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Dobramento e Curvamento Dobramento x Curvamento Nesta operação, a tira metálica é submetida a esforços aplicados em duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes, em ângulo, com raio de concordância em sua junção. DOBRAMENTO Dobra é a parte do material plano que é flexionada sobre uma base de apoio. CURVAMENTO Curva é a parte de um material plano que apresenta uma curvatura ou arqueamento. Dobramento x Curvamento Na dobra de um elemento, segundo um perfil estabelecido necessita-se inicialmente conhecer o seu desenvolvimento linear isto é, as dimensões com exatidão adequada para a produção do elemento dobrado. Procede-se inicialmente à determinação da linha neutra do componente a ser dobrado ou curvado, cuja a linha neutra da secção transversal é o local onde as fibras não são submetida a esforços quer de tração ou de compressão, em consequência, não são submetidas a deformações. Dobramento x Curvamento Alinha neutra é de grande importância no processo de dobramento, pois sobre ela a tensão é nula, não ocorre alteração de comprimento durante a deformação, o que acontece com as partes que estão tracionadas e comprimidas causando aumentam e diminuição de comprimento, respectivamente, durante o processo. É por meio da Linha neutra se dimensiona o componente (“Blank”) antes da operação de dobramento. Ao iniciar o dobramento a linha neutra encontra-se no centro da espessura (e) da chapa ou tira, sendo deslocada na direção do lado interno da curvatura, onde ocorre a compressão Na Linha Neutra a fibra neutra não é tracionada nem comprimida, porém a determinação de sua posição e do seu raio é importante no desenvolvimento linear da peça Dobramento Dobramento Determinação da posição para linha neutra em relação a face interna do elemento dobrado L = L1 + L2 + Ld onde Ld = 2πrn α/360 L = L1 + L2 + (2π.rn .α/360 ) onde rn = ri + x L = L1 + L2 + π/2 (ri + x) para α = 90° Logo, x = [2 (L - L2- L1)/π] - ri Dobramento Exemplo de Aplicação Ele é usado para a produção de peças, mas também para a produção de perfis, tubos, cilindros e cones. Os processos de dobra são classificados através do movimento da ferramenta. Dobra em ferramentas com movimento linear. Dobra em matriz. Dobramento Dobra em ferramentas com movimento circular. Processos usados na fabricação de pequenos lotes: Artesanal / Funilaria. Dobramento Dobra em ferramentas com movimento circular. Produção de perfis a partir de tiras de chapas. Dobramento Diferentes tipos de perfis em forma de U, C e de trilhos. Diferentes tipos de perfis em forma de L (cantoneiras) e Z. Formatos de Perfis dobrados Dobra em matriz Máquina de Dobramento Dobra em matriz Máquina de Dobramento Sequência da fabricação de um perfil. Dobradeira de mesa oscilante Máquina de Dobramento Múltiplas Dobras Equipamento para a fabricação De perfis a partir de tiras de chapa. Sequência das operações. Máquina de Dobramento Abaixo dele a superfície externa do metal trincará durante operação de dobra. Expresso geralmente em múltiplos da espessura da chapa. Ex: Um raio de dobramento de 3t indica que o metal pode ser dobrado formando um raio de três vezes a espessura da chapa sem que haja o aparecimento de trincas. O raio mínimo de dobramento varia muito para os diversos metais e sempre aumenta com a prévia deformação a frio do metal. Alguns metais muito dúcteis apresentam raio mínimo de dobramento igual a zero. Isto significa que as peças podem ser achatadas sobre si mesmas. Raio Mínimo de Dobramento É importante evitar cantos vivos, para evitar trincas do material no lado do raio maior. Raios preferenciais seguem as sugestões da DIN 6935: 1 - 1,2 - 1,6 - 2 - 2,5 - 3 - 4 - 5 - 6 - 8 - 10 - 12 - 16 - 20 25 - 28 - 32 - 36 - 40 - 45 - 50 - 63 - 80 - 100 ... O sentido de laminação também tem influência. Se for possível é melhor projetar peças e ferramentas assim que as dobras são executadas a 90° ao sentido de laminação. 13/23 Raio Mínimo de Dobramento O raio de curvatura antes da liberação da carga ( Ro) é menor do que após a liberação ( Rf ). O efeito mola é representado pelo símbolo K . Efeito Mola A operação de dobramento exige que se considere a recuperação elástica do material (efeito mola), para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada. A recuperação elástica da peça será tanto maior quanto maior for o limite de escoamento, menor o módulo de elasticidade e maior a deformação plástica. Estabelecidos estes parâmetros, a deformação aumenta com a razão entre as dimensões laterais da chapa e sua espessura. Efeito Mola O fenômeno do retorno elástico causa que as peças dobradas abrem-se depois do fim do contato das ferramentas com a peça. Por isso é dobrar um pouco mais do que desejado na peça pronta para atingir as medidas desejadas. s: espessura da chapa a1: ângulo necessário a2: ângulo desejado ri1: raio interno da ferramenta ri2: raio interno da peça Efeito Mola A relação entre o ângulo desejado a2 e o ângulo necessário a1 é o valor chamado kR: O valor de correção depende do material e da relação entre o raio interno da peça e a espessura da chapa. Ele pode ser encontrado em tabelas. kR: valor de correção s: espessura da chapa a1: ângulo necessário a2: ângulo desejado ri1: raio interno da ferramenta ri2: raio interno da peça Efeito Mola Efeito Mola Nas figuras no lado esquerdo encontram-se dois métodos para evitar o retorno elástico. O dois métodos trabalham com uma diminuição da espessura da chapa no canto dobrado. Na figura acima esta diminuição é causado por um aumento do raio da matriz. Na figura embaixo por um ressalto na ponta do punção. Efeito Mola kR: valor de correção s: espessura da chapa a1: ângulo necessário a2: ângulo desejado ri1: raio interno da ferramenta ri2: raio interno da peça Rm: resistência máxima E: módulo de elasticidade Usando as fórmulas nesta página é possível calcular o ângulo necessário na ferramenta e o raio interno da ferramenta. Efeito Mola Curvamento A operação de curvamento é feita manualmente, por meio de dispositivos e ferramentas, ou à máquina, com auxílio da calandra, que é uma máquina de curvar chapas, perfis e tubos. Em linhas gerais, segue os mesmos princípios e conceitos explicados na operação de dobramento. Curvamento Curvamento Manual O esforço de flexão para a operação é feito à mão, com o auxílio de martelo, grifa e gabaritos, sempre de acordo com o raio de curvatura desejado. Esta operação permite fazer cilindros de pequenas dimensões, suportes, etc. Curvamento Curvamento Manual Curvamento Curvamento a quente O trabalho de curvar barras torna-se mais fácil quando o material recebe aquecimento. O curvamento a quente só terá êxito se alguns componentes do processo forem observados: Calor aplicado no local correto por meio de maçarico ou forja adequados à espessura da peça, Pressão exercida durante o curvamento, Dispositivos adequados a cada tipo de trabalho Curvamento Curvamento à máquina A máquina usada para curvar chapas chama-se calandra. Na calandra são curvados chapas, perfis e tubos. As peças podem ser curvadas de acordo com o raio desejado. Nesse tipo de máquina é que se fabricam corpos ou costados de tanques,caldeiras, trocadores de calor, colunas de destilação, etc. Curvamento Elementos da calandra A calandra é constituída por um conjunto de rolos ou cilindros, com movimento giratório e pressão regulável. O material a ser curvado é colocado entre rolos que giram e pressionam até que o curvamento esteja de acordo com as dimensões desejadas. Curvamento Rolos fixos e móveis O curvamento é feito por meio dos rolos, que podem ser fixos ou móveis. Rolo fixo é aquele que tem apenas o movimento giratório. Rolo móvel é aquele que, além de girar, também pode ser movimentado para cima e para baixo. Desse modo, o raio varia de acordo com a distância entre os rolos. Curvamento Curvamento de cones Quando se quer produzir um cone, cujos raios de curvatura são diferentes, recorre-se a um tipo especial de calandra. Ela possui rolos inferiores que se deslocam inclinados entre si, no sentido vertical. Curvamento Calandras para chapas Têm geralmente 3 ou 4 rolos. As de 3 rolos são as mais usadas na indústria e nelas os rolos estão dispostos em formação de pirâmide. As calandras para chapas com 4 rolos apresentam a vantagem de facilitar o trabalho de pré- curvamento. Nas calandras de 3 rolos o pré-curvamento é feito manualmente. Tipos de Calandra Calandras para chapas Tipos de Calandra Calandras para tubos e perfis Apresentam conjuntos de rolos ou cilindros sobrepostos, feitos de aço temperado, com aproximadamente 200mm de diâmetro. Podem curvar qualquer tipo de perfil: barras, quadrados, cantoneiras, em T, etc. Tipos de Calandra Manuais e Mecânicas Quanto ao acionamento, as calandras podem ser: manuais, com um volante ou manivela para fazer girar os rolos, ou mecânicas, com motor elétrico e redutor para movimentar os rolos. Tipos de Calandra Calandras manuais e mecânica As calandras mecânicas podem apresentar além do motor elétrico, um sistema hidráulico que imprime maior ou menor pressão aos rolos. Este último tipo é usado para trabalhos de grande porte. Máquinas de dobrar tubos Ensaio de flexão Os corpos de prova, de seção transversal retangular ou circular, são submetidos a carregamento transversal como no dobramento convencional A carga é aumentada lentamente até que ocorra a ruptura. O valor da carga máxima, no momento da ruptura, permite calcular o momento fletor máximo na seção. Máquinas de dobrar tubos 1. O que é dobramento e curvamento ? 2. O que é linha neutra ? Qual sua utilidade prática ? 3. Defina Efeito Mola e Raio Mínimo. 4. Quais os tipos de Calandra ? 5. Explique o princípio de funcionamento da Calandra. Máquinas de dobrar tubos Calcule o comprimento total L(mm) de uma chapa de espessura de 2mm, conforme croqui das dobras a seguir, onde as dimensões lineares são em milímetros e os anglos em graus
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