esta era a ideia que predominava na vigência do 
Código de 1916: a prescrição gerava a perda do 
direito de ação. 
3. NOÇÕES CONCEITUAIS 
 Tradicionalmente, a doutrina sempre defendeu 
que "a prescrição ataca a ação e não o direito, 
que só se extingue por via de consequência”. 
 
 Todavia, a prescrição não atinge o direito de 
ação – que sempre existirá - , mas, sim, a 
pretensão que surge do direito material violado. 
 
 
3. NOÇÕES CONCEITUAIS 
 
 Art. 189. Violado do direito, nasce para o titular a 
pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, 
nos prazos a que aludem os arts. 205 a 206. 
 
 A prescrição, consiste em um elemento de ordem 
pública. Isso quer dizer que, enquanto não 
consumada, ela não pertence às partes, e sim ao 
interesse público. 
 Justamente por isso é que todo prazo 
prescricional é legal, não havendo prazo 
prescricional convencional 
Exemplo citado pelo autor 
 Caio(credor) é titular de um direito de crédito em face de Tício 
(devedor). Nos termos do contrato pactuado, Caio teria direito ao 
pagamento de 100 reais, no dia 1º de janeiro de 2002(dia do 
vencimento). Firmado do contrato no dia 10 de dezembro de 2001, 
Caio já dispõe do crédito, posto somente seja exigível no dia do 
vencimento. Observe, pois, que o direito de crédito nasce com a 
realização do contrato, em 10 de dezembro. No dia do vencimento, para 
a surpresa de Caio, o devedor nega-se a cumprir a sua obrigação. 
Torna-se, portanto, inadimplente, violando o direito patrimonial de Caio 
de obter a satisfação de seu crédito. Neste exato momento, portanto, 
violado, o direito, surge para o credor, a legítima pretensão de poder 
exigir judicialmente, que o devedor cumpra a prestação assumida. Esta 
pretensão, por sua vez, quedará prescrita, se não for exercida no prazo 
legalmente estipulado para seu exercício (dez anos, no Novo Código 
Civil – art. 205, vinte anos, no Código de 1916 – art. 177). 
 
 
Código Civil de 1916 
Art. 172. A prescrição interrompe-se: 
I – pela citação pessoal feita ao devedor, ainda 
que ordenada por juiz incompetente; 
 
(...) 
 
Código Civil de 2002 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que 
somente poderá ocorrer uma vez, dar-
se-á: 
I – por despacho do juiz, mesmo que 
incompetente, que ordenar a citação, se 
o interessado a promover no prazo e na 
forma da lei processual; 
(...) 
 
Código Civil de 1916 
 
Art. 162. A prescrição pode ser alegada, em 
qualquer instância, pela parte a quem 
aproveita. 
Art. 163. As pessoas jurídicas estão sujeitas aos 
efeitos da prescrição e podem invocá-los 
sempre que lhes aproveitar. 
 
Art. 166. O juiz não pode conhecer da prescrição 
de direitos patrimoniais, se não foi invocada 
pelas partes. 
 
Código Civil de 2002 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em 
qualquer grau de jurisdição, pela parte 
a quem aproveita. 
************ 
Novo Código de Processo Civil 
Art. 487. Haverá resolução de mérito 
quando o juiz: 
(...) 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, 
sobre a ocorrência de decadência ou 
prescrição; 
 
CTN Lei 6.830/80 
Art. 174. A ação para a cobrança do 
crédito tributário prescreve em cinco 
anos, contados da data da sua 
constituição definitiva. 
 
Parágrafo único. A prescrição se 
interrompe: 
 
I - pela citação pessoal feita ao devedor (revogado) 
 
I – pelo despacho do juiz que 
ordenar a citação em execução 
fiscal; 
 
•Art.8º, (...) 
 
•§2º-O despacho do Juiz, que 
ordenar a citação ,interrompe a 
prescrição. 
Código Tributário Nacional 
 
 A prescrição atinge a pretensão, a possibilidade ainda que potencial de exigir. Desta 
forma, somente nos direitos emque há prestação se pode falar me prescrição. 
 Todas as ações condenatórias - e somente elas - estão sujeitas à prescrição. 
Prescrição x Decadência 
 
Parte Especial 
Art. 233 e seguintes 
 
 
 
 
 
 
Conceito 
 
 Em objetiva definição, trata-se do conjunto de normas 
reguladoras das relações patrimoniais entre um 
credor(sujeito ativo) e um devedor (sujeito 
passivo) a quem incumbe o dever de cumprir, 
espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, 
fazer ou não fazer.Fontes das Obrigações 
 
 A lei é a fonte primária das obrigações em geral. 
 
 Entretanto, sempre entre a lei e os seus efeitos 
obrigacionais ( os direitos e obrigações decorrentes) 
existirá um FATO JURÍDICO ( o negócio jurídico, o 
ato ilícito.) 
 
 
 
 
Negócio Jurídico 
Distinção entre direitos Pessoais e Reais 
 
 Os Direitos Obrigacionais também são chamados 
de Direitos Pessoais. 
 
 Obrigação é o vínculo que liga as partes a uma 
prestação de conteúdo patrimonial para satisfação do 
interesse do credor. Os direitos pessoais, são os 
direitos de crédito(de conteúdo patrimonial). 
 
 
 
 Direito real é aquele que afeta a coisa direta e imediatamente, sob todos ou sob certos 
respeitos, e a segue em poder de quem quer que a detenha. 
 O direito pessoal é o direito contra determinada pessoa 
 Ao direito das obrigações interessa apenas o estudo das relações jurídicas pessoais 
entre um credor e um devedor 
 
 Obrigações propter rem : A obrigação propter rem é àquela que recai sobre uma pessoa em 
razão da sua qualidade de proprietário ou de titular de um direito real sobre um bem. Segundo 
*Arnoldo Wald, as obrigações propter rem “derivam da vinculação de alguém a certos 
bens, sobre os quais incidem deveres decorrentes da necessidade de manter-se a coisa”. 
 
 
São exemplos de obrigação propter rem: 
 A obrigação do adquirente de um bem hipotecado de saldar a dívida que a este onera se 
quiser liberá-lo; 
 A obrigação do condômino de pagar as dividas condominiais; 
 A obrigação do proprietário de um bem de pagar os tributos inerentes à coisa; 
 
 Questão 01 - (FGV OAB 2013) João, militante ambientalista, adquire chácara em área 
rural já degradada, com o objetivo de cultivar alimentos orgânicos para consumo 
próprio. Alguns meses depois, ele é notificado pela autoridade ambiental local de que a 
área é de preservação permanente. Sobre o caso, assinale a afirmativa correta. 
 
 a) João é responsável pela regeneração da área, mesmo não tendo sido responsável por sua 
degradação, uma vez que se trata de obrigação propter rem. 
 b) João somente teria a obrigação de regenerar a área caso soubesse do dano ambiental 
cometido pelo antigo proprietário, em homenagem ao princípio da boa-fé. 
 c) O único responsável pelo dano é o antigo proprietário, causador do dano, uma vez que 
João não pode ser responsabilizado por ato ilícito que não cometeu. 
 d) Não há responsabilidade do antigo proprietário ou de João, mas da Administração Pública, 
em razão da omissão na fiscalização ambiental quando da transmissão da propriedade. 
 
 Questão 01 - (FGV OAB 2013) João, militante ambientalista, adquire chácara em área 
rural já degradada, com o objetivo de cultivar alimentos orgânicos para consumo 
próprio. Alguns meses depois, ele é notificado pela autoridade ambiental local de que a 
área é de preservação permanente. Sobre o caso, assinale a afirmativa correta. 
 
 a) João é responsável pela regeneração da área, mesmo não tendo sido responsável por sua 
degradação, uma vez que se trata de obrigação propter rem. 
 b) João somente teria a obrigação de regenerar a área caso soubesse do dano ambiental 
cometido pelo antigo proprietário, em homenagem ao princípio da boa-fé. 
 c) O único responsável pelo dano é o antigo proprietário, causador do dano, uma vez que 
João não pode ser responsabilizado por ato ilícito que não cometeu. 
 d) Não há responsabilidade do antigo proprietário ou de João, mas da Administração Pública, 
em razão da omissão na fiscalização ambiental quando da transmissão da propriedade. 
 
 (FGV 2011 - OAB) João adquiriu em maio de 2000 um imóvel em área rural, banhado 
pelo Rio Formoso. Em 2010, foi citado para responder a uma ação civil pública proposta 
pelo Município de Belas Veredas, que o responsabiliza civilmente por ter cometido 
corte raso na mata ciliar da propriedade. João alega que o desmatamento foi cometido 
pelo antigo proprietário da fazenda, que já praticava o plantio de milho no local. Em 
razão do exposto, é correto afirmar que 
 
 a) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, mas, como não há nexo de causalidade 
entre a ação do novo proprietário e o corte raso na área, verifica-se a excludente de 
responsabilidade, e João não será obrigado a reparar o dano. 
 b) a responsabilidade civil por dano ambiental difuso prescreve em cinco anos por força da Lei 
9.873/99. Logo, João não será obrigado a reparar o dano. 
 c) João será obrigado a recuperar a área, mas, como não poderá mais utilizá-la para o plantio 
do milho, terá direito a indenização, a ser paga pelo Poder Público, por força do princípio do 
protetor-recebedor. 
 d) a manutenção de área de mata ciliar é obrigação propter rem; sendo obrigação de 
conservação, é automaticamente transferida do alienante ao adquirente. Logo, João terá que 
reparar a área. 
 
 (FGV 2011 - OAB) João adquiriu em maio de 2000 um imóvel em área rural, banhado 
pelo Rio Formoso. Em 2010, foi citado para responder a uma ação civil pública proposta 
pelo Município de Belas Veredas, que o responsabiliza civilmente por ter cometido 
corte raso na mata ciliar da propriedade. João alega que o desmatamento foi cometido 
pelo antigo proprietário da fazenda, que já praticava o plantio de milho no local. Em 
razão do exposto, é correto afirmar que 
 
 a) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, mas, como não há nexo de causalidade 
entre a ação do novo proprietário e o corte raso na área, verifica-se a excludente de 
responsabilidade, e João não será obrigado a reparar o dano. 
 b) a responsabilidade civil por dano ambiental difuso prescreve em cinco anos por força da Lei 
9.873/99. Logo, João não será obrigado a reparar o dano. 
 c) João será obrigado a recuperar a área, mas, como não poderá mais utilizá-la para o plantio 
do milho, terá direito a indenização, a ser paga pelo Poder Público, por força do princípio do 
protetor-recebedor. 
 d) a manutenção de área de mata ciliar é obrigação propter rem; sendo obrigação de 
conservação, é automaticamente transferida do alienante ao adquirente. Logo, João 
terá que reparar a área. 
 
Obrigação de dar: 
 As obrigações de dar, têm por objeto prestações de coisas, consistem na atividade de dar 
(transferindo-se a propriedade da coisa), entregar (transferindo-se a posse ou a detenção) ou 
restituir (quando o credor recupera a posse ou a detenção da coisa entregue ao devedor) 
 Subdivide-se em: dar coisa certa (arts.233 a 242) ou dar coisa incerta ( arts. 243 a 246 do CC/02) 
 
 
Obrigação de dar coisa certa: 
 Nesta modalidade de obrigação, o devedor obriga-se a dar, entregar ou restituir coisa específica, 
certa, determinada. 
 Ex: “ um carro marca X, placa 5555, ano 2016, chassi n., cujo proprietário é ... ” 
 
Obrigação de dar coisa certa: 
 Ex: “ um animal reprodutor bovino da raça nelore, com peso de ___, arrobas, numero de registro 
8888, cujo proprietário é ... ” 
 O credor não está obrigado a receber outra coisa senão aquela descrita no título da obrigação. 
 
 
Obrigação de dar 
 Neste sentido às obrigações de dar coisa certa, 
aplica-se o artigo 313 do C/C 2002: 
 
 “Art. 313 - O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que 
mais valiosa” 
 
 Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os 
acessórios dela embora não mencionados, salvo se 
o contrário resultar do título ou das circunstâncias. 
Obrigação de dar 
Perda ou perecimento (prejuízo total) 
 
 Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a 
coisa se perder,sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica 
resolvida a obrigação para ambas as partes; se 
a perda resultar de culpa do devedor, responderá 
este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 
Obrigação de dar 
Deterioração (prejuízo parcial) 
 Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor 
culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou 
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que 
perdeu. (sem culpa do devedor) 
 
 Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor 
exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado 
em que se acha, com direito a reclamar, em um ou 
em outro caso, indenização das perdas e danos. 
(com culpa do devedor) 
 
 
Obrigação de dar 
Melhoramento 
 Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier 
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou 
trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de 
indenização. 
 
 Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, 
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se 
regulará pelas normas deste Código atinentes às 
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de 
má-fé. 
 Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, 
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste 
Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
 
Obrigação de dar coisa incerta: 
 A expressão “coisa incerta” indica que a obrigação tem objeto indeterminado, mas não 
totalmente, porque deve ser indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. É, portanto, 
indeterminada, mas determinável. Falta apenas determinar sua qualidade. 
 
Obrigação de dar 
Coisa incerta 
 Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, 
pelo gênero e pela quantidade. 
 
 Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela 
quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o 
contrário não resultar do título da obrigação; mas não 
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a 
prestar a melhor. 
 
 Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o 
disposto na Seção antecedente. 
 
 Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor 
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por 
força maior ou caso fortuito. 
 TRF 5ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA - Maria do Carmo 
comprou um vestido de noiva que pertenceu a Elizabeth Taylor de Leiloarte S/A para o 
seu casamento que se realizaria dia 20/10/2011, dia agendado também para a entrega 
do vestido. Em 10/10/2011 houve uma forte tempestade na cidade e um raio incendiou o 
atelier de costura onde o vestido de Maria do Carmo estava guardado. Nesse mesmo 
dia, vários incêndios ocorreram na cidade, também causados por raios. 
 a) Neste caso, a obrigação é dedar coisa certa e se perdeu com culpa do devedor que deverá 
devolver as importâncias recebidas. 
 b) Fazer e se perdeu com culpa do devedor que deverá indenizar Maria do Carmo por perdas 
e danos. 
 c) Dar coisa certa e se perdeu sem culpa do devedor, resolvendo-se. 
 d) Dar coisa certa e se perdeu quando o devedor já estava em mora. 
 e) Fazer e pode ser executada por terceiro à custa do devedor que agiu com culpa. 
 TRF 5ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA - Maria do Carmo 
comprou um vestido de noiva que pertenceu a Elizabeth Taylor de Leiloarte S/A para o 
seu casamento que se realizaria dia 20/10/2011, dia agendado também para a entrega 
do vestido. Em 10/10/2011 houve uma forte tempestade na cidade e um raio incendiou o 
atelier de costura onde o vestido de Maria do Carmo estava guardado. Nesse mesmo 
dia, vários incêndios ocorreram na cidade, também causados por raios. 
 a) Neste caso, a obrigação é dedar coisa certa e se perdeu com culpa do devedor que deverá 
devolver as importâncias recebidas. 
 b) Fazer e se perdeu com culpa do devedor que deverá indenizar Maria do Carmo por perdas 
e danos. 
 c) Dar coisa certa e se perdeu sem culpa do devedor, resolvendo-se. 
 d) Dar coisa certa e se perdeu quando o devedor já estava em mora. 
 e) Fazer e pode ser executada por terceiro à custa do devedor que agiu com culpa. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO 
AOS SUJEITOS DA RELAÇÃO 
OBRIGACIONAL 
 Singulares: Quando em cada polo subjetivo verifica-se um sujeito credor e 
um sujeito devedor. 
 
 Plurais/ Múltiplas: Quando o polo credor ou devedor são integrados por 
dois ou mais sujeitos. 
 Obrigação solidária é aquela em que, havendo vários devedores, cada 
um responde pela dívida inteira como se fosse o único devedor. Se a 
pluralidade for de credores, pode qualquer um deles exigir a prestação 
integral como se fosse único credor (art. 264). 
 
 Solidariedade ativa ou de credores: na solidariedade ativa, há 
multiplicidade de credores, com direito a uma quota da prestação. 
Todavia, em razão da solidariedade, cada qual pode reclamá-la por inteiro 
do devedor comum. Este, no entanto, pagará somente a um deles. 
 Solidariedade ativa ou de credores: O credor que receber o pagamento 
entregará aos demais as quotas de cada um. O devedor se libera do vínculo 
pagando a qualquer cocredor, enquanto nenhum deles demandá-lo 
diretamente (CC, art. 268). 
 Exemplo: Na conta bancária conjunta, encontra-se exemplo dessa espécie, por 
permitir que cada correntista saque todo o dinheiro depositado. Todos podem 
movimentar livremente a referida conta, conjunta ou separadamente. Cada 
correntista credor pode, individualmente, sacar todo o numerário depositado, 
sem que o banco, devedor na condição de depositário, possa recusar-se a permitir o 
levantamento, exigindo a participação de todos. 
 Solidariedade passiva ou de devedores: havendo vários devedores 
solidários (solidariedade passiva), o credor pode cobrar a dívida inteira de 
qualquer um deles, de alguns ou de todos conjuntamente. 
 Solidariedade passiva ou de devedores: Qualquer devedor pode ser 
compelido pelo credor a pagar toda a dívida, embora, na sua relação 
com os demais, responda apenas pela sua quota-parte. 
 Nessa modalidade, o credor tem maiores probabilidades de receber o seu 
crédito, pois pode escolher o devedor de maior capacidade financeira e 
maior patrimônio para ser acionado, bem como demandar todos eles, se 
preferir. 
 Ex. marido e mulher fazem um empréstimo de R$50.000,00, tornando-se devedores 
da obrigação de pagar o Banco credor. Tanto o marido como a mulher são obrigados 
ao pagamento do valor total do empréstimo, não podendo um deles querer pagar só a 
metade alegando que a outra parte é devida pelo seu cônjuge. O Banco pode 
inclusive cobrar o valor total de apenas um deles que, por sua vez, se pagar 
sozinho, terá ação de regresso contra o outro para reaver a parte que lhe cabe. 
 Solidariedade recíproca ou mista, simultaneamente de credores e de 
devedores: tanto o Código Civil de 1916 como o de 2002 disciplinaram 
apenas as duas primeiras, não estabelecendo regras sobre a solidariedade 
recíproca ou mista. Na vida prática, raramente se encontra um caso de 
solidariedade recíproca. Aplicam-se-lhe as normas expressamente previstas 
para a solidariedade ativa e a solidariedade passiva, de cuja combinação é 
resultante. 
 Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais 
de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou 
obrigado, à dívida toda. 
 
 Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade 
das partes. 
 
Solidariedade Ativa ou Passiva ? 
Solidariedade Ativa 
Solidariedade Ativa ou Passiva ? 
Solidariedade Passiva 
 TJ/GO 2012 - FCC - JUIZ SUBSTITUTO - Antônio obrigou-se a entregar a Benedito, 
Carlos, Dario e Ernesto um determinadotouro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 
(oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, 
o animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. 
 
 a) Nesse caso, a obrigação é de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as partes 
com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto. 
 b) indivisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor. 
 c) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor. 
 d) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos 
credores, em lugar do objeto perecido. 
 e)de dar coisa certa, indivisível, devendo o devedor entregar a indenização a todos os 
credores. 
 TJ/GO 2012 - FCC - JUIZ SUBSTITUTO - Antônio obrigou-se a entregar a Benedito, 
Carlos, Dario e Ernesto um determinado touro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 
(oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, 
o animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. 
 
 a) Nesse caso, a obrigação é de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as 
partes com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto. 
 b) indivisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor. 
 c) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor. 
 d) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos 
credores, em lugar do objeto perecido. 
 e)de dar coisa certa, indivisível, devendo o devedor entregar a indenização a todos os 
credores. 
 TRT 4ª 2012 - FCC - JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO - No que tange às 
obrigações solidárias, é correto afirmar que: 
 
 A) O credor de obrigação solidária pode exigir que apenas um dos devedores 
pague totalmente a dívida comum. 
 B) Importa renúncia à solidariedade a propositura de ação contra apenas um dos 
devedores 
 C) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, deixa de existir a 
solidariedade. 
 D) A solidariedade decorre da lei ou das circunstâncias do negócio jurídico. a elas 
se aplicam todas as disposições referentes às obrigações indivisíveis. 
 TRT 4ª 2012 - FCC - JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO - No que tange às 
obrigações solidárias, é correto afirmar que: 
 
 A) O credor de obrigação solidária pode exigir que apenas um dos 
devedores pague totalmente a dívida comum. 
 B) Importa renúncia à solidariedade a propositura de ação contra apenas um dos 
devedores 
 C) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, deixa de existir a 
solidariedade. 
 D) A solidariedade decorre da lei ou das circunstâncias do negócio jurídico. a elas 
se aplicam todas as disposições referentes às obrigações indivisíveis. 
 (TJ/MS/Juiz de Direito/2010/Fundação Carlos Chagas) Na 
solidariedade ativa: 
 a) Mais de um credor está obrigado à dívida toda. 
 b) Mais de um devedor pode exigir a dívida toda. 
 c) Convertendo-se a prestação em perdas e danos não mais subsiste a 
solidariedade. 
 d) Cada um dos credores tem direito a exigir do devedor o cumprimento 
da prestação por inteiro. 
 e) Se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá 
direito a receber a integralidade do crédito do finado. 
 (TJ/MS/Juiz de Direito/2010/Fundação Carlos Chagas) Na 
solidariedade ativa: 
 a) Mais de um credor está obrigado à dívida toda. 
 b) Mais de um devedor pode exigir a dívida toda. 
 c) Convertendo-se a prestação em perdas e danos não mais subsiste a 
solidariedade. 
 d) Cada um dos credores tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro. 
 e) Se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá 
direito a receber a integralidade do crédito do finado. 
MUITO OBRIGADO!

Continue navegando