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* * Universidade Federal do Paraná Especialização em Fisiologia do Exercício Felipe Pereira da Luz Mauricio K. de Matos SARCOPENIA E EXERCÍCIO * * * * INTRODUÇÃO * * CONCEITO O termo sarcopenia vem do grego sarkos (carne) e penia (deficiência), traduzido vagamente em “deficiência de músculos”, e foi adotado para caracterizar esta síndrome. Rosenberg, em 1989, foi o pioneiro a utilizar o termo para descrever essa perda muscular esquelética. ROSENBERG IH. 1997. * * CONCEITO A sarcopenia pode ser definida como uma alteração músculo-esquelética caracterizada pela diminuição de massa muscular associada à idade configurando a principal causa da redução de força muscular nos idosos. EVANS, W. 1995. * * CLASSIFICAÇÃO DA SARCOPENIA European Union Geriatric Society(2010) * * EPIDEMIOLOGIA DA SARCOPENIA Estima-se que, a partir dos 40 anos, ocorra perda de cerca de 5% de massa muscular a cada década, com declínio mais rápido após os 65 anos, particularmente nos membros inferiores. FORBES, GB, REINA, JC. 1970 * * EPIDEMIOLOGIA DA SARCOPENIA Rech CR, Dellagrana RA, Marucci MFN, Petroski EL. Validade de equações antropométricas para estimar a massa muscular em idosos. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2012 Dados relatam que a prevalência de sarcopenia no mundo varia entre 3 a 30% em idosos sendo que, em um estudo realizado no ano de 2012 com brasileiros acima de 60 anos, foi identificado que 36,1% dos participantes da pesquisa possuíam massa muscular reduzida. * * CARVALHO-ALVES, P. C.; MEDEIROS, S. S. Mecanismos moleculares envolvidos na sarcopenia e o papel da atividade física. In: CAMERON, L. C.; MACHADO, M. Tópicos avançados em bioquímica do exercício. Rio de Janeiro: Shape, 2004. cap. 1, p. 17-76. MECANISMOS PRECIPITADORES DA SARCOPENIA * * MECANISMOS PRECIPITADORES DA SARCOPENIA FULLE, S.; PROTASI, F.; DI TANO, G.; PIETRANGELO, T.; BELTRAMIN, A.; BONCOMPAGNI, S. et al. The contribution of reactive oxygen species to sarcopenia and muscle ageing. Experimental Gerontology, v.39, p. 17-24, 2004. * * DOHERTY, T. J. Invited review: aging and sarcopenia. Journal of Applied Physiology, v.95, p. 1717–1727, 2003. MECANISMOS PRECIPITADORES DA SARCOPENIA * * EFEITOS DO ENVELHECIMENTO MUSCULAR Mudanças nas unidades motoras * * EFEITOS DO ENVELHECIMENTO MUSCULAR Desnervação das Fibras * * EFEITOS DO ENVELHECIMENTO MUSCULAR Diminuição dos Fatores de Crescimento * * Modificações Morfológicas Figura 1 - Sarcopenia. Corte de ressonância magnética da coxa de um adulto de 21 anos, fisicamente ativo (acima) e idoso de 63 anos, sedentário (abaixo). A massa muscular (cinza) está diminuída no idoso; a gordura (branco) subcutânea e intramuscular está aumentada. Adaptado de Roubenoff, 2000 * * * * * * Buford et al. 2010 * * T.S. Bowen et al, 2015 * * DIAGNÓSTICO European Union Geriatric Society(2010) * * DIAGNÓSTICO European Union Geriatric Society(2010) * * CONSEQUÊNCIAS DA SARCOPENIA Alterações na Marcha Desequilíbrio Perda da propriocepção Tendência Cifosante Queda Osso osteoporótico Fraturas Lentificação do Metabolismo Limitações nas AVD * * CONSEQUÊNCIAS DA SARCOPENIA INATIVIDADE QUEDAS E FRATURAS FALÊNCIA NEUROMUSCULAR * * SARCOPENIA E EXERCÍCIO Um treinamento resistido com frequência de, pelo menos, duas vezes por semana provê um método seguro e efetivo na melhora da força e resistência muscular. Recomenda-se que 8-10 exercícios sejam realizados em dois ou mais dias não consecutivos por semana, sendo utilizando os maiores grupos musculares. Fleg JL, Lakatta EG: Role of muscle loss in the age associated reduction in VO2 max. J Appl Phys 65: 1147-51, 1988. * * SARCOPENIA E EXERCÍCIO Os exercícios devem ser dinâmicos, e não estáticos, englobando os maiores grupos musculares do corpo e utilizando tanto movimentos concêntricos (levantando e empurrando) quanto excêntricos (suaves e controlados no retorno). Fleg JL, Lakatta EG: Role of muscle loss in the age associated reduction in VO2 max. J Appl Phys 65: 1147-51, 1988. * * SARCOPENIA E EXERCÍCIO Os grupos musculares de membros inferiores – como os extensores de joelho e quadril, flexores de joelho, dorsiflexores e flexores plantares – devem ser priorizados, uma vez que são críticos para mobilidade, equilíbrio e prevenção de quedas. Fleg JL, Lakatta EG: Role of muscle loss in the age associated reduction in VO2 max. J Appl Phys 65: 1147-51, 1988. * * ORIENTAÇÕES PARA O EXERCÍCIO RESISTIDO EM IDOSOS SARCOPÊNICOS * * ORIENTAÇÕES PARA O EXERCÍCIO RESISTIDO EM IDOSOS SARCOPÊNICOS * * BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NO IDOSO O treinamento resulta em um incremento do tamanho muscular, que reflete o aumento do conteúdo de proteína contrátil Estímulos adequados produzem um aumento real na força de idosos A força pode aumentar de 2 a 3 x em um período de tempo relativamente curto (3 a 4 meses) Recupera a autoestima * * BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NO IDOSO Reduz o risco de quedas Melhora a função muscular podendo até mesmo reverter o quadro de sarcopenia Aumento da síntese proteica, determinando hipertrofia em indivíduos idosos Apresenta maior segurança que em relação a outras propostas de atividade física Melhora a capacidade funcional * * Sarcopenia e Exercício * * Conclusões A maior aquisição do pico de massa muscular é fundamental para retardar a perda decorrente do próprio envelhecimento e promover menor impacto sobre a qualidade de vida dos idosos. Dessa forma, vale a pena ressaltar que a prevenção é a estratégia mais importante e eficiente para atingir esses objetivos. Estudos com atividade física têm os mais promissores resultados, tanto na prevenção quanto no tratamento da sarcopenia. * * Conclusões Portanto, o treinamento resistido para pessoas com idade avançada foi essencial, principalmente para os que perdem massa muscular e apresentam fraqueza, pois a força muscular é componente determinante das atividades da vida diária, sobretudo para as pessoas mais velhas. Logo, a manutenção dessa massa magra tornou o idoso mais apto para realizar atividades diárias que exigem grande solicitação de potência e força, como subir escadas, carregar objetos, sentar e levantar da cadeira, dar pequenos piques, etc (DOHERTY, 2003; KURA et al., 2004). * * REFERÊNCIAS A. Zembron-tacny, w. Dziubek, t. Rogowski, e. Skorupka, g. Dąbrowska. Sarcopenia: Monitoring, Molecular echanisms, and Physical Intervention. Physiol. Res. 63: 683-691, 2014. ASSUMPÇÃO, Claudio de Oliveira et al. Treinamento resistido frente ao envelhecimento: uma alternativa viável e eficaz. Anuário da Produção Acadêmica Docente. v. 2, n. 3, p. 451- 476, 2008. CARVALHO-ALVES, P. C.; MEDEIROS, S. S. Mecanismos moleculares envolvidos na sarcopenia e o papel da atividade física. In: CAMERON, L. C.; MACHADO, M. Tópicos avançados em bioquímica do exercício. Rio de Janeiro: Shape, 2004. cap. 1, p. 17-76. DOHERTY, T. J. Invited review: aging and sarcopenia. Journal of Applied Physiology, v.95, p. 1717–1727, 2003. EVANS, WJ: Effects of exercise on senescent muscle. Clin Orthop S211-20, 2002 _ What is sarcopenia? Journal of Gerontology, v.50, p. 05-08, 1995. * * REFERÊNCIAS FLEG JL, LAKATTA EG: Role of muscle loss in the age associated reduction in VO2 max. J Appl Phys 65: 1147-51, 1988. FORBES, GB, REINA, JC: Adult lean body mass declines with age: some longitudinal observations. Metabol 19: 653-63; 1970 FULLE, S.; PROTASI, F.; DI TANO, G.; PIETRANGELO, T.; BELTRAMIN, A.; BONCOMPAGNI, S. et al. The contribution of reactive oxygen species to sarcopenia and muscle ageing. Experimental Gerontology, v.39, p. 17-24, 2004. JACOB FILHO, W; SOUZA, R. R de. Anatomia e Fisiologia do Envelhecimento. In:CARVALHO FILHO, E. T. de.; NETTO, M. P. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 31-4 KAMEL, HK, Maas D, DUTHIE EH Jr: Role of hormones in the pathogenesis and management of sarcopenia. Drugs Aging 19: 865-77, 2002. LANDORA, V. et al. Alterações fisiológicas associada envelhecimento. In: GUCCIONE, A. A (ed). Fisioteraia Geriátrica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam, 2002. p. 41-50. LARSSON L, SJODIN B, KARLSSON J: Histochemical and biochemical changes in human skeletal muscle with age in sedentary males, age 22-65 years. Acta Physiol Scand 103: 31-9, 1978. * * REFERÊNCIAS LUSTRI, W. R.; MORELLI, J. G. da S. Aspectos biológicos do envelhecimento. In: REBELATTO, J. R.; MORELLI, J. G. da S. Fisioterapia Geriátrica: a prática da assistência ao idoso. 2 ed. Barueri-SP: Manole, 2007. p. 58-72 RECH CR, DELLAGRANA RA, MARUCCI, MFN, PETROSKI, EL. Validade de equações antropométricas para estimar a massa muscular em idosos. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2012 ROSEMBERG, IH. J. Nutr. 127:990S, 1997. ROSSI. E; SANDER. C.S. Envelhecimento do sistema osteoarticular. In: FREITAS, E. V. et al Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 508- 514. ROUBENOFF R, Hughes VA: Sarcopenia: current concepts. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 55: M716-24, 2000. VAUGHAN L, ZURLO F, RAVUSSIN E: Aging and energy expenditure. Am J Clin Nutr 53: 821-5, 1991. YUHEL M, Satoshi, F: Role of Exercise and nutrition in the prevention of sarcopenia. J Nutr Vitaminol, S125-S127, 2015. * * OBRIGADO! felipe_edf1@hotmail.com desenvolvendocampeoes@gmail.com
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