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Material de Apoio Direito Administrativo Alexandre Mazza Aula02

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Disciplina: Direito Administrativo 
Professor: Alexandre Mazza 
Aula: 01
Monitor: Mariana 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA
Índice
I. Anotações
II. Lousas
	
I. ANOTAÇÕES
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
(Lei 8.429/92 – LIA)
Pergunta: é cabível colaboração premiada, transação ou acordo de leniência em ação de improbidade administrativa? 
R.: NÃO. Embora no âmbito da operação Lava Jato tenham sido firmados vários acordos de leniência envolvendo improbidade, o artigo 17, §1º da LIA veda transação, acordo ou conciliação em ação de improbidade. 
Prazo: A propositura da ação de improbidade prescreve em 5 anos, contados: 
Da data do ato para servidores comuns; 
*Do desligamento da função para políticos e comissionados (ocupantes de cargos em comissão ou função de confiança). 
Cuidado! Ação de improbidade será imprescritível para aplicação da pena de ressarcimento do erário (patrimônio público). 
Pergunta: O ato de improbidade exige dolo ou pode ocorrer na variação culposa? 
R.: Em regra, improbidade exige dolo (má-fé ou intenção). Porém, no caso de ato de improbidade que causa lesão ao erário (art. 10, LIA), admite-se improbidade culposa. 
ATENÇÃO. Nada impede que o juiz puna por improbidade alguém que praticou uma conduta não prevista expressamente na LIA. Como não se trata de lei de direito penal (seus ilícitos são civis e administrativos), os tipos são abertos e o rol é exemplificativo. 
Pergunta: Quem pode praticar ato de improbidade? 
R.: Em regra, a improbidade só pode ser praticada por agente público (improbidade própria).
Excepcionalmente, as penas da lei de improbidade podem atingir quatro categorias de particulares (improbidade imprópria): 
Particular que colabora com o agente (concorreu); 
Particular que induziu o agente a praticar o ato; 
Particular beneficiário do ato; 
Sucessores. 
DICA: Segundo o STJ, não admite improbidade imprópria por conduta isolada do particular. 
Pergunta: Quais as penas previstas na LIA? 
R.: No art. 12, a LIA enumera as seguintes sanções: 
Devolução de bens; 
Ressarcimento do dano; 
Multa civil; 
Perda do cargo; 
Suspensão de direitos políticos; 
Proibição de contratar com o Estado; 
Proibição de receber benefícios públicos. 
CONCURSOS
PÚBLICOS 
Segundo recente orientação do STF, candidato tatuado NÃO PODE SER EXCLUÍDO DE CONCURSO em razão da tatuagem, exceto se a tatuagem violar valores constitucionais. 
Para realização de exame psicotécnico em concurso público exige-se lei específica com tal previsão para aquele cargo. 
A validade de concurso é até 2 anos prorrogáveis uma vez por igual período. 
Pergunta: Aprovação em concurso gera direito adquirido à nomeação? 
R.: Em regra, não. Geralmente, a aprovação em concurso gera simples expectativa de direito à posse. Porém, em nome do princípio da PROTEÇÃO À CONFIANÇA LEGÍTIMA (proíbe condutas contraditórias), haverá direito adquirido à posse somente nos seguintes casos: 
Preterição de ordem classificatória; 
Aprovação dentro do número de vagas anunciadas no edital; 
Desistência do candidato aprovado na posição anterior; 
***Prática de qualquer ato inequívoco que manifeste necessidade de preenchimento da vaga. 
PODER DE
POLÍCIA
Não confunda polícia-atividade (poder de polícia) com polícia-instituição (polícia civil, federal, etc.). 
Poder de Polícia é uma manifestação da função administrativa do Estado, consistindo em limitações GERAIS sobre liberdade e propriedade dos particulares. Exs.: fiscalização ambiental; vigilância sanitária; fiscalização tributária; fiscalização de trânsito. 
Lembrar que o poder de polícia é externo porque atinge particulares, admitindo também aplicação de sanções (o ciclo completo do poder de polícia é: 
Limitar; 
Consentir (licença ou autorização via alvará); 
Fiscalizar; 
Sancionar (respeitando devido processo que garanta contraditório e ampla defesa). 
Segundo o STF, a GCM pode cumular as funções de polícia de trânsito, desde que no âmbito do Município (o próprio STF admitiu também que a GCM organizada como empresa pública exerça poder de polícia). 
De acordo com o STF, o Poder de Polícia é manifestação do “ius imperii” do Estado, só podendo ser exercido por PJs de direito público (entes federativos e autarquias). Particulares podem exercer apenas atividades materiais de apoio ao Poder de Polícia. Ex.: manutenção de radares fotográficos. 
DICA: Qualquer crédito que o Estado tiver, seja de natureza tributária ou não, deve ser cobrado da mesma maneira: inscrição na dívida ativa + expedição da CDA + execução fiscal. Exs.: Multa de transito, imputação de débito no tribunal de contas***. 
***Arts. 70 e 71, CF: 
- Tribunais de Contas são órgãos despersonalizados que realizam controle externo da Administração. 
- Os Tribunais de Contas não integram a repartição de poderes. 
- Os Tribunais de Contas podem sustar atos administrativos.
- No caso de contratos administrativos, a sustação será adotada pelo Congresso Nacional (e não pelo Tribunal de Contas). Passados 90 dias sem manifestação do Parlamento, o Tribunal de Contas pode decidir sobre a sustação do contrato. 
DICA: as decisões de tribunais de contas têm natureza administrativa e, quando condenatórias (imputação de débito), tem força de título executivo extrajudicial. 
RESPONSABILIDADE 
DO ESTADO 
Para a responsabilidade do Estado ocorrer é necessário que um agente público investido no exercício da função cause o prejuízo à vítima (o art. 37, §6º, CF fala em responsabilidade do Estado pelos danos que seus agentes “nessa qualidade” causarem a terceiros).
Conclusão 1: Se o agente está no exercício da função, a ação indenizatória não pode se proposta contra o agente, mas sim contra a pessoa jurídica estatal. Ex.: motorista do MPU bate a viatura, a ação é contra a União (prescrevem em 5 anos as ações contra a Fazenda Pública). CUIDADO: Ação de desapropriação indireta prescreve em 10 anos (STJ). 
Não confundir desapropriação indireta (apossamento com ânimo definitivo) com requisição (uso transitório em situação de perigo público), nem com ocupação temporária (uso transitório sem caráter emergencial). 
Conclusão 2: Se o agente estiver fora do exercício da função, o Estado não responde. Ex.: policial de folga atira no vizinho (o prazo da ação de reparação civil é prescricional de 3 anos). 
- A responsabilidade do Estado é objetiva, fundamentada no risco administrativo, cujos requisitos são: ato, dano e nexo. 
Excludentes do dever de indenizar:
Culpa exclusiva da vítima; 
Força maior; 
Fato de terceiros. Ex.: multidão delinquente. 
Outros temas: 
Quando a pessoa estiver sob a custódia do Estado (presos ou alunos em escola pública), o Estado responde mesmo que o dano seja causado por terceiros; 
Dano por omissão, a responsabilidade é subjetiva; 
Concessionários de serviço público respondem pela teoria objetiva, perante usuários e terceiros. 
CONCESSÃO DE 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
(Lei 8.987/95) 
- Os usuários de serviço público, além dos direitos previstos na Lei 8.987/95, sujeitam-se à incidência subsidiária do CDC; 
- O art. 6º da lei de Concessões autoriza o corte do fornecimento do serviço (sem violar a continuidade) DESDE QUE HAJA PRÉVIO AVISO:
Segurança das instalações;
Inadimplemento do usuário. 
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