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Por que as pessoas agem de determinadas maneiras e não de outras? Por que algumas ações são condenadas no seu modo de ser? Sua conduta segue quais princípios e valores? Tais como “isso não é ético, aquela pessoa não tem ética”. Esses foram alguns questionamentos que fiz ao ler o livro de Marilena Chauí ”Convite à Filosofia” e o artigo de Enrico Berti “A ética dos antigos e a ética dos modernos”. Os textos nos trás diferentes concepções acerca da ética e da moral inseridos nos valores, sentimentos, conhecimento e da ciência. As diferentes visões dos filósofos ao longo se complementam e são trazidas por Chauí de forma leve e de fácil entendimento, enquanto Berti chega ser mais complexo.
No primeiro, Sócrates pensando sobre o comportamento humano analisou que quem é justo e bom seja mulher ou homem é feliz, e o injusto infeliz, para ele, não era possível que o homem bom sofreria algum mal. Platão observou que o que nos destrói é a injustiça, o excesso e a falta da razão. Para Aristóteles a sociedade é uma espécie de comunidade visando alcançar algum bem. 
No segundo, Berti nos traz as diferentes concepções da visão antiga: Sócrates com o intelectualismo ético baseando-se na virtude como a perfeição moral e a ciência como conhecimento do bem, Platão tendo o conhecimento como a virtude suprema destacando a existência dos conflitos psíquicos das 3 almas (a cobiça o impulso e a razão), já Aristóteles liga a perfeição moral a inteligência e ao caráter. Na concepção moderna Hume reconhece os sentimentos como única força capaz de conduzir a ação, os sentimentos de repugnância e aprovação, Kant tem na razão prática a fonte da moralidade, a lei moral, “para se ser bom é necessário possuir uma boa intenção”.
Já a ética no cristianismo possui uma característica absoluta fundamentada na crença de um Deus infinitamente perfeito que almeja que os homens sejam bons de acordo com a perfeição imutável da sua própria natureza. Segundo Chauí, desta forma, originaria o fato de que a vida ética dos cristãos não se definisse por suas relações sociais, mais sim, por uma íntima relação espiritual diretamente com Deus.
Com base nas leituras e discussões em aula percebi que a ética provém da idéia de valores, e por sua vez desenvolve-se a partir das indagações socráticas e das classificações aristotélicas, que ao longo foram aprimoradas pelos sofistas, pelos pensadores helenistas ate chegar à reestruturação feita pelo cristianismo. 
Diante das discussões e as diferentes visões dos filósofos, assim como o colega Alenilson, identifico-me em certo ponto com as idéias defendidas por Hume, o mesmo nos apresenta as paixões (sentimentos) como fator determinante das ações humanas, rompendo com a tradição racionalista que apontava a razão como a base de nossos atos e deveres para ele o entendimento humano está submetido à experiência que é à base de todo conhecimento. Além disso, é importante perceber que o seu pensamento não acaba por se tornar irracionalista; ele não abandona por total a razão vê nela, a fonte do entendimento e da reflexão. Não acredito que haja uma divergência entre as paixões e a razão ambas se complementam, acredito que a confusão está no acompanhamento/ligação dos termos, ou seja, uma paixão não é irracional ou falsa, apenas as crenças que lhe está ligada que é passiva de erro.

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