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Universidade Estácio de Sá – Campus Sulacap Curso de Engenharia Disciplina: Física Teórica Experimental III - CCE0850 MANUAL DE LABORATÓRIO – EXPERIÊNCIA 2 Superfícies Equipotenciais Objetivos da experiência Fazer um mapeamento das linhas equipotenciais e das de força de um campo elétrico, através da simulação do caso eletrostático. Material Ponteira de tomada de dados; Cuba projetável com escala; Eletrodos planos; Eletrodos cilíndricos; Conexão de fios banana e banana e garra; Fonte de alimentação; Multímetro; Chave liga/desliga e Becker com água salgada (2 colheres de sopa por 250ml). Introdução teórica Imaginemos um espaço vazio livre de qualquer influência elétrica. Se a este espaço trazemos agora uma carga elétrica, toda a região em volta é perturbada pela sua presença. A essa perturbação chamamos Campo Elétrico. Para detectar essa nova propriedade do espaço precisamos, entretanto, de outra carga. Podemos então dizer: o Campo Elétrico se manifesta na região do espaço que envolve uma carga elétrica. Ao colocarmos outra carga, esta sofre a ação de uma força de atração ou de repulsão. Isso é apenas uma noção qualitativa do campo elétrico. Para caracterizar matematicamente as propriedades adquiridas pela região do espaço na qual colocamos uma carga elétrica, ou seja, para caracterizar essa nova qualidade da região, consideraremos a seguinte situação: imaginemos uma carga elétrica Q. Ela modifica as propriedades elétricas de certa região do espaço, isto é, produz um campo elétrico ao seu redor. Coloquemos em um ponto qualquer desta região que envolve Q outra carga elétrica muito pequena, que chamaremos de “carga de prova” ou “carga de teste”, e que, por conveniência, será positiva. Essa segunda carga sofrerá a ação de uma força F⃗ . Definimos então o vetor campo elétrico no ponto onde colocamos a “carga de teste”, como sendo o vetor, �⃗� = 𝐹 𝑞 onde q indica a carga de prova, F⃗ é a força que atua sobre ela e E⃗⃗ é o vetor campo elétrico no ponto onde se encontra a carga de prova. A direção de um campo para qualquer ponto é definida como a direção da força sobre uma carga positiva colocada naquele ponto. A orientação do campo elétrico numa região pode ser representada graficamente por linhas de força. Uma linha de força de um campo elétrico é uma linha traçada de tal modo que a tangente a ela em qualquer ponto indique a direção do campo elétrico naquele ponto. A noção de potencial elétrico provém do conceito de trabalho e é, por definição, igual ao trabalho W necessário para trazer uma carga de prova q do infinito até a distância d da carga Q, dividido pela carga q: 𝑉 = 𝑊 𝑞 Uma superfície escolhida de modo a que todos os pontos tenham o mesmo potencial é chamada SUPERFÍCIE EQUIPOTENCIAL. Uma linha de tal superfície é conhecida como LINHA EQUIPOTENCIAL. Superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas de força. Com efeito, o trabalho da força eletrostática é definido como o produto escalar da força pelo deslocamento. Figura 1 - Linhas de campo elétrico (linhas cheias) e seções retas de superfícies equipotenciais (linhas tracejadas) (a) para um campo elétrico uniforme (b) para uma carga pontual (c) para um dipolo elétrico. Logo, o deslocamento de uma carga teste numa superfície equipotencial não envolve trabalho, uma vez que a força e, portanto, o campo elétrico é sempre perpendicular às equipotenciais. Se em um sistema eletrostático as linhas equipotenciais podem ser desenhadas, as linhas de força podem ser imediatamente construídas, uma vez que elas são perpendiculares às linhas equipotenciais. A Figura 1 mostra linhas de campo elétrico e seções retas de superfícies equipotenciais para os campos associados a um campo elétrico uniforme, uma carga elétrica pontual e um dipolo elétrico. Procedimento experimental - Faça a montagem de acordo com a figura 2; - Ligue a fonte de alimentação ajustando-a para 10,0 V CC; (não respire próximo aos eletrodos) Configuração 1 (Eletrodos Planos) - Coloque a ponteira entre os eletrodos planos e, movendo-a lentamente, localize um ponto que se encontre a 2,0 V; - Reproduza na Escala 1, figura 3, os eletrodos utilizados e o ponto encontrado; - Procurar com a sonda móvel um número de pontos (simétricos e com valor 2,0 V) suficiente para traçar a curva equipotencial (5 pontos ou mais). Escolha estes pontos de maneira inteligente! - Analise e anote estes pontos na escala 1; - Ao terminar o mapeamento de uma linha a sonda móvel é deslocada para outra posição e todo o processo é então repetido, para se mapear uma nova linha. Por exemplo, repita os procedimentos acima para os pontos em que o multímetro indicar 4 V, 6 V e 8 V. - Anote a polaridade dos eletrodos e desligue a fonte de alimentação. - Faça variar a distância do (0,0) a pontos próximos aos eletrodos e anote os dados na tabela 1. Configuração 2 (Eletrodos Cilíndricos) - Coloque a ponteira entre os eletrodos cilíndricos e, movendo-a lentamente, localize um ponto que se encontre a 2,0 V; - Reproduza na Escala 2, figura 4, os eletrodos utilizados e o ponto encontrado; - Procurar com a sonda móvel um número de pontos (simétricos e com valor 2,0 V) suficiente para traçar a curva equipotencial (5 pontos ou mais). Escolha estes pontos de maneira inteligente! - Analise e anote estes pontos na escala 2; - Ao terminar o mapeamento de uma linha a sonda móvel é deslocada para outra posição e todo o processo é então repetido, para se mapear uma nova linha. Por exemplo, repita os procedimentos acima para os pontos em que o multímetro indicar 4 V, 6 V e 8 V. - Anote a polaridade dos eletrodos e desligue a fonte de alimentação. - Faça variar a distância do (0,0) a pontos próximos aos eletrodos e anote os dados na tabela 1. Instruções específicas para este relatório (verificar também as instruções gerais) O experimento deve ser discutido com base na teoria aprendida na aula teórica e/ou no roteiro. Procure identificar e discutir todos os aspectos físicos importantes do experimento. Como auxílio, a seguir há uma lista de possíveis aspectos que devem ser obrigatoriamente abordados em sua discussão. 1) O que é medido ao se mergulhar a ponta de prova (sonda móvel) na água? 2) Para as configurações, trace as linhas equipotenciais e algumas linhas de campo elétrico não esquecendo os sentidos das mesmas. 3) Trace o gráfico do potencial elétrico versus a distância (V versus d ) para as duas configurações. 4) Discuta a reação que ocorre nos eletrodos durante a atividade; Figura 2 – Montagem experimental para medida de superfícies equipotenciais. Tabela 1 d(mm) -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 ddp (V) (Eletrodo Plano) ddp (V) (Eletrodo cilíndrico) Figura 3 – Escala 1. Figura 4- Escala 2.
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