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* Evento agudo que altera a homeostase do organismo, desencadeando uma resposta neuroendócrina e imunológica cujos efeitos tendem a preservar: Débito cardíaco Volemia Oxigenação tecidual Oferta e utilização de substratos energéticos TERAPIA NUTRICIONAL NO TRAUMA * Não é usado apenas para traumatismos acidentais mas à várias situações clínicas como: politrauma, sepse, cirurgias, pancreatites, queimaduras Estas situações possuem em comum: Evento inicial agudo que altera funções de todo o organismo Resposta fisiopatológica sistêmica comum independente da causa aguda * COMPONENTES BIOLÓGICOS DO TRAUMA COMPONENTES PRIMÁRIOS: Decorrem diretamente da ação das forças físicas sobre os tecidos. Lesão de tecidos e órgãos Perdas de sangue Edema traumático * COMPONENTES BIOLÓGICOS DO TRAUMA COMPONENTES SECUNDÁRIOS: Reações de adaptação ou complicações decorrentes das alterações induzidas pelos componentes primários. Alterações neuroendócrinas Imunológicas Alterações hemodinâmicas * Respostas neuroendócrinas e hemodinâmicas ao trauma Proteólise dos tecidos periféricos Balanço Nitrogenado Negativo EFEITOS HORMONAIS Cortisol Glucagon Resistência insulínica Gliconeogênese Débito cardíaco Produção de CO2 Mobilização de glicose, glutamina e ac. graxos Retenção de sódio e água * Resposta Imunológica ao trauma TNF-alfa, IL-1, IL-6 Albumina e pré-albumina Proteínas de fase aguda(proteína C-reativa) Desenvolvimento de Síndrome da resposta infamatória sistêmica (SIRS) Equilíbrio da resposta inflamatória Liberação citocinas anti-inflamatórias IL8,IL10 IMUNOSSUPRESSÃO INFECÇÕES * Fases da resposta metabólica ao trauma EBB PHASE FLOW PHASE CHOQUE PRECOCE (1-3 dias) FASE DE CATABÓLICA Hipometabólica Hipotermia Aumento temperatura Diminuição das necessidades calóricas Aumento necessidades calóricas Produção normal de glicose Aumento produção glicose Leve catabolismo protéico Proteólise acentuada Hiperglicemia Hiperglicemia Catecolaminas aumentadas Normais ou aumentadas Insulina baixa Insulina elevada Glucagon elevado Normal ou elevado Baixo débito cardíaco(DC) Aumento do DC Perfusão tecidual deficiente Perfusão normal Paciente frio Paciente aquecido Fase de reanimação Fase de recuperação Cuthbertson,1942 * Metabolismo energético Trauma X Jejum Glicídios Pós prandial Jejum* Trauma Gliconeo Glicólise * jejum prolongado * Metabolismo energético Trauma X Jejum Lipídios Pós prandial Jejum* Trauma Lipólise Oxidação Cetogênese * jejum prolongado * Metabolismo energético Trauma X Jejum Proteínas Pós prandial Jejum* Trauma Proteólise Síntese Oxidação aa * jejum prolongado * Terapia Nutricional Estabilidade Hemodinâmica Iniciar 24 /48 hs após NE / NPT Se VO permitida: fórmulas específicas IMUNOMODULAÇÃO? Adição de nutrientes específicos na nutrição enteral ou parenteral, com propriedades para melhorar a resposta imunológica do paciente * Glutamina Ocorre escassez de glutamina Aminoácido é o principal nutriente para o enterócito e células do sistema imunológico Melhora a imunidade e a barreira mucosa do intestino, para evitar translocação bacteriana 0,5g/Kg/dia * Arginina Substrato para síntese proteica Produz óxido nítrico, poliaminas e ornitina Óxido nítrico é importante modulador do tônus vascular, inflamação e da função imunológica e da neurotransmissão Sua ação durante a sepse tem sido considerada ruim * Ácidos graxos ômega-3 Ação anti-inflamatória Diminui a formação de mediadores da inflamação derivados do ácido araquidônico. Pode diminuir a incidência de SARA e de falência de múltiplos órgãos * Terapia Nutricional Trauma moderado a grave: 20 e 25 kcal/kg de peso corporal/dia Pacientes mais estáveis : 25-30 kcal/kg/dia. Proteínas : 1,2 a 2,0 g/kg /dia Carboidratos : até 3 a 4 g/kg/dia (40% a 55% do VCT) Lipídios : 25% a 30% das calorias calculadas ou não mais que 1,0 g/kg de peso corporal/dia. * Terapia Nutricional Pacientes com trauma devem receber TNE, se o intestino estiver apto e o paciente estiver hemodinamicamente estável. Pacientes impedidos de receber TNE ou que no 3º ou 4º dia não tenham atingido 50% das necessidades calculadas devem receber TNP associada. Deve ser escolhida a sonda na posição gástrica Situações de gastroparesia, refluxo gastroesofágico e risco de aspiração, a via preferida deve ser a jejunal * Conclusões Trauma aumenta o catabolismo e depleta o organismo de nitrogênio, além de provocar profundas alterações no metabolismo glicídico e lipídico. O objetivo primário da TN no trauma é minimizar o catabolismo, impedir que o paciente se desnutra ou, se a desnutrição já estiver instalada, que ela não se agrave. A imunomodulação tenta minimizar a SIRS e a CARS e, equilibrar o paciente de forma imuno-inflamatória para que ele atinja o MARS, com mínimo de repercussão sistêmica.Visando diminuir morbimortalidade e acelerar a recuperação. MARS : mixed anti-inflammatory-inflammatory response syndrome) Equilíbrio entre os fatores anti-inflamatórios e inflamatórios (resposta anti-inflamatória compensatória) SIRS:Síndrome da resposta infamatória sistêmica CARS: Resposta anti-inflamatória compensatória * Conclusões A TN pode ser implementada com o uso de TNP, TNE ou pela associação de TNP e TNE e TNO. A oferta de nutrientes no tubo digestivo associa-se a menor morbidade infecciosa e tempo de internação. Fórmulas enriquecidas com ácido graxo ômega-3 produzem boa resposta em pacientes críticos, com SIRS e sepse. Fórmulas suplementadas com arginina, com ou sem glutamina ou ômega-3, não parecem oferecer vantagens sobre as fórmulas padrão. * *
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