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Aula 15

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DIREITO EMPRESARIAL III
CONTRATOS BANCÁRIOS PRÓPRIOS
Os contratos bancários próprios mais comuns são: mútuo bancário, desconto bancário, abertura de crédito.
DIREITO EMPRESARIAL III
OPERAÇÕES PASSIVAS.
Quando classificamos as Operações desenvolvidas pelos bancos, notamos que ora o banco se encontra na posição de parte credora da obrigação principal, ou ora se encontra na posição de parte devedora da obrigação principal. 
Quando o Banco se encontra na posição de parte devedora da obrigação principal, ele está realizando uma Operação Passiva e ao contrário, quando se encontra na posição de parte credora da Obrigação Principal, ele está realizando uma Operação Ativa. 
Podemos elencar como Operações Passivas: O Depósito e a Conta Corrente e como Operações Ativas: A Abertura de Crédito, o Mútuo, O Desconto e a Antecipação. 
Em princípio, estudaremos as Operações Bancárias Próprias Passivas: O Depósito e a Conta Corrente.
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DEPÓSITO BANCÁRIO
Este é o primeiro tipo de contrato que iremos estudar. Nele, o depositante entrega determinado valor ao banco - depositário. 
O depositário, por seu turno, deve restituir o valor na data contratada ou quando bem entender o cliente.
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É o mais comum dos contratos bancários. É a famosa "abertura de conta".
Na dicção de Fábio Ulhoa, há três modalidades de depósito, a saber:
1 - À vista: em que, solicitada pelo depositante, a restituição, total ou parcial, dos recursos depositados, deve o banco providenciá-la de imediato.
2 - A pré-aviso: em que, uma vez solicitada pelo depositante a restituição, total ou parcial, dos recursos depositados, deve o banco providenciá-la no prazo avençado pelas partes.
3 - A prazo fixo: em que o depositante deve solicitar a restituição dos recursos
somente após uma determinada data.
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Como depósito bancário a prazo fixo temos o exemplo das cadernetas de poupança. 
Querendo a restituição antes do prazo contratado, perder o depositante o direito à remuneração do capital.
No contrato de depósito, o banco figura como polo passivo.
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MÚTUO BANCÁRIO
Mútuo bancário, em síntese, segundo Fábio Ulhoa Coelho, é o contrato pelo qual o banco empresta ao cliente certa quantia de dinheiro.
Pauta-se, o mútuo bancário, no mútuo civil, previsto nos seguintes termos no Código Civil:
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a
restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
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O mútuo se aperfeiçoa com a entrega, pelo banco, ao cliente do dinheiro objeto do empréstimo.
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Ainda na lição de Ulhoa, são obrigações do mutuário a partir da entrega do dinheiro:
1. Restituir o valor emprestado;
2. Pagar juros, encargos, comissões e demais taxas constantes do instrumento de contrato;
3. Amortizar o valor emprestado nos prazos estabelecidos contratualmente.
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Na contramão, nenhuma obrigação, a partir da entrega do dinheiro, resta ao banco, havendo, assim, uma espécie de unilateralidade neste tipo de contrato.
Anote-se, ainda, a impossibilidade do pagamento antecipado do valor emprestado ao mutuante, com a finalidade de se reduzir o valor pago a título de juros, salvo se houver concordância deste.
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Escreva-se, também, que não vigora para o mútuo a limitação prevista nos artigos 406 e 591 do Decreto 22.626/33, que prevê taxa de juros máxima de
12% ao ano.
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ABERTURA DE CRÉDITO
O contrato de abertura de crédito é aquele em que o banco disponibiliza certa
quantia de dinheiro ao cliente, facultando-lhe a utilização desses recursos. 
O cliente só paga juros se e quando utilizar o crédito. É o nosso famoso "cheque especial".
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É um contrato consensual e bilateral. A simples disponibilização dos recursos não traz qualquer obrigação ao cliente. Todavia, se quisessem, as instituições financeiras poderiam cobrar. 
Não o fazem, já que esta é uma praxe estabelecida no mercado e quem o fizer certamente perderá um diferencial na prestação deste t ipo de serviço.
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Há basicamente duas espécies de contrato de abertura de crédito. Na primeira, utilizando os recursos o cliente tem a faculdade de diminuir o montante tomado, mediante entradas, reduzindo o débito. No segundo tipo, o cliente não poderá reduzir o montante devido antes do prazo.
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- DESCONTO E ANTECIPAÇÃO: A maioria dos doutrinadores toma um contrato pelo outro como operações bancárias idênticas. Esta matéria já foi estudada na aula 5, no tema ENDOSSO. Como o Contrato de Desconto é entendido pela maioria dos doutrinadores como um contrato misto, pois conjuga a administração dos valores depositados pelo cliente, o mútuo e a antecipação tomam-se um pelo outro. No desconto propriamente dito o banco antecipa ao cliente o valor do crédito deste contra terceiros.
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Note-se bem, o instrumento deste contrato tem como base os Títulos de Crédito, como Letras de Câmbio, Notas Promissórias, Duplicatas e Cheques e os demais equiparados por legislação específica do Direito Cambiário. Este tipo de contrato encontra-se regulamentado e tutelado pela doutrina e pelas Leis Cambiarias, ou seja, pelos princípios básicos do direito cambiário. Acentue-se que o instituto do ENDOSSO é ato indispensável à concretização do Desconto.
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Existem três situações em que o banco recebe por endosso títulos de crédito de seus clientes: 
1) O cliente pode contratar com o banco apenas o serviço de cobrança do crédito na data avençada no título através do endosso mandato. Observe-se que nesta hipótese não existe antecipação de valores ou mútuo, cobrando o banco uma taxa pela administração dos créditos de seu cliente; 
2) Nesta segunda hipótese o cliente transfere seus créditos ao banco que lhe oferece um mútuo e o mutuário cliente oferece tais créditos em garantia do pagamento do empréstimo através do endosso caução; 
3) Por fim, onde observamos a presença do verdadeiro desconto com antecipação, quando o cliente através do endosso próprio, transfere ao banco os seus créditos que antecipa os valores literalizados no título, deduzidos os juros e demais despesas pactuadas contratualmente. No caso, se o título não for pago na data aprazada pelo devedor principal ou por seus coobrigados, o banco tem o direito de cobrar do cliente o crédito consignado no título que não foi realizado pelo terceiro devedor, protegido por toda a legislação cambiaria e processual.
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CASO CONCRETO
 
Uma sociedade empresária, com problemas em capital de giro, celebra com uma outra sociedade empresária, financeira não banco, contrato de antecipação de crédito, mediante entrega dos títulos emitidos a seu favor, e recebimento antecipado de um percentual do valor de emissão de cada cambial.
 
1.            Determine a modalidade de contrato celebrado.
2.            Em caso de inadimplência do título pelo devedor principal, a financeira poderá cobrar o valor da sociedade empresária?
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CASO CONCRETO
1 - Contrato de fomento mercantil
2 - Não, a faturizadora deve assumir o risco do negócio e cobrar apenas do devedor principal, sob o risco de assumir operação bancária de forma ilegal.
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QUESTÃO OBJETIVA
 
Com relação ao contrato bancário:
a) para que se considere um contrato como bancário, é necessário é necessário que as duas partes envolvidas sejam instituições financeiras;
b) Não cabe indenização quando a instituição financeira envia para seus clientes faturas de cartão de crédito sem que este tenha sido soclitado
c) As empresas administradoras de cartão de crédito são equiparadas ás instituições financeiras e, por tal motivo, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem limitações
d) As operações bancárias ativas
são as de captação de recursos, nas quais os bancos se tornam devedores de seus clientes, enquanto que nas passivas o banco assume a posição de credor.
DIREITO EMPRESARIAL III
QUESTÃO OBJETIVA
Letra C - entendimento doutrinário e jurisprudencial

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