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1/2 A previdência privada Ao contrário dos planos Montepios, das décadas de 1960 e 1970, que quebraram, prejudicando milhares de brasileiros, os planos atuais têm de respeitar uma série de normas, como a do contrato de adesão e garantir uma renda proporcional aos números do mercado. Os participantes dos fundos de previdência privada têm seus direitos garantidos pela legislação do setor. As empresas são reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). A previdência privada foi criada com a Lei n.° 6.435, de 15 de julho de 1977, e regulamentada pelo Decreto n.° 81.240, de 20 de janeiro de 1978, para as entidades fechadas, e n.° 81.402, de 23 de fevereiro de 1978, para as entidades abertas. Ela é oferecida em diversas formas: pode-se, por exemplo, começar a receber uma pensão antes mesmo de se aposentar, sacar parte do pecúlio no caso de enfrentar uma doença grave. Conforme seja sua constituição, a previdência privada pode ser aberta ou fechada: previdência privada fechada: também conhecida como fundos de pensão, opera apenas dentro de uma empresa ou grupo de empresas do mesmo empregador, visando a prestação de benefícios complementares e assemelhados aos da Previdência Social. Seus planos têm formulação grupal e são absolutamente mutualistas. Os planos são, em sua maioria, custeados pelas empresas e pelos funcionários e de contribuição variável de acordo com os cálculos atuariais e a política da empresa, podendo ser feito também individualmente, por pessoa física. Em todas as empresas que têm fundos de pensão, um dos principais temas de discussão interna é a qualidade da gestão das carteiras, pois, se não for eficiente, não será possível assegurar o valor das aposentadorias. Diferentemente das entidades de previdência privada fechada, que se podem administrar um único fundo de pensão e que só aceitam como par- ticipantes os empregados de uma só empresa ou grupo, as entidades abertas 2/2 administram diversos fundos ao mesmo tempo e qualquer pessoa pode participar de seus planos. previdência privada aberta: é constituída pelas instituições abertas à participação pública, visando à prestação de benefícios opcionais, de caráter mais individual. As entidades abertas podem ser sem fins lucrativos ou com fins lucrativos, das quais fazem parte as seguradoras e os conglomerados financeiros. Os planos de previdência "tradicionais" garantem, no mínimo, remuneração igual ao da caderneta de poupança. As contribuições são mensais por um determinado número de anos, de acordo com a renda futura esperada e da idade previamente estabelecida. O benefício pode ser recebido de diversas formas: vitalício ou por um determinado período de tempo, por exemplo, 20 anos, ou em forma de capital (todo o valor de uma só vez). O PGBL — Planos Geradores de Benefícios Livres — e o FAPI — Fundo de Aposentadoria Programada Individual como não têm de garantir rendimentos predeterminados, a administração da carteira é muito mais ousada, com recursos aplicados desde em títulos de renda fixa até no mercado de ações. Em compensação, 100% dos rendimentos — ou dos prejuízos — são repassados ao participante, pois esses fundos de aposentadoria têm como objetivo a acumulação de recursos e não a geração de uma renda futura. Assim, não há um período definido para contribuição. Os fundos proporcionam também o abatimento, na base de cálculo, de até 12% da renda bruta anual na declaração do imposto de renda. Eles também são tidos como mais transparentes, pois são obrigados a publicar a rentabilidade dos fundos.
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