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resumo titulo de credito

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Inoponibilidade das exceções (art. 17 Lei Uniforme)
O obrigado em uma letra não pode recusar o pagamento ao portador alegando suas relações pessoais com o sacador ou outros obrigados anteriores do título (ex: não pode o obrigado recusar o pagamento alegando que é o credor do sacador). Tais exceções ou defesas são inoponíveis ao portador, que fica, sempre, assegurado quanto ao cumprimento da obrigação pelo obrigado. Se houver relações pessoais entre o portador e o devedor, este poderá opor-se ao pagamento.Exceção: quando há má-fé por parte do portador ao adquirir o título, com a finalidade de prejudicar o devedor.
Classificação dos Títulos de Crédito
Há 4 maneiras pela qual há a promoção da transferência da propriedade dos créditos (forma e circulação):
I. Títulos nominativos = sua circulação se faz mediante um termo de cessão ou de transferência. O nome do credor (pessoa indicada como beneficiária da prestação a ser realizada) vem mencionado no texto do título de crédito. A posse e a propriedade transferem-se através da tradição, juntamente à assinatura no livro do emitente. → Ex: debêntures, letras financeiras.
II. Títulos à ordem (títulos endossáveis) = a transmissão da propriedade do documento se realiza com a somatória de uma declaração (endosso) e a tradição do documento. O texto do documento menciona a identidade do credor por meio de uma declaração de vontade (o endosso). → 85% dos títulos de crédito estão nesta categoria.
O aparecimento da cláusula ‘à ordem’ possibilitou a circulação dos direitos incorporados nos títulos de crédito. E para tornar mais fácil a utilização dessa cláusula, surgiu o endosso, que consiste na simples assinatura do beneficiário. É necessário que quem assinar esteja legitimado na propriedade do título.
III. Títulos ao portador = não se menciona a identidade do credor (beneficiário da prestação). Será considera titular dos direitos incorporados nos documentos a pessoa que com ele se apresentar e, ainda, a sua circulação se faz por simples tradição manual, basta a transmissão da posse do documento. É a forma menos segura, porque se houver o extravio do título eu perco também o crédito. No Brasil, a Lei 8021/90 (art. 4º) proibiu os títulos ao portador; porém o CC permitiu novamente com a ressalva que deve haver uma norma específica para sua criação. → caso o portador se identifique sem que indique a pessoa a quem o título deverá ser pago, este se tornará coobrigado pelo pagamento ao lançar sua assinatura no verso do título.
IV. Títulos não à ordem = é uma alteração dos títulos ‘à ordem’. Sua circulação se faz através de uma cessão, que requer um termo de transferência assinado pelo cedente e pelo cessionário. Como consequência da cessão, o cedente se obriga apenas com o cessionário, não em relação aos posteriores possuidores do título.
Endosso
É a forma pela qual se transfere o direito de receber o valor que consta no título através da tradição da própria cártula.
De acordo com o art. 893 do Código Civil: "a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes" e, por assim dizer, entende-se que não só a propriedade da letra que se transfere, como também a garantia de seu adimplemento.
Classificações doutrinárias de endosso:
- Endosso próprio: transfere ao endossatário não só a titularidade do crédito como também o exercício de seus direitos.
- Endosso impróprio: difere do anterior uma vez que não transfere a titularidade do crédito, mas tão somente o exercício de seus direitos. Este se subdivide em:
Endosso-mandato ou endosso-procuração: permite que o endossatário aja como representante do endossante, podendo exercer os direitos inerentes ao título.
Endosso-caução ou pignoratício: figura como mera garantia ao endossatário de uma dívida do endossante para com ele. Deve sempre conter a cláusula: “valor em garantia” ou “valor em penhor”. Tendo, portanto, o endossante cumprido a obrigação para a qual se destinou a garantia, poderá rever o título de crédito.

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