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Finanças Pessoais - Trocando em Miúdos (Louise Novais)

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ÍNDICE
 
 
INTRODUÇÃO - 03
PRIMEIRO LIVRO. PRIMEIRO CHOQUE - 04
OUTROS APRENDIZADOS - 06
DIMINUIÇÃO DE GASTOS - 09
AUMENTO DE RENDA - 14
CONSELHOS RECORRENTES, NA MAIORIA DOS LIVROS DE
FINANÇAS - 16
NÃO SÃO INVESTIMENTOS - 18
CONCLUSÃO - 19
AGRADECIMENTO - 20
INTRODUÇÃO
 
Sou uma pessoa prática. Até na escolha dos livros que leio. Gosto de
livros que me propiciem refletir sobre a minha realidade e melhorá-la. Gosto
de entrar em contato com ideias que possam ser implementadas na minha
vivência diária. Por isso, já li muito e continuarei lendo sobre casamento,
criação de filhos e finanças.
Confesso que esse último tema despertou meu interesse apenas
recentemente; mas com tanta intensidade, que sorvi e apliquei inúmeras ideias
que revolucionaram a minha forma de tratar o assunto e, consequentemente, as
minhas economias.
Nesse ínterim, investi dinheiro e tempo na aquisição e leitura criteriosa
de muitos livros; fiz cursos online pela Fundação Getúlio Vargas; promovi
mudanças na minha casa; diversifiquei os investimentos; e ainda fiz cadastro
para poder comprar e vender títulos públicos. Digo isso não para me exaltar,
mas para dizer que vale a pena buscar novos e edificantes conhecimentos, e
agir com base neles.
Há um ditado, cuja autoria desconheço, que foi um divisor de águas em
minha vida: “O bom é melhor do que o ótimo.” Alguém poderia pensar: “Que
tolice! É claro que o ótimo é sempre melhor do que o bom!” Depende. É
melhor um ‘bom’, efetivamente, executado a um ‘melhor’, que não sai do
papel.
Assim, você que está lendo este livro, saiba que não se trata da mais
elaborada teoria sobre finanças já escrita, mas, com certeza, você tem em
mãos uma história real e bem sucedida de alguém que trocou em miúdos uma
parte do complexo mundo financeiro. Essa é a minha história de finanças
pessoais. Espero que ajude a melhorar a sua. Não prometo, neste pequeno e-
book, os “anéis de Saturno” das finanças, ou seja, o melhor das teorias mais
complexas – até porque as desconheço. Mas certamente compartilho com você
lições simples, que, uma vez colocadas em prática, podem gerar resultados
surpreendentes. Palavra de quem já saiu da teoria para a ação.
PRIMEIRO LIVRO. PRIMEIRO CHOQUE.
 
O primeiro livro sobre finanças pessoais a gente nunca esquece. Tinha
acabado de receber o salário e fui, com minhas filhas, para a nossa compra
mensal de livros. Um livro de capa rosa chamou a minha atenção. Era o
“Bolsa blindada”, de Patrícia Lages (cuja leitura recomendo).
Isso foi de tardezinha. Na manhã seguinte, seguindo sugestão da autora,
eu já estava com uma planilha impressa, onde constavam todas as minhas
despesas mensais, a fim de anotar, a partir dali e durante, pelo menos os três
meses seguintes, tudo, absolutamente tudo, o que eu gastasse. Xérox? Anotava.
Padaria? Anotava. Moeda para o “flanelinha“? Anotava. Assim, ao final desse
período, obtive uma preciosa informação: agora eu sabia onde estava cada
centavo do meu salário e a média de gastos com cada item.
Inclusive, o primeiro choque com a planilha também foi inesquecível.
Descobri que eu estava gastando muito, imagina só: com a padaria. “Nossa“ –
você deve pensar - “vai gostar de pão assim, lá longe“. Ocorre que o custo
alto não advinha do pão, afinal, atualmente, nem só de pão vive a padaria. As
padarias tornaram-se verdadeiros minimercados, mas com maxipreços. Eu
estava cometendo o erro de fazer minifeira na padaria (um pacote de café, um
de açúcar, um queijo, etc). Isso sem contar as aquisições extras de itens típicos
do lugar, tais como, canjica, bolo e sequilhos.
Após essa constatação, as refeições da manhã e da noite passaram a ser
mais baratas e, pasme, mais saudáveis: inhame, aipim, vitamina, cuscuz e
outros. Bom para o bolso e para o corpo, afinal, lugar de fazer feira é o
mercado; e o de comprar pão é a padaria.
Sugiro até que pare a leitura agora e faça uma planilha no computador,
ou anote em um caderno todas as suas despesas mensais. Imprima ou escreva a
mesma planilha três vezes. Ande com esse papel na bolsa ou na carteira, a
partir do dia em que você receber o primeiro dinheiro do mês. Vá anotando
tudo o que pagar, mas tudo mesmo até quando receber o último pagamento
mensal. A partir daí comece a usar uma planilha nova. Faça isso por três
meses. Ao final desse tempo, pegue as três planilhas e analise os seus gastos.
Veja o que pode ser cortado; veja o que pode ser reduzido.
 Quanto à feira de mercado, tomei algumas atitudes. Antes eu ia ao
mercado sem saber que itens estavam faltando ou sobrando da feira anterior.
Hoje em dia, anoto todos os itens que ainda estão na despensa e só compro o
que está faltando.
Durante três meses, fiz feira em três diferentes supermercados, sempre
anotando todos os preços, até descobrir qual deles, em linhas gerais, era o
melhor em diversidade e qualidade dos produtos; menores preços; e melhor
custo/benefício em termos de deslocamento.
Antes eu usava o melhor sabão em pó tanto para lavar roupas, como
para lavar o banheiro e o chão. Agora compro o melhor para as roupas e um
inferior para chão e banheiros. Parece bobagem essa economia de poucos
reais, mas, em finanças, considera-se muito a passagem do tempo. Assim,
nessa feira eu posso ter economizado R$3,00 (três reais), mas em doze feiras
ao longo do ano, em um único produto, deixo de gastar R$36,00 reais. 
Começar a organizar as finanças não depende de conhecimentos
financeiros específicos, mas de atitude.
OUTROS APRENDIZADOS
 
 Apesar de não ter um perfil consumista, cometi erros na
administração do meu dinheiro que, hoje, considero infantis.
Um desses erros foi pagar a fatura do cartão de crédito, em alguns meses,
pelo valor mínimo. Absurdo! Maluquice mesmo! Era melhor ter feito um
empréstimo consignado (vez que sou servidora pública e os juros são
menores) e ter quitado a fatura, a ter pago os escorchantes juros de cartão de
crédito. Por falar em cartão de crédito, descobri que não sei usar, cortei-o em
pedacinhos e passei a fazer minhas compras à vista.
Outro erro foi manter dinheiro na poupança, mesmo quando minha conta
corrente estava um pouco no vermelho. Ou seja, o banco me remunerava com
centavos sobre o que eu poupava, e, me cobrava dezenas de reais sobre o que
eu devia. Aprendi que minha conta corrente não pode ficar negativa em nem
um centavo. 
O maior problema, como se vê, não é errar. É permanecer no erro. É não
buscar alternativas. É se conformar com a situação indesejada em que se vive.
Quando se trata de finanças pessoais verifiquei a existência de alguns
estágios. Primeiro estágio é quando se está endividado. Segundo estágio é
quando se está em equilíbrio. Terceiro estágio é quando sobra e se coloca na
poupança. Quarto estágio é quando se aprende a investir. Passei por todos e
posso comentá-los, de forma sintética.
1) DÍVIDA – existem várias formas de se quitar uma dívida. Aumentar
a renda e/ou diminuir os custos. Trocar uma dívida de juros maior por
uma de juros menor (ex.: se você tem uma dívida enorme junto à
operadora de cartão de crédito, e é servidor público, é melhor tomar um
empréstimo consignado, no estrito valor da dívida, e quitá-la, pois os
juros do crédito consignado são infinitamente menores. Se você não for
servidor público, converse com o gerente da sua conta, pois também há
uma linha de crédito mais barato em algumas situações). Há, ainda, a
possibilidade de renegociar e parcelar as dívidas, ou, também, vender
algum bem para eliminá-la. De qualquer forma, após a quitação da
dívida, não custa lembrar alguns ditados tão populares, quanto certeiros:
“coloque o pé no chão”; bote o chapéu onde sua mão alcança”; “volta pra
terra, terráqueo”.
 
2) EQUILÍBRIO – quando se fala em administração das finanças, o
equilíbrio não é “o melhor dos mundos”. Pois nada deve, mas, também,
nada poupa e nada investe. Tenho buscadoo desequilíbrio positivo em
finanças, ou seja, os meus gastos mensais devem ser menores do que os
meus ganhos mensais.
 
3) POUPANÇA – Primeiro é preciso evitar a confusão entre poupar e
ter conta-poupança. Conta poupança será tratada no próximo tópico.
Poupar é, simplesmente, guardar a sobra. Até quem guarda dinheiro no
colchão está nesse nível, porque, ao invés de gastar tudo o que ganha,
poupa, economiza uma parte.
 
4) INVESTIMENTO – Existe o chamado rendimento ativo e o
rendimento passivo. Obter um rendimento de forma ativa significa dizer
que a minha presença é indispensável à consecução daquela renda. Ex.:
empregados, profissionais liberais etc empregam sua força de trabalho e
auferem um rendimento mensal. Já o chamado rendimento passivo
dispensa a presença do interessado. Como assim? Vou, como o livro se
propõe, trocar em miúdos. Quando eu coloco dinheiro no banco, em
alguma aplicação, o dinheiro trabalha para mim. Obtenho rendimentos
sem que a minha presença seja necessária. Os juros compostos trabalham
para mim.
E, por falar em juros compostos, há uma frase atribuída a Einstein,
muito interessante: “Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo”.
Para quem não entende de juros vou tentar explicar de forma fácil, dentro do
que nos interessa aqui.
Há juros simples e juros compostos. Juros simples funcionam assim: a
minha eterna referência para os juros será apenas o que eu depositar. No
sistema dos juros compostos, a conta é diferente, porque a minha referência
vai ser o que tinha e o que eu depositar. Trocando em miúdos: os juros
incidirão não apenas sobre o que eu depositar, mas sobre o todo o montante
que já rendeu juros. Por isso o nome de juros compostos: são juros sobre
juros. Já imaginou? Alguém já disse que “as pessoas se dividem entre as que
pagam juros e as que recebem juros”. De que lado você quer ficar?
Segundo estudiosos, uma dívida rolada no cheque especial dobra de
valor em menos de um ano, e uma dívida rolada no cartão de crédito dobra de
valor dentro de seis meses. O poder do dinheiro lembra a energia de um
cavalo bravo: domine-o antes que ele o derrube. Assumir as rédeas da sua
vida financeira ocorre um pouco de cada vez. Mês a mês, você começa a
adquirir um hábito.
 Atualmente, devido ao estudo de finanças pessoais e aplicação das
ideias apreendidas, saí do estágio 3 (poupança), para o estágio 4
(investimento). Assim, ganho dinheiro quando corto gastos; quando compro à
vista com ótimos descontos e quando incidem juros sobre minhas aplicações
financeiras. Mas ainda não me considero expert em finanças pessoais, é claro.
Prossigo estudando e economizando para talvez, algum dia, poder investir na
Bolsa de Valores; alcançar os valores que me permitam aplicar em melhores
fundos de investimento; ou em Letras de Câmbio Imobiliárias e/ou partir para
o caminho do empreendedorismo.
Para quem tem interesse em investir de logo, na Bolsa de Valores,
indico que comece seus estudos, com a leitura das páginas 165 a 169 do livro
“12 meses para enriquecer”, de Marcos Silvestre (5ª reimpressão). Será a
estratégia que eu adotarei, quando começar a investir na Bolsa de Valores.
Outro aprendizado impagável, é FUJA DE FINANCIAMENTOS. Pagar
à vista é sempre um negócio melhor, desde que se consiga desconto. Só para
que fique bem claro, trago um exemplo colhido no livro Casais Inteligentes
Enriquecem Juntos, de Gustavo Cerbasi, em que na compra de um mesmo
carro, a diferença entre quem economizou e comprou a vista e quem financiou
foi superior a R$4,000,00 (quatro mil reais).
Assim, depois das diversas informações sobre juros compostos,
comecei a me arrepiar toda vez que ouço a palavra ‘financiamento’. Concordo
com Marcos Silvestre, autor de “12 meses para enriquecer”, quando diz que
“não há prazer de consumo que se compare à satisfação de levar para casa
algo que está completamente pago, sem nenhuma dívida pendurada.”
DIMINUIÇÃO DE GASTOS
 
Há, pelo menos, duas formas de se chegar ao estágio de investir com
regularidade:
 
1) Diminuir os gastos; e/ou
2) Aumentar a renda.
 
Vou compartilhar com você medidas simples, mas eficientes, para
economizar, sem fazer apologia à avareza, evidentemente.
 
ÁGUA - Fechei um pouco o registro que libera água para a pia onde os pratos
são lavados. Os pratos continuam sendo bem lavados, mas não há aquele
exagero de água sendo desperdiçado. Também nada de banhos demorados: faz
bem ao bolso e ao meio ambiente.
 
CARTÃO DE CRÉDITO E CHEQUE ESPECIAL – Há algum tempo descobri
que não sabia usar cartão de crédito. A fatura sempre era uma surpresa –
desagradável, diga-se de passagem. Como disseram Navarro e Massaro, (no
livro “Dinheiro é um santo remédio”), eu tinha “mais medo de abrir a fatura do
cartão do que o resultado de um exame”. Assim, quebrei o cartão, quitei as
dívidas e passei a rasgar (antes de ler), toda correspondência que chega à
minha casa oferecendo cartão de crédito.
Atenção: nunca, jamais, em tempo algum, pague apenas a fatura mínima
do cartão de crédito, nem empreste o seu nome para alguém obter empréstimo.
Pague todas as contas em dia.
Consegui administrar muito bem o talão de cheques, então é esse que
uso quando, excepcionalissimamente, pago alguma conta sem ser à vista.
Assim, apenas uso o talão de cheques para pagar as mensalidades das escolas
das meninas, a fim de não precisar portar esses valores todo mês, evitando,
portanto, o risco de perda em um assalto. Então, no início de cada ano, entrego
na tesouraria da escola os cheques de todo o ano, e, no decorrer de cada mês,
vou monitorando. Outra coisa: nunca saio com talão de cheques na bolsa.
Apenas com o cartão de débito. Dessa forma evito algumas das mais
conhecidas armadilhas de vendedores: “Só hoje”; “promoção relâmpago”, etc.
Inclusive, pedi à gerente do meu banco que diminuísse o limite do
cheque especial. Só não pedi para eliminar porque o cheque especial é melhor
aceito nos estabelecimentos. Mas já consegui que ficasse o mínimo possível
para se manter especial. Por aí se vê que não tenho a menor intenção de usá-
lo. O dinheiro do limite não é meu!! É do banco e ele cobra horrores para
emprestá-lo! Ademais, devo aprender a viver dentro das minhas
possibilidades. Se estou insatisfeita com minha renda, vou investir na minha
carreira ou empreender, ou buscar um emprego melhor ou fazer qualquer outra
coisa – lícita – para aumentar minha renda. Se minha renda é boa e eu é que
estou gastando demais, devo colocar meus pezinhos no chão.
 
CELULAR – gosto muito do meu plano de celular, chamado de “controle”.
Tenho um em que pago apenas R$30,00 por mês, e falo com meu marido,
minha mãe, meu pai, meus dois irmãos, minhas três cunhadas, uma tia, um
sobrinho e uma colega que é peça-chave na repartição – todos com quem mais
converso no celular, sendo que a maioria mora em lugares diversos do Brasil!!
 
CINEMA – melhor ir ao cinema no meio da semana, quando os preços são
menores.
 
DELIVERY – geralmente as entregas (pizzas, remédios), custam cerca de
R$4,00 a R$5,00. Você pode, por exemplo, ligar para prepararem a pizza e ir
buscá-la. Ainda no caso de pizzarias, temos pedido pizza sem refrigerante.
Tomamos o suco que tiver em casa. É mais saudável e mais barato.
 
ENERGIA – desde pequena fui ensinada a desligar a lâmpada quando saía de
qualquer ambiente. Aqui em casa já é assim há muito tempo.
 
IDAS AO SHOPPING CENTER – Conta-se que Sócrates gostava de andar
pelo comércio de Atenas, dizendo a quem lhe queria vender algo, que “estava
apenas observando quanta coisa existe e das quais não precisava para ser
feliz”. Se puder, diminua as idas ao Shopping Center. Se não puder, faça como
o sábio filósofo.
 
IPTU – procure saber se a sua cidade oferece desconto no IPTU do próximo
ano, com base nas notas fiscais de serviço que você usufruir durante o ano
anterior. Aqui em Feira de Santana (Bahia),isso acontece. Assim, já efetuei
meu cadastro junto à Prefeitura, podendo obter duplo desconto: o do
pagamento à vista e o daquele gerado pelas notas fiscais eletrônicas.
 
PECHINCHAR – recentemente, eu e meu marido fizemos três matrículas, num
curso de inglês: a minha e a de nossas duas filhas. Como pretendíamos pagar à
vista, pedimos um desconto. O desconto foi bom, mas, depois que aprendi
algumas dicas financeiras, não me atenho mais ao vendedor ou à recepcionista
que me atende. Pedi para falar com o gerente. Expliquei a ele que estávamos
efetuando três matrículas e à vista. Conclusão? O desconto ficou melhor! Não
tenho vergonha de pechinchar, pois se eu não defender o suado dinheirinho da
minha família, quem irá fazê-lo?
 
PRESENTES NA ESCOLA DAS CRIANÇAS – assim como os gastos na
padaria, a compra de presentes para todos os coleguinhas que fazem
aniversário pode representar uma elevadíssima soma em dinheiro, mas que a
gente não percebe facilmente. São R$30,00 (trinta reais) aqui, R$35,00 (trinta
e cinco reais) acolá e, imaginando-se duas filhas, cada qual com, no mínimo,
vinte colegas, percebe-se que algo deve ser feito para amenizar essa conta.
Implantei algumas estratégias simples, mas eficientíssimas:
a) Quando há promoção em lojas de brinquedos, compro vários
presentes unissex, por metade ou até um terço do que compraria se fosse
comprar na véspera do aniversário; e
 
b) Descobri que as colegas de minha filha gostam de pulseirinhas cheias
de bichinhos (golfinhos, estrelas, corações). Assim, antes de as aulas
começarem, compro algumas e deixo guardadas. São lindas e baratas.
Como se pode ver, não estou sugerindo que se dê de presente qualquer
“porcaria”. Se assim for, é melhor não dar nada. Economizar não é ser
avarento. Dentro da minha realidade, escolho bem os presentes. Sei que as
crianças vão gostar. E o que é mais importante aqui: meu bolso também
agradece.
 
PROPAGANDA – é isso mesmo: economize em propagandas! Quanto menos
tempo você ficar em frente à televisão, menos sofrerá o bombardeio das
empresas de marketing - altamente treinadas - que usam vários artifícios a fim
de que você compre isso ou aquilo.
Não desafie o poder da mídia. Mostre a ela que o controle remoto está
do lado de cá da tela. E, após isso, não se preocupe se você não está
“antenada” com as últimas tendências da moda. Tudo bem, reconheço que não
sou nenhuma fashionista, mas, por outro lado, como diz Caetano Veloso, “cada
um sabe a dor e a delícia de ser o que é.” Lembre-se de que nenhum ator, atriz,
programa de TV ou profissional do marketing paga as suas contas.
Outra coisa: Gisele é Gisele. Você é você. Aquela roupa ou maquiagem
não transforma ninguém na modelo mais linda (e bem paga) do mundo. Como
diz o provérbio popular, e com todo o respeito, “galinha que acompanha pato
morre afogada”. Nesse caso, em dívidas. Vista-se com moderação e fique em
paz.
Falo de propaganda com a autoridade de quem só assiste à programação
da TV aberta, de quatro em quatro anos. Ligamos a TV durante a festa de
abertura e encerramento da Copa do Mundo e durante os jogos do Brasil.
Mesmo assim, deixamos a TV desligada durante o intervalo. E sabe por quê?
Por dois motivos:
1) Grande parte da programação da TV aberta não melhora em nada
a minha vida e a da minha família; e, ainda,
2) Tenho coisas infinitamente melhores para fazer.
 
RESTAURANTE – eu e minha família almoçávamos fora todo domingo. O
custo médio da refeição girava em torno de R$70,00 (setenta reais). Se
fizéssemos a refeição em casa, o custo seria em torno de R$30,00. Parei para
fazer a conta: estamos economizando R$40,00 por domingo; R$160,00 por
mês; R$1.920,00 por ano e R$19.200,00 em dez anos (tudo isso, sem
considerar a incidência dos juros compostos a meu favor).
 
SALÃO DE BELEZA – se você faz unha toda semana, pode economizar,
fazendo a cada dez dias. Assim, você economiza R$10,00 por mês, se for só
mão, ou R$20,00 por mês, se for mão e pé. Por ano, só no salão, economiza
R$120,00 ou R$240,00. Sugestão: pintar a unha com cores claras aumenta a
durabilidade da sensação de unha feita. Lembrando que alguns salões de
beleza cobram um preço menor de terça a quinta-feira.
 
SATISFAÇÃO AOS OUTROS – isso mesmo! Economize bastante não dando
aquela festa só para impressionar; não comprando aquele carro, só porque o
vizinho comprou, etc.
 Vou dar um exemplo da minha vida. De antemão, confesso que ter
ouvido sobre a lenda do bambu chinês me ajudou muito e compartilho aqui
com você:
 
“Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada,
absolutamente nada, por 4 anos – exceto o lento desabrochar de um diminuto
broto, a partir do bulbo. Ao longo desses 4 anos todo o crescimento é
subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raízes que se estendem
vertical e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano, o bambu
chinês cresce, podendo atingir de 25 a 30 metros de altura“.
 
Eis o testemunho: casei-me com um servidor público de carreira bem
remunerada. No primeiro ano de casamento, também fui aprovada para um
bom cargo público. Morávamos numa quitinete comprada por meu marido.
Não tínhamos carro no primeiro ano de casamento. Durante os cinco primeiros
anos de casamento, levamos uma vida “franciscana”. Do trabalho para a
faculdade; da faculdade para casa; da casa para a igreja. Exceto a compra de
um carro e uma viagem de uma semana para a França, não costumávamos fazer
gastos extras. Até que, no meu trabalho, através de brincadeiras, começaram
as cobranças: “Vocês fazem o quê com o dinheiro?” “Porque não trocam de
carro?”, etc. Como eu conhecia a lenda do bambu chinês, não me submetia às
expectativas e, para dizer a verdade, divertia-me com as conversas em torno
desse assunto.
 Falo do bambu chinês porque sabíamos o que estávamos fazendo com
o dinheiro. Durante cinco anos (será coincidência?), nada apareceu. Até que,
no final do quinto ano, compramos um dos melhores apartamentos da cidade
(um por andar), praticamente a vista, e um outro carro novo (devido a
necessidades do trabalho), e ainda contratamos uma empregada doméstica sem
que isso representasse qualquer endividamento.
 Como se vê, quando falo em economizar na satisfação que damos aos
outros; economizar em fazer e adquirir as coisas só para impressionar, não
estou pregando “voto de pobreza”. Mas que se faça algo que esteja dentro da
sua condição; e, mesmo assim, que faça porque precisa e porque quer fazer.
Quem ama você de verdade – aquela pessoa com quem você pode contar e que
pode contar com você – vai lhe dar valor pelo que você é. Não pelo que
ostenta.
AUMENTO DE RENDA
 
Sobre aumentar a renda, há diversas ideias, geralmente em torno da
busca por melhor qualificação e do empreendedorismo. Outra forma é
começar a poupar e a investir, com regularidade, fazendo com que o dinheiro
trabalhe para você. Por ora, a minha ênfase tem sido nesta última estratégia,
enquanto me qualifico cada vez mais e, quem sabe, comece a empreender.
Nesse tópico, de acordo com meu compromisso inicial, apenas vou falar
do que testei, lembrando que investir é um constante aprendizado e, se hoje
você só dispõe de R$1,00 (um real) para investir, comece a investir. É como
exercício físico: na primeira semana dói um pouco, mas, se você perseverar, a
“ferrugem” vai soltando, você vai dando passos mais largos e se sentindo
melhor.
 
PGBL - Até eu começar a estudar sobre finanças, nem eu, nem meu marido
tínhamos plano de previdência privada. Um erro terrível, considerando o
nosso perfil, vez que ambos fazemos a declaração de imposto de renda pelo
modelo completo e temos retenção de imposto de renda na fonte.
Assim, fiz meu plano de previdência, incentivei meu marido a fazer o
dele e, se os números estiverem certos, nossa próxima restituição de imposto
de renda, será, no mínimo, duas vezes maior.Mas atenção: só vale a pena
investir no PGBL até 12% da sua renda anual e, mais importante, ainda:
reinvestir o dinheiro da restituição. Caso contrário, ou seja, se usá-lo para
consumo, ele se mostra pior do que a poupança, devido à incidência de
imposto de renda e outras taxas.
Quanto à escolha do plano de previdência que mais se adequava ao meu
perfil, li alguns livros e, a par dessas informações, mandei inúmeras perguntas
para o chat do Banco onde tenho conta. Recomendo esse caminho o mais
rápido possível, pois, como disse Luís Carlos Ewald, (no livro “Sobrou
dinheiro”), “de mês em mês se chega a um ano, e de ano em ano se chega ao
momento de aposentar”. Se o seu perfil é diferente do nosso, pesquise sobre
VGBL. (Vida Gerador de Benefícios Livres).
 
FUNDOS - Pesquisei durante horas todos os tipos de Fundos de Investimentos
oferecidos pelo Meu Banco (“Meu” porque ele – agora – trabalha para mim).
Observei taxa de administração, rentabilidade média, cobrança de imposto de
renda, valor inicial exigido e liquidez. Escolhi três tipos, sendo um deles
multimercado. Embora festejado por alguns autores, é preciso ter ”estômago”
para as flutuações dos fundos multimercados. Ainda não é o meu perfil, então,
saquei o dinheiro e me restringi aos outros dois Fundos de Investimento, que
têm um perfil mais conservador.
 
TESOURO DIRETO - Cadastrei-me no Tesouro Direto, junto ao Meu Banco.
Há inúmeras outras corretoras – algumas até que nem cobram para fazer a
intermediação e todas cadastradas junto à BM&F-BOVESPA. Mas escolhi o
Meu Banco pela menor burocracia e confiabilidade. Um investimento
excelente para quem tem perfil conservador e não pretende usar o dinheiro
por, no mínimo, três anos. São títulos emitidos pelo Governo, para financiar a
dívida interna. Alguns são pré-fixados; outros variam pela SELIC, outros pelo
IPCA, etc. Algumas espécies geram dividendos, outras não. Há informações
em vários sites confiáveis sobre como aplicar no tesouro direto, por exemplo:
Receita Federal, BM&F-BOVESPA, Caixa Econômica Federal, etc. Inclusive,
com menos de R$200,00 (duzentos reais), já se pode aplicar no tesouro direto.
 Vale destacar a importância de se estabelecer metas. Não devo
poupar por poupar; investir por investir.
Tenho observado, em casais próximos, uma queda no padrão de vida,
quando os filhos começam a frequentar faculdade particular na mesma cidade;
pública ou particular em cidade distinta. Não quero passar por isso. Quero ter
um padrão de vida equilibrado até minhas filhas entrarem na faculdade e
enquanto elas lá estiverem, e depois que elas se formarem, e até o fim da
minha vida.
Não quero viver nababescamente agora, e ver meu padrão de vida
despencar quando tivermos que fazer frente a despesas como essas. Inclusive
já foram abertas cadernetas de poupança para as meninas, visando os estudos
superiores. Nota: uma tem doze anos e a outra tem sete. Na verdade, se eu
tivesse lido esse livro que está em suas mãos, há, pelo menos, doze anos,
minhas filhas teriam essa caderneta desde o nascimento. Mas, antes tarde do
que nunca.
Outro grande objetivo é poder me aposentar no primeiro dia em que for
possível, sem ter que lamentar a perda dos “penduricalhos” no salário. Como
fazer isso? Auferindo uma renda extra advinda dos rendimentos das aplicações
feitas até lá. Faltam quase 16 anos. Dá tempo. Planejo obter renda suficiente
para pagar minhas contas mensais, sem que eu me veja na obrigação de
trabalhar para isso.
Conquistar essa independência financeira não significa,
necessariamente, que pararei de trabalhar. Poderei trabalhar apenas fazendo
coisas das quais goste muito.
Note que podemos estabelecer ainda, metas de curto ou médio prazo,
como, por exemplo, viajar ao exterior em 2016; comprar o próximo carro à
vista; adquirir uma cadeira de massagem em 2020; poder ajudar os pais na
velhice; etc. As metas são importantes, porque “não há bons ventos para um
barco que não sabe aonde quer ir”.
CONSELHOS RECORRENTES, NA MAIORIA DOS LIVROS DE
FINANÇAS
 
Quando se lê vários livros de finanças pessoais em sequência, pode
parecer enfadonho encontrar alguns conselhos repetidos pela maioria dos
autores. Mas, ao invés de achar chata a repetição, entendi que a ênfase faz
muito sentido. São verdadeiras preciosidades. Informações que, pelo seu
valor, merecem ser analisadas de forma um pouco mais detida.
 
PRIMEIRA MÁXIMA - “Gaste menos do que ganha e invista a diferença.”
Não importa tanto o quanto você ganha, mas como você gasta, poupa,
investe. Se, a princípio, você pode economizar R$10,00 (dez reais) por mês,
economize R$10,00 por mês. Essa postura já vai colocar os juros compostos
trabalhando para você e deixá-lo predisposto a perceber e agarrar
oportunidades de eliminação de dívidas, de diminuição do consumo e aumento
de renda.
 
SEGUNDA MÁXIMA - “Pague-se a si mesmo, primeiro”.
A maioria das pessoas tende a pensar da seguinte forma: “se sobrar
dinheiro, eu guardo...ou coloco na poupança...ou invisto.” Na verdade, a
lógica, nas finanças pessoais, é a seguinte: quando recebo meu dinheiro, a
cada mês, em primeiro lugar, invisto em mim. Mas, muita calma nessa hora!!!
Não significa sair correndo para o salão de beleza mais próximo.
Pagar-se a si mesmo quer dizer que devo, primeiro, investir em minha
aposentadoria, ou em meu sonho de ter o carro x, ou a casa Y, ou o pagamento
da faculdade dos meus filhos, sem que isso abale o meu padrão de vida no
futuro.
No meu caso, especificamente, como sou cristã, fiz uma adaptação do
ditado. No dia em que recebo o meu salário, devolvo o dízimo e, em segundo
lugar, pago a mim mesma, distribuindo o valor possível para cada
investimento.
Considero cada investimento como uma conta a pagar. Para isso, faço
uma conta simples: somo todas as despesas fixas do mês, (tais como escola,
cursos, condomínio, etc) com as despesas variáveis (tais como feira, água,
energia, combustível, etc). Como sei a média desses gastos variáveis? Através
daquelas três primeiras planilhas (lembra?). Acresço um certo valor para
despesas extras, como pizza, algum evento na escola das meninas, as frutas da
semana, etc. Assim, com uma estimativa das minhas despesas mensais, já sei,
de antemão, quanto sobrará no final do mês. Ocorre que não deixo para poupar
ou investir no final do mês...quando sobrar. Como já sei quanto poderei
investir, invisto logo. Assim, “pago” a aplicação em fundos de investimento;
“pago” o PGBL; e “pago” a aplicação no tesouro direto.
Em alguns meses, em que houve uma despesa extra e alta, como dentista,
por exemplo, investi menos, mas investi. Em outros meses, em que há uma
folga, como no décimo terceiro, ou férias, invisto mais. A grande lição aqui é
considerar seus investimentos como “contas a pagar”. Pague logo.
Como diz T. Harv Eker (no livro “Os segredos da mente milionária”),
em lugar de dizer “Quando eu possuir muito dinheiro, começarei a administrá-
lo”, diga: “Quando eu começar a administrar as minhas finanças, terei muito
dinheiro.” E ainda: “Você não terá mais até provar que é capaz de lidar com o
que já possui”.
Quem não é fiel no pouco se atrapalha todo quando tem muito e, a
exemplo dos inúmeros ganhadores de loteria que hoje estão na miséria, podem
até ficar em situação financeira pior do que antes de tirar a “sorte grande”.
Para Eker, “o hábito de administrar a riqueza é mais importante do que a
quantidade de dinheiro que você tem”.
 
TERCEIRA MÁXIMA - “Nunca ponha todos os ovos em uma mesma cesta”
Essa orientação é no sentido de que não se coloque toda a sobra num
único tipo de investimento. Que se alterne entre produtos de renda fixa e
variável, ou mesmo dentro de cada uma dessas categorias.
É preciso descobrir, ainda, antes de começar a investir, qual é o seu
perfil de investidor: conservador, moderado, arrojado ou agressivo. Existem
produtos de investimentos para cada perfil. Eu,por exemplo, já experimentei e
vi que não tenho estômago para fundos multimercados - que oscilam, em parte,
motivados por variações da Bolsa de Valores.
A depender da sua idade e dos seus objetivos, vale a pena começar até a
investir na Bolsa de Valores. É o que pretendo fazer num futuro próximo. E o
farei com base nas dicas excelentes do livro “Investimentos Inteligentes”, de
Gustavo Cerbasi; e “12 meses para enriquecer”, de Marcos Silvestre (5ª
reimpressão), onde aprendi como encontrar as melhores empresas para
começar a investir (chamadas de Blue Chips ou ações de primeira linha).
NÃO SÃO INVESTIMENTOS
 
Títulos de capitalização – um dos piores produtos do mercado, se o
objetivo é ganhar dinheiro. Assemelha-se à loteria. No final, se não for
sorteado, (o que costuma acontecer), e se for respeitado o prazo de carência,
apenas lhe é devolvido o que você depositou, menos as taxas devidas.
 
Consórcios – É melhor abrir uma poupança com a finalidade específica
de comprar um carro e comprá-lo a vista e com desconto.
 
“Caixas entre amigos” – é aquela modalidade em que um grupo de
amigos paga durante alguns meses e cada um é sorteado a cada mês, para
receber o valor total. Fiz as contas, para um grupo de 12 colegas, do qual eu
pretendia participar:
a) Se forem parcelas fixas, você vai receber, na prática, menos do
que pagou – porque é preciso abater a inflação.
b) Se forem parcelas corrigidas, apenas o sexto sorteado em diante
começa a ganhar mais do que vai pagar.
Resultado: desisti de entrar no grupo que já existe há muitos anos. E se eu
explicar a eles a frieza dos números, sei que vou acabar com esse histórico
“caixa entre amigos”. Estou refletindo se tenho o direito de fazer isto.
 
Educação de filhos – investimento tem a ver com retorno. O que nós,
pais, fazemos para uma melhor educação dos nossos filhos, não devemos fazer
para nós obtermos retorno. Fazemos por compromisso e amor. É para eles.
Eles é que irão colher os frutos de uma vida estudantil otimizada.
CONCLUSÃO
Gostaria de ter lido o livro que você tem em mãos, há, pelo menos, vinte
anos. Infelizmente, sou de uma geração a quem nada foi ensinado sobre
finanças na escola, nem na universidade. Outra dificuldade é que nossa cultura
imediatista, muitas vezes, só planeja o próximo happy hour ou, no máximo, o
próximo feriadão.
A questão é que, com os avanços da medicina e maior qualidade de
vida, água potável, esgoto, etc, o tempo de vida, em média, tende a aumentar, e
quem não se preparar adequadamente – seja para a chegada de filhos;
pagamento de universidades; velhice, dentre outros, poderá se arrepender.
Cuidar das finanças tem a ver com qualidade de vida presente e futura.
Ademais, se você não administrar o seu dinheiro, quem vai fazer isso?
A propósito, após tanto se falar sobre dinheiro, dinheiro, dinheiro, não
custa nada alertar que o dinheiro não deve ser uma prioridade em nossas
vidas; um fim em si mesmo.
Dois grandes antídotos para isso são: devolver o dízimo e doar.
 
a) DEVOLVER O DÍZIMO - Digo devolver porque, na verdade, Deus
é o dono de tudo o que existe. Salmos 24,1 diz que: “Do SENHOR é a
terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” E, ainda,
no livro de Ageu, 2, 8, vemos que: “Minha é a prata, e meu é o ouro,
disse o Senhor dos Exércitos”. Assim, fica muito claro para mim, que
Deus não precisa do meu dinheiro. Eu é que preciso dizer ao meu
dinheiro – para o meu bem - que ele não ocupa o primeiro lugar na
minha vida. Pois “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de
males” I. Tim. 6, 10.
 
b) DOAR - Outro antídoto à avareza é doar. Sempre tem alguém
precisando de itens básicos para sobreviver ou cuidar da saúde. Não
vou entrar em detalhes aqui, pois há uma recomendação bíblica no
sentido de não ficarmos alardeando as nossas atitudes de boa vontade
em relação ao próximo, porque bom mesmo é Deus. A Ele a honra, a
glória e o louvor. Mas fica o registro, en passant.
Como o objetivo do livro é tratar sobre Finanças Pessoais de maneira
extremamente prática e “trocada em miúdos”, concluo este pequeno livro com
duas frases, sendo a primeira de Washington e a segunda de Peter Drucker:
1) “A disciplina é a alma de um exército; torna grandes os pequenos
contingentes...” e
 
2) “No final não quero que me digam o que aprenderam, mas sim o
que mudaram na sua vida.”
 
 
 
 
AGRADECIMENTO
 
 
A Jesus de Nazaré – meu Senhor e Salvador - sem o qual nada posso
fazer. Nada que realmente valha a pena para mim e para o meu próximo. Sei
que “a Tua graça me basta”, e que o Senhor tem sido extremamente generoso
ao me “emprestar” pessoas maravilhosas, experiências e até bens materiais,
que tornam minha curta existência nesse mundo muito melhor.
Dedico este livro ao meu marido Valfredo, a minhas filhas Luiza e Laura
e à minha mãe Linete.
 
 
 
	INTRODUÇÃO
	PRIMEIRO LIVRO. PRIMEIRO CHOQUE.
	OUTROS APRENDIZADOS
	DIMINUIÇÃO DE GASTOS
	AUMENTO DE RENDA
	CONSELHOS RECORRENTES, NA MAIORIA DOS LIVROS DE FINANÇAS
	NÃO SÃO INVESTIMENTOS
	CONCLUSÃO
	AGRADECIMENTO

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