Buscar

01.05 Impostos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Todo início de ano é a mesma coisa: IPTU, IPVA, material escolar. Contas que sempre chegam e podem desestabilizar as finanças de muitas famílias – sobretudo agora, depois de um 2015 bastante complicado para a economia brasileira. Pagar à vista ou parcelar, quando possível? A reportagem de O Diário consultou o economista Waldir Pereira Gomes, ex-presidente do Conselho Federal de Economia, para esclarecer essas e outras dúvidas e mostrar os melhores caminhos para reduzir o impacto das tradicionais dívidas da virada.
Aproveitar os descontos pelo pagamento à vista e negociar o preço são sempre as melhores opções para quem tem dinheiro guardado.
Em todo o Estado de São Paulo, donos de veículos já podem consultar o valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2016. O pagamento também já pode ser feito à vista, com desconto de 3%, ou em três parcelas, sem desconto nenhum. As contas começam a vencer a partir do próximo dia 11 para veículos com final de placa 1.
Para o economista, o desconto, apesar de pequeno, deve ser aproveitado, mesmo por quem só tem o dinheiro disponível em uma conta poupança. O corte de 3% no tributo já é muito maior que o rendimento da poupança, que gira em torno de apenas 0,65%.
“Nenhuma aplicação vai te dar essa taxa que você obtém com o desconto”, pondera o economista.
O mesmo vale para o IPTU. Em Mogi das Cruzes, os carnês começarão a ser entregues na segunda quinzena de janeiro. O desconto concedido a quem faz o pagamento à vista é de 5%, com vencimento inicial para o próximo dia 11 de janeiro, de acordo com o CEP de entrega do documento. Os imóveis sem débito com a Fazenda Municipal até o dia 1o de novembro passado ainda recebe mais 5% de desconto nesse pagamento.
Já para o material escolar, além da pesquisa de preços, também pode fazer a diferença o consumidor ter o dinheiro para pagar à vista. Assim, a margem para negociação de desconto é muito maior.
Entretanto, se não for possível pagar as compras no ato, é preciso tomar muito, mas muito cuidado mesmo com os parcelamentos do cartão de crédito. “Não existe essa história de compra parcelada sem juros”, conta. No mínimo, o comprador perderá a margem para o desconto.
Mas o risco está mesmo no parcelamento da fatura do cartão de crédito. Com juros médios próximos aos 400% ao ano (algumas operadoras cobram taxas próximas dos 700% no Brasil), pagar o valor mínimo da fatura é sempre um mau negócio. 
Conforme ressalta o economista, o cartão de crédito deve ser usado por quem poderá quitar a fatura integral no final do mês. O consumidor perde a margem de negociação, mas ganha um prazo maior para pagar e não se enrola com os juros exorbitantes.
Substituição
Para quem não conseguiu guardar dinheiro para as contas deste ano, pode começar a se preparar par anão passar apuros em 2017. Para o economista, a palavra-chave é “substituição”. Trocas que no cotidiano podem parecer simples, como a marca de um creme para o rosto ou o restaurante do final de semana, podem significar uma boa economia no final do mês. Uma planilha – ou até mesmo um caderninho – com os gastos também pode ajudar a retomar as rédeas das finanças. “O ano passado foi complicado, mas a crise deve se aprofundar em 2016. Os indicadores não são auspiciosos”, finaliza Waldir.

Outros materiais