Buscar

ModPainel 1 2017(1).ppt

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Resultados e discussão
A efetividade das políticas públicas na atenção primária em saúde não depende apenas das leis e normas que as norteiam, mas também da competência e do conhecimento dos profissionais de saúde, como mostrado em um estudo que abordava a deficiência na prevenção da AIDS em idosos, segundo relato dos próprios integrantes da ESF, eles não estavam preparados para tratar do assunto “sexualidade” com os idosos. Além disso, foi observado que os profissionais de saúde não se atentaram a casos em que os idosos procuravam a unidade de saúde com os sintomas iniciais da infecção por HIV, mesmo que as taxas de incidência desse vírus na população idosa venham crescendo significativamente, partindo, no ano de 2002, de 2,5% do total de infectados e atingindo, no ano de 2013, 5% (Alencar; Ciosak, 2016).
Outro critério para garantir a eficácia na APS e sua abrangência sobre toda a população, segundo uma pesquisa realizada no Brasil que buscava dados sobre a APS voltada para a prevenção de câncer bucal em idosos constatou que apenas 58,7% dos entrevistados tinham recebido orientações sobre como prevenir o câncer bucal. No entanto, o que causa essa falta de informação não é a qualidade da ESF aplicada a esta população, mas a falta de abrangência, pois, foi constatado que a probabilidade do idoso ter recebido as orientações necessárias eram três vezes maior nos casos em que estes estavam cadastrados na ESF (Martins et al., 2015).
Material e Métodos
Para a construção desta revisão sistemática de literatura, foram, primeiramente, levantados os descritores em saúde por meio da plataforma DeCs (Descritores em Ciências de Saúde), utilizando-se a palavra “idoso”. Posteriormente, com a ferramenta de pesquisa avançada da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), foi realizado o método de pesquisa booleriano com os descritores “Idoso” AND “Atenção Primária à Saúde do Idoso” OR “Política Nacional de Saúde do Idoso” OR “Programa de Atenção à Saúde do Idoso” OR “Saúde da Pessoa Idosa” OR “Programas de Imunização do Idoso”. Depois, foram selecionados os seguintes filtros: texto completo; coleções: bases de dados nacionais e Brasil; assunto principal: saúde do idoso, idoso, Sistema Único de Saúde e Serviços de saúde para idosos; limite: idoso; país/região como assunto: Brasil; ano de publicação: 2007 a 2016.
Também foram pesquisados os descritores: Estratégia de Saúde da Família, Atenção Primária à Saúde e Sistema Único de Saúde. Para este primeiro, foram selecionados os filtros: texto completo; coleções: bases de dados nacionais e Brasil; limite: idoso; país/região como assunto: Brasil. Para o segundo descritor, os filtros utilizados foram texto completo; coleções: bases de dados nacionais e Brasil; limite: idoso; país/região como assunto: Brasil. Já no terceiro descritor citado, os filtros selecionados foram: texto completo; coleções: bases de dados nacionais e Brasil; limite: idoso; assunto principal: Sistema Único de Saúde (SUS), saúde pública, serviços de saúde para idosos, atenção primária à saúde, saúde do idoso e idoso; país/região como assunto: Brasil. Por último foram usados os descritores: atenção primária resolutiva; saúde do idoso; gestão em saúde do idoso; saúde do idoso, em que o único filtro utilizado foi quanto ao idioma: português. Ao final, foram encontrados um total de 77 artigos na BVS.
Conclusões
O aumento na quantidade de idosos amplia, também, o número de doenças crônicas e degenerativas, assim como suas consequentes sequelas. Isso prejudica a autonomia, e até mesmo a capacidade de participação social do idoso. Por isso, para garantir esses direitos, uma saúde de qualidade é essencial.
No que concerne a legislação e as políticas públicas voltadas à APS do idoso, esta revisão de literatura permite concluir que estas últimas são avançadas, porém, a prática carece de ações efetivas. As possíveis causas para essa conjuntura se referem ao fato de que, apesar desses avanços, o Brasil não dispõe de uma rede de serviços articulados e dedicados à assistência específica de cada idoso. Além disso, o modelo de saúde brasileiro ainda é uma transição entre o preventivista e o curativo. Assim, o modelo de saúde ainda não atende o idoso em sua integralidade. 
Avaliação da efetividade da Atenção Primária de Saúde voltada ao idoso
Camila Costa Alcantara, André Vinícius de Oliveira, Adriana Vieira Macedo Brugnoli, Lara Cândida de Sousa Machado, Ana Paula Fontana
Instituições e endereços, Arial regular corpo 30pt, 
Referências bibliográficas
nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp nnnnnnnnnnbbbbbbbbbbbbbbbaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccckkkkkkkkkkkkkkkkkkkpppppppppppppppp
Introdução
É sabido que a população idosa está em tendência contínua de crescimento, não apenas no mundo como também no Brasil. A fim de garantir a saúde nessa fase da vida, a Atenção Primária de Saúde (APS) possui uma função de extrema importância. Ela se trata do primeiro nível de atenção à saúde, que é responsável pela prática da saúde preventiva. A APS permite o oferecimento de uma vida digna ao idoso, pois busca mantê-lo em um estado de saúde que o permita ter autonomia e, consequentemente, boa qualidade de vida.
Diante disso, foram avaliados estudos que apresentavam dados para verificar a efetividade da APS ao idoso a partir de estatísticas de patologias que podem ser evitadas por uma prevenção adequada. Além disso buscou-se averiguar a relação entre teoria e prática a partir de documentos oficiais e dados da avaliação da APS pelos próprios idosos e por sistemas de indicadores de saúde do idoso. O estudo buscou, assim, demonstrar se “A atenção primária de saúde do SUS voltada ao idoso têm sido, nos últimos 10 anos, resolutiva”.
Além das características gerais das políticas públicas usadas em todo o território brasileiro, pode se observar que a APS varia em qualidade e em forma de abordagem de acordo com a região. As diferenças quanto a eficiência desses serviços podem ser observadas analisado dados do SISAP-idoso que demonstram que a proporção de idosos cadastrados na ESF podem chegar a mais de 85% em estados como Santa Catarina, enquanto que no Acre esta proporção não passa de 45%. Pelo fato do cadastramento da população na ESF ser essencial são fundamentais para o bom funcionamento da APS, conclui-se que haverá grandes diferenças na qualidade da APS ao idoso nos diferentes estados do território brasileiro.
O aumento do número de serviços ofertados pelo SUS à população idosa acarreta um grande custo para a saúde pública. No intuito de se reduzir o número de atendimentos e serviços onerosos à APS voltada ao idoso, deve agir de modo eficiente e resolutivo. Em contraponto, um estudo conduzido no Brasil, que entrevistou usuários da APS divididos em um grupo de idosos e outro de não idosos, constatou que o escore da qualidade da APS era muito próximo entre os dois grupos, o que não está de acordo com o princípio da equidade pregado pelo SUS, já que a população idosa necessita de um atendimento especial devido às suas condições. Outros atributos importantes em uma APS também foram averiguados. Os atributos acesso e primeiro contato, muito importantes para envolver a população como um todo, obtiveram um escore de 6,2 que, apesar de não ser uma das menores pontuações, é preocupante devido à sua importância. O atributo acessibilidade teve o pior escore: 3,8. Além disso, constatou-se que muitas orientações importantes não eram passadas
aos idosos, como alertar sobre queimaduras, quedas e exposição a substâncias perigosas. Mesmo que eventos ligados a falta dessas informações sejam frequentes causas de internações e óbitos (Araújo et al., 2014).
Outra pesquisa, realizada com um grupo de idosas de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da periferia da cidade de São Paulo, demonstrou que, muitas vezes, atividades voltadas ao público idoso podem não atingir o público alvo planejado. Nessa pesquisa, observou-se uma UBS que ofertava uma atividade em grupo para idosas, cujo público alvo se referia àquelas de baixa renda. No entanto, as idosas que frequentavam o grupo eram, na verdade, da classe social oposta à que a atividade buscou incluir, pois elas detinham bom nível econômico e boa escolaridade. O que se concluiu foi que a forma de divulgação da atividade, realizada por meio de cartazes, não conseguiu abranger as idosas que realmente frequentavam a UBS, as quais eram, em sua maioria, analfabetas. Com esse exemplo, se percebe uma grande falha na resolutividade, uma vez que o grupo de idosas que mais necessitava do serviço ofertado pela UBS não foi atingido. Falha essa que poderia ser simplesmente resolvida pela divulgação oral. Portanto, é notável que há um certo despreparo dos profissionais de saúde para lidar com a população idosa, principalmente a mais carente (Alencar; Ciosak, 2016).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando