Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER M.DIV. EM ACONSELHAMENTO PASTORAL PAC 405 – ACONSELHAMENTO DE CASAIS ALESSANDRO ROBERTO AZEVEDO CAPELARI - 81504128 MONOGRAFIA UMA ANÁLISE TEOLÓGICA DA TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL SÃO PAULO 2017 CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER M.DIV. EM ACONSELHAMENTO PASTORAL PAC 405 – ACONSELHAMENTO DE CASAIS ALESSANDRO ROBERTO AZEVEDO CAPELARI - 81504128 MONOGRAFIA UMA ANÁLISE TEOLÓGICA DA TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL Trabalho Monográfico sobre a Análise Teológica da Terapia Familiar Estrutural apresentado ao Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper em cumprimento de parte das exigências da disciplina de “PAC 405 – Aconselhamento de Casais”. Professor: Rev. Valdeci Santos. SÃO PAULO 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2 1- ENTENDENDO O CONCEITO DE TERAPIA ......................................................... 2 2- UM BREVE HISTÓRICO SOBRE TERAPIA FAMILIAR ......................................... 3 3- A TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL DE MINUCHIN .......................................... 6 4- ANÁLISE BÍBLICO TEOLÓGICA DA TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL ............ 8 4.1. Um Olhar Bíblico sobre a Estrutura Familiar ..................................................... 9 4.2. O Processo da Terapia Estrutural ................................................................... 11 4.2.1. O Objetivo da Terapia Familiar Estrutural ................................................ 12 5- TERAPIA OU ACONSELHAMENTO? EM BUSCA DO MELHOR CAMINHO ...... 13 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 14 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 16 2 INTRODUÇÃO Esse trabalho visa apresentar uma análise dos principais fundamentos e práticas da Terapia Familiar em comparação com os conceitos aplicados no Aconselhamento Bíblico. De início apresentamos uma breve definição do que vem a ser terapia, logo após será traçado um breve histórico sobre a Terapia Familiar como um todo, e, por fim, apresentaremos uma visão mais específica dos conceitos e métodos aplicados pela Terapia Familiar Estrutural desenvolvida por Salvador Minuchin. Posteriormente será feito uma análise bíblico teológica desses conceitos de forma a compreender quais conceitos da Terapia Familiar Estrutural tem maior ou menor proximidade com o que a Bíblia nos apresenta sobre a estrutura de família, seus objetivos e a forma de tratamento de algumas questões que estejam disfuncionais. Por fim faremos uma comparação dos principais conceitos e técnicas da Terapia Familiar Estrutural em relação aos princípios do Aconselhamento Bíblico, observando onde esses conceitos são complementares e onde eles apresentam questões antagônicas. Como objetivo maior o trabalho apresentado aqui tem a finalidade de proporcionar que seus leitores tenham uma visão um pouco mais ampla acerca da Terapia Familiar Estrutural e seu relacionamento com o Aconselhamento Bíblico, de forma que obtenham fundamento para fazer uma escolha por uma ou outra forma de tratamento dos problemas humanos tendo como ponto de partida a percepção do ambiente familiar. 1- ENTENDENDO O CONCEITO DE TERAPIA Ao falar em terapia familiar é importante que se compreenda, em primeiro lugar, o conceito do que vem a ser uma terapia. Por terapia entende-se uma forma de tratamento que tenha um princípio, meio ou fundamento pré-estipulado a ser seguido, visando sempre uma cura1. Ou seja, precisa de terapia aquilo que está disfuncional, 1 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Eletrônico Aurélio Século XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira e Lexikon Informática, 1999. Versão 3.0. CD-ROM. 3 em desarmonia, que causa alguma espécie de sofrimento, dor, e que precisa de restauração. O Rev. Wadislau Gomes afirma que um processo terapêutico é um processo de aproximação do ser humano e seus problemas, da cura, solução e restauração para os mesmos2. No tratamento de questões emocionais que envolvem o ser humano... [...] as duas abordagens de psicoterapia mais influentes no século XX, a psicanálise de Freud e a terapia centrada no cliente de Rogers, baseavam-se na suposição de que os problemas psicológicos surgiam de interações não sadias com os outros e que a melhor maneira de minorá-los era um relacionamento privado entre terapeuta e paciente3. Essas duas vertentes psicológicas creem que uma boa psicoterapia é algo que fica estritamente limitada à relação de paciente e terapeuta, sendo que “psicólogos freudianos tentam explicar os seres humanos em termos de impulsos biológicos”4, sendo tentados a reduzir os seres humanos a animais meramente impulsivos. Enquanto isso, a terapia centrada na pessoa, de Carl Rogers assume que “as pessoas seriam capazes, consciente e racionalmente, de mudar os próprios pensamentos e comportamentos do indesejável para o desejável”5, sem que isso tenha relação com o seu inconsciente ou com as suas experiências na infância. 2- UM BREVE HISTÓRICO SOBRE TERAPIA FAMILIAR A terapia familiar surgiu na década de 50 se apresentando como uma alternativa para famílias, ou para indivíduos que estão passando por momentos de conflitos e desarmonia6 e que compreendam que esses conflitos tenham seu fundamento no ambiente familiar. O surgimento da terapia familiar revolucionou o conceito de psicologia da sua época, visto que seu objetivo – ao contrário da perspectiva daquele momento, que era a aplicação da terapia de forma individual – é tratar a família como sendo o ambiente 2 GOMES, Wadislau Martins. Aconselhamento Redentivo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, pp.13- 14. 3 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C. Terapia Familiar: conceitos e métodos. 7. Ed., Porto Alegre – RS, Artmed, 2007, p.24. 4 GOMES, Wadislau Martins., op. cit, p.12. 5 SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sudney Ellen. História da Psicologia Moderna. 10. Ed., São Paulo: Cengage Learning, 2014, p.342. 6 Terapia Familiar: como pode lhe ajudar? Disponível em < https://www.psicologiaviva.com.br/blog/terapia-familiar/>. Acesso em 19/09/2017. 4 no qual o indivíduo desenvolve sua vida7. “Por família entende-se um grupo de indivíduos unidos por laços transgeracionais e interdependentes quanto aos elementos fundamentais da vida.”8 Todo esse novo conceito estava unido em torno da rejeição da psicanálise e do abraçar do pensamento sistêmico9, ou seja, a percepção de que a família é um sistema aberto que interage com o seu meio ambiente estabelecendo uma relação de troca de informação e complementariedade numa organização de partes que interagem de forma dinâmica10. Esse foi um grande salto qualitativo e paradigmático nos conceitos de terapia, pois agora a terapia passa a compreender o indivíduo não apenas no âmbito de sua individualidade, mas também como sendo fruto das relações e dos contextos em que está inserido, surgindo assim as primeiras abordagens de terapia familiar organizada por sistemas11. Essa percepção sistêmica da terapia é caracterizada pelo estudo da família como sendo uma estrutura hierárquica organizada em níveis12, exatamente por isso... A abordagem Sistêmica é uma proposta de terapia focada na família como um sistema em que os seus membros encontram-se interligados, ou seja, o comportamento de um deles influencia o comportamento dos demais.13 A professora de psicologia da PUC/RJ, Terezinha Féres Carneiro afirma que, na terapia familiar sistêmica: A família é vista como um sistema equilibrado e o que mantém este equilíbrio são as regras do funcionamento familiar. Quando, por algum motivo, estas regras são quebradas, entram em ação meta-regras para restabelecer o equilíbrio perdido.14 7 SANTANA, Sumaia. Terapia Familiar: Como funciona e quem pode fazer. Disponível em < https://www.eusemfronteiras.com.br/terapia-familiar-como-funciona-e-quem-pode-fazer/>. Acesso em 19/09/2017. 8 MACHADO, Mónica. Compreender a Terapia Familiar. 2012, p.1. Disponível em < http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/Resenha%20do%20texto.pdf>. Acesso em 22/09/2017. 9 MINUCHIN, Salvador. Apud: NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.6. 10 MENEGATTI, Rosemary Parras, op. cit, p.4. 11 OSÓRIO, Luiz Carlos; VALE, Maria Elizabeth Pascual do (org). Manual de Terapia Familiar. Porto Alegre – RS, Artmed, 2009, p.106. 12 MENEGATTI, Rosemary Parras. Grupo de Estudos – Abordagem Sistêmica. Apostila de estudos sobre Terapia Familiar Sistêmica, Evolução do Pensamento Sistêmico, Maringá – PR., p.7. 13 GURGEL, Amanda; APARECIDA, Maria. Abordagem Sistêmica com enfoque na Terapia Familiar Estrutural. (Curso de Psicologia) Estágio de Sistêmica – Instituto de Ciências Humanas, p.2. Disponível em < https://pt.scribd.com/document/253315395/Abordagem-Sistemica-com-enfoque- na-Terapia-Familiar-Estrutural-1>. Acesso em 20/09/2017. 14 CARNEIRO, Terezinha Féres. Terapia familiar: das divergências às possibilidades de articulação dos diferentes enfoques. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília – DF, v.16, n.2, 1996. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414- 98931996000100007&script=sci_arttext>. Acesso em 22/09/2017. 5 Diferente das terapias individuais, a terapia familiar acredita que as forças dominantes da vida estão localizadas externamente ao indivíduo, na família e, por conta disso, o seu foco está na organização familiar como sendo o fundamento da transformação do indivíduo, agindo tanto de fora para dentro – onde a mudança da estrutura familiar influenciará o indivíduo, como de dentro para fora – onde as mudanças ocorridas no indivíduo influenciarão toda a estrutura familiar. Desta feita, o poder da terapia familiar advém da capacidade de juntar pais e filhos para transformar suas interações, em vez de isolá-los na observação dos seus conflitos desconsiderando questões emocionais que residem nos relacionamentos familiares. Para a terapia familiar quando um indivíduo não percebe a sua participação na construção dos problemas que o atormentam ele corre o risco de ficar estagnado em suas crises emocionais15. A terapia desenvolvida a partir deste enfoque enfatiza a mudança no sistema familiar, sobretudo pela reorganização da comunicação entre os membros da família. O passado é abandonado como questão central, pois o foco de atenção é o modo comunicacional no momento atual. A unidade terapêutica se desloca de duas pessoas para três ou mais à medida em que a família é concebida como tendo uma organização e uma estrutura.16 Em todas as abordagens sistêmicas de terapias familiares, é considerado ainda que as famílias têm uma tendência de buscar manter o seu equilíbrio de forma autorregulada, ao que os pesquisadores denominaram homeostase17. O Dr. Don Jackson enfatizou a homeostase familiar como sendo “a tendência das famílias disfuncionais de resistirem à mudança” de forma que, mesmo havendo um esforço rumo a melhora, muitos pacientes continuavam na mesma18. Também é considerado que o sistema familiar tende a adaptar-se por si só para manter-se funcional. Isso se dá à medida em que há novas exigências fruto do amadurecimento dos seus membros – como no caso de uma família que flexibiliza suas regras internas quando os filhos entram na adolescência e requerem novos tipos de tratamento e de limites mais específicos para o momento. Essa tendência de auto adaptação recebe o nome de 15 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, pp.25-28. 16 CARNEIRO, Terezinha Féres., op. cit. 17 MENEGATTI, Rosemary Parras, op. cit, p.8. 18 JACKSON, Don D. Family interaction, familyhomeostasis, and some implications for conjoint family therapy. In Individual and family dynamics, J. Masserman, ed. New York: Grune & Stratton. 1959. Apud: NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.104. 6 morfogênese19. A terapia familiar acredita que é no equilíbrio entre a homeostase e a morfogênese que se confere funcionalidade ao sistema familiar. Um sistema no qual predomina a tendência à mudança, no qual as regras mudam constantemente, onde entram e saem elementos sem critérios definidos, é um sistema que desenvolve pouca coesão e estabilidade, o que dificulta atingir objetivos comuns. Um sistema no qual predomina a homeostase corre o risco de se tornar um sistema fechado para o desenvolvimento, estagnado e empobrecido de recursos adaptativos criativos. É na alternância entre homeostase e morfogênese, efetuada com a flexibilidade necessária, que favorece ao sistema manter sua funcionalidade.20 Desde seu surgimento com Gregory Bateson e Nathan Ackerman, e, posteriormente no seu desenvolvimento nas décadas de 1960 e 1970, com Salvador Minuchin, várias técnicas foram surgindo e sendo nominadas a partir da teoria dos sistemas. Dentre as escolas clássicas que compõem a abordagem sistêmica, destacam-se a Terapia Familiar Estratégica, a Terapia Familiar Experiencial, a Terapia Comportamental Cognitiva, a Terapia Familiar Psicanalítica e a Terapia Familiar Estrutural21. E é sobre a Terapia Familiar Estrutural que debruçaremos a seguir, estudando sua história, seus conceitos e sua forma terapêutica em si. 3- A TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL DE MINUCHIN Dentro do desenvolvimento da abordagem de terapia sistêmica, nasce entre os anos de 1960 e 1970 a Terapia Familiar Estrutural tendo Salvador Minuchin como seu expoente. Minuchin é um médico argentino, especializado em psiquiatria infantil que, em 1954 foi para os Estados Unidos “para começar sua formação analítica no William Alansons White Institute, onde estudou a psiquiatria interpessoal de Harry Stack Sulivan.” Posteriormente Minuchin mudou-se para a Wiltwyck School onde, com seus colegas – Dick Auerswald, Charlie King, Braulio Montalvo e Clara Rabinowitz – aprenderam a fazer terapia familiar através das experiências práticas e da observação 19 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.439. 20 MENEGATTI, Rosemary Parras, op. cit, p.8. 21 GURGEL, Amanda; APARECIDA, Maria, op. cit, p.2. 7 mútua. Nos anos de 1970 a Terapia Familiar Estrutural já era a mais influente e praticada22. A Terapia Familiar Estrutural defende que a família é uma organização de sujeitos que se inter-relacionam em um ciclo vital onde precisam ser definidos limites e hierarquias, alianças e distanciamentos, bem como coligações23. Ela não é meramente um conjunto de técnicas aplicadas à família, antes, é uma maneira de olhar para as famílias24, onde: A família não é um ser passivo, mas sim um sistema intrinsecamente ativo, em que cada mudança no seu interior (intrasistêmica: nascimento dos filhos, separação, luto, divórcio), ou no seu exterior (intersistêmica: mudanças de trabalho ou contexto, de valores) irá repercutir-se no sistema de funcionamento familiar, exigindo um processo constante de adaptação.25 A Terapia Familiar Estrutural está fundamentada essencialmente sobre três construtos: estrutura, subsistemas e fronteiras. A estrutura é o padrão organizado em que os membros da família interagem, considerando os seus papéis e suas funções dentro do sistema familiar. Os subsistemas são os agrupamentos e arranjos que ocorrem dentro da própria família sendo baseados em geração, gênero e interesses comuns, podendo um membro da família estar inserido em vários subgrupos com interações diferentes, como no caso de um pai que forma um subgrupo com a mãe, outro com os filhos, por exemplo26. Existem ainda as fronteiras, que são as regras que definem quem participa de cada subsistema e como participa. Para que o funcionamento familiar seja adequado, estas fronteiras devem ser nítidas. Quando as fronteiras são difusas, as famílias são aglutinadas; fronteiras rígidas caracterizam famílias desligadas. Famílias saudáveis emocionalmente possuem fronteiras claras.27 O objetivo da Terapia Familiar Estrutural é promover um ajuste na organização da estrutura da familiar através da observação e da análise de cada um desses construtos, de forma a dissipar os problemas que são fruto de uma estrutura disfuncional, Os terapeutas familiares estruturais buscam alterar a estrutura familiar de forma que a família seja direcionada a resolver seus problemas, uma vez que a 22 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, pp.182-183. 23 MACHADO, Mónica., op.cit., p.8. 24 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.193. 25 ADOLFI, M. A Terapia Familiar. (Cap. I). Lisboa: Vega Universidade, 1995. Apud: MACHADO, Mónica., op.cit., p.9. 26 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, pp.183-184. 27 CARNEIRO, Terezinha Féres., op. cit. 8 mudança na estrutura promove uma nova experiência do cliente28 levando-o a perceber papéis, reavaliar fronteiras e buscar interações mais saudáveis entre os subsistemas. 4- ANÁLISE BÍBLICO TEOLÓGICA DA TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL Uma vez que a Terapia Familiar Estrutural apresenta na sua base teórica os conceitos de que as famílias são fundamentalmente compostas ou subdivididas em estrutura, subsistemas e fronteiras, observamos que, nesse quesito, há uma semelhança bastante interessante com a definição Bíblica de estrutura familiar, com papéis / funções, e uma forma de funcionamento organizada. Biblicamente falando, os pais têm a função de governar o lar de forma que os filhos aprendam os padrões determinados por Deus [Dt 6.1-8]. Também poderíamos dizer que, no que se refere ao funcionamento familiar, encontramos vários modelos bíblicos que apontam para o conceito de subsistemas e de fronteiras [1Co 11.9; Pv 13.24; Ef 6.1-4; Lv 18.14; 20.20], onde o próprio Deus estabelece qual o nível de relacionamento que há dentro de um ambiente familiar, além dos limites de cada um desses relacionamentos. A grande questão é que para a Terapia Familiar Estrutural, bem como para a maioria das terapias de cunho humanistas, há uma profunda desconsideração com a questão do pecado. As terapias não reconhecem esse conceito, não reconhecem a queda da humanidade como sendo a causa fundamental de toda forma de desarranjo ou disfunção, seja pessoal, seja familiar. Essa desconsideração implica em todo o processo terapêutico, buscando, em suma uma acomodação do paciente com suas vontades ou necessidades sentidas, em vez de uma aproximação com a vontade revelada de Deus nas Escrituras. Poderemos observar isso com mais detalhes, a seguir, ao observarmos mais a fundo os conceitos de estrutura, subsistemas e fronteiras a partir de uma perspectiva criacional funcional. Vamos perceber que a proposta da Terapia Familiar Estrutural 28 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, pp.190. 9 caminhará por caminhos diferentes, e, em alguns casos até mesmo opostos ao proposto pelas Escrituras ao tratar dessas questões. 4.1. UM OLHAR BÍBLICO SOBRE A ESTRUTURA FAMILIAR Apesar de a Terapia Familiar Estrutural considerar que as famílias estão dispostas dentro de uma estrutura predeterminada, ela o faz de maneira diferente das Escrituras. Na Terapia Familiar Estrutural a estrutura familiar é estabelecida e determinada em cima das necessidades sentidas do cliente e não necessariamente determinada pelos princípios bíblicos criacionais. A Bíblia nos apresenta a estrutura familiar da seguinte forma: Deus fez o homem à sua imagem e semelhança já estipulando a sua sexualidade de maneira clara e objetiva na sua formação – macho e fêmea os criou [Gn 1.27-28], com o objetivo de governarem sobre a terra criada e terem filhos e filhas. Deus também estabeleceu quais seriam os papéis do homem e da mulher, já no ato da sua criação: o homem como pai e a mulher como mãe; o homem como cabeça e a mulher como auxiliadora [Gn 1.27-28; 2.18, 23-24; 3.20]. Andreas Köstenberger, em seu livro Deus, Casamento e Família, afirma que na Criação, Deus determinou papéis bem claros para que homem e mulher pudessem cumprir os mandatos de Deus. Ele afirma que: Juntos, homem e mulher são encarregados de governar a terra para Deus de forma representativa e, no entanto, não devem fazê-lo de forma andrógena, ou como criaturas de mesmo sexo, mas sim, cada qual cumprindo um papel específico para seu sexo, conforme a determinação divina. [...] Somente quando homens e mulheres aceitam os papéis que Deus lhes ordenou encontram satisfação plena e a sabedoria de Deus na criação é inteiramente revelada e exaltada.29 Enquanto a Bíblia vê a família como sendo efetivamente funcional somente dentro dos pressupostos da criação, [...] os terapeutas estruturais não fazem suposições sobre como as famílias deveriam ser organizadas. Famílias monoparentais podem ser perfeitamente funcionais, tanto quanto as famílias com mamães e papais, ou, na verdade, qualquer outra variação familiar. É o fato de a família buscar terapia para um problema que foi incapaz de resolver o que dá ao terapeuta a licença de supor que algo, na maneira 29 KÖSTENBERBER, Andreas J. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. 2. Ed., São Paulo: Vida Nova, 2015, p.32. 10 específica pela qual essa família está organizada, talvez não esteja dando certo para ela.30 Para a Terapia Familiar Estrutural os problemas na estrutura familiar estão ligados à falta de capacidade humana em perceber suas disfunções relacionais e não na percepção de que o pecado afetou a estrutura familiar de forma a deixa-la disfuncional. A queda trouxe... [...] uma inversão completa dos papéis designados por Deus para o homem e a mulher. Em vez de Deus estar no controle e o homem, auxiliado pela mulher, governar a criação para ele, ocorre uma inversão total: Satanás, na forma de serpente, aborda a mulher que, ao se rebelar contra o Criador, leva consigo o homem.31 Assim fica claro que – diferentemente do conceito das terapias que têm seu fundamento no humanismo – o conceito bíblico de casamento e família não está ancorado na aptidão humana em ajuntar-se familiarmente, nem tampouco na história do desenvolvimento das relações humanas, ou, até mesmo na necessidade de perpetuação da humanidade através da geração de filhos. “Em vez disso, Deus nos declara que Ele próprio estabeleceu, instituiu e ordenou o casamento no princípio da história humana [Gênesis, capítulos 2 e 3].”32 Por causa do pecado o homem fez uma redefinição do sentido de família, desconsiderando o ideal de Deus estabelecido em Gênesis 1 e 2, e adicionando estruturas corruptas como a poligamia, divórcio, adultério, homossexualidade, a deterioração das distinções entre os sexos e a falta de diferenciação dos papéis de cada um.33 Nessa direção, para a Terapia Familiar Estrutural os papéis dentro da estrutura familiar são definidos pelos próprios membros da família, de forma que o terapeuta ajude na equação de fazer com que a família funcione dentro dos seus arranjos, sem, contudo, determinar quais sejam esses arranjos. Para se reunir a uma família, o terapeuta precisa transmitir que aceita seus membros e respeita sua maneira de fazer as coisas. Minuchin (1974) comparava o terapeuta familiar a um antropólogo, que precisa primeiro se reunir a uma cultura para poder estuda-la.34 Assim, na perspectiva da Terapia Familiar Estrutural a família se apresenta como tendo um fim em si mesma. Essa abordagem humanista, no final das contas, 30 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.192. 31 KÖSTENBERBER, Andreas J., op. cit, p.32. 32 ADAMS, Jay E. Casamento, Divórcio e Novo Casamento na Bíblia: novo exame do que a Bíblia ensina. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2012, p.26. 33 KÖSTENBERBER, Andreas J., op. cit, p.32. 34 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.190. 11 mostra que o que vale para a terapeuta estrutural é que os membros da família se resolvam em suas dificuldades de forma a terem uma funcionalidade sentimental, ainda que essa funcionalidade não esteja centrada no que as Escrituras determinam sobre o que são os papéis de homem, mulher e filhos dentro da Estrutura. 4.2. O PROCESSO DA TERAPIA ESTRUTURAL Segundo Paul Franklin e Phoebe Prosky, “a terapia familiar começa no primeiro momento do contato telefônico do terapeuta com a família. [...] Nesta conversa o terapeuta estabelece as regras básicas para uma abordagem de sistema familiar”35. Logo na primeira entrevista o terapeuta inicia também um processo de avaliação da família que o está procurando. Esse processo de avaliação apresenta quatro etapas claras: “A primeira etapa é fazer perguntas sobre o problema apresentado. [...] A segunda etapa é ajudar os membros da família a perceber como as suas interações podem, inadvertidamente, estar perpetuando o problema. A terceira etapa é uma breve exploração do passado [...]. A quarta etapa é explorar opções que os membros da família possam pôr em prática para interagir de maneiras mais produtivas.36 O terapeuta aparece no papel de analista e orientador do sistema familiar. Ele ouve as queixas e busca identificar onde essas queixas se enquadram na estrutura familiar e na sua dinâmica, buscando orientar um processo de mudança através de uma descrição dos processos de relacionamentos interpessoais emocionais dentro da família. O terapeuta ainda busca identificar se o problema familiar tem alguma relação com a forma como essa família se relaciona com a sua cultura de maneira a entender que tipo de influência a percepção cultural exerce no ambiente familiar.37 O principal papel do terapeuta é mexer na estrutura familiar, abalar o sistema de forma a gerar as mudanças. Nesse processo de mudança de estrutura muitas vezes é necessário que o terapeuta faça alguma intervenção que seja mais enérgica com respeito às interações pessoais, ao que eles denominam de intervenção de intensidade38. A essa intensidade 35 FRANKLIN, Paul; PROSKY, Phoebe. Uma Entrevista Inicial Padrão. Apud: BLOCH, Donald A. Técnicas da Psicoterapia Familiar: Uma Estrutura Conceitual. São Paulo: Atheneu: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1983, p.39. 36 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.193. 37 MACHADO, Mónica., op.cit., pp.11-12. 38 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, pp.196-197. 12 poderíamos comparar o processo de confrontação noutética do Aconselhamento Bíblico, sendo que a diferença básica está no sentido em que essa intensidade é aplicada. Na Terapia Familiar Estrutural a intensidade é aplicada no sentido da promoção de mudanças na estrutura familiar para que ela se adeque às necessidades do cliente, de buscar um equilíbrio e uma cura; já no Aconselhamento Bíblico a intensidade é no sentido de confrontar algum padrão de pecado que esteja agindo, seja em indivíduos, seja na própria estrutura familiar, de forma a leva-la a conformar- se com os padrões bíblicos [Rm 12.1-2]. Ainda outra intervenção interessante que os terapeutas estruturais operam é o que eles chamam de: dar forma à competência. Esse direcionamento é como dar uma cutucada no paciente no sentido de ele perceber se está cumprindo, ou não, a responsabilidade que lhe compete o seu papel dentro da família. Isso se dá, geralmente, pelo salientar e dar forma a alguns aspectos positivos relativos à forma como o paciente tem cumprido o seu papel39. 4.2.1. O Objetivo da Terapia Familiar Estrutural De uma forma bem geral, o objetivo da Terapia Familiar Estrutural não é o de confrontar a família que está buscando tratamento de forma que ela busque amoldar- se ao padrão determinado pelo Criador, onde pais governam os filhos e os instruem nos caminhos do Senhor, onde os filhos devem obediência aos pais e os pais não devem provocar seus filhos à ira [Ef 6.1-4]. Pelo contrário, a Terapia Familiar Estrutural não considera que há um modelo preestabelecido de família que deva ser seguido, mas sim uma forma de arranjo, centrado nas necessidades sentidas, que precisa ser feito para que as percepções acerca do problema sejam experimentadas de forma diferente. Para a Terapia Familiar Estrutural, o que distingue uma família normal não é a ausência de problemas, mas uma estrutura funcional para lidar com eles. Todo casal precisa aprender a se ajustar um ao outro; a criar os filhos, se decidir ter filhos; a lidar com os pais; a lidar com seus empregos, e a se adaptar à comunidade. A natureza dessas lutas se modifica de acordo com os estágios desenvolvimentais e as crises situacionais.40 39 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.198. 40 NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit, p.185. 13 Mas, de acordo com o que diz Jay Adams, a instituição da família não tem suas raízes nas percepções da sociedade, antes, estão no fundamento básico dessa sociedade. Antes de haver Estado, Igreja e qualquer outro tipo de instituição formal, já havia a família criada e estabelecida por Deus no Edem41. Assim, numa perspectiva Bíblica o objetivo de toda terapia deveria ser a conformação com a imagem de Cristo. 5- TERAPIA OU ACONSELHAMENTO? EM BUSCA DO MELHOR CAMINHO Eis uma decisão que pode parecer óbvia, mas que tem suas raízes naquilo que a família crê acerca de Deus, do homem e da vida. É o conjunto das crenças familiares que determinará se ela procurará a terapia ou o aconselhamento. De uma forma geral, a maioria das famílias, inclusive cristãs, tem procurado as terapias psicológicas por conta de uma falha grave em um princípio básico da fé cristã: a crença na suficiência das Escrituras para o tratamento da alma do ser humano. É fato que: Para o conselheiro cristão, a Palavra de Deus deve ser mais que uma rede de opções interpretativas para a aceitação ou negação das declarações psicológicas; a bíblia é o instrumento prático do qual o conselheiro deriva sua autoridade funcional e final, sendo aceito como a autoridade determinativa em antropologia. As Escrituras servem como a única fonte confiável para a terminologia do diagnóstico e do remédio usados pelo conselheiro cristão. A Palavra de Deus possui o sistema teórico exclusivo por meio do qual os problemas da alma podem ser apropriadamente interpretados e resolvidos. Mais importante ainda, ela declara possuir autoridade exclusiva em defender a significância e propósito para a vida do ser humano. Quando colocada em justaposição com o conselho do homem, a superioridade e abrangência da Palavra de Deus é inequívoca. O propósito de Deus para a vida do homem prevalecerá.42 O que vai determinar qual modelo terapêutico a ser buscado é exatamente a compreensão de qual a extensão do poder das Escrituras para lidar com as emoções, os sentimentos e as crises humanas. Uma vez que haja um reconhecimento de que Deus tem a primeira e a última palavra acerca de tudo o que envolve o ser humano criado à sua imagem e semelhança; e à medida em que se crê que Deus se revela 41 ADAMS, Jay E. A Vida Cristã no Lar. 2. Ed. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2011, p.60. 42 MACARTHUR, John (Ed.). Pense Biblicamente: recuperando a visão cristã de mundo. São Paulo: Hagnos, 2005, p.308. 14 através das Escrituras, o cristão definirá qual o caminho ele buscará para o tratamento de suas emoções. A própria Bíblia declara o seu poder e eficácia afirmando: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” [Jo 8.32]; e ainda: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. [Hb 4.12] Ainda o apóstolo Paulo orienta para que: Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. [Cl 3.16] No que se refere a uma família cristã, não conseguimos encontrar base nas Escrituras para a busca de alguma forma de terapia humanista para o tratamento das emoções, das questões da alma e para lidar com suas necessidades sentidas. Somente as Escrituras poderão apontar com precisão o caminho da verdadeira cura, de forma que o resultado final de todo o processo seja a glória de Deus na vida do paciente. CONCLUSÃO Apesar de a Terapia Familiar, como um todo e, em específico, a Terapia Familiar Estrutural apresentar observações muito interessantes e, em certos casos até mesmo precisas, acerca do funcionamento familiar, elas não podem ser vistas como idôneas para o tratamento de famílias cristãs. O seu fundamento humanista e a sua percepção de que os arranjos familiares são determinados pelos membros de cada família, ainda que os mesmos estejam contrários ao que determina as Escrituras, além do fato de que os objetivos da Terapia Familiar seja a resolução dos problemas percebidos pela família em vez de uma conformação dessa família com os padrões Bíblicos, depõe contra sua idoneidade no que se refere ao tratamento de casais cristãos. Deus estabeleceu o projeto e o padrão familiar a ser seguido desde a criação de Adão e Eva. Ele mesmo estabeleceu normas de funcionamento para que a sua 15 glória seja vista nos casamentos que seguem o padrão da Criação. Qualquer disfuncionalidade precisa ser revista à luz das Escrituras de forma a redimir o homem em Cristo e não apenas ajusta-lo à questões sociais atendendo suas expectativas de realização e felicidade. “A Bíblia provê a terminologia de diagnóstico e cura, assim como o padrão teórico, do qual cada problema da alma pode ser apropriadamente interpretado e resolvido.”43 De fato, toda forma de terapia tem a intenção de ajudar, de colaborar para que o indivíduo, ou a família como um todo cheguem a um objetivo esperado. A questão não é nem se a terapia ajuda ou não, pois de fato ela colabora sim. A questão é sobre quais pressupostos estão fundamentadas essa ajuda e qual o objetivo final da mesma. Percebe-se que praticamente na totalidade dos casos, as terapias visam fazer com que o cliente obtenha satisfação e consiga conviver bem com os seus problemas, ao passo que no Aconselhamento Bíblico o foco é que a pessoa se pareça mais com Cristo em seus pensamentos e atitudes. Assim, conhecedores dos fundamentos, métodos e objetivos apresentados por cada um dos lados, nós, como cristãos, temos a responsabilidade de decidirmos, mediante à nossa declaração de fé, sobre qual caminho iremos seguir. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde de forma que o nosso coração e nossa mente estejam sempre cativos ao Mestre Jesus. Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, [2Co 10.3-5] Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo. [1Co 2.13-16] 43 MACARTHUR, John (Ed.)., op. cit, p.322. 16 BIBLIOGRAFIA ADAMS, Jay E. A Vida Cristã no Lar. 2. Ed. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2011. ADAMS, Jay E. Casamento, Divórcio e Novo Casamento na Bíblia: novo exame do que a Bíblia ensina. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2012. ADOLFI, M. A Terapia Familiar. (Cap. I). Lisboa: Vega Universidade, 1995. Apud: MACHADO, Mónica., op.cit. BLOCH, Donald A. Técnicas da Psicoterapia Familiar: Uma Estrutura Conceitual. São Paulo: Atheneu: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1983. CARNEIRO, Terezinha Féres. Terapia familiar: das divergências às possibilidades de articulação dos diferentes enfoques. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília – DF, v.16, n.2, 1996. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414- 98931996000100007&script=sci_arttext>. Acesso em 22/09/2017. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Eletrônico Aurélio Século XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira e Lexikon Informática, 1999. Versão 3.0. CD-ROM. FRANKLIN, Paul; PROSKY, Phoebe. Uma Entrevista Inicial Padrão. Apud: BLOCH, Donald A. Técnicas da Psicoterapia Familiar: Uma Estrutura Conceitual. São Paulo: Atheneu: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1983. GOMES, Wadislau Martins. Aconselhamento Redentivo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. GURGEL, Amanda; APARECIDA, Maria. Abordagem Sistêmica com enfoque na Terapia Familiar Estrutural. (Curso de Psicologia) Estágio de Sistêmica – Instituto de Ciências Humanas. Disponível em < https://pt.scribd.com/document/253315395/Abordagem-Sistemica-com- enfoque-na-Terapia-Familiar-Estrutural-1>. Acesso em 20/09/2017. JACKSON, Don D. Family interaction, familyhomeostasis, and some implications for conjoint family therapy. In Individual and family dynamics, J. Masserman, ed. New York: Grune & Stratton. 1959. Apud: NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C., op. cit. 17 KÖSTENBERBER, Andreas J. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. 2. Ed., São Paulo: Vida Nova, 2015. MACARTHUR, John (Ed.). Pense Biblicamente: recuperando a visão cristã de mundo. São Paulo: Hagnos, 2005. MACHADO, Mónica. Compreender a Terapia Familiar. 2012. Disponível em < http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/Resenha%20do%20texto.pdf>. Acesso em 22/09/2017. MENEGATTI, Rosemary Parras. Grupo de Estudos – Abordagem Sistêmica. Maringá – PR. Apostila de estudos sobre Terapia Familiar Sistêmica, Evolução do Pensamento Sistêmico. NICHOLS, Michael P.; SHWARTS, Richard C. Terapia Familiar: conceitos e métodos. 7. Ed., Porto Alegre – RS: Artmed, 2007. OSÓRIO, Luiz Carlos; VALE, Maria Elizabeth Pascual do (org). Manual de Terapia Familiar. Porto Alegre – RS: Artmed, 2009. SANTANA, Sumaia. Terapia Familiar: Como funciona e quem pode fazer. Disponível em < https://www.eusemfronteiras.com.br/terapia-familiar-como- funciona-e-quem-pode-fazer/>. Acessado em 19/09/2017. SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sudney Ellen. História da Psicologia Moderna. 10. Ed., São Paulo: Cengage Learning, 2014. Terapia Familiar: como pode lhe ajudar? Disponível em < https://www.psicologiaviva.com.br/blog/terapia-familiar/>. Acessado em 19/09/2017.
Compartilhar