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RELATORIO DE CAMPO DA DISCIPLINA ELEMENTOS DE PETROLOGIA E MINERALOGIA - CLARA E THAIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
 INSTITUDO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
DEPARTAMENTO DE RECUSOS MINERAIS
CURSO DE GRADUACAO GEOLOGIA
DOCENTES: PAULO CESAR CORREA DA COSTA E RICARDO K. WESCA
Relatório de campo da disciplina Elementos de petrologia e mineralogia
DISCENTES:
 CLARA BRUNA PEREIRA SOUZA
THAIS WELLMANN PRATA SILVA
CUIABA, MT
ABRIL, 2013
SUMÁRIO
INTRODUCÃO.....................................................................................................03
CONTEXTO GEOLOGICO..................................................................................04
CONTEXTO GEOLOGICO LOCAL....................................................................05
CONCLUSÃO.......................................................................................................07
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................................07
INTRODUCÃO
Foram realizados entre os dias 4, 5 e 6 de abril um trabalho de campo sob a orientação dos professores doutores Ricardo K. Weska e Paulo Cesar Correa da Costa. Analisaram-se cinco pontos na região sudeste de Mato Grosso. Que abrangeu as cidades de Cuiabá, Campo Verde e Chapada dos Guimaraes. Onde foi possível observar as formações cachoeirinha, paredão grande, formações terciárias e quaternárias e granito São Vicente. Pertencentes, respectivamente, ao grupo Parecis (primeiro e segundo item) e Grupo Cuiabá. 
Foi possível observar também efeitos de eventos climatológicos e tectônicos, além de sequencias vulcosedimentares, falhas e fases de cristalização fases de cristalização do magma: Magmática, Pegmatitica, Pneumatólítica e Hidrotermal.
O objetivo deste relatório é identificar elementos de geológicos como minerais, rochas, estruturas de dobras e falhamentos caracterizando assim as feições dos afloramentos visitados através dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. E assim, poder narrar os processos evolutivos oriundos da região, que fica a aproximadamente 70 km de Cuiabá, pegando a via de acesso BR070 conforme figura 1. 
(Figura 1) – Mapa de localização dos pontos estudados. Via de acesso: BR 070.
(Figura 2) – Mapa Geológico
CONTEXTO GEOLOGICO
Os pontos visitados abrangem os grupos Cuiabá e o batólito São Vicente. Segundo BARROS, A. M. (1982) o Grupo Cuiabá constitui uma sequência de rochas sedimentares que sofreram metamor vfismo, devido ao choque entre as placas tectônicas. A colisão entre estas massas continentais originou as deformações e dobramentos do grupo que devido a sua diversidade litológica, é subdividido em 8 subunidades. O Grupo Cuiabá (Neoproterozóico), anteriormente proposto como Série Cuiabá, integra a Faixa Paraguai apresentando metamorfismo de baixo grau. Predominantemente filitos intercalados com quartzitos. É constituído por metassedimentos dobrados. Possivelmente depositados entre 670-630 Ma, no período glacial Varangiano. E diante da diversidade litológica da área o Grupo foi subdividido em sete subunidades litoestratigráficas. 
O Batólito de São Vicente é resultado da intrusão magmática sobre as rochas do Grupo Cuiabá, que apresenta relevo escarpado e vegetação densa. Litologicamente a área apresenta rochas do Grupo Cuiabá onde há predominância de quartiztos e grauvacas que foram intrudidas por um batólito granítico denominado Granito São Vicente . Estratigraficamente, é composto por filitos e sobrepostos a eles quartiztos metaconglomerados que se metamorfizam formando metagrauvacas (MATOS, et al. 1993). 
A intensidade do metamorfismo sofrido pelas rochas encaixantes do Grupo Cuiabá fica claro pelas variações da cristalinidade observadas nos planos de clivagem e a espessura dos grãos. Sendo que os minerais de grãos mais finos recristalizaram-se mais rapidamente, pois estavam mais próximos do corpo intrusivo e os de grãos mais grossos, mais lentamente, pois estavam mais distantes. Este metamorfismo é marcado pelo desenvolvimento de minerais filitosos (argilosos) nos planos é uma clivagem de plano axial associada às dobras. A presença desses fraturamentos no Granito São Vicente indica que o mesmo ocorreu após o resfriamento das rochas do Grupo Cuiabá e do granito (ALVARENGA & TROMPETTE, 1993).
CONTEXTO GEOLOGICO LOCAL
Nos pontos visitados, descritos abaixo, foi possível identificar o metamorfismo na rocha do Grupo Cuiabá causado pela suíte intrusiva São Vicente oriunda do contato da intrusão do batólito do São Vicente com Grupo Cuiabá.
- EMP 5.1 - Latitude 15° 45’ 24,3’’ sul - Longitude 55° 27’ 24,06’’ leste.
No primeiro local a 2 km do contato da intrusão, que está próximo a uma estrada de terra, encontramos as rochas encaixantes com o metamorfismo causada pela intrusão do Batólito nas rochas encaixantes do Grupo Cuiabá, Filitos cortados por veios de quartzo, ambos bastante alterados. Que apresentam clivagem ardosiana, foliação e dobras sinclinais, evidenciando que a intrusão foi forçada (Figuras 3 e 4). Observam-se rochas bastante alteradas aflorando na superfície devido uma erosão caracterizada como ravina. Caracterizas como Hornfels, as quais se originaram próximos ao ambiente de contato do batólito de São Vicente. 
- EMP 5.2 – Latitude 15º 46' 21,24''S - Longitude 55º 29' 28,8' L
No segundo ponto, próximo ao riacho que corta o contato abrupto entre o granito São Vicente e o Grupo Cuiabá (Figura 5). De um lado do afloramento é possível visualizar o granito São Vicente com rochas que se formaram no estágio pneumatolitico com minerais grandes (figura 6), e mais a frente encontramos o metamorfismo de contato, as rochas do grupo Cuiabá são encontradas com alto grau de metamorfismo devido a altas temperaturas e baixa pressão, com coloração escura próxima ao contato. Granulometricamente apresenta mineralizações de medias a grossas, formando minerais que são responsáveis pela coloração escura das rochas; sofrem mudanças físico-químicas e a recristalização formando rochas Hornfels. Próximo ao contato encontra-se a hornblenda (Figura 7), com uma coloração mais escura dada pela alta temperatura; conforme a distância a temperatura diminui e essa rocha adquire uma coloração mais clara e aparece com minerais de tamanho maiores (figura 8). 
(Figura 4)
(Figura 3)
				 	
		
(Figura 6)
(Figura 5)
(Figura 8)
(Figura 7)
(Fig. 3 e 4) – Rochas do Grupo Cuiabá que sofreram metamorfismo, Filitos com clivagem ardosiana, foliação e dobras sinclinais; (Fig. 5) – Local onde encontramos o contato do Batólito São Vicente com o Grupo Cuiabá; (Fig. 6) – Granito São Vicente que se formou no estágio pneumatolitico; (Fig. 7) Hornblenda, rocha próximo ao contato; (Fig. 8) Rocha mais distante do contato, que apresenta minerais maiores. 
CONCLUSÃO 
Nesta viagem tivemos a oportunidade de ver de perto o que foi estudado em sala, vimos arenitos conglomeraticos de clastos suportados depositados em ambiente fluvial; um derrame basáltico, na formação Cachoeirinha; também na formação Cachoeirinha vimos as rochas terciárias e quartanárias e o esclarecimento sobre o termo TQDL, nesse mesmo ponto vimos um mini leque aluvial; podemos conhecer o local onde ocorreu a intrusão do Batólito São Vicente, e ver os estágios de cristalização (Magmático, pegmatítico, pneumatolítico e hidrotermal); e no último ponto, ver de perto o metamorfismo de contato causado pela intrusão forçada do batólito, aonde vimos Hornfels que são rochas relacionadas ao metamorfismo de contato das rochas magmáticas nas rochas sedimentares. Assim atingimos nosso objetivo de realizar em campo o que tínhamos estudado em teoria. 
REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS
BARROS, A. M. (1982) In Brasil – DNPM. Projeto RADAM BRASIL, Folha SD-21-Cuiabá. Goiânia (Levantamento de Recursos Naturais).
MATOS, J. B., RUIZ, A. S. & OLIVEIRA, N. M. - 1993 – A petrografia e a geologia estrutural das rochas ocorrentes nos arredores de Bom Jardim MT. SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA, Boletim16, paginas 67 a 78.
CARLOS J.S. ALVARENGA & ROLAND TROMPETTE, 1993 – Evolução tectônica brasiliana da faixa Paraguai: A estruturação da região de Cuiabá. Revista Brasileira de Geociências, volume 23 e pag. 18 a 30.

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