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ONLINE Legislacao Social Trabalhista e Previdenc 02 2p

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Autoria: Renata do C
armo Volpatto
Tema 02
Contrato de Trabalho Parte I
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Contrato de Trabalho Parte I
Autoria: Renata do Carmo Volpatto
Como citar esse documento:
VOLPATTO, Renata do Carmo. Legislação Social, Trabalhista e Previdenciária: Contrato de Trabalho Parte I. Caderno de Atividades. Anhnaguera 
Publicações: Valinhos, 2014.
Índice
‹������$QKDQJXHUD�(GXFDFLRQDO�� 3URLELGD� D� UHSURGXomR� ¿QDO� RX� SDUFLDO� SRU� TXDOTXHU�PHLR� GH� LPSUHVVmR�� HP� IRUPD� LGrQWLFD�� UHVXPLGD� RX�PRGL¿FDGD� HP� OtQJXD�
SRUWXJXHVD�RX�TXDOTXHU�RXWUR�LGLRPD�
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CONVITEÀLEITURA
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O Contrato Individual de Trabalho
O contrato individual de trabalho é o que regulamenta a relação entre empregados e empregadores, o que traça o 
vínculo entre eles. O artigo 442 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – conceitua o contrato de trabalho como 
sendo “o acordo, tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”.
A doutrina traz duas teorias quanto à natureza da jurídica entre empregado e empregador, a Teoria do Contratualismo 
e a Teoria do Anticontratualismo. A primeira considera a relação entre empregado e empregador como um contrato, 
pois entende que depende da vontade das partes para sua formação. Já a segunda (Anticontratualismo) entende que o 
trabalhador incorpora-se à empresa a partir do momento em que presta serviços para o empregador, sem haver autonomia 
de vontade, com imposição de regras por parte da empresa ao empregado (NASCIMENTO, 2013, p. 157 e 158).
No Brasil, através do narrado artigo 442 da CLT, temos com uma concepção mista. Essa relação empregador-empregado 
é contratualista, quando menciona o acordo tácito ou expresso, e anticontratualista quando faz referência à relação de 
emprego (MARTINS, 2005, p. 39).
Depois de estudar e entender a parte histórica, introdutória, conceitual e os princípios do Direito do Trabalho, 
iniciaremos o estudo do Contrato Individual de Trabalho. Neste tema vamos tratar do contrato de trabalho e sua formação, 
YHUL¿FDU�TXDLV�VmR�RV�RXWURV�WLSRV�GH�WUDEDOKDGRUHV��HVWXGDU�SURWHo}HV�HVSHFLDLV�FRPR�SDUD�D�PXOKHU�H�R�PHQRU��HQWHQGHU�
R�FRQFHLWR�GH�HPSUHJDGR�H�HPSUHJDGRU�H�VHX�SRGHU�GLUHWLYR��(VWXGDUHPRV�WDPEpP�DOJXPDV�DOWHUDo}HV�TXH�SRGHP�
RFRUUHU�QR�FRQWUDWR�GH�WUDEDOKR�GXUDQWH�VHX�FXUVR��H�DVVXQWRV�FRPR�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR��FRP�VXDV�SRVVtYHLV�DOWHUDo}HV��
repouso semanal remunerado e férias. Através deste estudo será possível compreendermos alguns assuntos de rotina 
dentro da relação empregatícia, e concluiremos o estudo do Contrato Individual de Trabalho no Tema 3.
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Os doutrinadores Amauri Mascaro Nascimento (2013) e Sérgio Pinto Martins (2005) entendem que a natureza jurídica 
entre o vínculo empregado e empregador é contratual, pois ninguém será empregado de outra pessoa senão por sua 
própria vontade. Ninguém terá uma pessoa como seu empregado senão, também, quando for de sua vontade.
Quanto à forma, o contrato de trabalho está disciplinado no artigo 443 da CLT, e pode ser acordado “tácita ou 
expressamente”, “verbalmente ou por escrito”, por prazo determinado ou indeterminado. Isso quer dizer que o contrato 
pode ser um ajuste por escrito, com seus termos transcritos em uma folha de papel, pode ser expresso de forma verbal 
ou até mesmo de forma tácita, sem qualquer palavra, apenas com o consentimento da prestação de serviços de uma 
pessoa pela outra (NASCIMENTO, 2013, p. 161).
Quanto ao prazo, via de regra, ele é indeterminado, ou seja, a relação jurídica entre empregado e empregador se 
SURORQJD�QR� WHPSR�� VHP�SUHYLVmR�GH�XP� WHUPR�¿QDO�� -i�RV� FRQWUDWRV�D�SUD]R�GHWHUPLQDGR�VmR�H[FHomR�H� VRPHQWH�
podem ocorrer nos casos previstos no artigo 443, §1º, “a”, “b” e “c” da CLT, que são os motivos de: serviços de natureza 
transitória, atividade empresarial de caráter transitório e contrato de experiência.
Para os casos de serviços de natureza transitória e atividade empresarial transitória, o prazo máximo do contrato a prazo 
determinado é de dois anos. Já no contrato de experiência, o prazo máximo é de noventa dias, conforme o artigo 445 
em seu Parágrafo único da CLT.
Conceituamos a relação existente entre empregado e empregador, que é o contrato de trabalho, mas vamos, também, 
conceituar quem é o empregado e quem é o empregador.
O conceito de empregado vem disciplinado no artigo 3º da CLT, sendo considerado como “toda pessoa física que prestar 
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. 
Quem não estiver dentro destas características do artigo 3º da CLT é trabalhador, mas não empregado. Desta forma, 
VXD�URWLQD�QmR�p�GLVFLSOLQDGD�SHOD�&/7��PDV�SRU�OHLV�HVSHFt¿FDV��([HPSOR�GH�RXWURV�WLSRV�GH�WUDEDOKDGRUHV��HPSUHJDGR�
doméstico, empregado rural, trabalhador autônomo, trabalhador avulso, diretor de sociedade, empregado em domicílio 
e empregado público (NASCIMENTO, 2013, p. 186 a 196).
([LVWHP�DOJXQV�WLSRV�GH�HPSUHJDGRV�TXH��SRU�VXD�FRQGLomR��JR]DP�GH�DOJXPDV�SURWHo}HV�HVSHFLDLV��FRPR�D�PXOKHU�
e o menor. A mulher tem, por exemplo, proteção à maternidade, com adequação de função, se houver necessidade, 
HP�FDVR�GH�JUDYLGH]��&/7��DUW�������†�ž���DOpP�GD�HVWDELOLGDGH�QR�HPSUHJR��'LVSRVLo}HV�7UDQVLWyULDV��DUW������,,��E��H�
OLFHQoD�PDWHUQLGDGH��&/7��DUW��������2�PHQRU�WDPEpP�WHP�SURWHo}HV��FRPR�SURLELomR�GR�WUDEDOKR�SHULJRVR��QRWXUQR�RX�
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insalubre, nos termos do artigo 7º, XXXIII da CF – Constituição Federal –, vedação do trabalho ao menor de dezesseis 
anos, podendo ser contratado como aprendiz somente a partir dos quatorze anos (artigo 7º, XXXIII da CF e artigo 403 
da CLT) (Id. Ibid., p. 198 a 207).
$�¿JXUD�GR�HPSUHJDGRU�YHP�FRQFHLWXDGD�QR�DUWLJR��ž�GD�&/7��H�p�³D�SHVVRD�ItVLFD�RX�MXUtGLFD�TXH��DVVXPLQGR�RV�ULVFRV�
da atividade econômica, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços do empregado”.
Para que possa dirigir a prestação pessoal dos serviços realizados pelos empregados, o empregador tem o “poder de 
direção” que envolve não só a organização das atividades, mas também o controle e a disciplina do trabalho de acordo 
FRP�RV�¿QV�GR�HPSUHHQGLPHQWR�QHJyFLR�GD�HPSUHVD��1$6&,0(172��������S������D������
Durante a prestação dos serviços, ou seja, durante a execução do contrato de trabalho, o mesmo pode ter a necessidade 
GH�DOWHUDo}HV��SRUpP�WDO�DWR�HP�XP�FRQWUDWR�GH�WUDEDOKR�QmR�SRGH�RFRUUHU�SRU�PHUD�OLEHUDOLGDGH�GDV�SDUWHV��$V�DOWHUDo}HV�
contratuais têm proteção legal do artigo 468 da CLT, que preconiza que “nos contratos individuais de trabalho, só é lícita 
a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia”.
&RPR�R�HPSUHJDGR�p�FRQVLGHUDGR�KLSRVVX¿FLHQWH�QD�UHODomR�H�HVWi�VXERUGLQDGR�DR�HPSUHJDGRU��SRGHQGR��DVVLP��VRIUHU�
LQÀXrQFLD�GHVWH��PHVPR�TXH�R�IXQFLRQiULR�FRQFRUGH�FRP�D�DOWHUDomR�SURSRVWD�SHOR�HPSUHJDGRU��FRPR�XPD�UHGXomR�GH�
salário, por exemplo, para que o emprego de todos possa ser mantido em caso de crises, tal alteração não terá validade 
legal, pois traz prejuízo ao empregado. Uma redução salarial, por exemplo, só é permitida em casos muito excepcionais, 
e ainda com a anuência do sindicato que represente a categoria dos empregados, mas nunca somente com a anuência 
do próprio empregado.
4XDQWR�jV�DOWHUDo}HV�FRQWUDWXDLV�UHODFLRQDGDV�j�WUDQVIHUrQFLD�GH�HPSUHJDGRV��HVWmR�GLVFLSOLQDGDV�QRV�DUWLJRV�����H�����
da CLT, que vedam a transferência de localidade (mudança de seu domicílio) sem a anuência do empregado, exceto 
quando tal transferência já era implícita ou explícita no contrato de trabalho, havendo real necessidade em razão do 
serviço realizado, como motoristas,por exemplo, e em caso de extinção do estabelecimento do empregador (Id. Ibid., 
p. 269 e 270).
Quando ocorre uma transferência provisória, como uma viagem a trabalho, por exemplo, em que não há mudança de 
GRPLFtOLR��PDV�R�HPSUHJDGR�¿FD�IRUD�GHVWD�SRU�DOJXQV�GLDV��GHYH�KDYHU�R�SDJDPHQWR�GR�DGLFLRQDO�GH������FRQIRUPH�
artigo 469, §3º da CLT.
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Durante a vigência do contrato de trabalho, também pode haver a suspensão ou interrupção deste contrato. Dá-se a 
suspensão quando há uma cessação temporária e total da execução e dos efeitos do contrato, por exemplo: aposentadoria 
por invalidez e encargo público, quando o empregado é eleito para vereador, prefeito etc. Já a interrupção ocorre quando 
há a cessão temporária e parcial dos efeitos do contrato, por exemplo: serviço militar obrigatório, casamento, doação de 
VDQJXH��H�GHPDLV�DXVrQFLDV�MXVWL¿FDGDV�SRU�OHL��1D�LQWHUUXSomR��D�HPSUHVD�SDJD�VDOiULRV�H�R�SHUtRGR�p�FRQWDGR�FRPR�
tempo de serviço do empregado (Id. Ibid., p. 263 a 267). 
2�Q~PHUR�GLiULR�GH�KRUDV�GH�WUDEDOKR�TXH�R�WUDEDOKDGRU�SUHVWD�j�HPSUHVD�GHQRPLQD�VH�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR��TXH�VLJQL¿FD�
R�TXH�p�GLiULR�� RX� VHMD�� DV�RLWR�KRUDV�GLiULDV�� DV�TXDUHQWD�H�TXDWUR�KRUDV� VHPDQDLV� VLJQL¿FD�R�PyGXOR� VHPDQDO�GH�
prestação do serviço, tal questão é regulamentada pelo artigo 7º, XIII da Constituição Federal (MARTINS, 2005, p. 116). 
As oito horas diárias, porém, não são a única regra. Para turnos ininterruptos de revezamento, por exemplo, o artigo 7º 
;,9�GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO�SUHYr�VHLV�KRUDV�GLiULDV��3RU�IRUoD�GH�OHL��H[LVWHP�DOJXPDV�SUR¿VV}HV�TXH�WDPEpP�JR]DP�
de regime especial de jornada de trabalho, como as telefonistas (seis horas, artigo 227 da CLT) e bancários (seis horas, 
artigo 224 da CLT).
O que exceder às horas normais de trabalho é considerado horas extras, devendo estas ser remuneradas, no mínimo, 
em cinquenta por cento. Porém as horas extraordinárias não são atribuídas por liberalidade, são limitadas a duas diárias, 
totalizando dez semanais (artigo 59 da CLT).
A necessidade de compensação da jornada somente é permitida por intermédio de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho e não tratativa somente entre empregado e empregador (artigo 7º, XIII da Constituição Federal).
Todo empregado tem direito ao chamado DSR – Descanso Semanal Remunerado, que é o período em que o empregado 
deixa de prestar serviços uma vez por semana ao empregador, de preferência aos domingos e feriados, mas recebendo 
remuneração. Este período de descanso deve ser de, no mínimo, vinte e quatro horas consecutivas por força do artigo 
�ž�GD�/HL�Qž���������0$57,16��������S�������
Após doze meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), faz jus o empregado a trinta dias de descanso, 
devidamente remunerado, acrescido de um terço (artigo 7º, XVII da Constituição Federal) a título de férias. O período para 
tal descanso (período concessivo) se dá nos doze meses consecutivos ao período aquisitivo, conforme determinação do 
empregador, exceto em alguns casos especiais, como o menor. Este direito está regulamentado pelo artigo 130 da CLT 
(NASCIMENTO, 2013, p. 329 a 331).
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Não existe o termo “venda de férias”, pois a mesma se trata de direito instransponível dos empregados, por força do 
princípio da irrenunciabilidade. Porém, o artigo 143 da CLT prevê a possibilidade do “abono de férias”, que é a conversão 
de no máximo um terço das férias (dez dias) em dinheiro.
Importante ressaltar que não basta o empregado trabalhar os doze meses para ter direito aos trinta dias de férias, é 
SUHFLVR�TXH�GXUDQWH�HVWH�SHUtRGR�DTXLVLWLYR�HOH�QmR�WHQKD�IDOWDV�LQMXVWL¿FDGDV��SRLV�FDVR�DV�WHQKD��R�DUWLJR�����GD�&/7�
prevê uma escala de descontos ao período de trinta dias para gozo das férias.
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Empregado não pode vender mais de dez dias de férias
‡� Veja o texto do site JusBrasil sobre a questão da venda de férias. Tal prática é “comum” no 
Brasil, como no caso concreto relatado na matéria, porém, é vedado pela CLT – Consolidação 
das Leis do Trabalho. Veja que a CLT permite apenas a conversão de um terço das férias em 
abono, porém, o pagamento por mais de dez dias é ilegal e sujeita o empregador ao pagamento 
GDV�IpULDV�HP�GREUR��FRPR�VH�SRGH�YHUL¿FDU�GD�FRQGHQDomR�SURIHULGD�SHOD���7XUPD�GR�757�0*��
sofrida pela empresa. O objetivo da lei com as férias é que o empregado descanse, por isso a 
“venda” das férias é considerada ilegal. 
Link de acesso: <KWWS���WUW���MXVEUDVLO�FRP�EU�QRWLFLDV���������HPSUHJDGR�QDR�SRGH�YHQGHU�PDLV�GH�GH]�GLDV�
de-ferias?ref=home> 
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767�¿UPD�HQWHQGLPHQWR�GH�TXH�DGLFLRQDO�GH�WUDQVIHUrQFLD�Vy�p�GHYLGR�SDUD�
RV�FDVRV�GH�WUDQVIHUrQFLDV�SURYLVyULDV
‡� Leiam a interessante matéria no site JusBrasil sobre um entrave entre o Tribunal Superior 
GR�7UDEDOKR���767�H�R�7ULEXQDO�5HJLRQDO�GR�7UDEDOKR�GR�3DUDQi�±�757�35��TXH� WUDoDP�XPD�
YHUGDGHLUD�³OXWD�GH�EUDoR´�VREUH�D�TXHVWmR�GR�DGLFLRQDO�GH�WUDQVIHUrQFLD��SRLV�R�757�35�TXHU�
¿UPDU�HQWHQGLPHQWR�GH�TXH�R�DGLFLRQDO�GH� WUDQVIHUrQFLD�p�GHYLGR�HP�FDVRV�GH� WUDQVIHUrQFLD�
SURYLVyULD�H�GH¿QLWLYD��FRQWUDULDQGR�RULHQWDomR�GR�767��TXH�GHWHUPLQD�TXH�WDO�DGLFLRQDO�p�GHYLGR�
somente para transferências provisórias.
Link de acesso: <KWWS���OIJ�MXVEUDVLO�FRP�EU�QRWLFLDV���������WVW�ILUPD�HQWHQGLPHQWR�GH�TXH�DGLFLRQDO�GH�WUDQV-
ferencia-so-e-devido-para-os-casos-de-transferencias-provisorias>. 
BRF pagará R$ 500 mil por problemas em jornada de trabalho
‡� Na matéria publicada pela Revista EXAME.com em 18 fev. 2014, é possível constatar que 
RV�GLUHLWRV�WUDEDOKLVWDV��HP�HVSHFLDO�DV�TXHVW}HV�TXDQWR�j�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR��QmR�¿FDP�Vy�QR�
papel, a lei é aplicada e cobrada pelas autoridades trabalhistas, no caso em tela pelo Ministério 
Público do Trabalho, impondo multas até para as grandes empresas que não cumprem a Lei.
Link de acesso: <KWWS���H[DPH�DEULO�FRP�EU�QHJRFLRV�QRWLFLDV�EUI�SDJDUD�U�����PLO�SRU�SUREOHPDV�QD�MRUQDGD�
de-trabalho> 
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Instruções:
$JRUD��FKHJRX�D�VXD�YH]�GH�H[HUFLWDU�VHX�DSUHQGL]DGR��$�VHJXLU��YRFr�HQFRQWUDUi�DOJXPDV�TXHVW}HV�GH�P~OWLSOD�
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
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Questão 1
*HQpVLR�SRVVXL�XPD�ODQFKRQHWH�TXH�IUHTXHQWHPHQWH�WLQKD�FRPR�FOLHQWH�VHX�DPLJR�(UQHVWR��'HSRLV�GH�SHUGHU�R�HPSUHJR��(UQHV-
WR��TXH�HVWDYD�FRP�WHPSR�OLYUH��FRPHoRX�D�IUHTXHQWDU�D�ODQFKRQHWH�GH�*HQpVLR�WRGRV�RV�GLDV��PDV�QmR�PDLV�FRPR�FOLHQWH��H�VLP�
FRPR�XP�DPLJR�TXH�TXHULD�FRQYHUVDU�H�FRQ¿GHQFLDU�FRLVDV�GH�VXD�YLGD��,QFRPRGDGR�GH�¿FDU�QD�ODQFKRQHWH�Vy�ROKDQGR�HQTXDQWR�
R�DPLJR�*HQpVLR�WUDEDOKDYD��(UQHVWR��GH�OLYUH�H�HVSRQWkQHD�YRQWDGH��FRPHoRX�D�DMXGDU�R�DPLJR�QRV�³KRUiULRV�GH�SLFR´��&RPR�
*HQpVLR�QmR�VH�RS{V��(UQHVWR�FRPHoRX�D�DMXGDU�GXUDQWH�R�GLD�WRGR��H�HP�SRXFRV�GLDV�HVWDYD�ID]HQGR�R�PHVPR�KRUiULR�GRV�IXQ-
FLRQiULRV�GH��H�VHJXLQGR�WRGDV�DV�UHJUDV�GD�ODQFKRQHWH��2FRUUH�TXH��SDVVDGR�XP�PrV�GHVWD�VLWXDomR��(UQHVWR�FREURX�*HQpVLR�
TXDQWR�j�VXD�UHPXQHUDomR��SRLV�KDYLD�WUDEDOKDGR�SDUD�HOH��$VVXVWDGR��*HQpVLR�GLVVH�TXH�(UQHVWR�QmR�HUD�VHX�IXQFLRQiULR��TXH�
não havia nenhum contrato escrito ou acordo para isso, que ele “trabalhou porque quis”, e não devia nada a ele. Diante desta situ-
DomR��GLJD�VH�*HQpVLR�GHYH�DOJXPD�UHPXQHUDomR�SDUD�(UQHVWR��RX�VHMD��H[LVWH�XP�FRQWUDWR�GH�WUDEDOKR�HQWUH�*HQpVLR�H�(UQHVWR"�
Caso positivo, qual o tipo de ajuste ocorreu entre eles? 
Questão 2
2�5+�GD�HPSUHVD�*5��FRP�R�LQWXLWR�GH�ID]HU�XPD�DomR�VRFLDO�H�WLUDU�RV�PHQRUHV�TXH�QmR�IUHTXHQWDP�D�HVFROD�GDV�UXDV��GHFLGH�
contratar em seu quadro de empregados dez meninos com treze anos de idade para fazer serviços de banco. Com base na Con-
stituição Federal – CF e na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, tal conduta do RH está:
a) &RUUHWD��SRLV�D�HPSUHVD�FXPSULX�VXD�IXQomR�VRFLDඇ�
b)&RUUHWD��SRLV�D�&)�H�&/7�SHUPLWHP�WDඇ�FRQWUDWDomR��SRUpP�QD�FRQGLomR�GH�DSUHQGL]�
c) ආQFRUUHWD��SRLV�D�&)�H�&/7�SURtEH�D�FRQWUDWDomR�GR�PHQRU�GH�GH]RLWR�DQRV�SDUD�VHUYLoRV�GH�EDQFR�
d) ආQFRUUHWD��SRLV�WDQWR�D�&)�TXDQWR�D�&/7�YHGDP�R�WUDEDඇKR�GR�PHQRU�GH�GH]HVVHLV�DQRV��H�QD�FRQGLomR�GH�DSUHQGL]�p�SHUPLWLGR�
apenas a partir dos quatorze anos.
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
2�5+�GD�HPSUHVD�*5�XWLOL]D�FRPR�SUD]R�SDUD�VHXV�FRQWUDWRV�GH�H[SHULrQFLD�FHQWR�H�QRYHQWD�GLDV��VHP�SURUURJDomR��1RV�FDVRV�
de serviço de natureza transitória, utilizam contratos por tempo determinado com o mesmo prazo dos contratos de experiência, 
porém neste caso há possibilidade de prorrogação. Tais condutas estão:
a) A primeira conduta está incorreta, pois conforme a CLT o contrato de experiência não poderá exceder noventa dias. A segunda 
FRQGXWD�HVWi�FRUUHWD��SRLV�QHVWH�FDVR�R�FRQWUDWR�D�SUD]R�GHWHUPLQDGR�SRGHUi�VHU�GH�QR�Pi[LPR�GRLV�DQRV��FRP�SRVVLELඇLGDGH�GH�
prorrogação uma única vez.
b) A primeira conduta está correta, pois conforme a CLT o contrato de experiência poderá exceder noventa dias. A segunda 
FRQGXWD�HVWi�LQFRUUHWD��SRLV�QHVWH�FDVR�R�FRQWUDWR�D�SUD]R�GHWHUPLQDGR�SRGHUi�VHU�GH�QR�Pi[LPR�GRLV�DQRV��VHP�SRVVLELඇLGDGH�
de prorrogação.
c) A primeira conduta está correta, pois conforme a CLT o contrato de experiência poderá exceder noventa dias. A segunda 
FRQGXWD�HVWi�FRUUHWD��QHVWH�FDVR�R�FRQWUDWR�D�SUD]R�GHWHUPLQDGR�SRGHUi�VHU�GH�QR�Pi[LPR�GRLV�DQRV��FRP�SRVVLELඇLGDGH�GH�
prorrogação uma única vez.
d) Ambas as condutas estão incorretas, pois a CLT veda o contrato a prazo determinado, é permitido somente o contrato a prazo 
indeterminado.
Questão 4
6DUD�WUDEDOKD�QD�HPSUHVD�;<=�HP�VXD�XQLGDGH�QD�FLGDGH�GH�6RURFDED�63�QR�KRUiULR�GDV���K���jV���K����'XUDQWH�R�PrV�GH�
1RYHPEUR�SUHVWRX�VHUYLoRV�SDUD�HVWD�PHVPD�HPSUHVD�HP�VXD�XQLGDGH�QD�FLGDGH�GH�6DQWRV�63�FREULQGR�IpULDV�GH�XPD�SHVVRD�
que possuía sua mesma função no horário das 22h00 às 05h00. No pagamento de Sara, no quinto dia útil do mês de Dezembro, 
o RH da empresa pagou-lhe adicional de transferência e adicional noturno, além da sua remuneração habitual. Quanto ao paga-
PHQWR�UHDOL]DGR��GLJD�VH�D�FRQGXWD�GR�5+�HVWi�FHUWD�RX�HUUDGD��MXVWL¿FDQGR�VXD�UHVSRVWD�
Questão 5
&pVDU�HVWi�SUHFLVDQGR�GH�XP�GLQKHLUR�H[WUD�H�D�SURGXomR�GD�HPSUHVD�HVWi�HP�DOWD��GHVWD�IRUPD�&pVDU�SURS}H�j�HPSUHVD�TXH�
neste ano ele não quer tirar férias, prefere trabalhar e receber as férias em dinheiro e não gozá-la em casa. Poderá a empresa 
DWHQGHU�DR�SHGLGR�GH�&pVDU"�-XVWL¿TXH�VXD�UHVSRVWD�
��
Com o estudo deste tema você pôde conhecer alguns assuntos importantes do Contrato Individual de Trabalho, 
VXD�IRUPDomR��DV�SDUWHV�HQYROYLGDV��SURWHo}HV�HVSHFLDLV��WDPEpP�DOJXPDV�DOWHUDo}HV�TXH�SRGHP�RFRUUHU�QR�FRQWUDWR�
GH�WUDEDOKR�GXUDQWH�VHX�FXUVR��H�DVVXQWRV�FRPR�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR��FRP�VXDV�SRVVtYHLV�DOWHUDo}HV��UHSRXVR�VHPDQDO�
remunerado e férias.
$WUDYpV�GRV�WH[WRV�QR�LWHP�³$&203$1+(1$:(%´�IRL�SRVVtYHO�YHUL¿FDU�TXH�D�OHJLVODomR�WUDEDOKLVWD�QmR�p�³HP�YmR´��
HOD�H[LVWH��GHYHU�VHU�VHJXLGD��H�VH�QmR�IRU��VHXV�WUDQVJUHVVRUHV�SRGHP�VHU�SHQDOL]DGRV��VHMD�DWUDYpV�GH�¿VFDOL]DomR�RX�
provocação da Justiça do Trabalho. Desta forma, nosso País procura garantir que os objetivos da lei sejam alcançados 
e nossos trabalhadores protegidos. 
FINALIZANDO
BRASIL. Decreto Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: 
<KWWS���ZZZ�SODQDOWR�JRY�EU�FFLYLOB���GHFUHWR�OHL�GHO�����KWP>. Acesso em 01 abr. 2014.
MARTINS, Sérgio P. Fundamentos do Direito do Trabalho����HG��±�6mR�3DXOR��$WODV�������
NASCIMENTO, Amauri M. Iniciação ao Direito do Trabalho�����HG��±�6mR�3DXOR��/7U�������
Empregado não pode vender mais de dez dias de férias. JusBrasil. Disponível em: <KWWS���WUW���MXVEUDVLO�FRP�EU�
QRWLFLDV���������HPSUHJDGR�QDR�SRGH�YHQGHU�PDLV�GH�GH]�GLDV�GH�IHULDV"UHI KRPH>. Acesso em 01 abr. 2014.
MELO, Luísa. BRF pagará R$ 500 mil por problemas em jornada de trabalho. EXAME.com. Disponível em: <KWWS���H[DPH�DEULO�
FRP�EU�QHJRFLRV�QRWLFLDV�EUI�SDJDUD�U�����PLO�SRU�SUREOHPDV�QD�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR>. Acesso em 01 abr. 2014.
REFERÊNCIAS
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Tácito: implícito, subentendido, que não usa palavras ou a voz (PRIBERAM, 2014).
Expresso: que se manifesta, declarado com palavras (PRIBERAM, 2014).
Transitório: que dura pouco, passageiro, breve (PRIBERAM, 2014).
Assalaria: dar salário a (PRIBERAM, 2014).
Lícita:�D�TXH�D�OHL�QmR�VH�RS}H��OHJDO��SHUPLWLGR��35,%(5$0��������
Infringente: que infringe, transgredir, violar, desrespeitar (PRIBERAM, 2014).
Tá it i lí it b t did ã l (PRIBERAM 2014)
GLOSSÁRIO
PARDAL, Virginiana. 767�¿UPD�HQWHQGLPHQWR�GH�TXH�DGLFLRQDO�GH�WUDQVIHUrQFLD�Vy�p�GHYLGR�SDUD�RV�FDVRV�GH�WUDQVIHUrQFLDV�
provisórias. JusBrasil. Disponível em: <KWWS���OIJ�MXVEUDVLO�FRP�EU�QRWLFLDV���������WVW�ILUPD�HQWHQGLPHQWR�GH�TXH�DGLFLRQDO�GH�
transferencia-so-e-devido-para-os-casos-de-transferencias-provisorias>. Acesso em 01 abr. 2014.
PRIBERAM, Dicionário. <KWWSV���ZZZ�SULEHUDP�SW�GOSR�>. Acesso em 01 abr. 2014.
GABARITO
Questão 1
Resposta��VLP��*HQpVLR�GHYH�D�UHPXQHUDomR�SDUD�VHX�DPLJR�H�DJRUD�HPSUHJDGR�(UQHVWR��SRLV�PHVPR�TXH�(UQHVWR�
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com o trabalho, desta forma houve um “ajuste tácito” entre eles, que se caracteriza pela “inexistência de palavras escritas 
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ou verbais, depreendido em decorrência de um comportamento, daí por que será a prestação de serviços de alguém, 
VHP�RSRVLomR�GH�RXWUR�SDUD�TXHP�p�GLULJLGD��R�FRPSRUWDPHQWR�GR�TXDO�VHUmR�WLUDGDV�DV�FRQFOXV}HV�LQGLFDWLYDV�GH�TXH�
há um vínculo de emprego” (NASCIMENTO, 2013, p. 161 e 162). 
Questão 2
Resposta: a resposta correta é a alternativa “d”, pois, de acordo com o artigo 7º, XXXIII da Constituição Federal e artigos 
402 e 403 da Consolidação das Leis do Trabalho, a conduta do RH da empresa está incorreta, pois é vedado o trabalho 
ao menor de dezesseis anos, podendo a partir dos quatorze anos na condição de aprendiz, porém no problema em 
questão os menores têm treze anos. A alternativa “a” está incorreta, pois contratar menor de quatorze anos é proibido por 
lei, desta forma não há como se falar em “função social”. A alternativa “b” está incorreta, pois a contratação na condição 
de aprendiz é apenas a partir dos quatorze anos, conforme os dispositivos legais acima mencionados. A alternativa “c” 
está incorreta, pois a CF e a CLT não vedam o trabalho em banco para o menor de dezoito anos, mas sim o trabalho 
noturno, perigoso ou insalubre, conforme artigo 7º, XXXIII da Constituição Federal (Id. Ibid., p. 203).
Questão 3
Resposta: a resposta correta é a alternativa “a”, a primeira conduta do RH em fazer contratos de experiência por cento e 
noventa dias é proibido, conforme artigo 443, §2º, “c” combinado com o artigo 445, Parágrafo único da CLT, que determina 
que o contrato de experiência não poderá exceder noventa dias. Já o contrato de serviços de natureza transitória está 
previsto no artigo 443, §2º, “b” da CLT e seu prazo de até dois anos está previsto no artigo 445, desta forma a segunda 
conduta do RH da empresa está correta. Pelos mesmos fundamentos, as alternativas “b” e “c” estão incorretas. Já a 
alternativa “d” está incorreta, pois os contratos a prazo indeterminado não são vedados pela CLT. Conforme artigo 443 
da CLT, o contrato de trabalho pode ser por prazo determinado ou indeterminado, a regra são os contratos a prazo 
indeterminados, os a prazo determinado são exceção, que só podem ocorrer nos motivos previstos no artigo 443, §2º, 
“a”, “b” e “c” (Id. Ibid., p. 250 e 252).
Questão 4
Resposta: está correta, pois Sara teve uma transferência provisória (artigo 469, §3º da CLT), o que gera o direito de um 
DGLFLRQDO�GH�WUDQVIHUrQFLD�GH������H�WUDEDOKRX�QR�SHUtRGR�QRWXUQR�GXUDQWH�R�PrV�GH�QRYHPEUR��FRQIRUPH�DUWLJR�����†�ž�GD�&/7��JHUDQGR�XP�DGLFLRQDO�QRWXUQR�GH������,G��,ELG���S������H������
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Questão 5
Resposta: a empresa não poderá atender ao pedido de César, pois as férias são irrenunciáveis. O empregado não pode 
“vender” as férias, terá o direito de gozá-las. Legalmente, é previsto apenas parte dessa conversão em dinheiro, por 
meio do abono de férias, que pode ser de somente um terço (dez dias) (Id. Ibid., p. 329).

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