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A Sociologia de Karl Marx

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Utilização do materialismo histórico-dialético na análise da sociedade capitalista
A Sociologia de Karl Marx
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Marx é o grande analista do modo de produção capitalista (como um tipo histórico-social específico) e as possibilidades de sua superação.
O sistema capitalista é o tema da principal obra de Marx – O Capital – que está dividida da seguinte forma:
Livro I - O processo de produção do capital (1867);
Livro II - O processo de circulação do capital (1885);
Livro III - O processo global de produção capitalista (1894);
Livro IV - Teorias de Mais-Valia (1905/1910) que foram editadas por Karl Kautsky.
O AUTOR E SUA OBRA
Em Marx, a história não é fruto do “espírito absoluto” como em Hegel, mas é fruto do trabalho humano.
O estudo da sociedade começa quando tomamos consciência de que o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral (MARX, 1992, p. 82-3).
Para Marx, o estudo da sociedade deve começar sempre pela sua economia (vida material do homem), que é o elemento que condiciona todo o desenvolvimento posterior da vida social.
A vida social (ou a sociedade com um todo) compõe-se de duas dimensões:
a) Dimensão infra-estrutural (base da sociedade = forças produtivas e relações de produção);
b) Dimensão superestrutural (ou o Estado) – estruturas jurídica e político-ideológica da sociedade. 
INFRA-ESTRUTURA
(Forças Produtivas + Relações de Produção)
SUPERESTRUTURA
 (ESTADO)
FORMA ESTRUTURA JURÍDICA, POLÍTICA E IDEOLÓGICA
Elementos que compõem a infraestrutura:
O elemento fundamental da economia é o trabalho;
O processo de trabalho (pelo trabalho) envolve duas dimensões:
a relação homem/homem mediado pela natureza;
a relação do homem/homens no próprio processo de trabalho;
TRABALHO
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TRABALHO: a relação homem/homem na apropriação da natureza, na fabricação de matérias-primas e instrumentos de trabalho (ferramentas), são os meios auxiliares que o homem desenvolve e o auxiliam no processo de produção;
FORÇAS PRODUTIVAS: conjunto formado pela natureza, matérias-primas e pelos meios de produção;
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO: interações que os homens estabelecem entre si nas atividades produtivas.
Para entendermos corretamente a vida de uma sociedade é preciso acompanhar a evolução de suas forças produtivas.
São as forças produtivas da sociedade que condicionam o tipo de relações sociais que os homens estabelecem entre si.
SUPERESTRUTURA
+
INFRA-ESTRUTURA
MODO DE PRODUÇÃO
Elementos que compõe a superestrutura:
CLASSES SOCIAIS: são frutos das relações que os homens estabelecem no processo de produção. Elas surgem quando um agrupamento social se torna proprietário dos meios de produção (terra, fábrica, ferramentas etc.);
ESTADO: é um instrumento de dominação (monopólio do poder organizado) criado pela classe econômica e politicamente dominante para garantir seu domínio sobre as outras classes e frações de classes;
IDEOLOGIA: é um conjunto de falsas representações da realidade, que servem para legitimar e consolidar o poder das classes dominantes. 
ESTADO
+
IDEOLOGIA
SUPERESTRUTURA
...na sua concepção de história, as sociedades se transformam quando os homens alteram o modo como produzem
MATERIALISMO HISTÓRICO
Por meio do MATERIALISMO HISTÓRICO, Marx, elabora um modo próprio de conceber a história...
MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO (Oriente)
Ideologia
Religião do Estado
Estado
Poder centralizado: Estado teocrático militarizado (exemplo: China, Egito etc.)
Relações de Produção
Senhores X Escravos
Forças Produtivas
Propriedade estatal e escravidão
MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL (Ocidente)
Ideologia
Catolicismo romano
Estado
Poder descentralizado (exemplo: China)
Relações de Produção
Senhores X Servos
Forças Produtivas
Cultivo da terra/arrendamento
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
Ideologia
Neoliberalismo econômico resultante dos ideais burgueses. A ideia de liberdade jurídica.
Estado
Estado-nação burocratizado: estado democrático de direito.
Relações de Produção
Relações sociais de classe: capitalistas X trabalhadores assalariados (Proletário)
Forças Produtivas
Teses fundamentais da produção material/ simbólica do capitalismo:
O objetivo do sistema capitalista é o LUCRO;
O lucro é gerado pela exploração do TRABALHO HUAMANO (que produz a mais-valia).
A base do sistema produtivo capitalista assenta-se num sistema de relações sociais de CLASSES;
O trabalhador, no interior da produção capitalista, encontra-se ALIENADO (fetichismo da mercadoria).
“As relações de produção burguesas são a última forma antagônica do processo de produção social (...). Com esta formação termina, pois, a pré-história da humanidade” (KARL MARX, p. 83
MODO DE PRODUÇÃO COMUNISTA
TESE
ANTÍTESE
SINTESE
SOCIEDADE SEM CLASSES
SOCIEDADE DE CLASSES
SOCIEDADE SEM CLASSES
Modo de
produção primitivo
Modo de produção Escravista;
Modo de produção Asiático;
Modo de produção Feudal;
Modo de produção Capitalista.
Socialismo (sociedade de transição do capitalismo para o comunismo).
Comunismo (reconciliação do homem/homem e a natureza).
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MERCADORIA E DINHEIRO
O elemento básico da produção capitalista é a mercadoria (seja para o estômago seja para o espírito):
MERCADORIA
TESE
ANTÍTESE
SÍNTESE
Valor de uso
Valor de troca
Valor de usoe
Valor de troca
VALOR DE USO da mercadoria é observado através do aspecto qualitativo (material/simbólico) da própria mercadoria – é a sua capacidade para satisfazer uma necessidade humana específica;
VALOR DE TROCA é a capacidade que cada mercadoria possui de ser trocada por outra mercadoria (mercadorias diferem na quantidade).
Mas, como medir a grandeza do seu valor?
Marx adota a teoria de valor trabalho de Adam Smith onde o que determina a grandeza do valor é quantidade de trabalho ou o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de um dado valor de uso (ou mercadoria);
Assim, para Marx, o tempo de trabalho é o tempo de trabalho socialmente necessário requerido para produzir um valor de uso qualquer, nas condições de produção socialmente normais existentes e com o grau social médio destreza e intensidade do trabalho (1994, p. 56).
Para que possam ser trocados entre si as mercadorias precisam da intermediação de uma outra mercadoria – o DINHEIRO.
Assim, na afirmação de Marx, importa realizar o que jamais tentou fazer a economia burguesa, isto é, elucidar a gênese da forma dinheiro;
Para entender a origem do valor, podemos apresentá-los de três formas:
FORMA SIMPLES: uma mercadoria (x) pode ser trocada por outra mercadoria (y) – (M – D – M);
FORMA TOTAL: uma mercadoria (x) pode ser trocada por várias mercadorias (a, b, c, d, e, f etc.)
FORMA DINHEIRO: todas as mercadorias (a, b, c, d, etc.) podem ser trocadas por uma única mercadoria que serve de equivalente geral para todas as mercadorias - o dinheiro. (D – M – D);
O segredo da teoria marxiana está em demonstrar que dinheiro é mercadoria e que mercadoria (em última instância) é trabalho humano nela objetivado;
Assim, fetichismo da mercadoria é o fenômeno que acontece quando o dinheiro perde sua relação com o trabalho e parece ganhar vida própria (autonomia aparente das coisas).
O capital desvinculado do trabalho ALIENA (separa) o ser humano da produção, dos produtos do seu trabalho, de sua existência social.
Dessa maneira a alienação inverte o sentido das relações sociais:
O homem (sujeito das relações sociais) se torna objeto (coisifica-se), enquanto o mundo dos objetos (as mercadorias) tornam-se sujeitos do mundo (humanizam-se).

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