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TEORIA CONTABIL

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ALUNO. RODRIGO MAGNO DA SILVA 
DATA 03.10.2017 
 
 Faculdade Estácio do Amazonas 
Teorias Adjacentes: Teoria da Mensuração, Teoria da Regulação, Teoria dos Contratos, Teoria da Agência, Teoria da Sinalização e Teoria do stakeholder.
 
Teoria da Mensuração 
 Hendriksen e Breda (1999, p. 304) definem mensuração como “o processo de atribuição de valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma empresa, e obtidos de modo a permitir agregação (tal como na avaliação total de ativos) ou desagregação, quando exigida em situações específicas”. Eles enfatiz am dois aspectos relevantes no estudo da mensuração: o objeto da mensuração e os atributos (propriedades) do objeto a ser mensurado. A mensuração é a atribuição de números para representar elementos ou suas propriedades em um sistema especial sobre as bases do isomorfismo ou homomorfismo existente entre um ou mais sistemas relacionais empí ricos (SRE) e um ou mais sistemas relacionais numéricos (SRN). A mensuração envolve a vinculação do sistema formal e do sistema numérico, com alguns aspectos ou eventos, por meio de regras estabelecidas, as qu ais, consistem em definições operacionais que permitem estabelecer as conexões. Uma característica forte na Ciência Contábil é que “a mensuração em unidades monetárias se presta como um meio útil de atribuir um significado comu m a diferentes objetos ou eventos” (ALMEIDA E HAJ I, 1997, p. 66). Isso constitui, ao mesmo tempo, uma vantagem e uma desvantagem, do ponto de vista da teoria da mensuração. Contudo, ao contrário das medidas físicas, o padrão de medida moeda não é estável (em termos de representatividade de uma propriedade econômica), como é o quilograma para representar o peso como propriedade física d e um objeto. Não existe uma escala de medida universal para o “lucro” de uma entidade, cujo resultante em m oeda, tenh a a mesma ordem de grandeza e representatividade para todas as pessoas, como o metro, a polegada e outras medidas físicas. Para Bierman (1963, p. 502), “devido ao uso da moeda como unidade de medida, a contabilidade não é capaz de mensurar com exatidão a posição financeira e econômica de uma entidade, em um dado momento”. Ele afirma que uma “exata” ou “verdadeira” mensuração é raramente atingível, principalmente, nas ciências sociais. Conclui que somente é possível conhecermos quando se está mui to próximo ou muito longe do verdadeiro valor e a crescenta que a mensur ação contábil deve d ecorrer de um meio “justo” ou “razoável”, o rientado pelo objetivo de fornecer informações úteis aos seus usuários. Esse é o objetivo da Contabilidade: fornecer informações econômicas para vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais. Isso torna evidente o caráter utilitário (pragmático) dessa disciplina, e por consequência, diferentes mensurações podem ser utilizadas para diferentes propósitos.
Teoria da Regulação
Regulamentação está relacionada ao ato de regulamentar, de criar, editar regulamentos (leis, regras, padrões). Em outras palavras, neste sentido, regulamentar consiste em atribuir legitimidade à norma, amparo jurídico por meio de um regulamento. Uma vez legitimada, de tal norma poder-se-ia dizer regulamentada, ou amparada por lei. Para os economistas, com destaque aos próceres da Escola de C hicago, uma prestação eficiente das atividades econômicas d eve ser entendida como a correção, pelo Estado, das falhas de mercado, dentre as quais podemos exemplificar a falta de competição, monopólios naturais e externalidades ne gativas. Estas falhas, sem a atuação regulatória, provocariam alocação ineficiente de recursos, como provisão insuficie nte de bens e serviços públicos e pr áticas de preços de mo nopólio (Majone, 2013). Observando especificamente os mercados financeiros, outro crucial fator qu e torna necessária a regulação é a assimetria de informação, a qual também é considerada u ma falha dos mercados a ser contemplada pelos processos regulatórios
Teoria da Competição
 Entre os G rupos de Interesse - Esta teoria é também conhecida como Teoria Econômica da R egulação, nesta teoria tanto legisladores quando reguladores estariam preocupados em maximizar seus interesses particulares, portanto, perpetuar-se no poder. Desta forma, a regulação se prestaria a atender às necessidades dos grupos d e interesse que maior pressão exercesse sobre legislador e regulador. Por este prisma, exist e uma semelhança entre a Teoria dos Grupos de Interesse e a Teoria da Captura. Objetivos da Regulação Contábil A teoria da re gulação ex erce conside rável in fluência sobre a contabilidade uma vez que estabelece padrões a s erem cumpridos em nome de um interesse coletivo maior. Por nortear a forma de e laboração e divulgação dos relatórios, a regulação d a contabilidade assume papel determinante no atendimento às necessidades dos usuários das informações contábeis. Devido à grande variedade de usuários e de interesses nas informações contábeis, cada país desenvolveu um processo peculiar de su as normas contábeis. Ent retanto, existe hoje uma tendência mundial de convergência dessas normas. A ha rmonização das práticas contábeis, através das convergências atualmente em curso, p ode ajudar a romper, de uma maneira positiva, a heterogeneidade normativa entre países. 
Teoria dos Contrato
 A teoria contratual da firma, sob o ponto de vista teórico, vê a empresa como um conjunto de contratos entre os diversos pa rticipantes. Cada p articipante contribui com algo para firma e em troca recebe “sua p arte no bolo”. O funcionamento adequado da empresa dep ende do equilíbrio contratual estabelecido. Se uma das partes não estiver satisfeita com os termos do seu contrato, ou com sua execução, as atividades da empresa podem ser pr ejudicadas e até mesmo inter rompidas. P ode-se perceber, portanto, que é fundamental que os contratos sejam exercidos da forma mais harmônica possível. No entanto, al guns problemas podem surgir na prática a respeito da execução e da imposição dos contratos. É importante caracterizar duas situações que podem ser encontradas: 
a) informação imperfeita: refere-se à situação na qual as regras do jogo são bastante claras e todos as conhecem, mui to embora, os agentes não conh eçam as ações dos outros agentes e; 
b) informação incompleta: nem mesmo as regras do jogo estão totalmente claras. Estes problemas podem levar ao colapso total da atividade da empresa. A contabilidade possui cinco funções na coordenação dos vários contratos existentes entre os agentes ligados à empresa: 
 Teoria da Sinalização
A teoria da sinalizaç ão, trata de um campo ab rangente de pesquisa sobre a política de dividendos e procura evidências de v ariações ocorridas nos preços das ações, provenientes da distribuição dos lucros. Essas variações nos preços são ocasionadas, em parte, devido ao direcionamento dos recursos que são r eutilizados na empresa. Por exemplo, quando os administradores investem em projetos que promovem novas receitas para a firma, esper am que esses investimentos gerem novos recursos e que esse fluxo de dinheiro mantenha, a lon go prazo, a saúde da organização. Quando ocorre o pagamento de dividendos,seria conveniente que a parcela distribuída dos recursos não debilitasse o fluxo de caixa da firma, pois essa debilidade estaria diretamente relacionada ao fluxo de dinheiro que a companhia n ecessitaria para empreender suas tarefas essenciais e investir em novos projetos, que garantiriam a sustentabilidade da firm a no futuro. Assim, uma grande parte dos inve stidores fica atenta ao pagamento dos dividendos, porque ele estará diretamente relacionado ao futuro da organização. A Teoria da Sinalização trata da assimetria informacional nos mercados, de modo a demonstrar como esta pode ser dirimida a partir da sinalização de informações emanadas das empresas para o mercado. Apesar de a referida teoria ter se desenvolv ido para expli car problemas de informações (ou sinais) no mercado de trabalho (Spence, 1973), a sinalização é um fenômeno geral apli cável em qu alquer mercado com assimetria informacional (Morris, 1987). Sob a perspectiva do ambiente de trabalho, a Teoria s e posiciona quando empregadores selecionam seus agentes. Aqueles avaliam o quanto cada candidato estaria oferecendo de produtividade e ofereceriam para cada um, o salário correspondente. O problema está em saber qu al o agente possui maior e menor potencial . Em princípio, todos os candidatos teriam a mesma capacidade. No entanto, cada agente teria a informação privada re ferente a sua capacidade. Nessa direção, todos os candidatos seriam avaliados igualmente p elo empregador que poderia remunerar cada agente i gualmente. Nesse caso, a parte detentora da informação privada, en viará um sinal por meio de uma ação que seja observável p ela parte oposta, sinali zando de forma crível a qualidade e valor de seu produto ou serviço. A Teoria consiste, portanto, numa reação à assimetria informacional nos mercados, no caso espe cífico entre empregadores e empregados. O contexto geral da teoria da sinalização e dos modelos desenvolvidos é caracterizado dentro das relações de mercado e na economia da informação, nas quais podem exist ir situações de assimetrias, entre p artes int eressadas em formular um contrato. 
Teoria do stakeholder
A palavra portuguesa “acionista”, ou proprietário de ações, é traduzida pela palavra inglesa “stockholder” (ou, mais comumente, "shareholder"), isto é, “pessoa que possui ações que lhe dão direito sobre uma parte da empresa” e também da empresa.
Já a palavra “stakeholder” é um conceito mais amplo que inclui o “stockholder”, o proprietário de ações de uma empresa.
A palavra “stakeholder”, portanto, traz embutida um trocadilho com a palavra “stockholder”.
Também em inglês, “stake” é o valor econômico associado ao resultado de um evento incerto. Esse evento incerto pode resultar de uma aposta em um jogo mas também no resultado econômico de um empreendimento empresarial ou pessoal.
“Stake” também significa o interesse pessoal ou emocional que as pessoas possuem não apenas nos negócios, mas também na vida, de forma geral.
Como substantivo, "stake" também significa "estaca", "suporte", "escora". Como verbo, expressa a ação de escorar, de dar suporte. Assim, também pode-se entender a expressão “stakeholder” no sentido de sua simples tradução literal, como aquele ou o que "segura uma estaca" da base de sustentação de uma empresa ou organização.
Como verbo, “to stake” significa arriscar, colocar em risco, um determinado valor (geralmente econômico) em um evento ou em um processo que possuam resultados incertos com o objetivo de tentar ganhar um outro valor (também geralmente econômico).
Assim, a palavra “stakeholder” significa “pessoa ou organização” que possui um valor econômico ou que é responsável pela guarda de um dado valor econômico que será distribuído após a solução de um evento ou processo incerto enquanto esse evento (ou processo) incerto não é resolvido.
O objetivo subjacente que define tal agente “stakeholder” é ser aquele agente que entrega um valor económico a uma determinada pessoa ou organização, que merecidamente obteve um resultado favorável.
Finalmente, neste sentido e por extensão, “stakeholders” são os agentes da sociedade que têm algum interesse em um dado negócio, mesmo que não sejam os únicos ou nem mesmo os principais interessados nesse negócio.
Teoria da Agência
Na TA, formalizada por Jensen e Meckling, a sociedade é concebida como uma rede de contratos, explícitos e implícitos, os quais estabelecem as funções e definem os direitos e deveres de todos os stakeholders (participantes). Dessa relação, surgem as figuras do principal e do agente, sendo que o primeiro se situa no centro das relações de todos os interessados na empresa. Já o segundo, como o próprio nome sugere, é um agente contratado, podendo ser empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, acionistas, credores, reguladores e governos.
Dentro dessa relação, entre principal e agente, ocorre uma assimetria de informações, pois o agente tem acesso a dados que o principal não tem e vice-versa. Assim, a hipótese fundamental dessa teoria é que as pessoas têm interesses diferentes e cada uma busca maximizar seus próprios objetivos.
Ao abordar relações econômicas bilaterais entre essas figuras, a Teoria da Agência apresenta três condições:O agente dispõe de vários comportamentos possíveis de adoção;
A ação dos agentes afeta não apenas seu próprio bem-estar, mas também o do principal;
As ações do agente dificilmente são observáveis pelo principal, por haver assimetria informacional entre as partes.
Os conflitos de interesse geram custos, pois são necessárias medidas para monitorar os administradores, as quais incluem: contratação de auditoria independente; implementação de medidas de controle; gastos com seguros contra danos provocados por atos desonestos de administradores; estabelecimento da remuneração dos agentes vinculada ao aumento da riqueza dos acionistas, como a concessão de ações ou opções de ações aos administradores e outros incentivos ao alinhamento dos interesses entre estes e a administração. Os custos de minimização do conflito de agência são denominados custos de agência.

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