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* * CHOQUE Disciplina: Enfermagem em APH Docente: Raema Neves Cotrim FACULDADE SETE DE SETEMBRO FASETE * * CHOQUE - DEFINIÇÃO É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular de prover circulação sanguínea suficiente para os órgãos. A chegada de sangue rico e oxigênio aos órgão é chamada perfusão (KNOBEL, 2006). * * TIPOS DE CHOQUE CHOQUE HIPOVOLÊMICO Hemorrágico (diminuição do volume sanguíneo). Desidratação. CHOQUE DISTRIBUTIVO Alteração do tônus vascular. Neurogênico, séptico e anafilático. CHOQUE CARDIOGÊNICO Coração; Interferência no bombeamento do coração. * * SINAIS DE CHOQUE * * CHOQUE -CLASSIFICAÇÃO Choque Hemorrágico Palidez cutâneo-mucosa; Sudorese fria; Taquicardia; Definição do local do sangramento. Choque Não-Hemorrágico Choque Obstrutivo; Choque Cardiogênico; Choque Distributivo; Choque Neurogênico; Choque Séptico; Choque Anafilático. * * CAUSAS Falhas no mecanismo que bombeia o sangue (coração). Problemas nos vasos sanguíneos (alteração na resistência da parede vascular). Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais). * * SINTOMAS QUE ANTECEDEM O CHOQUE Inquietude, às vezes ansiedade e tremor; Náuseas; Astenia e sede intensa. * * SINAIS E SINTOMAS GERAIS Hipotensão; Taquicardia; Pulso fino taquicárdico; Pele fria e pegajosa; Sudorese abundante; Mucosas descoradas e secas. * * Palidez; Cianose; Resfriamento das extremidades; Hipotermia; Respiração superficial e irregular; Sede; Náuseas e vômito; Alterações neurossensoriais. * * ESCALA DE COMA DE GLASGOW * * RESULTADO 3 – coma profundo 4 – coma profundo 7 – coma intermediário 11 – coma superficial 15 -- normalidade * * CHOQUE HIPOVOLÊMICO Redução absoluta e geralmente súbita do volume sanguíneo circulante em relação a capacidade do sistema vascular. * * CAUSAS: Perda sanguínea secundária – Hemorragia (interna e externa). Perda de líquidos e eletrólitos. * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Psiquismo: o doente em geral fica imóvel, apático, mas consciente. A apatia é precedida de angústia e agitação. Pele: fria, sobretudo nas extremidades, pálida, com turgor cutâneo diminuído. * * Circulação: pulso fraco e irregular, filiforme e as vezes imperceptível. Hipotensão sistólica e diastólica: PVC baixa, caracterizada pelo colapso das veias, o que dificulta a sua punção. Respiração: Rápida, curta e irregular. * * TRATAMENTO: ***Tratar causa básica O processo de hemorragia deve ser interrompido o mais rápido possível, através de pressão sobre o local do sangramento ou pode ser necessário cirúrgica. * * TRATAMENTO: *** Reposição hídrica e sanguínea*** Ringer com lactato e cloreto de sódio. Derivados de sangue. * * COMPARAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES DO RINGER COM LACTATO E O SANGUE: mEq – miliequevalente/L (quantidade de massa do soluto no solvente) * * TRATAMENTO: *** Redistribuição de líquidos*** O posicionamento do paciente corretamente, ajuda na redistribuição hídrica (posição de trendelemburg) modificada, eleva-se as pernas do paciente e o retorno venoso é favorecido pela gravidade. * * TRATAMENTO: *** Medicamentos*** Caso a administração líquida falhar na reversão do choque, deve-se fazer uso dos mesmos medicamentos dados no choque cardiogênico. * * CHOQUE CARDIOGÊNICO Trata-se de perfusão e oxigenação inadequadas dos órgãos e tecidos, graças à falência da bomba cardíaca por uma disfunção miocárdica. Apresenta-se mais comumente como uma deteriorização aguda da perfusão cardíaca, embora possa estar sobreposta a uma disfunção crônica. * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hipotensão arterial; Oligúria; Taquicardia, vasoconstrição periférica com palidez, sudorese e extremidades frias; Taquisfigmia; * * Hiperpnéia; Alterações no nível de consciência, com letargia, confusão e sonolência; Dor anginosa e arritmias. * * CAUSAS Infarto agudo do miocárdio: causada por constrição arteriolar pulmonar ou sistêmica excessiva ou contratilidade miocárdica prejudicada. Falência miocárdica aguda. * * CAUSAS Arritmias: sístoles ineficientes Eletrocussão: violenta descarga elétrica, causando paralisia ou contrações cardíacas ineficientes. * * CAUSAS Miocardites: aparecem vírus que comprometem as fibras cardíacas. Hipóxia por insuficiência respiratória aguda de natureza clínica. * * CAUSAS Hipóxia por lesões traumáticas sobre o aparelho respiratório, Depressão dos centros nervosos e circulatórios. Intoxicações e Envenenamentos. * * TRATAMENTO: ***Depende da causa*** Deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco por obstrução: Tratamento cirúrgico. Comprometimento miocárdio: Monitorização hemodinâmica e uso de drogas. * * ***Utiliza-se ainda*** Sedação; Oxigênio; Reposição de volume; Correção das alterações hemodinâmicas através do uso de: dopamina, dobutamina, associação de drogas inotrópicas e vasodilatadoras, agentes fibrinolíliticos, heparina, adrenalina, amiodarona, entre outros. * * CHOQUE DISTRIBUTIVO O choque distributivo ou vasogênico ocorre quando o volume de sanguíneo anormalmente deslocado no sistema vascular se acumula nos vasos sanguíneos periféricos. * * CHOQUE DISTRIBUTIVO SUBDIVISÃO Neurogênico. Anafilático. Séptico. * * CHOQUE NEUROGÊNICO Choque decorrente de lesão em coluna pode provocar hipotensão artéria que não está relacionada a perda volêmica, e sim a perda do tônus venoso simpático (PALVEQUIERES, et.al, 2009). * * CHOQUE NEUROGÊNICO - CAUSAS Lesão da medula espinhal. Anestesia espinhal. Lesão do sistema nervoso. Efeito depressor de medicamento. Uso de drogas e ainda estados de hipoglicemia. * * FISIOPATOLOGIA 1° Ocorre uma dilatação arterial e venosa, o que permite um grande volume de sangue acumulado perifericamente, produzindo uma diminuição da resistência vascular periférica (PALVEQUIERES, et.al, 2009). * * FISIOPATOLOGIA 2° Inicialmente o débito cardíaco pode estar aumentado devido ao maior esforço do músculo cardíaco para manter a perfusão (PALVEQUIERES, et.al, 2009). * * FISIOPATOLOGIA 3° O acúmulo de sangue na periferia resulta em menor retorno venoso, que provoca uma diminuição do volume sistólico, o que favorece para a diminuição da pressão arterial ocasionando menor perfusão tecidual (PALVEQUIERES, et.al, 2009). * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pele seca e quente. Hipotensão. Bradicardia. Observação: esta é a única situação de choque no trauma que pode ser corrigida através de drogas vasoativas, que produzirão aumento do tônus muscular (PALVEQUIERES, et.al, 2009). * * CHOQUE ANAFILÁTICO É uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância causadora de alergia, chamada de alérgeno. * * CHOQUE ANAFILÁTICO - CAUSAS Alimentos Picadas de insetos Agentes usados em imunoterapia Drogas em geral Drogas usadas como anestésicos Vacina/ soro antitetânico, entre outros. * * FISIOPATOLOGIA 1° Após contato com o alergeno os vasos deixam vazar líquido para a áreas circunvizinha. Como resultado a pressão arterial cai rapidamente. * * FISIOPATOLOGIA 2° Como diminui o fluxo sanguíneo, menos oxigênio atinge o cérebro e outros órgãos vitais. Como esses órgãos não podem funcionar bem sem oxigênio o corpo entra em choque. * * FISIOPATOLOGIA 3° Além disso, o corpo responde ao alergeno liberando substâncias como histamina, que causam (inchaço) e “Rash” (vermelhidão) da pele e um prurido (coceira) intenso. * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sensação de desmaio. Pulso rápido. Dificuldade respiratória. Náuseas e vômitos. Inchaço nos lábios, língua e garganta (edema de glote). * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Urticária. Pele pálida, fria e úmida. Tonteira, confusão mental e perda de consciência. Pode haver parada cardíaca. * * TRATAMENTO *** Suporte Emergencial *** Adrenalina: ação broncodilatadora e vasoconstritora. Antagonista fisiológico da Histamina. Anti-histamínico (Fenergan): ação antagonista competitivo da histamina. * * TRATAMENTO *** Suporte Emergencial *** Corticóide (Decadron): Ação estabiliza a membrana dos mástocitos impedindo a liberação de histamina. Mástocitos: é uma célula do tecido conjuntivo que contém no seu interior uma grande quantidade de grânulos cheio de histamina e heparina. * * CHOQUE SÉPTICO Resulta da disseminação e expansão de uma infecção inicialmente localizada para a corrente sanguínea. * * FATORES DE RISCO Pacientes com diabetes mellitus, cianose e imunodeprimidos. Pacientes com ferimentos penetrantes de abdomen, com contaminação peritoneal por conteúdo intestinal. * * FATORES DE RISCO Mecanismos de defesa comprometidos, tais como: idosos, pacientes desidratados, em tratamento com drogas imunossupressoras. Nas infeções hiatrogênicas de cateteres e traqueostomia. * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase hiperdinâmica ou quente: caracterizada por um débito cardíaco elevado com vasodilatação. A frequência cardíaca e respiratória aumenta e as funções gástricas são comprometidas. * * MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase hipodinâmica ou fria: caracterizada por um débito cardíaco reduzido com vasocontrição. A frequência cardíaca e respiratória permanecem rápidas e o paciente não produz urina. * * TRATAMENTO Identificação e eliminação da causa da infecção. Observação e controle rigoroso dos níveis de consciência, respiração, pulso, coloração da pele, enchimento capilar e estado de hidratação. * * TRATAMENTO Aferir SSVV rigorosamente. Observação do balanço hídrico. Monitorização eletrocardiográfica contínua. * * CHOQUE OBSTRUTIVO É decorrente de distúrbios que causam obstrução mecânica ao fluxo sanguíneo através do sistema circulatório. Exemplo: pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco e embolia pulmonar (PALVEQUIERES, et.al, 2009). * * CAUSAS: Pneumotórax hipertensivo: o pneumotórax pode ser aberto, simples e hipertensivo. O pneumotórax hipertensivo geralmente é causado por uma fratura do arco costal possibilitando a entrada de ar na cavidade torácica dessa forma o lado do pulmão afetado entra em colapso. O mediastino e a traquéia são deslocados para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão oposto. * * CAUSAS: Tamponamento Cardíaco: Acúmulo de sangue no saco pericárdico, podendo restringir o débito cardíaco. Embolia pulmonar: É o bloqueio da artéria pulmonar ou um dos seus ramos, geralmente ocorrendo quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de uma dos pulmões. * * REFERÊNCIAS BORTOLOTTI, F. Manual do Socorrista. Expansão editorial 2009. SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Urgência e Emergência para a Enfermagem. 6ª edição, Editora Iátria. PALVEQUEIRES, Shirlene, et.al. MAST Manobras de Suporte ao Trauma e Emergência Cardiovascular. 7° edição, 2009. * CHOQUE CARDIOGÊNICO * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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