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Orçamento Público aula on line 1

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Orçamento Público - AULA 1
CONTEXTO, TIPOS DE ORÇAMENTO E FUNÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DE INTERVENÇÃO ECONÔMICA 
INTRODUÇÃO:
	Vamos dar os primeiros passos da gestão pública, dando suporte para o aprofundamento e sustentação do desenvolvimento acadêmico e profissional, incluindo normas e princípios relacionados ao planejamento orçamentário.
ORÇAMENTO PÚBLICO:
É o instrumento de que o Poder Público, em qualquer de suas esferas, dispõe para, em determinado período de tempo, expressar o seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como os dispêndios a serem efetuados.
É a materialização da ação planejada do Estado na manutenção de suas atividades e na execução de seus projetos e, sendo definido pela Constituição de 1988, que estabeleceu como instrumentos de planejamento governamental as seguintes leis:
Lei do Plano Plurianual – PPA
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
Lei do Orçamento Anual – LOA.
Os instrumentos de planejamento governamental se transformam em leis de iniciativa do Poder Executivo e, através da LOA(Lei do Orçamento Anual), estimam-se as receitas e fixam-se as despesas da administração pública.
O orçamento é elaborado em um exercício e, após aprovação do Poder Legislativo, vigorará no exercício seguinte.
OPERAÇÕES DE CRÉDITO		GASTOS	
IMPOSTOS						DESPESAS
As despesas fixadas no orçamento são cobertas com o produto da arrecadação dos impostos e os gastos podem também ser financiados por operações de crédito, que é o endividamento do tesouro junto ao mercado financeiro interno e externo, implicando no aumento da dívida pública. As receitas são estimadas pelo governo, podendo ser maiores ou menores do que foi inicialmente previsto. 
Os orçamentos assumem os tipos:
Legislativo: É utilizado em países parlamentaristas, nos quais a elaboração, a votação e a aprovação são de competência do poder Legislativo, cabendo ao poder Executivo a sua execução.
Executivo: É utilizado em países onde impera o poder absoluto, nos quais a elaboração, a aprovação, a execução e o controle são da competência do poder Executivo.
Misto: É utilizado nos países cujas funções legislativas são exercidas pelo Congresso ou Parlamento, sendo sancionado pelo chefe do poder Executivo. Sua elaboração e execução são de competência do poder Executivo, cabendo ao poder Legislativo sua votação e seu controle. 
Richard Musgrave, apud Giacomoni (2000, p.22), propôs uma classificação das funções econômicas do Estado, que se tornaram clássicas no gênero, denominadas as “funções fiscais”, considerando-as como as próprias “funções do orçamento”, principal instrumento de ação estatal na economia.
São elas:
Função alocativa Promover ajustamento na alocação de recursos.
Função distributiva Promover ajustamento na distribuição de renda.
Função estabilizadora Manter a estabilidade econômica.
A seguir, saiba mais sobre cada uma delas.
FUNÇÃO ALOCATIVA
Presume-se na alocação de recursos justificada naqueles casos em que não houver eficiência por parte do mecanismo de ação privada (sistema de mercado), chamando atenção para duas situações bem explicativas: os investimentos na infraestrutura econômica e a provisão de bens públicos e bens meritórios.
INVESTIMENTOS NA INFRAESTRUTURA ECONÔMICA
Os investimentos na infraestrutura econômica – transportes, energia, comunicações, armazenamento etc., sendo considerados indutores do desenvolvimento regional e nacional, sendo compreensível que se transformem em áreas de competência estatal. Os altos investimentos necessários e o longo período de carência entre as aplicações e o retorno desestimulam igualmente o envolvimento privado nesses setores. 
O bem privado é oferecido por meio dos mecanismos próprios do sistema de mercado. Há uma troca entre vendedor e comprador e uma transferência da propriedade do bem e o não pagamento por parte do comprador impede a operação e, logicamente, o benefício.
PROVISÃO DE BENS PÚBLICOS E BENS MERITÓRIOS
Nesta situação, a demanda por certos bens assume características especiais que inviabilizam o fornecimento dos mesmos pelo sistema de mercado e, como exemplo, citam os bens privados (par de sapatos – os benefícios do mesmo estão limitados a um consumidor qualquer, há rivalidade no consumo desse bem e o consumidor é excluído no caso de não-pagamento) e públicos (medidas contra a poluição – os benefícios não estão limitados a um consumidor qualquer, não há rivalidade no consumo desse bem e o consumidor não é excluído no caso de não-pagamento).
No caso do bem público, o sistema de mercado não teria a mesma eficiência. Os benefícios geralmente não podem ser individualizados nem recusados pelos consumidores, não há rivalidade de consumo e não há como excluir o consumidor pelo não-pagamento. 
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA
É a função pública de promover ajustamento na distribuição de renda que se justifica como correção de falhas do mercado.
 Para tanto, a melhoria da posição de certas pessoas é feita às expensas de outras.
O problema é fundamentalmente de política e de filosofia social, cabendo a sociedade definir o que considera como níveis justos na distribuição da renda e da riqueza.
O orçamento público é o principal instrumento para a viabilização das políticas públicas de distribuição de renda, considerando que o problema distributivo tem por base tirar de uns para melhorar a situação de outros, o mecanismo fiscal mais eficaz é o que combina tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada com a transferência para aquelas classes de renda mais baixa. Em sentido amplo, uma série de outras medidas públicas enquadra-se nos esquemas distributivos como a educação gratuita, a capacitação profissional.
FUNÇÃO ESTABILIZADORA
Além dos ajustamentos na alocação de recursos e na distribuição de renda, a política fiscal tem quatro objetivos macroeconômicos:
manutenção de elevado nível de emprego;
estabilidade nos níveis de preços;
equilíbrio no balanço de pagamentos;
razoável taxa de crescimento econômico.
A mais moderna das três, a função estabilizadora adquiriu especial importância como instrumento de combate aos efeitos da depressão dos anos trinta e a partir daí esteve sempre em cena, lutando contra as pressões inflacionárias e contra o desemprego.
O orçamento público é um importante instrumento da política de estabilização.
No plano da despesa, o impacto das compras do governo sobre a demanda agregada é expressivo, assim como o poder de gastos dos funcionários públicos.
No lado da receita, não só chama atenção o volume dos ingressos públicos, como também a variação na razão existente entre a receita orçamentária e a renda nacional, como consequência de mudanças existentes nos componentes da renda (lucros, transações comerciais).
Além dos instrumentos fiscais, a política de estabilização utiliza outros instrumentos de cunho monetário que visam o controle da oferta monetária, variável de grande importância na consecução dos objetivos estabilizadores. 
Partindo da evidência de que o mercado é mau regulador da oferta de moeda, os governos criaram seus bancos centrais com a finalidade primeira de realizar esses controles, ajustando a oferta monetária às necessidades da economia.
Principais Leis Aplicadas:
Constituição Federal de 1988 – art. 165
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 165. Leis de iniciativa do PoderExecutivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
Lei 4.320/1964
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Ver tópico (273663 documentos)
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei;
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.
Lei Complementar 101/2000 – art. 4º
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
c) (VETADO)
d) (VETADO)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
VERIFICANDO O QUE APRENDEU
1 - Quais são os instrumentos de planejamento da gestão orçamentária? Assinale as respostas corretas:
( ) Funções Fiscais			( ) Orçamento Executivo
( ) Lei do Plano Plurianual		( ) Orçamento Legislativo
( ) Lei de Diretrizes Orçamentárias 	( ) Orçamento Misto
( ) Lei do Orçamento Anual		( ) Orçamento Público
2 - Coloque os números no seu local correto:
1 – Função alocativa		( ) Promover ajustamento na distribuição de renda
2 – Função distributiva		( ) Manter a estabilidade econômica.
3 – Função estabilizadora		( ) Promover ajustamento na alocação de recursos. 
Síntese da Aula 01 – Orçamento e Finanças Públicas, seus usuários e demonstrativos.
Nesta aula você aprendeu:
• aprendeu o conceitual orçamentário, conheceu os instrumentos de planejamento e as funções do orçamento público.

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