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Geopolitica

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
INSTITUTO DE ENSINO DE SEGURANÇA DO PARÁ
CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA E BOMBEIROS MILITAR/CSPBM/2017
SIDNEY PROFETA DA SILVA 
	"DESIGULADADES GEOGRÁFICAS: TERRITÓRIOS E GLOBALIZAÇÃO NA AMAZÔNIA”.
(ANÁLISE) 
 	
MARITUBA-PA
2017
ANÁLISE DO TEXTO - DESIGUALDADES GEOGRÁFICAS: TERRITÓRIOS DE GLOBALIZAÇÃO NA AMAZÔNIA
1 – TRANSFORMAÇÕES TERRITORIAIS
	O texto inicia possibilitando o entendimento de que cresce o desafio para os cientistas sociais analisar o impacto provocado pela globalização da economia nos territórios nacionais quando se observa essa globalização materializada em escalas diferentes e em sociedades diferentes, e como são inseridas essas sociedades nesse processo no contexto mundial. O autor deixa claro que não tem como pensar em sociedade globalizada esquecendo as peculiaridades históricas e culturais regionais e nacionais, apesar de que as novas redes produtivas, motores da globalização, tais como o telefone, telemáticas e informáticas, faz surgir uma forma de integração que podemos chamar de totalizada.
	No caso da Economia Globalizada, o texto sugere que a competividade define posição das empresas e países na economia mundial, tornando-se uma exigência no mundo capitalista. Além de atingir a economia, a globalização alcançará também os aspectos sócio-políticos-culturais, onde se observa que a sociedade é atingida de forma desigual, ocorrendo mudanças de estilo de vida, fazendo ressurgir modos de agir, pensar e viver, fazendo com que essa diversidade cultural traga o pensamento de um mundo que influencie uns aos outros, e consequentemente, criando-se conflitos, pois envolve contradições no campo sócio-econômico-político-cultural, de acordo com os interesses em escala mundial.
	Para o autor, as ciências sociais estuda a sociedade globalizada de forma comparativa no que se refere a esses aspectos sócio-econômico-político-cultural e como se organiza as condições materiais advindas desses aspectos no desenvolvimento local. A sociedade acompanhou essa mudança global, e as ciências sociais enfrenta hoje, essa nova formação da sociedade, onde deve-se entendê-la de forma globalizada e ainda assim perceber essas contradições existentes, onde existe uma atuação desigual na sociedade, em relação às relações de produção de capital, onde a funcionalidade dos espaços são definidos de acordo com o potencial dos territórios.
	Segundo o texto, a comunicação mundial atual, alcança uma velocidade jamais vista na história do capitalismo, interconectando os países e fazendo com que, através dos meios de comunicação, ocorra uma mudança de comportamento das pessoas, pois elas passam a ter contato com as diversas culturas no mundo e suas formas de expressão, criado uma relação de interdependência entre as sociedades, não existindo local onde as pessoas não sejam passíveis de transformação, fato que exige uma redefinição das territorialidades, condicionando consequentemente a redefinição dos papeis das economias locais, visto que, nessas transformações das relações internacionais, para se acompanhar o desenvolvimento socioeconômico, é imprescindível a criação de estratégias para estar alinhado nessa tendência imposta pelas relações capitalistas em escala mundial, pois, essas novas possibilidades de transformação da sociedade, traz também o aumento do antagonismo entre a multiplicação das riquezas para determinadas nações e o empobrecimento de outras que estejam numa velocidade menor de avanço em relação àquelas, o que não quer dizer que o capitalismo esteja entrando em crise, mas sim que se não conseguir acompanhar a velocidade das transformações em todos os sentidos, acaba não obtendo tanta importância para o processo globalizante, sendo considerado um espaço desinteressante e de menor potencial para economia mundial.
	De acordo com o texto, é certo que a globalização forma centros de decisões em escala mundial, acabando algumas estratégias locais, mas não acabando com Estado-nação. Existe uma tendência a fazer com que os projetos nacionais só atinjam viabilidade se contemplar o que é de determinação global, ou seja, competindo para tentar eliminar uma hegemonia do Estado-nação, e consequentemente diminuindo sua influência sobre a economia local.
II - A AMAZÔNIA NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO
	O autor afirma que se pode levantar questões no que concerne à conjuntura internacional e aos interesses relacionados à economia com a potencialidade da região amazônica. Porém, os antagonismos do modelo de organização da produção, equiparando a organização local em diferentes escalas, não permite a configuração deste modelo de globalização de forma mais igual dentro do sistema socioeconômico. Afirma ainda que a Amazônia surge como um espaço para expandir a economia mundial, onde se faria a acumulação do capital explorando os recursos da região, o que vai fazer a Amazônia se tornar um espaço cada vez mais econômico-ecológico.
	O autor cita Bunker (1984), onde este definiu regiões como a Amazônia para economias extrativistas, no que se refere à acumulação flexível e redefinição do espaço econômico, devem continuar a fazer o papel de fornecedora de matéria prima, devendo apenas mudar o ritmo e a intensidade de exploração dos recursos naturais da região, onde quase nada tem sido feito para implantar estratégias para desenvolvimento socioeconômico e para preservação da sociedade da Amazônia.
	O texto possibilita deduzir que o significado da Amazônia na globalização terá como consequência mudanças, tais como na produção, na forma de pensamento, na valoração dos recursos naturais, de viver, condições de desenvolvimento socioeconômico da sociedade local, pois, a região é tida como uma das últimas fronteiras da economia internacional quando se fala em acumulação de capital, podendo transformar o ecossistema e desenvolver os sistemas sociais, sendo considerada patrimônio global da sociedade, apresentando duas questões a serem discutidas, quais são, a divisão da Amazônia e os espaços que podem ser utilizados como via de desenvolvimento, e quais seriam as áreas a serem preservadas, considerando os interesses locais.
	Segundo o autor, observando-se a interpretação ecológica, os recursos naturais da região Amazônica podem ser aproveitados para trazer benefícios às pessoas em todas escalas, mas está sendo apropriada de forma questionável, pois há dúvidas quanto a quem realmente se apropria desses benefícios. De uma maneira geral, de acordo com o pensamento do autor, a Amazônia para a economia global sempre foi um dos últimos recursos no processo de acumulação, seja na valorização através dos ciclos econômicos que ocorreram nessa região, borracha, atividades mono exportadoras surgidas após o ciclo da borracha, e de outros tipos de planejamentos, tais como os grandes projetos, que fracassaram economicamente e deixaram danos ecológicos , os quais tinham ligações diretas com a economia global, que utilizam meios extrativistas que divergem dos utilizados pelas sociedades regionais, que praticam extrativismo sustentável em suas regiões.
	O autor cita Singer (1994), o qual diz que dentro do contexto da globalização, a Amazônia é posta na impossibilidade de transformação dos ecossistemas no que se refere a sistemas sustentáveis economicamente, tendo em vista sua natureza ainda inexplorada pelos seres humanos, daí se levanta um questionamento sobre prioridade, levando-se em consideração o que é mais importante como objeto de preservação, o homem ou outras espécies?
	Singer, afirma que as multinacionais da biotecnologia colocam em risco a realidade socioeconômica da Amazônia, mas complementa que não são só eles, os próprios fazendeiros, agricultores, garimpeiros, dentre outros trabalhadores em atividades menores, também o fazem, deixando de oferecer à sociedade globalizada ou local atividades socioeconômicas e não predatórias ao invés de colocar em risco toda a riqueza da biodiversidade da região.
	O textonos induz a pensar que culturalmente ocorreu uma transformação na vida da humanidade após o processo de globalização, pois, atualmente, em qualquer lugar, pode-se ter acesso às outras culturas, onde se observa nas paisagens, que mesmo nos locais mais pobres esse acesso à informação na atualidade já aparece de forma mais visível, deixando explicita a presença da globalização e seus antagonismos.
III – PARA NÃO CONCLUIR
	As considerações do autor se voltam mostrando que o grande desafio da Amazônia refere-se à sua gestão enquanto mediadora das questões econômica, política e social da região num modelo envolvendo diferentes relações no espaço geográfico, tanto local, nacional ou global, assim como em relação aos interesses, viabilizando formas para se manter a preservação e realizar a sua exploração, levando-se em consideração a biodiversidade e a sócio diversidade, e observando o sistema de apropriação das fontes energéticas não renováveis da região, além de outros recursos existentes.
	É possível concluir que a Amazônia está sim inserida no contexto global, e que apesar da preocupação mundial em relação ao ecossistema preservado, o sistema extrativista ainda deixa muita sequela para a sociedade local, pois a sonhada fonte de recurso para a humanidade, de acordo com o modelo capitalista de acumulação, não tem levado em consideração os amazonidas, onde parte dessa sociedade é excluída desse cenário. 
Diante desse contexto, pode-se dizer que a globalização na Amazônia ainda é um grande desafio, principalmente para a população local, pois muitas são as contradições existentes, onde parte da região está inserida economicamente no sistema globalizado enquanto outras na própria região encontra-se em completo atraso.

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