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CIÊNCIA POLÍTICA Para melhor entender a Ciência Política, deve-se analisar primeiramente o conceito e significado da mesma, uma vez que, a partir desta conceituação é possível analisar, dissertar e visualizar suas aplicações no decorrer do tempo e espaço, e suas contribuições para a história, bem como, estabelecer conexões e parâmetros entre, passado, presente e a projeções da ciência política para o futuro. A ciência é o conjunto de técnicas e modelos que permite organizar o conhecimento sobre uma estrutura de factos objectivos. A política, no que lhe diz respeito, é uma actividade ideológica destinada à tomada de decisões de um grupo para alcançar objetivos e o exercício do poder para a resolução de conflitos, portanto, podemos afirmar que a ciência política é uma ciência social que se dedica ao estudo da actividade política como um fenomeno universal e necessário. A ciência política também se encarrega de desenvolver a teoria do Estado, a principal forma de organização social. Alguns afirmam que a política sempre existiu, mesmo sendo de uma forma rudimentar, pois, as reflexões sobre os seus âmbitos datam da antiguidade. No entanto, ha quem situe o nascimento da ciência política no século XVI, com o trabaho de Nicolás Machiavelo. Dito isto temos uma gama de pensadores da ciência política durante a história da humanidade, sendo seus principais sistematizadores Platão e Aristóteles~,, que entendiam que a política era refrente ao estudo da polis, suas estruturas, instituições e constituição. É de Aristóteles a ideia de que a política é a ciência “maior”, ou a mais importante do seu tempo, preocupado com um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo) da sociedade. Platão influente filósofo grego nascido em Atenas, provavelmente em 427 a.C, possuía um vasto conhecimento em ciências, matematica, retórica (arte de falar em público), além de filosofia, dando uma importância significativa para a educação, onde valorizava métodos de debate e conversação como formas de alcançar e aperfeiçoar o conhecimento, desenvolvendo o homem moral, a partir da educação, com aulas de retórica, ciências, geometria, música, astronomia e educação militar. O conceito platónico da política é expresso na “República” de Platão por via de um saber teórico que acha possível a concepção e a construção de uma política ideal e mesmo utópica (por exemplo, as utopias do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista). Aristóteles nascido na cidade de Estágira por volta de 384 a.C, influênciou significtivamente na eduação e no pensamento ocidentação, a partir de seus pensamentos filosóficos e idéias sobre humanidade. O filósofo valorizava a inteligencia humana, como única forma de alcançar a verdade, fazendo escola, e tendo diversos discipúlos que propagaram seus pensamentos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos. Em seu pensamento político utiliza O método indutivo, isto é, parte sempre dos dados empíricos (que se baseia em experiências e não em estudos), para obter conclusões gerais. Aristóteles se refere à cidade, como sendo a expressão da mais perfeita forma de vida política já existente, assim como a forma mais perfeita que poderia existir. Afirma categoricamente que a vida pode ser vivida de modo mais completo em uma pequena comunidade da qual todo cidadão conhece um ao outro e participa da escolha não apenas dos seus comandantes, mas também comandam e, por sua vez, são comandados. Hobbes, Locke e Rousseau, possuem uma característica em comum com relação aos seus pensamentos políticos sendo chamados de autores contratualistas, ou seja, os tres partem do príncipio de que a sociedade vive em um detrminado momento na qual não existe a instituição estado, sendo chamado de estado de natureza, sutuação na qual o indivíduo vivem literalmente em contato com o a natureza. Em um segundo momento cria-se o pacto ou contrato social posteriormente surgindo o estado de sociedade. Thomas Hobbes viveu no séulo XVII, sendo considerado o primeiro autor a falar a respeto do conceito de Estado. Hobbes parte do princípio de que todos os homens são maus por natureza, ou seja, se todos os seres humanos são naturalmete maus e vivem no estado de natureza fazendo o que bem entender automaticamente haverá conflito entre as pessoas pois de acordo com Hobbes cada indivíduo no estado de natureza tem seu direito natural que é intrincico de cada indivíduo e não necessita do Estado para existir, esse direito natural é o direito a vida onde todo ser humano no estado de natureza tem esse direito a vida, sendo assim, esse direito a vida pressupõe não só o ato de viver mas também a utilização de todos os meios necessários para a concretização desse direito a vida, gerando aquilo que hobbes chama de estado de guerra de todos contra todos, pois nesse estado de natureza o homem se entecipa ao outro, por temer a perda de sua vidaou de seu direito natural como o espaço físico onde vive, pressupondo que o outro seja mais forte mais inteligente ou que tenha qualquer outra qualidade superior a sua. Em um certo momento segundo Hobbes o ser humano começa a analisar se relamente vale a pena viver com medo ou inseguro no estado de natureza e começa a se unir e formar um contrato social, transferindo seu diereito natural ao Estado. Nesta visão de Hobbes o Estado vai surgir única e exclusivamente para garantir a segurança, criando um Estado absolutista, ou seja, na visão de Hobbes o poder deve ser concentrado nas mãos de uma só pessoa para que o poder de soberania do Estado seja exercido sem questionamento por parte da sociedade. Hobbes estabeleceu 5 objetivos para o Estado: garantir a segurança, garantir a liberdade, garantir a igualdade, garantir a educação pública e garantir a propriedade material, sendo a segurança a único objetivo obrigatório. Na visão de Hobbes se o estado não garantir a segurança as pessoas voltam ao estado de natureza, criando-se todo o porcesso novamente. John Locke viveu quase no mesmo período de Thomas Hobbes tem a mesma idéia de estado de natureza e contratos sociais, mas parte de prímicias diferentes, partindo do princípio de que o ser humano não é nem bom nem ruim, o ser humano neutro no estado de natureza, tendo tendencia a ser uma boa pessoa em tal estado, pressupondo que não apenas há o direito desses indivíduos mas também há existência de leis, sendo essas as leis da natureza e a leis de Deus. Segundo Locke o ser humano tem tres direitos naturais o direito a vida, o deireito a propriedade e o direito de punir, sendo intrincico ao indívíduo o direito a propriedade privada e de acordo com Locke cada indivíduo no estado de natureza um vai reconhecer o limite do outro, dando substência ao direito a vida, uma vez que dessa forma não não há conflitos, uma vez que, ja é de conhecimento de todos que cada um tem seu direito natural a propriedade privada, consequentemente não háverá discórdia. Pelo motivo de todas as pessoas terêm a tendência a serem boas no estado de natureza, porém, nem todas serão, nessas condições entra em cena o direito de punir, pois as pessoas que cometerem algum delito ou alguma infração, invadir a propriedade de outro, dá ao indivíduo que sofreu a ação o direito de punir, ou seja se um indivíduo invade meu território e derrubauma árvore minha, automaticamente, eu tenho o direito de ir ao território dele e fazer a mesma coisa. É necessário compreender que para Locke esse direito de punir não é com a morte, devendo o individuo que sofreu a ação punir de forma proporcional ao ato sofrido. Na visão de Locke o estado de natureza e bom porém faltam tres elementos sendo eles leis, les criadas pelo próprio homem, que são chamadas de leis estabelecidas, conhecidadas, recebidas e aprovadas por meio de concentimentos, em segundo ponto falta no estado de natureza juízes imparciais, para que não de forma conciente, a punição imposta a outro não seja desproporcional e em terceiro falta o poder coercitivo, pois no estado de natureza falta uma força que possa forçar o culpado a cumprir as determinações impostas pelos juízes. Esses pontos são os pontos chave para que Locke entenda que ocorra o contrato social, pressupondo a secção dos direitos naturais do indivíduo para o estado. Uma vez criado o Estado, há a separação de poderes, sendo importante que o Estado garanta a liberdade individual, partindo do princípio de que o poder do Estado deve ser limitado para a garantia de liberdade do indivíduo. Locke fala sobre o poder executivo que administra, o executivo criando leis e o federativo responsável pelas relações internacionais, identificando o executivo como rei e o legislativo como parlamento, sendo um dos primeiros a falar sobre eleições e dessa forma o indivíduo será livre. Sendo o parlamento limitado pelo povo, o rei seria limitado pelo parlamento tendo-se a idéia de que um poder controlaria o outro, havendo a limitação dos poderes executivo e legislativo, onde o indíviudo exerce o seu direito natural a partir da eleição onde o indivíduo exerce seu direito natural votando. Rousseau parte do mesmo princípio de Hobbes e Locke porém ele vai mais além, analisando o que sustenta o aspecto jurídico do estado, que em sua visão é sustentada pela esfera social, mostrando como deveria ser o Estado. Rousseau trabalha com tres momentos, estado da natureza estado de sociedade e contrato social. Para Rousseau o homem é bom por natureza, e que no estado de natureza o homem não é um ser sociável vivendo bem em seu estado de natureza, por não ter contato com outras pessoas. Em certo momento o indivíduo vai encontrar outras pessoas passando a pensar em precaução, pela chegada de um outro grupo, o que vai levar o ser huamano a se corromper, pois vai procurar mais do que necessita para sobreviver para uma eventual necessidade. Nessa momento surge o conceito de propriedade privada surgendo o conflito consequentemente criando o Estado de sociedade, gerando desigualdade, que mesmo garantido por lei, as pessoas não são iguais, pois as pessoas não são iguais em condições econômicas. Nesse raciocínio todos seriam iguais parante a lei, mas diante de uma eleição quem teria mais condições de se eleger seriam os ricos, que uma vez no poder, perpetuará a desigualdade social tendo como consequência a ausência de liberdade material, pois dentro da liberdade de ir e vir por exemplo ela só iria onde seu dinheiro lhe permite ir, ou até mesmo, só elegendo as pessoas que estão disponíveis, não havendo liberdade e nem igualdade. Rousseau propõe o contrato social a saída do estado de sociedade onde o indivíduo teria que se dar conta de que essa liberdade e igualdade são ilusórias, posteriormente implanta-se a democracia direta, onde todos os indivíduos, ricos ou pobres, participam do processo de criação da lei a qual eles irão se submeter, e após essas eleições haveria a vontade geral, ou seja, fazer aquilo que é o certo partindo do presuposto de que o ser humano é bom por natureza, definndo o certo ou errado sem olhar para o fato concreto, pois segundo Rousseau a sociedade que corrompe o homem. Por esse motivo haveria a presença do legislador, que seria uma pessoa extraordinária, de bom caráter, cabendo a ela mostrar aos demais o que é a vontade geral, nao manipulando mas abrindo os olhos e a mente das pessoas mostrando essa vontade geral. Rousseau foi responsavel pala criação da idéia de que o povo é soberano, pois o povo não vai transferir nem ceder seus direitos naturais ao Estado pois o indivíduo sempre vai permanecer com seus direitos naturais. Maquiavel, com base em seu pensamento político, percebeu que as formas de governo se dão de forma cíclica. Maquiavel procurava fundamentar uma filosofia política tendo em vista a dominação dos homens. Essa pretensão tinha como modelo as ciências naturais que estavam em plena descoberta (física, medicina, etc.), estabelecidas por Galileu e com o próprio ideal renascentista de domínio da natureza. Para Maquiavel, se há uniformidade nas leis gerais das ciências naturais, também deveria haver para as ciências humanas. Isso foi necessário para manter a ordem dentro do Estado burguês então nascente, que precisava desenvolver suas atividades e prosperar. Maquiavel acreditava que o desejo de poder e os vícios a que são acometidos os homens (governantes e seus sucessores) que fazem com que o governo se degenere. A diferença entre Maquiavel e os outros cientistas naturais é que estes, ao publicarem suas obras, não constrangem a sociedade de modo geral, enquanto a obra de Maquiavel causa tal constrangimento, ainda que seja usada por todos os políticos de todos os tempos. Por causa disso, o adjetivo “maquiavélico” significa que “os fins justificam os meios”, ou seja, para se alcançar um objetivo (no caso de Maquiavel, o poder e sua manutenção) vale utilizar-se de qualquer método. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Disponível em:< http://conceito.de/ciencia-politica > http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/ http://www.youtube.com/watch?v=jz3AcQLx2_0#aid=P9Bjbn8i0fI http://www.brasilescola.com/filosofia/maquiavel-seu-pensamento-politico.htm ALUNO: David Fernando Vieira dos Santos, 1° P, Direito Matutino
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