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Docente: Valdiney Valente Lobato de Castro
 Doutorando em Letras pela Universidade Federal do Pará 
AULA 02 LÍNGUA: 
O COLOQUIAL 
E A NORMA CULTA
VARIAÇÕES
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Uma língua não é algo estático que se estende por igual a várias regiões. Não só evolui com o tempo (variação diacrônica - do grego: dia + khronos = "através de" + "tempo"), como também apresenta variações de acordo com o indivíduo que a usa e a sua intenção discursiva. 
Observe:
Variação Geográfica ou Diatópica - (do grego: dia + topos = "através de" + "lugar") 
variação que ocorre de local para local, característica de uma região ou até de um continente. 
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Variação Sociocultural ou Diastrática - (do grego: dia + stratos = "através de" + "nível") 
variação que ocorre entre as diversas camadas e grupos sociais e culturais.
 
Variação de Modalidade Expressiva ou Diafásica - (do grego: dia + phasis = "através de" + "discurso") 
variação que ocorre entre diferentes modos específicos de comunicar (certas linguagens específicas tais como a língua falada, a língua escrita e as linguagens especiais, como a gíria), e que ocorre de acordo com as diversas situações (variação entre a linguagem quando se fala com um juiz e com um vizinho no café). 
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Atividades 
A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas. Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você 
(A) fará uso da linguagem metafórica. 
(B) apresentará elementos não verbais. 
(C) utilizará o registro informal. 
(D) evidenciará a norma padrão. 
(E) fará uso de gírias.
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As manchetes  a  seguir  foram  publicadas  em  jornais diferentes, 
mas referem-­se  a  um  mesmo  fato:  a falsificação de remédios. 
Observe: 
I.  “Câmara  torna  fraude  de  remédio  crime hediondo”. 
II.  “Falsificação  de  remédios  será  crime hediondo”. 
III.  “Agora é pena pesada”. 
Percebe-se que há uma diferença entre a qualidade da linguagem 
utilizada pelos dois primeiros jornais e pelo último. Essa situação é provocada pelo seguinte fato: 
(A)Os  jornais  I  e  II  têm  redatores  de  alto   gabarito profissional, que não  se preocupam se seu público entende a linguagem formal. (B) O  jornal  III  dirige­-se  a  um  público  mais formal e erudito. 
(C)O  jornal III  tem redatores menos experientes no uso da 
linguagem formal e erudita. 
(D)Os  jornais  II  e  III  dirigem­se  a  um  público menos  exigente  e  por  isso,  utilizam  a  linguagem informal e não erudita. 
(E)  O  jornal  III  usa  uma  linguagem  menos formal,  para  atingir  
um  público  mais informal e menos erudito. 
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No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurarserviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:
A) “Não se conformou: devia haver engano” 
B )“e Fabiano perdeu os estribos” 
C)“Passar a vida inteira assim no toco” 
D)“entregando o que era dele de mão beijada!” 
E) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou”
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Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem.
A) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”
B) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!”
C) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...”
D) “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro”
E) “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”
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Analise as informações sobre variação linguística, norma e uso em relação à fala da personagem da charge.
I. A fala da personagem exemplifica a variação linguística, pois o protagonista usa uma variante típica da linguagem informal: a abreviação do verbo “está” para “tá”.
II. Não há erro gramatical na charge, pois a informalidade expressa na fala do protagonista representa uma linguagem coloquial, na qual não se exige o cumprimento rigoroso das normas gramaticais. 
III. Há erro linguístico na charge, pois o cartunista deveria ter usado a norma padrão, já que a charge é um gênero destinado principalmente a um público culto.
IV. Se o enunciado da charge fosse produzido em um pronunciamento oficial do Governo, por exemplo, deveria ser usada uma linguagem culta, de acordo com o padrão. 
Estão corretas as afirmações feitas em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II e IV.
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O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e escrita, assinale a opção que representa também uma inadequadação da linguagem usada no contexto apresentado.
a.(   ) “O carro bateu e capotô, mas num deu para  vê direito.” – comentário de um pedestre que assistiu ao acidente, com outro que vai passando.
b.(   ) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” – um jovem que fala com um amigo.
c.(   ) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação.”- alguém comenta em uma reunião de trabalho.
d.(   ) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva dessa conceituada empresa.”- alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e.(   ) “Porque se a gente não resolvê as coisas como tem que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” – um professor universitário discursando em um congresso internacional.
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Suponha que um aluno se dirige a um colega de classe nesses termos: “Venho respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me seu livro de matemática.” A atitude desse aluno se assemelha à atitude do indivíduo que:
a. (   ) comparece ao baile de gala trajando smoking.
b. (   ) vai à audiência com um juiz trajando short e camiseta.
c. (   ) vai à praia de terno e gravata.
d. (   ) vai ao estádio de futebol de chinelo e bermuda.
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As línguas constituem sistemas de comunicação verbal. Conquanto a fala seja da maior importância, fator fundamental de humanidade no homem, a nossa capacidade de comunicar conteúdos expressivos não se restringe às palavras; nem são elas o único modo de comunicação simbólica. Existem, na faixa de mediação significativa entre nosso mundo interno e o externo, outras linguagens além das verbais." 
Segundo o texto, é correto afirmar:
a) Nada pode substituir as palavras como forma de comunicação.
b) A capacidade humana de comunicação limita-seàs linguagens não-verbais.
c) A fala não é o único elemento a considerar em situações de comunicação simbólica.
d) A fala é indispensável na mediação entre nosso mundo interno e o externo.
e) Para comunicar conteúdos expressivos, é prioritário dominar as linguagens não-verbais.
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Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajuda-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê ta em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
 Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
 À adequação de sua fala à conversa com um amigo , caracterizada pela informatividade
À iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco
Ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais0
 À intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
Ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio
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Assinale a única alternativa em que não ocorre o emprego de expressões coloquiais
“ – Ele pode decidir – disse Pé de Vento. Tinha esperanças de ser escolhido por Quincas para herdar Quitéria, seu único bem” ( Jorge Amado)
“ – Calma, companheiro. Não tava querendo lhe lesar” (Jorge Amado)
“-Boa tarde, damas e cavalheiros. A gente queria ver ele...” (Jorge Amado)
“-Apesar dos pesares, é meu pai. Não quero que seja enterrado como um vagabundo. Se fosse seu pai, Leonardo, você gostava?” (Jorge Amado)
“-Fala também , desgraçado... –Negro Pastinha, sem se levantar, espichava o poderoso braço, sacudia o recém-chegado, um brilho mau nos olhos. – Ou tu acha que ele era ruim?” (Jorge Amado)
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Para aprofundar...
Lucchesi (2002, p. 64) explica-nos que a norma padrão diz respeito às formas contidas e prescritas pelas gramáticas normativas, como por exemplo, a recomendação para usar a mesóclise com verbos no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito (Dar-te-ei um prêmio se acertar a resposta! Dar-te-ia um prêmio se acertasse a resposta). Já a norma culta contém as “formas efetivamente depreendidas da fala dos segmentos plenamente escolarizados, ou seja, dos falantes com curso superior completo”. Com base nos estudos linguísticos feitos sobre a língua falada culta em diversas regiões do país, é possível afirmar que nem mesmo na norma culta, isto é, nem mesmo os falantes escolarizados, ditos cultos, utilizam a norma padrão em todos os momentos.
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Todavia, é possível que os falantes cultos não sejam mal avaliados por não usarem a mesóclise porque esta norma não é estigmatizada. Já um indivíduo que diga: “Nóis vai, nóis qué” provavelmente, será mal avaliado e poderá sofrer preconceito linguístico porque a ausência de concordância verbal é uma variante estigmatizada. Entre esses extremos, há a norma coloquial, usada no dia-a-dia, nas conversas informais com amigos, nos bilhetes, nas redes sociais etc. É considerada uma linguagem mais descontraída, sem formalidades, com gírias, diminutivos afetivos, termos regionais, abreviações, contrações etc. Nela, são comuns construções como: “A gente qué” (ao invés da construção padrão: “Nós queremos”); “As menina adora” (ao invés da padrão: “As meninas adoram”), “O filme que eu assisti” (ao invés da padrão: “O filme a que eu assisti”); “Me empresta o lápis” (ao invés de: “Empreste-me o lápis”) etc. Poderíamos apresentar uma imensa lista com desvios da norma padrão muito comuns na linguagem coloquial (também chamada de popular) porque a norma padrão está muito distante do uso que os falantes fazem, em geral, da língua. 
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Porém, é importante frisar três aspectos aqui discutidos, explícita ou implicitamente:
1) A língua varia de acordo com a situação e outros fatores sociais como, escolaridade, sexo, nível social etc.;
2) Não se deve julgar, menosprezar ou demonstrar preconceito pelo modo como alguém fala ou escreve, pois não há uma forma linguística superior à outra;
3) Embora não se deva julgar ou condenar alguém pelo uso linguístico que faz, você deve saber utilizar a norma padrão nos contextos em que ela é exigida.
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