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Percepção da Mentira

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A Percepção da Mentira
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Conceito de Mentira: Comportamento de enganar alguém sem notificá-lo.
A mentira pode ser utilizada como manipulação, proteção e habilidade social, por exemplo, a mentira que utilizamos quando ganhamos um presente que não gostamos.
A mentira pode ser identificada avaliando o ambiente, a cultura, o comportamento habitual e o número de sinais observados.
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Sinais fisiológicos da Mentira
Podemos perceber uma mentira através da análise de certos sinais fisiológicos decorrentes do esforço consciente ativo que fazemos para construir uma mentira e pelo medo de sermos apanhados.
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O nosso sistema nervoso (SN) está dividido no central (SNC) e periférico (SNP). Dentro do SNP, temos o somático (SNS) e o autônomo (SNA). Finalmente, dentro do SNA temos o simpático e o parassimpático. 
Este SNA é o que regula muitas das coisinhas automáticas que fazemos: abertura das pupilas, batimento cardíaco, sudação, número de vezes que piscamos os olhos, salivação, etc. 
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O sistema nervoso simpático é o que implica ativação. O parassimpático é de relaxamento. Por exemplo, o simpático acelera o nosso coração; o parassimpático abranda. 
Deste modo, quando mentimos puxamos pelas nossas capacidades mentais e experimentamos um medo (o de ser apanhado), o que nos leva a ativar o SN simpático.
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Enquanto é possível suprimir alguns movimentos involuntários corporais, os sinais fisiológicos, são muito difíceis, ou mesmo impossíveis de impedir a sua manifestação. Contudo, há alguns casos em que é possível mentir sem haver manifestação de sinais fisiológicos.
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SINAIS PRIMÁRIOS DE MENTIRA
PUPILAS
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As pupilas vão sofrer uma dilatação involuntária (sem que tenhamos controle sobre isso). 
Contudo, as pupilas têm um problema – a sua dilatação/contração pode-se dar por várias razões: luz, drogas, stress, estados de espírito positivos/negativos, etc. Assim, não deverá ser usado como um elemento isolado no processo da detecção de mentiras. Se for, assegurem-se que estão num ambiente neutro, sem variáveis como as supracitadas.
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PULSAÇÃO
 Quando mentimos, a aceleração do nosso coração pode ser explicada por 2 gatilhos que levam à ativação do SNS:
 1. Medo – a nossa sobrevivência depende da capacidade de sentir medo, e de conseguir executar uma resposta rápida que nos ponha a salvo. 
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Respondemos através do SN simpático, libertando adrenalina em grandes quantidades e experienciamos força e rapidez sobre-humana durante um breve período de tempo terminando numa resposta de aproximação ou evitamento.  Fica assim explicado porque o nosso coração bate mais depressa quando sentimos medo.
 
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2. Ativação cerebral – puxamos pelas nossas faculdades mentais criativas quando mentimos. Projetamos cenários, pormenores, pessoas envolvidas; fazemos associações para evitar incompatibilidades entre a nossa história e as experiências de quem ouve. Esta atividade mental toda implica a necessidade de uma maior quantidade de oxigénio, o aumento da pulsação (e também quase sempre, aumento da frequência respiratória).
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SUDORESE
Existem dois tipos de glândulas ligadas à sudorese. Um tipo situa-se na zona das axilas e genitais; a sua função tem sido alvo de debate, supõe-se que tem a ver com a comunicação odorífera (incluindo feromonal). 
O outro tipo estão dispostas por todo o corpo, com densidade acentuada nas mãos e pés e a principal função é a de termo-regulação.
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O que dispara a libertação de suor através das glândulas presentes em todo o nosso corpo é o SN simpático. Não é novidade que as pessoas ansiosas costumam suar bastante das mãos ou pés. O mesmo princípio aplica-se à mentira, ao medo de ser apanhado. 
O suor é composto por 90% de água, o que leva a que haja um aumento da condutividade elétrica da pele no ato da sudorese. 
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Partindo deste princípio, desenvolveram-se maneiras de registar a atividade eletrodérmica no auxílio à detecção de funcionamento simpático, adaptando-se posteriormente à detecção de mentiras (hoje em dia incorporado no polígrafo).
VOZ
1. Rapidez de discurso – Normalmente verbalizamos 150 a 175 palavras por minuto.
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Quando estamos ativados, esse número pode chegar aos 250. Por isso desconfiem quando alguém vos dirigir palavra com uma fluência estranhamente rápida (caso não seja assim normalmente). Significa que está pensando ainda mais rápido do que fala, por isso das quatro uma: ou quer causar boa impressão, ou está nervoso, irritado ou mentindo (e portanto precisa de pensar rápido para a construção da mentira). 
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2. Palavras usadas – Do mesmo modo que o discurso fica mais rápido, as palavras “caras”, bem como analogias, metáforas, podem sofrer alterações quando uma maior ativação cerebral (como aumento da sua ocorrência). Outra vez, é importante conhecerem o estado normal dessa pessoa.
3. Frequência respiratória – Quanto maior ativação cerebral, maior a quantidade de oxigênio necessária no cérebro, maior a frequência respiratória.

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