Resumo Direito Empresarial

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DIREITO EMPRESARIAL
Aula 1
Fontes do Direito
* Fontes diretas: (ou imediatas)
 Leis 
 Costumes.
* Fontes Indiretas: (ou mediatas)
 Analogia 
 Princípios gerais do direito.
* Auxiliares de interpretação do direito: 
 Doutrina
 Jurisprudência 
 Equidade.
Norma e Lei são comumente usadas como expressões equivalentes, mas Norma abrange também os costumes e os princípios gerais do direito.
Lei:
 - Substantiva → São Normas que regulamentam o comportamento do cidadão. Disciplinam os nossos comportamentos interpessoais
* Quanto à natureza: 
 - Adjetiva → Conduta que devemos ter perante os Tribunais.
* Quanto aos órgãos de que emanam:
 Federais, estaduais, municipais e distritais.
Obs.: Hermenêutica, são as regras e métodos para interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas com seu sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram. A hermenêutica vai utilizar da analogia, da equidade e dos princípios gerais do direito. 
Interpretação e integração das Normas Jurídicas: (Hermenêutica)
Analogia:
É a utilização de uma norma para resolver um caso semelhante. 
Equidade: (valorização)
É um outro critério que o juiz interpreta para suprir imperfeições ou as lacunas de uma determinada norma.
Interprete/juiz soluciona o caso utilizando-se de seus valores de justiça. São valores segundo a realidade de um determinado momento que o juiz aplica para suprir as imperfeições, ou lacunas de uma determinada norma.
Hierarquia das Leis: As leis obedecem rigorosamente uma hierarquia
Constitucionais federais
 Ordinárias federais
Constitucionais estaduais
 Ordinárias estaduais
 Municipais
- Direito Público
 Civil
- Direito Privado Comercial 
 do trabalho
O Direito empresarial está dentro do ramo do Direito Privado. Tem o objetivo de harmonizar, regular as relações empresariais. 
Empresário (art. 966 do CC): Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou a circulação de bens ou serviços.
Atividade empresarial pressupõe:
- Lucratividade
- Organização dos Fatores de Produção
- Servir ao mercado (indústria, comércio e prestação de serviços)
Obs.: O Direito do Consumidor é um ramo do Direito Público.
Teoria da Empresa
Foi inserida no sistema jurídico brasileiro com o advento do CCB de 2002. 
Sai à figura do comerciante e entra a do empresário (realizador dos atos da empresa).
Algumas atividades permaneceram excluídas do conceito de empresário: 
- intelectuais
- as de natureza científica Quando prestadas com teor de pessoalidade pelo seu titular. 
- artísticas
- literárias
Agora quando imperar a impessoalidade (o afastamento do profissional para a realização da atividade fim), que se caracteriza por meio de empregados, essas atividades poderão ser enquadradas em práticas empresariais.
Aula 2
Obrigações dos empresários:
- Inscrição na Junta Comercial
- Escrituração (Livro Diário)
- Levantamento das Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial e DRE)
Teoria da Empresa (cont.): Empresário é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
* Empresário pode ser:
- Pessoa natural → empresário individual
- Pessoa jurídica → sociedade empresária
* Requisitos para a atividade empresarial:
- profissionalismo
- exercício da atividade
- economia (busca do lucro)
- organização
- produção
- circulação
Empresa: Atividade economicamente organizada.
Aula 3
Pessoa Física:
Todo ser humano que tenha nascido com vida. Em sendo assim é capaz de praticar direitos e obrigações, ou seja, atos da vida civil.
Pessoa Jurídica:
É uma abstração do Direito. Empresta personalidade jurídica, ou seja, pratica atos da vida civil através de uma representação. Não tem a finalidade de obter lucro.
Sociedades empresariais: 
É uma pessoa jurídica (tem personalidade jurídica). É um grupo de pessoas que se reuniram com o fim de produzirem uma atividade econômica, ou seja, com fins econômicos.
Fins econômicos → Pressupõem atividade lucrativa.
Direito dos sócios:
- Patrimoniais
- Políticos
- de fiscalizar
- de retirada
- de preferência
As sociedades adquirem personalidade jurídica quando são levadas a registros nos órgão competentes. No caso da sociedade empresarial, na Junta Comercial.
Pessoa Jurídica → Cartório de Registro Civil das pessoas Jurídicas.
Sociedade empresarial → Junta comercial
Estabelecimento Empresarial (ou Fundo de Empresa)
É a reunião organizada dos bens corpóreos e incorpóreos para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária.
Bens corpóreos: balcões, mercadorias, maquinários, etc. (bens materiais)
Bens incorpóreos: ponto, nome, marcas, etc.
Obs.: Antes da Teoria da Empresa era conhecido como Fundo de Comércio.
Trespasse: é a venda do estabelecimento empresarial. É a transferência de todo o complexo de bens.
Não é a mesma coisa que é a venda do ponto empresarial, ou seja, a empresa somente está mudando de local de exercício da sua atividade empresarial.
Ponto e Locação Empresarial: É o espaço físico (fixo ou não), onde o empresário se estabelece, constituindo um dos elementos incorpóreos do estabelecimento comercial.
Nome empresarial; É a identificação do sujeito para o exercício da empresa.
Marca: Representa um sinal de identificação perante o público consumidor de seus produtos ou serviços. (não se confunde com nome empresarial)
Nome fantasia: Título do estabelecimento, que identifica o local em que a atividade é exercida.
Aula 4
 
Obrigações dos Sócios:
- Responsabilidade pelas obrigações sociais.
- Deveres de integralização do capital → (entregar certa quantia ou bens)
- Lealdade com a sociedade
Administradores
Administradores das sociedades – são os representantes legais para os atos judiciais e extrajudiciais.
Tem que desempenhar com idoneidade, diligência e preparo.
Contrato Social: É o elemento constitutivo das normas estabelecidas entre sócios. E o documento que será levado a Registro Público de empresas Mercantis.
* Classificação do Contrato Social:
- Elementos Gerais
- Elementos Específicos
Elementos Gerais: (ou comuns)
- Capacidade
- Objeto lícito
- Forma prescrita e não defesa em lei
Elementos Específicos:
- Pluralidade dos sócios
- Participação nos resultados
- Capital Social
- Affectio Societatis → é a vontade do sócio de constituir e permanecer na sociedade.
O sócio deixa de ser sócio por quatro fatores:
- Por morte
- Voluntariamente
- Cessão de suas quotas a terceiros
- Exclusão
Resolução de um sócio perante a sociedade → Já que o vocábulo resolução consiste na quebra do pacto estabelecido no contrato social por um dos sócios.
Desclassificação: É a resolução de um sócio perante a sociedade.
Aula 5
* Classificação das sociedades:
- de Pessoa (ex.: em nome coletivo, comandita simples e as limitadas)
- de Capital (ex.: S/A e comandita por ações)
- Contratual → 	Os sócios contraem obrigações entre si. (contrato social)
- Institucional → Os sócios contraem obrigação perante a instituição. (estatuto social)
* Responsabilidades dos sócios:
- subsidiária limitada → sociedade anônima e limitada
- subsidiária ilimitada → em nome coletivo
- mista → comandita
Sociedades Limitadas
É uma estrutura de menor complexidade e mais ágil. Não é revestida de formalidades como na sociedade anônima. 
Obrigações dos sócios:
- Responsabilidade pelas obrigações sociais (Respondem subsidiariamente)
- A sociedade é a principal responsávelpelas obrigações
- Limitação da responsabilidade (dos sócios)
- Dever de integralização do capital social
- Lealdade com a sociedade
Novidade trazida pelo CC:
- Possibilidade de não sócio participar de sua administração.
- Administração por uma ou mais pessoas, sócias ou não.
- Administrada por não sócio, é necessário autorização no contrato social.
Obs.: Se a empresa for administrada por não sócio, é necessário autorização no contrato social.
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(Art. 982,CC)
* As sociedades estão separadas em dois grandes grupos:
- não personificadas
- personificadas
Não personificada → Não possui personalidade jurídica, por não possuírem registro. 
São espécies de sociedades não personificadas:
 ostensivo
- Sociedade em conta de participação 
 participante
- Sociedade comum (irregular ou de fato)
Personificada → possui personalidade jurídica que é adquirida com o registro.
As sociedades personificadas são classificadas em: 
- Simples
- Empresariais
Sociedade simples: Exerce uma atividade econômica ou não, porém, não organizada e adquirem personalidade jurídica com a inscrição no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
Sociedade empresarial: é a pessoa jurídica que explora a empresa. É uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
Aula 6
Sociedades por ações: (Lei 6.404/76)
Espécies:
- comandita por ações
- anônimas
Sociedades anônimas
- capital aberto
- capital fechado
Art. 1 da lei 6.404/76
Sociedade cujo capital é dividido em ações, na qual a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
É uma sociedade de capital (sociedade institucional).
Valores mobiliários: São títulos emitidos por sociedades anônimas para captação de recursos financeiros no mercado mobiliário, ou seja, o mercado de balcão e bolsa de valores.
CVM → É uma autarquia federal que normatiza as operações com valores mobiliários, autorizando sua emissão e negociação e fiscaliza as sociedades anônimas abertas e os agentes que operam no mercado de capitais.
O mercado de capital é dividido em bolsa de valores e mercado de balcão.
* Órgãos responsáveis pela sociedade anônima:
- Assembleia geral
 - Conselho de administração (mínimo de 3 membros)
- Diretoria (mínimo de 2 diretores)
- Conselho fiscal (mínimo de 3 e máximo de 5)
Aula 7
Relações de consumo: (direitos básicos do consumidor)
É necessária a presença de um consumidor, de um fornecedor de um produto ou serviço.
Consumidor → É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Ele necessariamente tem que adquirir um produto ou serviço na condição de destinatário final.
A lei diz também que pode ser equiparado a consumidor, toda a coletividade.
Direitos Básicos do consumidor:
- Proteção à vida, saúde e segurança.
- Educação e divulgação sobre consumo adequado dos produtos.
- Direito a informação
- Publicidade enganosa e abusiva
- Cláusulas contratuais abusivas
- Direito à indenização
- Acesso à Justiça
- Inversão do ônus de prova
Aula 8
Títulos de Crédito
Título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. (Art. 887, CC)
É a principal forma de representação de um crédito.
* Três princípios que não podem faltar em um título de crédito:
- Cartularidade
- Literalidade
- Autonomia
Exemplos de título de crédito:
- Letra de câmbio
- Nota promissória
- Cheque
- Duplicata
Os títulos de créditos são classificados quanto ao:
- Modelo
- estrutura
- Circulação
- Emissão
Agentes cambiários:
Sacador
Sacado
Tomador ou beneficiário
Aceitante
Avalista
Endossante
Aula 9 
Recuperação Judicial
A recuperação judicial veio para suceder a antiga concordata. É uma medida que antecede ao processo de falência (dependendo da circunstância).
A Lei 11,101/05 regulamenta a Recuperação Judicial, a Recuperação Extrajudicial e o processo de Falência.
Instituições que estão fora de alcance, para se valer da Recuperação Judicial:
- Empresas públicas e sociedade de economia mista.
- Instituição financeira (pública ou privada)
- Cooperativa de crédito
- Consórcio
- Previdência complementar
- Plano de saúde
- Seguradora
- Sociedade de Capitalização
Recuperação Judicial (Art. 50)
Participantes:
- Juiz
- Administrador Judicial
- Assembleia de credores
- Comitê de credores (não é obrigatório)
(Art. 48) - O que é exigido pela lei para que se possa ingressar com o pedido de Recuperação Judicial:
- Ser empresário com inscrição regular, exercendo sua função há mais de 2 anos.
- Não tenha obtido Recuperação Judicial Ordinária há menos de 5 anos. Ou Recuperação Judicial Especial há menos de 8 anos para microempresas e empresas de pequeno porte.
Aula 10
Falência
Quais são as circunstâncias que pode ser decretada a Falência:
- Inadimplência injustificada (40 salários mínimos)
- Execução frustrada
- Atos de falência