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1 Segurança do Trabalho Profº. Ricardo Cruz segurancadotrabalho@residenciasaude.com.br Tecnologia de Prevenção e Combate a Incêndios 2 A Química do Fogo Aula 01 FOGO 3 História do Fogo Um dos elementos que regem o planeta. Motivo de superstição, medo, mistério e adoração; Há 250.000 anos atrás, os primatas aprenderam a dominá-lo. Só até bem pouco tempo é que começamos a compreendê-lo. Fogo (Definição) Mistura de gases a altas temperaturas, formada em reação exotérmica de oxidação, que emite radiação electromagnética nas faixas do infravermelho e do visível. Deste modo, o fogo pode ser entendido como uma entidade gasosa emissora de radiação e decorrente da combustão. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fogo). Fogo (Conceito) • Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini- lo como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de materiais diversos. Reação Química Transformação da matéria na qual ocorrem mudanças qualitativas na composição química de uma ou mais substâncias reagentes, resultando em um ou mais produtos de reação. Combustão Reação química entre uma substância (combustível) e um gás (comburente), que em quantidade e condições adequadas são sujeitos a uma reação de oxidação fortemente exotérmica, quase sempre acompanhada da emissão de radiação. Combustão (continuação) Combustão completa Quando todos os elementos do combustível se combinam com o oxigênio. Combustão incompleta Quando a quantidade de oxigênio que entra na combustão é menor que a necessária, aparecendo nos produtos de combustão outros combustíveis (CO, H2, CO2). Radiação Aquilo que irradia: Em física, é geralmente entendido como a propagação de partículas ou ondas no espaço (preenchido ou não por matéria) a uma determinada velocidade. Qualquer corpo emite radiação, desde que aquecido a determinada temperatura. Podemos imaginar o fogo como um quebra-cabeças de três peças: Combustível, comburente (oxigênio) e calor. Se retirarmos qualquer uma destas peças, desmontamos o quebra-cabeça, ou seja, extinguimos o fogo. Conhecendo o FOGO A Reação em Cadeia é conhecida também como o quarto elemento que transforma o triângulo do fogo em Tetraedro do Fogo. TETRAEDRO DO FOGO REAÇÃO EM CADEIA COMBUSTÍVEL Combustível É todo material suscetível a entrar em combustão. Classificação do Combustível Quanto ao estado físico: Sólido Exemplos: madeira, papel, tecido etc. Classificação do Combustível Quanto ao estado físico: Líquido Exemplos: Gasolina, álcool, QAV etc. Classificação do Combustível Quanto ao estado físico: Gasoso Exemplos: metano, butano, etano etc. Classificação do Combustível Quanto à volatilidade: Voláteis São aqueles que em condições normais de temperatura e pressão, desprendem vapores inflamáveis ao ambiente. Exemplos: gasolina, álcool, éter etc. Classificação do Combustível Quanto à volatilidade: Não-voláteis São aqueles que, para desprenderem vapores inflamáveis ao ambiente, necessitam de aquecimento. Exemplos: QAV, óleo lubrificante, diesel etc. Classificação do Combustível Quanto à presença do comburente em sua estrutura: Com comburente Exemplos: Pólvora, nitratos, cloratos, celulose e os metais combustíveis. Classificação do Combustível Quanto à presença do comburente em sua estrutura: Sem comburente Exemplos: gasolina, madeira, papel etc. Comburente É todo elemento que associado quimicamente ao combustível seja capaz de fazê-lo entrar em combustão. Composição do Ar Atmosférico 78,06 % de Nitrogênio 21 % de Oxigênio 0,03 % de Gás carbônico 0,91 % de Gases raros e nobres 23 Que de 21% a 16% a chama ardia viva (temos chama); Que de 16% a 08% o pavio continuava em brasa (temos brasa); Que de 08% a 0% não havia mais vestígios de queima (não há combustão). Influência do Comburente na Combustão Colocando-se uma vela acesa dentro de uma campânula de vidro e medindo-se as porcentagens do oxigênio no interior da mesma descobriu-se o seguinte: Temperatura É o calor necessário à elevação da temperatura, para que o combustível desprenda vapores suficientes para fazê-lo entrar em combustão. 25 NORMAL - É a velocidade de combustão dos sólidos combustíveis, como o papel, fardos de algodão, troncos de madeira etc... INFLAMAÇÃO - É a velocidade de combustão dos líquidos inflamáveis, que ao emanar vapores em contato com ar ou em contato com uma chama externa inflamam-se imediatamente DEFLAGRAÇÃO - É a combustão que ocorre com grande velocidade, porém inferior à velocidade do som. DETONAÇÃO - É a combustão instantânea, isto é, com velocidade superior a do som. TIPOS DE COMBUSTÃO QUANTO À VELOCIDADE Processos da Combustão Ponto de fulgor É a temperatura do combustível, no qual ele desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas insuficientes para manter a combustão. Tº 5 ºC 10 ºC Tº 11 ºC Tº “MENOR TEMPERATURA NA QUAL UM LÍQUIDO LIBERA VAPORES EM QUANTIDADES SUFICIENTES PARA FORMAR UMA MISTURA INFLAMÁVEL E NA PRESENÇA DE UMA FONTE DE IGNIÇÃO OS VAPORES NÃO MANTÉM A CHAMA” PRODUTO: ÁLCOOL ISOPROPÍLICO (PONTO DE FULGOR 11ºC) Ponto de Fulgor Ponto de Combustão É a temperatura do combustível, na qual ele desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, e em quantidade suficiente para manter a combustão. O ponto de combustão está cerca de 3º a 4ºC acima do ponto de fulgor. Ponto de Combustão Ponto de Ignição É a temperatura necessária para inflamar os vapores que estejam desprendendo-se do combustível. Determinação do Ponto de Ignição R Resistência Elétrica Variação do Ponto de Ignição Combustível Ponto Fulgor Combustão Ignição Éter - 40ºC - 37ºC 160ºC Álcool 12,8ºC 15,8ºC 371ºC Gasolina - 42,8ºC - 39,8ºC 257,2ºC Óleo Lubrif. 168,3ºC 171,3ºC 417,2ºC QAV 40ºC 43ºC 238ºC 3 3 LIMITES DE EXPLOSIVIDADE DEFINIÇÃO: SÃO OS EXTREMOS, MÍNIMO (L.I.E) E MÁXIMO (LSE), DAS CONCENTRAÇÕES PERCENTUAIS EM VOLUME, DE VAPORES INFLAMÁVEIS QUE MESCLADOS COM O AR PODEM ENTRAR EM IGNIÇÃO. L.I.E L.S.I 7,6 % 1,4 % GASOLINA IDEAL RICA POBRE Fenômenos da Combustão Pressão Ocorre quando a combustão tem lugar em compartimentos confinados, originando a produção de vapores em alta temperatura. Fenômenos da Combustão Explosão Ocorre quando combustíveis que possuem altíssimas velocidades de queima entram em combustão de compartimentos confinados. Fenômenos da Combustão Roolover Ocorre normalmente na fase inicial de um incêndio que desenvolve-se em compartimento confinado. Os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido à alta temperatura naquela área. Fenômenos da Combustão Flashover Ocorre na fase de um incêndio em desenvolvimento, geralmente quando a temperatura na camada superior de fumaça atinge cerca de 600ºC (1.100ºF). Intensidade da Combustão É o volume de chamas que se desprende de um incêndio. Fatores influenciam diretamente na intensidade da combustão: 1º - A área superficialdo combustível em contato com as chamas: 5 litros 5 litro s Área superficial do combustível Dois fatores influenciam diretamente na intensidade da combustão: 2 º Nível de concentração do comburente no ambiente. ENTRADA DE AR AUMENTO DO VOLUME DE CHAMAS Combustão Espontânea É aquela que ocorre quando materiais orgânicos favorecidos por determinadas circunstâncias (a decomposição) entram em combustão. Eletricidade Estática É o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em relação a outro, geralmente em relação à terra. 43 PRODUTOS DA COMBUSTÃO CINZAS - São partículas sólidas que sobram da combustão. No caso de material orgânico, as cinzas são, basicamente, constituídas de carbono (carvão). CARVÃO - São resíduos sólidos de composição complexa, tendo como elemento predominante o carbono. É o resíduo da combustão de qualquer substância orgânica. 44 CHAMAS - São basicamente constituídas de RADICAIS LIVRES (fragmentos químicos muito ativos que, ao se combinarem, formam uma reação em cadeia, alastrando a chama). FUMAÇA - É constituída, basicamente, de gás carbônico (CO2); monóxido de carbono (CO); Vapor d’água (H2O) e partículas sólidas em suspensão. VAPOR D’ÁGUA - É produzido pela própria decomposição do corpo que queima. PRODUTOS DA COMBUSTÃO Referências Bibliográficas http://www.citi.pt/citi_2005_trabs/rui_madeira/fogo.html a 13/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fogo a 13/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%A3o a 13/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica a 13/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%B5es_de_oxirredu%C3%A7%C3%A 3o a 13/11/2007 http://www.algosobre.com.br/quimica/tipos-de-reacao-quimica.html a 15/11/2007 http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CFQ/redox/redox.htm a 15/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_peri%C3%B3dica a 15/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_exot%C3%A9rmica a 15/11/2007 http://en.wikipedia.org/wiki/Exothermic_reaction a 15/11/2007 http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o a 20/11/2007 http://nautilus.fis.uc.pt/wwwfi/hipertextos/espectro/hiper_espectro.html a 20/11/2007 http://home.utad.pt/~jcravino/FG2-200203/Atmosfera3.doc a 20/11/2007 http://web.educom.pt/fq/energia/transferencias.htm a 20/11/2007 Moura, José, A Química do Fogo, Acetatos da aula de Prevenção e Controlo de Incêndios 2007/2008 ENB, Manual da Escola Nacional de Bombeiros F I M
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