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Citoesqueleto: estrutura, composição química e aspectos funcionais Aula 6: Teórica Considerações gerais Como deve ser o comportamento das células? 1. Devem estar organizadas no espaço; 2. Devem apresentar uma correta conformação, serem robustas fisicamente e estarem adequadamente estruturadas internamente; 3. Muitas devem ser capazes de modificar sua forma; 4. Muitas devem ser capazes de se mover de um lugar a outro; 5. Diante de processos de crescimento celular, divisão celular e qualquer mudança no ambiente: Toda célula deve ser capaz de reorganizar seus componentes internos, permitindo o deslocamento de suas organelas e vesículas. Citoesqueleto “Esqueleto das células” É formado por um extraordinário sistema de filamentos e macromoléculas protéicas diversas Fundamentais para a organização espacial das células Esses elementos estruturais constituem um conjunto dinâmico que assume aspectos diferentes, de acordo com o tipo celular e com as necessidades da célula Tipos de filamentos que compõem o citoesqueleto Filamentos de actina ou microfilamentos Microtúbulos Filamentos intermediários Filamentos de actina ou microfilamentos Todas as células eucariontes possuem a proteína chamada ACTINA Essa proteína actina é encontrada de duas formas: Actina G Forma globular ou monomérica Actina F Forma filamentosa Monômero (actina G) Filamento (actina F) Os monômeros globosos (actina G) se polimerizam formando uma estrutura quaternária fibrosa (actina F) Os filamentos de actina apresentam-se sob a forma de estruturas flexíveis e são finos com diâmetro entre 5 a 9 nm Os filamentos de actina são divididos em dois grupos: Transcelulares Cruzam o citoplasma em todas as direções, formando feixes e redes. Corticais Rede de filamentos que se localizam abaixo da membrana plasmática formando o córtex celular. Esse córtex celular reforça a membrana plasmática e participa dos movimentos celulares, como os movimentos amebóides e a emissão de pseudópodes na fagocitose. Funções dos filamentos de actina nas células: Mobilidade celular; Citocinese (divisão do citoplasma); Microvilosidades (projeções citoplasmáticas na superfície celular, envolta por membrana plasmática); Contração das células musculares. Microtúbulos São estruturas cilíndricas ocas, delgadas e longas com 24 nm de diâmetro. Cada microtúbulo é formado por proteínas chamadas de TUBULINA A tubulina é formada por duas proteínas globulares denominadas de -tubulina e -tubulina, que são ligadas por ligações não-covalentes. O arranjo das moléculas de tubulina cria 13 protofilamentos, que vão formar a parede do microtúbulo Os microtúbulos estão em constante reorganização Cresce em uma das extremidades pela polimerização dos dímeros de tubulina (extremidade mais (+)) Decresce na outra extremidades pela despolimerização dos dímeros de tubulina (extremidade menos (-)) Essa polimerização é regulada pela concentração de íons Ca2+ e por proteínas associadas aos microtúbulos Funções dos microtúbulos nas células: Participam da movimentação dos cílios e flagelos (prolongamentos flexíveis da membrana celular); Participam da divisão celular; Estão envolvidos no transporte intracelular de partículas e organelas. Filamentos intermediários São filamentos em forma de cordão com diâmetro em torno de 10nm. Esses filamentos não são constituídos por monômeros e são mais estáveis do que os microtúbulos e os filamentos de actina Uma vez formados permanecem por longo tempo no citoplasma Os filamentos intermediários são mais abundantes em células que sofrem estresses mecânicos, proporcionando resistência física a células e tecidos Atenção: esses filamentos não têm participação direta na contração celular, nem nos movimentos de organelas, ou seja, são primordialmente ELEMENTOS ESTRUTURAIS Nas células da epiderme esses filamentos se prendem a especializações da membrana plasmática, desmossomos, que unem as células umas às outras Proteínas fibrosas que compõem os filamentos intermediários e sua localização 1.Queratinas células epiteliais e estruturas como unhas, pêlos e chifres 2. Proteínas dos neurofilamentos Corpo celular e prolongamentos dos neurônios (principalmente axônios) Neurofilamentos do axônio Corte transversal do axônio 3. Proteína ácida fibrilar da Glia células do tecido nervoso (astrócitos e células de Schwanm) 4. Desmina células musculares lisas, esqueléticas e do miocárdio 5.Vimentina células originadas do mesênquima embrionário 6. Laminas A, B e C Encontrada no núcleo celular formam a lâmina nuclear, uma estrutura em grade que reforça internamente o envoltório nuclear Proteínas motoras São responsáveis pelos deslocamentos intracelulares de organelas e outras partículas Dineínas e cinesinas Causam deslocamentos em associação com os microtúbulos São divididas em dois grupos: Miosinas Podem formar filamentos e atuam em associação com os filamentos de actina Movimento celular Considerações gerais Quem são os responsáveis pela maioria dos movimentos celulares? Os filamentos de actina Os microtúbulos Proteínas motoras (dineínas e cinesinas, miosina) Como acontece a maioria dos movimentos celulares? Através do deslizamento de estruturas umas sobre as outras. Tipos: A) Deslizamento de fibrilas de actina sobre fibrilas de miosina B) Deslizamento de dineínas e cinesinas sobre os microtúbulos Mecanismo de movimentação celular mais difundido Movimentos dos cílios e flagelos e transporte intracelular CONTRAÇÃO MUSCULAR As células musculares estriadas são especializadas e apresentam uma estrutura altamente diferenciada para produzir movimento Essas células possuem forma cilíndrica alongada e assim são chamadas de FIBRAS MUSCULARES Cada fibra muscular contém um feixe intracitoplasmático de delgadas estruturas cilíndricas chamadas de MIOFIBRILAS Cada MIOFIBRILA é formada por unidades que se repetem chamadas de SARCÔMEROS Cada sarcômero é limitado por duas estrias Z (discos Z), estruturas que contêm desmina Cada sarcômero é formado por uma banda A (escura) e dois segmentos da semibanda I (clara) Os filamentos finos dos sarcômeros são formados pelas proteínas ACTINA, TROPOMIOSINA E TROPONINA Os filamentos grossos dos sarcômeros são formados por feixes de moléculas de MIOSINA Cada molécula de miosina é formada por dois longos polipeptídeos enrolados que têm a forma de um bastão longo com duas cabeças globulares em uma das suas extremidades
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