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Orçamento Público aula on line 10

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Orçamento Público - AULA 10
LICITAÇÕES 
INTRODUÇÃO:
Aos particulares é permitido fazer tudo o que a lei não proíbe, portanto, as pessoas, físicas e jurídicas de direito privado, via de regra, têm liberdade para comprar e contratar, segundo juízo próprio.
Essa característica encontra respaldo no parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal de 1988, que trata da ordem econômica, do trabalho humano e da livre iniciativa.
Entretanto, essa liberdade para comprar e contratar segundo juízo próprio não se aplica à Administração Pública. Ao administrador público só é permitido fazer aquilo que a lei autoriza.
Portanto, as compras e contratações públicas são estritamente pautadas por lei e a licitação, objeto desta aula, é o instituto utilizado pela Administração para realização das compras e contratações públicas.
Objetivos
Descrever os principais aspectos relacionados com o processo de licitação utilizado pela Administração Pública para aquisição de bens e serviços.
Lei de Licitações e Contratos Administrativos
O art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal de 1988 (CF/88) estabelece a obrigatoriedade de licitar para a Administração Pública.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Lei de Licitações e Contratos Administrativos
A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, conhecida como Lei de Licitações e Contratos Administrativos, e a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, denominada Lei do Pregão, constituem, para a Administração Pública, a base da legislação sobre licitações e contratos.
Ao regulamentar o inciso XXI do artigo 37 da CF/88, a Lei nº 8.666/1993 estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos administrativos referentes a compras, obras, serviços, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O Tribunal de Contas da União conceitua licitação como um “procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, por meio de condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços”
Objetivo da licitação
A licitação tem como objetivo selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública para satisfação da necessidade pública, assegurando a todos os interessados, em observância do princípio constitucional da isonomia, igualdade de condições para o fornecimento de bens, execução de obras ou prestação de serviços para a Administração Pública, considerando os aspectos relacionados à capacidade técnica, econômico-financeira do licitante, a qualidade do produto ou serviço e o valor. Em obediência aos princípios da transparência e da publicidade, os interessados podem, em qualquer momento, ter conhecimento do processo licitatório, de modo a evitar a ocorrência de irregularidades
Entidades sujeitas à licitação
Estão obrigados a licitar: Órgãos da Administração Direta; Autarquias; Fundações Públicas; Empresas Públicas; Sociedades de Economia Mista; Fundos especiais; Demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Processo licitatório
O processo licitatório ocorre em duas fases – interna e externa – com as etapas a seguir relacionadas:
Fase Interna
1. Solicitação inicial de compra ou contratação – elaboração de Termo de Referência ou Projeto Básico, contendo a especificação do objeto, com informações suficientes para identificar o que se pretende adquirir.
2. Análise Técnica e Financeira – justificativa técnica da contratação.
3. Pesquisa de preços – obtenção de referência de custo.
4. Escolha da modalidade adequada e designação da Comissão de Licitação ou Pregoeiro – designação dos responsáveis por conduzir o processo licitatório.
5. Verificação da previsão orçamentária – certificação de que há disponibilidade de recursos para realizar a aquisição pretendida.
6. Elaboração do edital – com base no de Termo de Referência ou Projeto Básico.
7. Aprovação – o edital deve ter a chancela do setor jurídico do órgão;
8. Publicação do edital na imprensa Oficial.
Princípios Administrativos Aplicáveis às Licitações Públicas
A Resolução CFC nº 750/93, ao tratar dos Princípios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Público, define o que são princípios.
“O ponto de partida para qualquer área do conhecimento humano deve ser sempre os princípios que a sustentam. Esses princípios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados básicos e seus fins. Vale dizer, os princípios são eleitos como fundamentos e qualificações essenciais da ordem que institui.	
Os princípios possuem o condão de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, são considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema”.
Atenção!
Na realização de licitações públicas devem ser observados os princípios constitucionais da economicidade e eficiência, bem como os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo, da adjudicação compulsória, da competitividade e dos que lhes são correlatos.
O Tribunal de Contas da União, na publicação – Licitações e contratos: orientações e jurisprudência do TCU – conceitua os princípios aplicáveis às licitações públicas, conforme a seguir:
Princípio da Legalidade – Nos procedimentos de licitação, esse princípio vincula os licitantes e a Administração Pública às regras estabelecidas nas normas e nos princípios em vigor.
Princípio da Isonomia – Significa dar tratamento igual a todos os interessados. É condição essencial para garantir competição em todos os procedimentos licitatórios.
Princípio da Impessoalidade – Esse princípio obriga a Administração a observar nas decisões critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na condução dos procedimentos de licitação. 29 Licitações e Contratos – Orientações e Jurisprudência do TCU.
Princípio da Moralidade da Probidade Administrativa – A conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de lícita, compatível com a moral, a ética, os bons costumes e as regras da boa administração.
Princípio da Publicidade – Qualquer interessado pode ter acesso às licitações públicas e ao respectivo controle, mediante divulgação dos atos praticados pelos administradores em todo procedimento de licitação.
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório – Obriga a Administração e o licitante a observarem as normas e condições estabelecidas no ato convocatório. Nada poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no instrumento de convocação.
Princípio do Julgamento – Esse princípio significa que o administrador deve observar critérios objetivos definidos no ato convocatório para julgamento da documentação e das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no instrumento de convocação, ainda que em benefício da própria Administração.
Princípio da Celeridade – O princípio da celeridade, consagrado como uma das diretrizes a ser observada em licitações na modalidade pregão, busca simplificar procedimentos de rigorismos excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no momento da sessão.
Princípio da Competição – Nos certames de licitação, esse princípio conduz o gestor a buscar sempre o maior número de competidores interessados no objeto licitado. Nesse sentido, a Lei de Licitações veda estabelecer, nos atos convocatórios, exigências que possam, de alguma forma, admitir, prever ou tolerar, condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivoda licitação.
Além dos princípios citados pelo TCU, podemos relacionar mais três, correlatos:
	Princípio da Economicidade
Segundo Di Pietro (2011): “o princípio da economicidade constitui aplicação da relação custo-benefício e já está inserido entre os aspectos submetidos à fiscalização contábil, financeira e orçamentária pelo Congresso Nacional, conforme artigo 70 da Constituição”.
	
	Princípio da Eficiência
Para Diógenes Gasparini “o princípio da eficiência impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, além, por certo, de observar outras regras, a exemplo do princípio da legalidade”.
	
	Princípio da Adjudicação Compulsória
Meirelles (2006) entende que: “o princípio da adjudicação compulsória ao vencedor impede que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a outrem que não o legítimo vencedor. A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir expressamente do contrato ou não o firmar no prazo prefixado, a menos que comprove justo motivo. A compulsoriedade veda também que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior”.
	
	
	
	
	
VOCÊ SABIA?
Modalidades de Licitação
O artigo 22 da Lei nº 8.666/93 estabelece cinco modalidades de licitação, a saber:
concorrência;
tomada de preços;
convite;
concurso;
leilão.
Além disso, a Lei nº 10.520/02 acrescentou o pregão como mais uma modalidade, perfazendo um total de seis.
Descrição da Lei nº 8.666/93 e DA Lei nº 10.520/02
Concorrência
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Tomada de preços
É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Convite
É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Concurso
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Leilão
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
Pregão
“É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, promovida exclusivamente no âmbito da União, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública” Brasil (2000).
O pregão eletrônico tem se transformado na modalidade mais utilizada para realizar as compras e contratações públicas em razão da transparência e celeridade do processo.
O Pregão pode ser presencial ou eletrônico, independentemente do valor estimado da contratação:
Presencial: os licitantes apresentam suas propostas de preços por escrito, lances verbais;
Eletrônico: nesta espécie de pregão, aplicam-se as normas gerais estabelecidas na Lei nº 10.520/2002 e especificamente a disposições do Decreto nº 5.450/2005, no qual o acesso aos atos convocatórios, registros de propostas, lances, e recursos administrativos se processa exclusivamente por meio eletrônico, utilizando-se os recursos da tecnologia da informação, que possui como principal ferramenta a rede mundial de computadores.
Dispensa e Inexigibilidade de licitação
Em casos especiais, a licitação pode ser dispensada ou se mostrar inexigível em razão de variados fatores como, por exemplo, urgência, inviabilidade de competição ou desnecessidade de instauração de procedimento licitatório.
Licitação é regra para a Administração Pública quando compra bens ou contrata obras e serviços. No entanto, a lei prevê exceções a essa regra para os casos de contratação direta, em que a licitação é legalmente dispensável ou inexigível, segundo as hipóteses expressamente previstas na Lei nº 8.666/1993, conforme os Artigos 24 e 25 da Lei 8666.
Atividades Propostas:
1. Considere as seguintes afirmativas:
A licitação tem como objetivo selecionar, para a Administração Pública, a proposta de menor preço.
Em obediência aos princípios da transparência e da publicidade, os interessados podem, em qualquer momento, ter conhecimento do processo licitatório.
Segundo o princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório, nada poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no instrumento de convocação.
( )A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
( )B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
( )C) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
( )D) Todas as afirmativas estão corretas.
( )E) Todas as alternativas estão erradas.
2. O princípio que estabelece que nos procedimentos de licitação os licitantes e a Administração Pública devem observar as regras estabelecidas nas normas e princípios, em vigor, é o:
( )A) Princípio da Isonomia.
( )B) Princípio da Impessoalidade.
( )C) Princípio da Moralidade.
( )D) Princípio da Publicidade.
( )E) Princípio da Legalidade.
3. A modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto, é denominada.
( )A) Leilão.
( )B) Tomada de Preços.
( )C) Convite.
( )D) Concorrência.
( )E) Compra Direta.
4. Em casos especiais, a licitação pode ser dispensada ou se mostrar inexigível em razão de variados fatores. Entre as opções a seguir, assinale aquela que não representa uma situação que justifique a dispensa ou inexigibilidade de realização da licitação:
( )A) Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência.
( )B) Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a administração.
( )C) Quando a união tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento.
( )D) Quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional.
( )E) Quando não houver dotação orçamentária para realizar a licitação.
5. A STN recebe a Proposta de Programação Financeira (PPF) dos OSPF e consolida em uma nova PPF com observância de alguns critérios. Entre as opções abaixo, assinale aquela que NÃO representa um critério utilizado pela STN.
( )A) Volume de arrecadação dos recursos.
( )B) Orientação política emanada do Congresso Nacional.
( )C) Prioridade de gasto, previamente estabelecida no Decreto de Programação Financeira.
( )D) Demanda apresentada pelos órgãos, ministérios e entidades.
( )E) Sazonalidade de alguns gastos.

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