Aula 1 OV

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Orientação Vocacional e Orientação Profissional
Alguns autores entendem que são a mesma coisa.
Possíveis definições:
É uma tentativa para estabelecer uma síntese entre as aspirações do educando, suas potencialidades e suas oportunidades. (Schmidt e Ross)
É essencialmente uma ajuda cientifica prestada ao indivíduo para que escolha uma profissão na qual tenha satisfação em trabalhar, oportuni-dades de progresso e recompensa adequada. (Ralph Strathmore)
Uma atuação científica completa e continuada, destinada a conseguir que cada sujeito se dedique ao tipo de trabalho profissional em que, com menor esforço, possa obter maior rendimento, proveito e satisfação para si e para a sociedade. (Mira Y Lopez)
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Outros autores entendem que são conceitos distintos:
- Vocacional = vocação, ato de chamar, chamamento, escolha, predestinação, tendência, disposição, talento, aptidão. Noção mais ampla.
Profissional = diz respeito a certa profissão ou que exerce uma atividade por profissão ou ofício. 
Solução de um problema relativo à escolha de uma profissão ou progresso profissional.
Relação entre as características da pessoa e as possibilidades de emprego no mercado.
Objetivos da Orientação Vocacional
- Discriminar aptidões e aspirações do educando
- Orientar para uma escolha profissional adequada às aptidões e
possibilidades
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O Desenvolvimento Histórico da Orientação Profissional
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O Capitalismo e a Possibilidade de Escolha
 Na sociedade feudal, durante a Idade Média, a profissão era determinada pelo nascimento ou por conveniência. Não havia escolha de uma profissão por parte dos sujeitos.
 A possibilidade de escolha profissional é um fenômeno que nasce com o nascimento da sociedade capitalista após a Revolução Industrial.
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 A Primeira Revolução Industrial começou no final do século XVIII, com a invenção da máquina à vapor. O capitalismo foi influenciado pelas ideias do Liberalismo Econômico de Adam Smith e caracterizado pela produção manufatureira em larga escala.
 A Segunda Revolução Industrial começou no final do século XIX, com a descoberta da eletricidade. O capitalismo foi influenciado pelas ideias do Materialismo Histórico de Karl Marx.
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 A Terceira Revolução Industrial começou no início do século XX, com o desenvolvimento da automação. O capitalismo foi influenciado pelas ideias da Organização Científica do Trabalho de Taylor e pelas Linhas de Montagem de Ford e caracterizado pela produção e o consumo de massa.
 Desde meados do século XX vivemos na Sociedade Pós-Industrial que é caracterizada pelo desenvolvimento das tecnologias da informação, pela globalização da economia, pelo crescimento do setor de produção terciário, pelo modelo de empresa enxuto, pela flutuação do mercado de consumo e por conceitos como empregabilidade e flexibilidade.
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Primeiro Momento
 Em 1902, no contexto da Terceira Revolução Industrial, foi criado o primeiro Centro de Orientação Profissional na cidade de Munique, na Alemanha
 Nos anos seguintes, Centros de Orientação Profissional similares se disseminaram pela Europa
 Seu objetivo era garantir o aumento da produtividade industrial e prevenir acidentes de trabalho
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Segundo Momento
 Em 1907 foi criado, pelo engenheiro norte-americano Frank Parsons, o primeiro Centro de Orientação Profissional dos EUA, na cidade de Boston
 Este evento é considerado o marco de criação da Orientação Profissional
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 Em 1909, Parsons publicou o livro “Choosing a Vocation”, que identificava três passos a serem seguidos no processo de orientação profissional:
 a análise das características do indivíduo
 a análise dos requisitos das profissões
 a orientação do indivíduo com base na relação entre suas características e os requisitos da profissão
 Parsons preocupava-se com o ajustamento dos jovens ao mundo do trabalho
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Terceiro Momento
 Nas décadas de 1920 e 1930 (período de crise econômica, Guerra Mundial), a orientação profissional foi influenciada pela Psicologia Diferencial e pela Psicometria
 O modelo desenvolvido por Parsons recebeu o nome de Teoria do Traço e Fator (Abordagem Psicométrica) e passou a ser caracterizado:
 como um processo de aconselhamento diretivo
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 pela mensuração das características do indivíduo (inteligência, aptidões, personalidade, interesses) através dos testes psicológicos
 pela preocupação com a indicação da profissão certa para cada indivíduo
 Esta fase foi caracterizada pela preocupação com diagnósticos e prognósticos. A preocupação não era com as aptidões individuais, mas com a identificação destas, para que o indivíduo pudesse ser selecionado para um lugar/ocupação onde fosse mais produtivo.
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Quarto Momento
 Em meados do século XX houve uma importante mudança de paradigma na orientação profissional
 Na década de 1940, o Aconselhamento Centrado no Cliente de Carl Rogers exerceu grande influência sobre a orientação profissional ao defender que o aconselhamento psicológico deveria ser um processo não-diretivo
 A partir da década de 1950, começaram a surgir diversas teorias psicológicas sobre a escolha profissional que enfraqueceram o modelo da Teoria do Traço e Fator
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 Crites (1969) classificou as teorias psicológicas sobre escolha profissional em 4 grupos: 
Teorias Desenvolvimentais: percepção da escolha profissional como um processo que ocorre ao longo da vida
 Teorias Psicodinâmicas: percepção da escolha profissional como determinada por fatores motivacionais inconscientes e a busca de satisfação de necessidades
 Teorias Tipológicas: percepção da escolha profissional como reflexo do tipo de personalidade do indivíduo
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 Teorias Decisionais: preocupação com os processos cognitivos envolvidos com a tomada de decisão durante o processo de escolha profissional
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Quinto Momento
 Atualmente, as teorias sobre escolha profissional consideradas mais influentes no ambiente internacional são:
 Abordagem Desenvolvimental de Super (1953)
 Abordagem Tipológica de Holland (1959)
 Abordagem do Ajustamento ao Trabalho de Dawis e Lofquist (1969)
 Abordagem Sócio-cognitiva de Krumboltz (1979)