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Denuncia ou Queixa

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DENÚNCIA OU QUEIXA
1) CONCEITO
à Peça acusatória que inicia a ação penal.
à Consiste na exposição por escrito dos fatos que, em tese, constituem o ilícito penal.
à Deve conter, de forma manifesta, o interesse de que seja aplicada a lei penal ao presumido 
autor da infração, bem como a indicação das provas em que se fundamenta a pretensão 
punitiva.
à Denúncia – Peça inaugural da ação penal pública (condicionada ou incondicionada)
à Queixa - Peça inaugural da ação penal privada
2) REQUISITOS (art. 41 do CPP)
2.1) ENDEREÇAMENTO
à o endereçamento equivocado não impede o recebimento da vestibular acusatória, sanando-
se, a irregularidade, com a remessa ou recebimento dos autos pelo Juízo realmente 
competente (STF, RHC 60.126).
2.2) QUALIFICAÇÃO DO ACUSADO OU FORNECIMENTO
DE DADOS QUE POSSIBILITEM SUA IDENTIFICAÇÃO 
à É necessário apontar o conjunto de qualidades pelas quais se possa identificar o denunciado, 
distinguindo-o das demais pessoas. Nome, sobrenome, endereço, filiação etc.
à Na impossibilidade de qualificação direta: nesses casos, a identificação poderá ser através 
do fornecimento de traços físicos característicos do autor (art. 259 do CPP)
2.3) DESCRIÇÃO DOS FATOS EM TODAS AS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS
à Correta delimitação do tema ou imputação do fato.
à Deve ser precisa, não podendo haver acusação vaga, pois tem por objetivo permitir a ampla 
defesa e viabilizar a aplicação da lei penal
à Devem ser incluídas todas as circunstâncias que cercam o fato, principalmente as 
elementares.
à As circunstâncias acidentais, quando não mencionadas na denúncia, podem ser supridas até 
a sentença (art. 569).
à Concurso de agentes: quando não for o caso de ações uniformes, a denúncia deve 
precisar a conduta de cada um dos co-autores ou partícipes, afinal o art. 29 do CP prevê que a 
pena seja aplicada na medida da culpabilidade de cada agente (menor participação).
à Denúncia alternativa: não é possível, pois torna a acusação incerta, além de dificultar ou 
até mesmo inviabilizar o exercício da defesa.
à Crimes de autoria coletiva: STF e STJ não mais admite a denúncia genérica.
STF: 1) Habeas Corpus. Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei no 7.492, de 1986). 
Crime societário. 2) Alegada inépcia da denúncia, por ausência de indicação da conduta 
individualizada dos acusados. 3) Mudança de orientação jurisprudencial, que, no caso de 
crimes societários, entendia ser apta a denúncia que não individualizasse as condutas de cada 
indiciado, bastando a indicação de que os acusados fossem de algum modo responsáveis pela 
condução da sociedade comercial sob a qual foram supostamente praticados os delitos. 
Precedentes: HC nº 86.294-SP, 2ª Turma, por maioria, de minha relatoria, DJ de 03.02.2006; 
HC nº 85.579-MA, 2ª Turma, unânime, de minha relatoria, DJ de 24.05.2005; HC nº 80.812-
PA, 2ª Turma, por maioria, de minha relatoria p/ o acórdão, DJ de 05.03.2004; HC nº 73.903-
CE, 2º Turma, unânime, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 25.04.1997; e HC nº 74.791-RJ, 1ª 
Turma, unânime, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ de 09.05.1997. 4) Necessidade de 
individualização das respectivas condutas dos indiciados. 5) Observância dos 
princípios do devido processo legal (CF, art. 5o, LIV), da ampla defesa, contraditório 
(CF, art. 5º, LV) e da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III). Precedentes: HC 
no 73.590-SP, 1º Turma, unânime, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 13.12.1996; e HC 
nº 70.763-DF, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 23.09.1994. 6) No 
caso concreto, a denúncia é inepta porque não pormenorizou, de modo adequado e 
suficiente, a conduta do paciente. 7) Habeas corpus deferido. [HC 86879 ― Rel. Min. 
JOAQUIM BARBOSA ― Rel. p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES ― Julgamento: 21/02/2006 ― 
2ª Turma ― DJU 16/06/2006, p.28] 
STJ: HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM ECONÔMICA. 
DENÚNCIA GENÉRICA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ORDEM CONCEDIDA. 1) A denúncia, 
à luz do disposto no artigo 41 do Código de Processo Penal, deve conter a descrição 
do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias e, por conseqüência, no caso de 
concurso de agentes, a definição da conduta de cada autor ou partícipe. 2) A 
imputação genérica, que culmina por inverter o ônus da prova, fazendo incumbência 
do denunciado demonstrar que nada teve a ver com o fato descrito na acusatória 
inicial, nega a garantia constitucional à ampla defesa. 3) Ordem concedida. [HC 
35251/MG (2004/0062450-7) ― Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO ― 6ª Turma ― 
Julgamento: 04/10/2005 ― DJU 01/08/2006, p. 549] 
2.4) CLASSIFICAÇÃO JURÍDICA DO FATO
à A correta classificação não é requisito essencial da denúncia, já que o juiz, consoante o art. 
383 e 384 do CPP, poderá dar classificação diversa, ou seja, o Juiz só está adstrito aos fatos 
narrados na exordial.
à Dispositivo legal: de qualquer forma, deverá necessariamente restar expresso na peça 
acusatória os dispositivos legais imputados ao réu, não bastando somente a menção 
do nomen juris, já que é de fundamental importância para o encaminhamento para a vara 
competente. 
2.5) ROL DE TESTEMUNHAS
à Momento: é facultativo, mas o momento de apresentá-lo, caso o acusador considere 
necessário, é por ocasião do oferecimento da denúncia.
à Preclusão: caso não seja apresentado, há preclusão;
à Verdade Real: havendo esquecimento, o máximo que se pode fazer, é indicar ao juiz as 
testemunhas relevantes ao deslinde da causa e esperar que ele as escute como suas 
testemunhas (209 do CPP). 
2.6) PEDIDO DE CONDENAÇÃO
à não precisa estar expresso, apenas implícito na peça acusatória.
à E na queixa? Se não houver pedido de condenação na queixa, ocorre a perempção. 
2.7) NOME, CARGO E POSIÇÃO FUNCIONAL DO DENUNCIANTE 
2.8) ASSINATURA
à A falta de assinatura não invalida a peça, se não houver dúvidas quanto a autenticidade. 
3) PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DA QUEIXA
à Pessoalmente: o ofendido poderá exercer o direito de queixa pessoalmente, desde que 
seja advogado.
à Advogado: se o ofendido não for advogado, deverá outorgar poderes expressos e 
específicos a um advogado e esse deverá propor a queixa.
à Procuração: na procuração, deverá constar o nome do querelado e a menção ao fato 
criminoso.
à Ofendido que assinar a queixa: se o ofendido assinar a queixa juntamente com o 
advogado, não será obrigatória, na procuração, a qualificação do querelado e a menção ao fato 
criminoso.
à Diligências em juízo: se depender de diligências que devam ser requeridas em juízo, 
serão dispensadas as exigências quanto ao nome do querelado e à menção ao fato criminoso 
(art. 44 parte final do CPP). 
4) PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
à Regra geral: réu presoà 5 dias; réu soltoà 15 dias (art. 46).
à Crime eleitoral: 10 dias
à Crime contra a economia popular: 2 dias
à Crime de abuso de autoridade: 48 horas
à Prazo processual: portanto, exclui o dia do início e inclui o dia do fim.
à Crimes de entorpecentes: 10 dias, não fazendo diferença se o acusado encontra-se preso 
ou solto (art. 54 da Lei 11.343/2006) Ÿ Obs.: Nos crimes de menor potencial ofensivo previstos 
na Lei de Tóxicos (artigos 28, 33, 34, 35, 36 e 37 da Lei 11.343/200), como a competência 
para julgar referidos crimes pertence aos Juizados Especiais Criminais, a denúncia será feita 
oralmente em audiência (art. 77 da Lei 9.099/95). 
5) PRAZO PARA OFERECIMENTO DA QUEIXA
à Regra geral: 06 meses, a partir do dia que o ofendido ou seu representante legal souberem 
quem é o autor da infração.
à Ação penal privada subsidiária da pública: 06 meses, contados a partir do esgotamento 
do prazo para o MP propor a denúncia. Portanto, o ofendido ou orepresentante legal não 
poderão exercer o direito de queixa quando quiserem, deverão respeitar esse prazo. O 
Ministério Público, enquanto não houver sido alcançada a prescrição, poderá propor a 
denúncia.
à Sucessores: 06 meses, também a partir da data que conhecerem quem é o autor do crime.
à Prazo decadencial ou de direito material: inclui-se o dia do começo, exclui-se o do fim.
Obs.: O prazo não se prorroga em função de férias, domingo ou feriado. Portanto, se o último 
dia do prazo cair num domingo, o querelante não poderá esperar o primeiro dia útil. Deverá 
interpor a queixa na sexta-feira anterior ou no próprio domingo, no plantão judiciário. 
6) PROPOSTA DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
à Na própria denúncia, o MP poderá apresentar proposta de suspensão condicional do 
processo, nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a 
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo 
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que 
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a 
denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as 
seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar 
suas atividades.
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que 
adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado 
por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, 
por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em 
seus ulteriores termos.
à Súmula 696 do STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão 
condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, 
dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do 
código de processo penal. 
7) REJEIÇÃO DA DENÚNCIA
à Denúncia inepta: quando não atende alguma das exigências constantes no art. 395 do 
CPP.
à Rejeição da denúncia x RSE: quando houver rejeição da denúncia e o MP interpuser RSE, 
a defesa, mesmo que o acusado ainda não tenha sido citado, deverá ser notificada para 
contra-arrazoar o recurso.
à Juízo de retratação: Essa providência torna-se ainda mais necessária quando o 
magistrado, no juízo de retratação, resolve voltar atrás e receber a denúncia. 
AÇÃO CIVIL “EX DELICTO”
Está prevista nos arts. 63 a 68 do Código de Processo Penal 
Com a Reforma Penal instituída pela Lei n. 11.719/08, ao art. 63 do Código de Processo 
Penal, foi acrescido um parágrafo único: “Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do 
inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a 
apuração do dano efetivamente sofrido.” 
1) CONCEITO
à “Trata-se de ação ajuizada pelo ofendido, na esfera cível, para obter indenização pelo 
dano causado pelo crime, quando existente.” (G. S. Nucci)
à Infrações penais: nem toda infração penal provoca prejuízo passível de indenização 
(ex.: crimes de perigo). 
2) GENERALIDADES
à Efeito da sentença condenatória transitada em julgado: torna certa a obrigação 
de reparar o dano causado pelo crime (art. 91, I do CP), fazendo coisa julgada no cível.
à Impossibilidade de discussão: não mais é possível discutir os fatos que ensejaram 
a condenação.
à Efeito genérico: não precisa ser declarado na sentença penal.
à Titulares: o direito de executar no cível a sentença transita em julgado pertence ao 
ofendido, ao seu representante legal ou aos herdeiros daquele (art. 63)
à Título executivo: funciona como título executivo judicial no juízo cível, 
possibilitando ao ofendido obter a reparação do prejuízo sem a necessidade de propor 
ação civil de conhecimento (ação civil ex delicto).
à Liquidação: promove-se a liquidação do dano, para, em seguida, ser proposta a 
execução civil.
à Ação ordinária em paralelo: nada impede que seja desenvolvido, em paralelo e 
independente de uma ação penal, uma ação civil sobre o mesmo fato.
à Término da ação penal: não é necessário aguardar o término da ação penal (art. 
64).
à Ação civil ex delicto: ação de conhecimento proposta pelo ofendido (ou seu 
representante legal ou herdeiros), na instância civil, em função da ocorrência do delito, 
no sentido de satisfazer os prejuízos (morais ou materiais) causados pelo delito.
à Independência da instâncias: A responsabilidade civil é independente da criminal, 
não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu 
autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal (art. 935 do CC).
à Coisa julgada penal e responsável civil: a condenação penal definitiva não faz 
coisa julgado, no cível, em relação os responsável civil do condenado, portanto, contra 
esse deverá, sempre, ser proposta a ação civil ex delicto, caso contrário, estar-se-ia 
desrespeitando o devido processo legal.
à Responsável civil: aqueles previstos no art. 932 do CC.
à Ação civil e ação penal: com a condenação penal definitiva, prejudicado estará o 
julgamento da ação civil.
à Suspensão da ação civil: para evitar decisões conflitantes, o Juiz do cível poderá 
suspender o curso ca ação civil ex delicto até julgamento definitivo da ação penal (art. 
64, pú).
à Autor de contravenção: embora a lei refira-se tão-somente a autor de crime, nada 
impede que o autor de contravenção penal seja alvo da ação civil ex delicto.
à Prazo prescricional: 3 anos, mas não é iniciado a contagem enquanto a sentença 
penal não transitar em julgado. O prazo só começará a correr, ainda, quando o titular 
do direito de ação completar 16 anos (idade em que se torna relativamente capaz) - 
arts. 200 e 206, §3º, V do CC. 
3) ABSOLVIÇÃO DO RÉU
à Categoricamente: a absolvição na ação penal só impedirá a ação civil ex 
delicto quando tiver sido categoricamente reconhecida a inexistência material do fato.
à Hipóteses que NÃO IMPEDEM a actio civilis ex delicto:
a) o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
b) a decisão que julgar extinta a punibilidade;
c) a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime;
d) a sentença absolutória por insuficiência de provas;
e) a sentença absolutória em face de causa excludente de culpabilidade.
à Hipóteses que IMPEDEM a actio civilis ex delicto:
a) quando o juiz criminal reconhecer a inexistência do fato;
b) quando o juiz criminal reconhecer que o sujeito não participou do fato;
c) quando o juiz criminal reconhecer uma causa excludente da ilicitude (legítima defesa, 
estado de necessidade, exercício regular de direito ou estrito cumprimento do dever 
legal), causas que excluem a ilicitude penal e civil.
à Exceções:
a) Estado de necessidade agressivo:se o agente sacrifica bem de terceiro inocente, 
este pode acioná-lo civilmente, restando ao causador do dano a ação regressiva contra 
quem provocou a situação de perigo (arts. 929 e 930 do CC);
b) Legítima defesa: se, por erro na execução (aberratio ictus), vem a ser atingido 
terceiro inocente, este terá direito à indenização contra quem o atingiu, ainda que este 
último estivesse em situação de legítima defesa, restando-lhe apenas a ação regressiva 
contra seu agressor (art. 930, pú c/c o art. 188, I do CC).
à Revisão criminal: julgada procedente, eliminará o título executivo anterior 
(sentença condenatória).
Obs.: Se a execução não foi iniciada, não poderá mais se iniciar. Se já foi iniciada, o 
Juiz deverá julgá-la extinta (inexigibilidade do título). Se a indenização já tiver sido 
satisfeita, caberá ação de restituição, onde a conduta será apurada (da mesma forma 
que a absolvição não impede a reparação, o mesmo ocorre com a revisão criminal). 
4) EXECUÇÃO CIVIL
à Liquidação: a sentença penal condenatória, com trânsito em julgado, poderá ser 
executada no juízo cível (art. 63), mas como o juiz criminal não fixa o quantum a ser 
indenizado, é preciso que se faça a liquidação da sentença.
à Juízo cível: A ação civil de conhecimento ou a executória serão propostas perante o 
juízo cível.
à Escolha do foro pelo autor: o autor da ação cível tem o privilégio de escolher, para 
intentar a ação civil ex delicto ou mesmo a ação de execução, os seguintes foros:
a) de seu domicílio (art. 100, parág. ún. do CPC);
b) do local do fato (art. 100, parág. ún. do CPC); ou
c) de domicílio do deu (regra geral – art. 94 do CPC).
à MP e a pobreza do titular do direito de reparação: a execução da sentença 
condenatória ou a ação civil será promovida, caso o ofendido requeira, pelo Ministério 
Público (art. 68).
à Substituto processual: o MP atua como substituto processual do ofendido.
Obs.: O STF decidiu que o MP só poderá funcionar como substituto processual nos 
Estados onde não houver defensoria pública organizada (STF, RE’s 135.328/SP e 
341.717/SP).
à Pobreza: é considerado pobre aquele que não pode prover as despesas do processo 
sem prejuízo de sua subsistência e de sua família (art. 32, § 1º do CPP). 
	2) REQUISITOS (art. 41 do CPP)
	2.3) DESCRIÇÃO DOS FATOS EM TODAS AS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS

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