!O CAPITALISMO TARDIO ( SINTESE)

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ALINE FREIRE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ-UESC
 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS-DCE
O CAPÍTALISMO TARDIO-MANDEL
(Sínteses dos capítulos apresentados)
ILHÉUS-BA
AGOSTO-2016
CAPÍTULO 5- VALORIZAÇÃO DO CAPITAL, LUTA DE CLASSES E A TAXA DE MAIS-VALIA NO CAPITALISMO TARDIO.
	Este capítulo nos remete ao período da segunda guerra mundial período este que elevaram absurdamente as taxas de mais-valia devido ao fascismo e nazismo.
	Conforme já sabemos, só há elevação na taxa de mais-valia se: O trabalhador consumir menor porção de uma jornada (constante) de trabalho para produzir o equivalente a seu salário; se o trabalhador produzir o equivalente em valor a seu salário em menos horas de trabalho do que antes, de maneira que haja um acréscimo na duração do sobretrabalho; ou se inalterada a intensidade do trabalho ou produtividade, houver uma queda no salário real.	Desta forma o capital aumentará a taxa de mais-valia. No entanto, combinando as três condições elevará a mais-valia consideravelmente, mas em condições normais isso não pode acontecer. No entanto, naquele momento as condições eram favoráveis devido ao fascismo e nazismo da segunda guerra mundial, o que de acordo com Mandel era um período anormal. Este período foi marcado pela opressão da classe trabalhadora, destruição dos sindicatos fatos estes que fizeram com que aumentasse o exército industrial de reserva desta forma os trabalhadores suportariam as reduções salariais.	A necessidade de manter o exército industrial de reserva tem como único intuito evitar o aumento dos salários reais, consequentemente conservar a taxa de mais-valia e de lucros a fim de estimular a acumulação de capital. Para Mandel o que de fato desencadeou a onda de crescimento econômico foi à repressão da classe trabalhadora e a expansão de bens de consumo duráveis. 
Capítulo 6- A natureza específica da terceira revolução tecnológica
Neste capítulo Mandel descreve a terceira revolução tecnológica. Revolução esta que se caracterizou pelo fato de que além dos bens de consumo industriais feito por máquinas e das máquinas de fabricação mecânica, surge ainda ás matérias primas e os gêneros alimentícios produzidos também por máquinas. Observamos ainda ai que, as rendas tecnológicas são superlucros derivados da monopolização do progresso técnico.
A aplicação de uma nova tecnologia marcou seu inicio nos setores da indústria química na qual a força impulsionadora decisiva se dava pelo barateamento do capital constante circulante. Já no início dos anos 50, o objetivo principal era a redução radical dos custos salariais dados pela eliminação do trabalho vivo no processo de produção.
Segundo Rezler existem quatro tipos de produção automatizada e semiautomatizadas que delimitam o campo da terceira revolução tecnológica, são eles: 1- Transferência de partes de produção sucessivas, baseada em dispositivos automatizados; 2- Processos em fluxo contínuo, baseados no controle automático do fluxo e de sua qualidade; 3- Processos controlados por computação em qualquer unidade fabril; 4- Diferentes combinações dos sistemas citados.
A terceira revolução tecnológica foi responsável pelo desencadeamento do surto de um rápido crescimento.
Ainda de acordo com Marx, havia a necessidade do o progresso técnico para provocar coação dos concorrentes no sentido de economizar nos custos de produção. Este avanço tecnológico determinado nos novos ramos tecnológicos da indústria permite que as combinações dos capitais se ampliem com a possibilidade de compensar a tendência ao declínio das taxas de lucros.
Evidentemente que com a difusão da automação, o aumento da composição orgânica do capital e o início da queda no total de horas despendido de trabalho vivo produtivo, tornam-se impossível continuar a aumentar os salários reais e consequentemente conserva o volume de constante de mais-valia.
A essência da automação é intensificar a luta em torno da taxa de mais-valia e tornar cada vez mais difícil á valorização do capital, em decorrência da massa de homens-hora despendida na criação de valor torna-se declinante.
Em consequência, a marca do imperialismo e de sua segunda fase, o capitalismo tardio, não é um declínio nas forças de produção, mas um acréscimo no parasitismo e no desperdício paralelo ou subjacente a esse crescimento.
Capítulo 11 – O Neocolonialismo e a Troca Desigual
Neste capítulo observamos que nas colônias e semi-colônias havia uma certa disparidade na divisão do trabalho em relação ás metrópoles. Isso porque o intenso processo de inovação tecnológica fez com que houvesse um excesso de capital expressado pelo aumento da produtividade e consequentemente da composição orgânica do capital. Desta forma, há transferência do excedente de capital das metrópoles para a colônia, a colônia transfere sua mais-valia para a metrópole, a qual se apropria desta taxa de lucro.
Uma das formas da obtenção de superlucros das metrópoles são as inovações tecnológicas as quais reduzem o número de trabalho vivo e se apropriam da mais-valia produzida pelos Países de menor composição orgânica do capital através da troca desigual.
De acordo com Mandel, a finalidade da metrópole é buscar apropriar-se da mais-valia dos países em desenvolvimento.
Capítulo 12- A Expansão do Setor de Serviços, a “Sociedade de Consumo” e a Realização da Mais-Valia.
Segundo Mandel, a expansão do setor de serviços se dá com a industrialização da agricultura. A divisão social do trabalho entre os setores da agricultura e do artesanato fomentou a ampliação das funções intermediárias de forma a interligar esses dois setores que agora se dividem. Desta forma podemos observar que o intuito principal dos setores é obter lucros.
Ainda de acordo com Mandel, o crescente investimento de capital ocioso no setor de serviços gera a substituição de antigos serviços particulares por serviços em massa. Poderá surgir ai novos caminhos para os investimentos e para experimentação de novos produtos, se os mesmos se mostrarem lucrativos o capital poderá se instalar nesse novo campo auferindo lhes mais-valia.
A sociedade de consumo passa a existir devido á inclusão dos assalariados na esfera de consumo, sendo assim as necessidades de consumir acaba por estimular o capitalismo que por sua vez busca estimular sempre novas necessidades em consumir serviços que permitam a venda da força de trabalho.
Para Marx e Mandel nesse setor não produtivo não há criação de mais-valia já que sua produção não gera trabalho excedente. Sendo assim, o lucro médio auferido no setor de serviços é menor que o superlucro e é respaldado no capital social, além disso, se torna cada vez mais difícil realizar a mais-valia do setor produtivo, pois a taxa de aumento do consumo não aumenta na mesma taxa de aumento da produtividade. O fato de não produzir mais-valia confere ao setor de serviços o título de não produtivo
Logo, a lógica do capitalismo tardio consiste em converter o capital ocioso em capital de serviços para criar necessidade de novas mercadorias e poder substituí-lo por capital produtivo na criação dessas mercadorias.
CAPÍTULO 15. “O ESTADO NA FASE DO CAPITALISMO TARDIO”
Neste capítulo Mandel analisa na fase do capitalismo tardio a evolução das relações entre o Estado, a sociedade, e o sistema econômico vigente. Para o referido autor, os três papéis básicos do Estado são: garantir as condições gerais de produção, fazer a manutenção do sistema vigente por meio da repressão e Integração das classes dominadas garantindo que a ideologia da sociedade continue a das classes dominantes. 
O Estado é classificado pelo mesmo em: pré-capitalista e burguês; sendo que o burguês se divide em três fases: capitalismo concorrencial, imperialismo e monopólio. Logo, observa-se que o Estado em seu período pré-capitalista concentra o seu poder na mão de poucos, o que contraria a lógica uma vez que, os agentes não possuem a propriedade privada da sua produção logo, estarão sujeitos a confiscossúbitos por parte do Estado. 
Na fase tardia do capitalismo, há uma forte dependência do sistema capitalista com relação ao Estado. Com relação ao controle social, existe uma manipulação ideológica da classe proletária para evitar as crises que ameaçam o processo de acumulação e valorização do capital. 
Dessa forma, o predomínio da classe burguesa sobre a classe operária tornam inviáveis as reformas no sistema social vigente. E a única forma de romper com esse modelo é através da organização da classe operária.