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CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 9 CRÉDITO PÚBLICO E ENDIVIDAMENTO Olá amigos! Como é bom estar aqui! “Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.” (Augusto Cury). "Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz) Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivação é fundamental, porém deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. “É importante sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade.” (Marechal José Pessoa). Motivados e disciplinados, estudaremos nesta aula os temas relacionados ao Crédito Público e Endividamento. 1. EMPRÉSTIMOS O crédito público é uma das formas que o Estado dispõe para obter ingressos financeiros visando cobrir as despesas de sua responsabilidade. No entanto, os recursos deverão ser devolvidos, acrescidos de juros e encargos correspondentes. Assim, ao captar os recursos, é gerada uma obrigação CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 correspondente ao endividamento. Os empréstimos do Estado podem ser compulsórios ou voluntários. 1.1 Empréstimos compulsórios De acordo com a Constituição Federal, a competência para a instituição de empréstimos compulsórios é da União, cabendo sua instituição e disciplina dependente de lei complementar. Consiste na tomada compulsória de uma certa importância do particular, a título de empréstimo, com promessa de resgate em certo prazo, e em determinadas condições prefixadas em Lei, para atender situações excepcionais ali estabelecidas. Os recursos arrecadados terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. De acordo com o STF, a restituição do empréstimo compulsório deverá ser feita em moeda corrente. Segundo o art. 148 da CF/1988, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: • para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; • no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Neste caso deve ser observado o princípio tributário da anterioridade, o qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza tributária por grande parte da doutrina e jurisprudência. No entanto, apenas para efeito das classificações orçamentárias, os empréstimos compulsórios pertencem à categoria econômica receitas de capital e sua origem são operações de crédito. São considerados créditos públicos impróprios, já que não há o caráter voluntário de emprestar os recursos. Não há a manifestação livre da vontade do investidor. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 1.2 Empréstimos voluntários Os empréstimos voluntários são contraídos pelo Estado de forma contratual, pela livre manifestação da vontade do investidor. Desta forma, são considerados créditos próprios. Caiu na prova: (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os empréstimos compulsórios somente podem ser instituídos pelos estados com autorização federal e desde que destinados a calamidades públicas. De acordo com o art. 148 da Constituição Federal, a competência para instituição de empréstimos compulsórios é da União, cabendo sua instituição e disciplina dependente de lei complementar. Resposta: Errada. 2. DÍVIDA PÚBLICA 2.1 Definições A dívida pública é a decorrência natural dos empréstimos. São consideradas fundamentais para o equilíbrio entre receitas e despesas, em virtude de seu potencial para causar danos às contas públicas. O assunto é tão importante que o art. 34 da CF/1988 dispõe que a União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto, entre outros motivos, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei. De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dívida flutuante compreende: • os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; • os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e juros da dívida CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 fundada); • os depósitos; • os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de receita). Consoante o art. 98, a dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. O Decreto 93.872/1986 é mais abrangente. Segundo o art. 115, a dívida pública abrange a dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada. A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária, assim entendidos: • os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; • os serviços da dívida; • os depósitos, inclusive consignações em folha; • as operações de crédito por antecipação de receita; • o papel-moeda ou moeda fiduciária. Já a dívida fundada ou consolidada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Caiu na prova: (FCC – APO/SP – 2010) A dívida adquirida por antecipação de receita classifica-se como: (A) ativa. (B) fundada. (C) consolidada. (D) patriótica. (E) flutuante. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 Os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de receita) classificam-se como dívida flutuante. Resposta: Letra E A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rígidas para o endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definições relacionadas ao crédito público e ao endividamento. A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Também será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento. Ainda, para fins de aplicação dos limitesao endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada. A dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. É uma especificação da dívida consolidada geral para que ocorra um maior controle. Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se à operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa. A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária. Nas restrições às despesas de pessoal, se não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá contratar, entre outros, operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal. A Resolução do Senado Federal 43/2001 acrescenta que a dívida consolidada líquida é a dívida pública consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros. Caiu na prova: (CESGRANRIO – Agente Judiciário – Contador – TJ/RO – 2008) O artigo 29, Inciso I, da Lei Complementar 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, define dívida pública consolidada ou fundada como: a) financiamento da dívida mobiliária com emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. b) compromisso financeiro assumido para aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. d) montante representado por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. a) Errado. O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. b) Errado. Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. c) Errado. A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. d) Errado. A dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. e) Correto. A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Resposta: Letra E 2.2 Competências Sobre o montante da dívida pública brasileira, a CF/1988 atribuiu competências ao Congresso Nacional e separadamente ao Senado Federal. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; bem como sobre moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. Compete privativamente ao Senado Federal: • autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; • fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; • dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; • dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; • estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Caiu na prova: (FCC – Procurador - Recife – 2008) Em relação à dívida pública, NÃO é competência do Senado Federal: (A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. (B) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. (C) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (D) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno. (E) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 É competência do Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República, bem como não é assunto de Dívida Pública. As demais opções correspondem às competências privativas do Senado Federal relacionadas à dívida pública e estabelecidas pela CF/88. Resposta: Letra A 2.3 Limites ao endividamento Os limites para a dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos. Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada seráefetuada ao final de cada quadrimestre. Serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder Executivo da União: • limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios e de limites e condições relativos às operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; • concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno e montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Os limites para o montante da dívida mobiliária federal serão estabelecidos pelo Congresso Nacional, mediante projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União. As propostas também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração. Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, em razão de instabilidade econômica ou CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar solicitação de revisão dos limites. As propostas enviadas e suas alterações conterão: • demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da política fiscal; • estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas de governo; • razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de governo; • metodologia de apuração dos resultados primário e nominal. 2.4 Recondução da dívida aos limites Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro. Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá às seguintes sanções: I – estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. Tais restrições são aplicadas imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo. II – obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho. Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado. Ressalto que, para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes da LRF, excetuam-se CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social. As normas serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas. Caiu na prova: (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Se um município, ao final do primeiro quadrimestre de 2009, tiver ultrapassado o limite da sua dívida consolidada em R$ 600 milhões, isso significará que, até o final de agosto, ele deverá reduzi-la em R$ 200 milhões, sob pena de ficar impedido de receber transferências voluntárias a partir de setembro. Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro. Logo, se um município, ao final do primeiro quadrimestre, tiver ultrapassado o limite da sua dívida consolidada em R$ 600 milhões, isso significará que, até o final de agosto (primeiro quadrimestre após a ultrapassagem do limite), ele deverá reduzi-la em no mínimo R$ 150 milhões, pois o excedente deve ser reduzido em pelo menos 25% no primeiro quadrimestre subsequente. Resposta: Errada 2.5 Exceções aos prazos para recondução da dívida aos limites Estas são as exceções aos prazos do art. 31 da LRF para recondução da dívida aos limites: Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios; e em caso de estado de defesa ou de sítio decretado na forma da constituição, enquanto perdurar a situação, serão CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo. Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres. Ampliação: ainda, na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres. Caiu na prova: (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) Se, em determinado estado da Federação, o crescimento do produto interno bruto tiver permanecido, por doze meses, inferior a 1% e a dívida consolidada desse estado tiver excedido, nesse período, os limites estabelecidos pelo Senado Federal, então o prazo para recondução da dívida ao seu respectivo limite será de vinte e quatro meses. Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, ou seja, até 12 meses. Entretanto, em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres (12 meses), os prazos do artigo serão duplicados. Entendese por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres (12 meses). Logo, o prazo para recondução da dívida ao seu respectivo limite será duplicado de 12 para 24 meses. Resposta: Certa CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 3. OPERAÇÕES DE CRÉDITO 3.1 Regras gerais para as operações de crédito O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes condições: I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica; II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação de receita; III – observânciados limites e condições fixados pelo Senado Federal; IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo; V – atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988); VI – observância das demais restrições estabelecidas na LRF. Atenção: os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensação automática de débitos e créditos. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação atenda às condições e limites estabelecidos. A operação realizada com infração do disposto na LRF será considerada nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3.o do art. 23 (as mesmas para despesas com pessoal). Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto na LRF sobre a regra de ouro. 3.2 Das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária Segundo o art. 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências para as operações de crédito (tópico anterior) e as seguintes: I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir; IV – estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada, bem como no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária não serão computadas para efeito do que dispõe a regra de ouro, desde que liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano. As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil, o qual manterá um sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 Caiu na prova: (CESGRANRIO – Ciências Contábeis – BNDES – 2009) As operações de crédito por antecipação de receita são empréstimos destinados a atender momentâneas insuficiências de caixa durante o exercício financeiro, e cuja autorização depende do atendimento de diversas exigências da: a) Constituição Federal. b) Lei de Responsabilidade Fiscal. c) Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) Lei Orçamentária Anual. e) Lei n° 4.320 de 1964. A autorização para as operações de crédito por antecipação de receita depende do atendimento de diversas exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. Resposta: Letra B 4. VEDAÇÕES Vamos falar das vedações previstas na LRF. Segundo o art. 34 da LRF, o Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação da LRF, o que significa que tal determinação já está produzindo efeitos há vários anos. Consoante o art. 35, é vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. Essa vedação não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades. Excetuam-se da vedação citada as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a financiar, direta ou indiretamente, CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 despesas correntes; e a refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. Segundo o art. 36, é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. Ainda, de acordo com o art. 37, I a IV, da LRF: Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem pre- juízo do disposto no § 7.o do art. 150 da Constituição; II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. O inciso I acima faz referência ao § 7.o do art. 150 da CF/1988, o qual dispõe que a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 Caiu na prova: (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Resposta: Certa 5. BANCO CENTRAL DO BRASIL 5.1 BACEN na CF/1988 e suas operações na LRF O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. Não se confunde com o Banco do Brasil S.A. (BB), que é uma instituiçãofinanceira constituída na forma de sociedade de economia mista. A Conta Única do Tesouro Nacional é mantida junto ao Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Quanto às atribuições constitucionais do BACEN, tem-se que a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 A CF/1988 veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Porém, faculta ao Banco Central comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. Quanto às operações com o Banco Central do Brasil, a LRF dispõe que nas suas relações com ente da Federação, o BACEN está sujeito às vedações do art. 35 (estudamos no tópico sobre vedações) e às seguintes: • emissão de títulos da dívida pública; • compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operação deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público; • permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta. Não se aplica ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo; • concessão de garantia. É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária. Caiu na prova: (CESPE – TFCE – TCU – 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 A CF/1988 veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Resposta: Certa 5.2 Outras considerações sobre o BACEN Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na LOA, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento. O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União. Os balanços trimestrais do BACEN conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União. 6. GARANTIA E CONTRAGARANTIA Consoante o art. 40 da LRF, os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 (são as normas sobre operações de crédito previstas na LRF) e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 O § 1.º do art. 40 determina que a garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte: • não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente; • a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida. No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1.o, as exigências legais para o recebimento de transferências voluntárias (estudada no tópico “Transferências”). Ainda, é nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal. Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida. É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. Tal vedação não se aplica à concessão de garantia por: I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições; II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; bem como a prestada pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação. 7. PRECATÓRIOS Os precatórios são pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judicial. Decorrem de situações em que a administração não reconhece uma dívida na esfera administrativa e o credor ingressa com uma ação no Poder Judiciário. Em caso de vitória do credor, haverá um procedimento diferenciado para o pagamento, já que os bens públicos são impenhoráveis. A Emenda Constitucional 62, de 9 de dezembro de 2009, alterou o dispositivo constitucionaldos precatórios. O atual art. 100 da CF/1988 determina que os pagamentos far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. São preferências à ordem cronológica: • O § 2.º dispõe que os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3.º (obrigações definidas em lei como de pequeno valor), admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. • Os débitos de natureza alimentícia que serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, excetuados os citados acima. Poderão CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. • Exceção: o § 3.º dispõe que a expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado. É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total em obrigações definidas em leis como de pequeno valor. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos já citados §§ 2.° (preferência para maiores de 60 anos ou com doenças graves) e 3.º (obrigações definidas em lei como de pequeno valor). No entanto, a cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. Conforme dispõe a CF/1988, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1.º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios, incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas. A CF/1988 faculta ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. A atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. O art. 100 ainda dispõe que lei complementar poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 prazo de liquidação. Ainda, a União poderá assumir, a seu critério exclusivo e na forma de lei, débitos oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. O art. 10 da LRF determina que a execução orçamentária e financeira identifique os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância da ordem cronológica determinada no art. 100 da CF/1988. Relembro que, de acordo com o art. 30 da LRF, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada. Caiu na prova: (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Considerando a disciplina constitucional dos precatórios: I. os créditos decorrentes de obrigações definidas em lei como de pequeno valor e devidos em razão de sentença judicial transitada em julgado não se submetem ao regime de precatório. II. com a apresentação do precatório até 1º de agosto o pagamento far-se-á até o último dia do exercício seguinte àquele em que foi inserido. III. os créditos de natureza alimentícia estão dispensados do pagamento por meio de precatórios. IV. é vedada a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago. V. é permitido o fracionamento do valor da execução para que seu pagamento se faça parte como crédito de pequeno valor e parte na forma de precatório. Está correto o que se afirma APENAS em: (A) I e IV. (B) III e V. (C) I e II. (D) II e III. (E) I e III. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 I) Correto. É exceção ao regime de Precatórios. O § 3º do art. 100 dispõe que a expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. II) Errado. Conforme dispõe a CF/88, é obrigatória a inclusão, no orçamentodas entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. III) Errado. Os débitos de natureza alimentícia seguem o regime de precatórios. A especificidade é que serão pagos com preferência. IV) Correto. É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago. V) Errado. Também é vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total em obrigações definidas em leis como de pequeno valor. Logo, os itens I e IV estão corretos. Resposta: Letra A E assim terminamos a parte teórica da aula 9. Seguem agora o memento, a lista de questões comentadas, as questões propostas de concursos anteriores referentes a esta aula e os gabaritos. Ao final, teremos as questões propostas para o Simulado com o respectivo gabarito e a indicação das aulas a que se referem. Na próxima aula teremos a resolução. Forte abraço! Sérgio Mendes CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 MEMENTO IX EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS Segundo a CF/1988, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: • para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; • no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o princípio tributário da anterioridade, o qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Os recursos arrecadados terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Nas classificações orçamentárias os empréstimos compulsórios pertencem à categoria econômica receitas de capital e sua origem são operações de crédito. DÍVIDA PÚBLICA A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Também será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento. Ainda, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada. A dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; bem como sobre moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. Compete privativamente ao Senado Federal: Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e Municípios. Recondução da dívida aos limites: Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no 1.°. Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá às seguintes sanções: Estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. Obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E VEDAÇÕES A LRF define operação de crédito como o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. Essa vedação não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades. Excetuam-se da vedação citada as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e a refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes condições: CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 Existência de prévia e expressa autorização para contratação, na LOA, em créditos adicionais ou lei específica; Inclusão na LOA ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de ARO; Observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal; Autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo; Atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988); Observância das demais restrições estabelecidas na LRF. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7.o do art. 150 da CF/1988; II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; III – assunção direta decompromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. ARO Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano. Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir. É proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada e no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. BACEN Atribuições do BACEN segundo a CF/1988 A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo BACEN. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 A CF veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Porém, faculta ao BACEN comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. BACEN nas relações com entes da federação: Vedação: emitir títulos da dívida pública. Vedação: compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Exceção: só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operação deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público. Vedação: permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta. Exceção: não se aplica ao estoque de Letras do BACEN, Série Especial, existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo. Vedação: concessão de garantia. Vedação ao Tesouro Nacional: adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do BACEN, ainda que com cláusula de reversão. Exceção: poderá adquirir para reduzir a dívida mobiliária. CONCESSÃO DE GARANTIA Corresponde ao compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte: Não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente; A contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida. É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. Tal vedação não se aplica à concessão de garantia por: Empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 condições. Instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei. Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; bem como a prestada pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação. PRECATÓRIOS Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Preferências à ordem cronológica: Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 anos ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3.º, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo o restante pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. Os débitos de natureza alimentícia que serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, excetuados os citados acima. Poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do RGPS. Exceção: O § 3.º dispõe que o regime de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Dotações: É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1.º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os empréstimos compulsórios somente podem ser instituídos pelos estados com autorização federal e desde que destinados a calamidades públicas. 2) (FCC – APO/SP – 2010) A dívida adquirida por antecipação de receita classifica-se como: (A) ativa. (B) fundada. (C) consolidada. (D) patriótica. (E) flutuante. 3) (CESGRANRIO – Agente Judiciário – Contador – TJ/RO – 2008) O artigo 29, Inciso I, da Lei Complementar 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, define dívida pública consolidada ou fundada como: a) financiamento da dívida mobiliária com emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. b) compromisso financeiro assumido para aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas. c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumidapor ente da Federação ou entidade a ele vinculada. d) montante representado por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. 4) (FCC – Procurador - Recife – 2008) Em relação à dívida pública, NÃO é competência do Senado Federal: (A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 (B) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. (C) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (D) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno. (E) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 5) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Se um município, ao final do primeiro quadrimestre de 2009, tiver ultrapassado o limite da sua dívida consolidada em R$ 600 milhões, isso significará que, até o final de agosto, ele deverá reduzi-la em R$ 200 milhões, sob pena de ficar impedido de receber transferências voluntárias a partir de setembro. 6) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) Se, em determinado estado da Federação, o crescimento do produto interno bruto tiver permanecido, por doze meses, inferior a 1% e a dívida consolidada desse estado tiver excedido, nesse período, os limites estabelecidos pelo Senado Federal, então o prazo para recondução da dívida ao seu respectivo limite será de vinte e quatro meses. 7) (CESGRANRIO – Ciências Contábeis – BNDES – 2009) As operações de crédito por antecipação de receita são empréstimos destinados a atender momentâneas insuficiências de caixa durante o exercício financeiro, e cuja autorização depende do atendimento de diversas exigências da: a) Constituição Federal. b) Lei de Responsabilidade Fiscal. c) Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) Lei Orçamentária Anual. e) Lei n° 4.320 de 1964. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 8) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 9) (CESPE – TFCE – TCU – 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 10) (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Considerando a disciplina constitucional dos precatórios: I. os créditos decorrentes de obrigações definidas em lei como de pequeno valor e devidos em razão de sentença judicial transitada em julgado não se submetem ao regime de precatório. II. com a apresentação do precatório até 1º de agosto o pagamento far-se-á até o último dia do exercício seguinte àquele em que foi inserido. III. os créditos de natureza alimentícia estão dispensados do pagamento por meio de precatórios. IV. é vedada a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago. V. é permitido o fracionamento do valor da execução para que seu pagamento se faça parte como crédito de pequeno valor e parte na forma de precatório. Está correto o que se afirma APENAS em: (A) I e IV. (B) III e V. (C) I e II. (D) II e III. (E) I e III. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 II) QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 1) (FGV – Fiscal de Rendas – ICMS/RJ – 2010) Com relação aos empréstimos compulsórios, assinale a afirmativa incorreta. (A) Os empréstimos compulsórios deverão ser instituídos por meio de lei complementar. (B) A instituição do empréstimo compulsório se justifica quando, para atender a calamidade pública, são necessárias despesas extraordinárias. (C) A iminência de guerra externa é fundamento suficiente para a instituição de empréstimo compulsório. (D) Todos os entes da Federação têm competência para a instituição do empréstimo compulsório, desde que haja urgência de investimento público. (E) O empréstimo compulsório poderá ser instituído sob o fundamento de relevante interesse nacional. 2) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) Considerando que um ente público tenha contratado operação de crédito por antecipação de receita (ARO), que não requer prévia e expressa autorização orçamentária, caso, no mês de dezembro, não se tenha realizado a arrecadação prevista, o ente em questão, coerentemente com a legislação, poderá quitar parte do débito mediante contratação de nova operação do gênero, a ser quitada até o final do exercício subsequente, com a recuperação esperada da arrecadação. 3) (FCC – APO/SP – 2010) Sobre a disciplina constitucional dos precatórios, é correto afirmar: (A) Os precatórios de créditos provenientes de obrigações definidas em lei como de pequeno valor devem ser pagos antes da sentença transitar em julgado. (B) A entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do ente federado devedor é vedada ao credor. (C) O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 (D) Não se admite a possibilidade de fixação de regime especial para pagamento de crédito de precatórios dos Estados, Distrito Federal e Municípios. (E) Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham mais de 60 anos de idade dispensam regime de precatório. 4) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos para pagamento do principal, não incluídos a atualização monetária e os juros, e se limita, ao final de cada exercício, ao montante existente no exercício anterior. 5) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP - 2010) É considerada dívida pública consolidada ou fundada: (A) o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. (B) o compromisso financeiro assumido em razão da abertura de crédito bem como a emissão de títulos para pagamento do principal. (C) o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. (D) a dívida representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. (E) o compromisso financeiro assumido em razão da aquisição financiada de bens e recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços. 6) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) Compete a lei complementar dispor sobre finanças públicase sobre os limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 7) (FCC- Especialista em Adm, Orçamento e Fin Públicas – Pref. de SP - 2010) Sobre as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária é correto afirmar que: (A) destinam-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. (B) podem ser realizadas a partir do quinto dia do início do exercício financeiro. (C) são vedadas enquanto existir mais de uma operação da mesma natureza ainda não resgatada integralmente. (D) não podem ser contratadas no primeiro ano de mandato do Prefeito. (E) deverão ser liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 31 de dezembro de cada ano. 8) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) A dívida mobiliária do governo federal, constituída pelos títulos da dívida pública em poder das instituições financeiras, deve ser contabilizada como dívida flutuante. 9) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Sobre o crédito por antecipação de receita, é correto afirmar: (A) Pode e deve ser realizada no último ano de mandato do Chefe do Executivo, para se evitar restos a pagar para o exercício seguinte. (B) Pode ser realizada até um limite de duas operações simultâneas da mesma natureza, ambas pendentes de pagamento. (C) Classifica-se como dívida pública consolidada, na medida em que o seu pagamento pode acontecer em prazo superior ao exercício financeiro em que foi contraída. (D) É espécie de dívida pública flutuante, devendo ser paga no mesmo exercício financeiro em que ocorreu o empréstimo, já que tem por finalidade suprir eventual e momentânea insuficiência de caixa. (E) Realizar-se-á a partir do primeiro dia do exercício financeiro e deve ser liquidada até o último dia do mesmo exercício financeiro. 10) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A dívida fundada refere-se ao montante, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 estado do Espírito Santo, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados. Refere-se, também, às obrigações decorrentes de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses. GABARITO I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E E E A E C B C C A GABARITO II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D E C E C E A E D C CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 SIMULADO Chegamos ao nosso simulado! Serão 30 questões exclusivamente de 2010 das principais bancas (ESAF, CESPE, FCC, FGV e CESGRANRIO). Ao final do simulado estarão o gabarito e a indicação das aulas onde o estudante encontrará a resposta. Utilize-o como revisão. Na aula 10 estará a resolução. Ao contrário de uma prova normal, o simulado praticamente não terá questões consideradas fáceis, o que exigirá um conhecimento maior do estudante. Assim teremos o que chamamos nas Forças Armadas de “Treinamento difícil, combate fácil!”. E vamos às questões: 1) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Considerando que o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA são os principais instrumentos de planejamento do setor público definidos pela Constituição Federal, é correto afirmar: a) a integração do PPA com a LOA se dá por intermédio do programa, enquanto a LDO define as metas e prioridades da Administração Federal. b) os principais elementos de estruturação do PPA são a função e a subfunção de governo. c) as propostas de alteração dos projetos de lei relativos ao PPA, a LDO e a LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente da República e apreciadas pelo Congresso a qualquer tempo. d) os recursos que ficarem sem despesa correspondente em razão de veto ou rejeição do projeto de lei orçamentária deverão ser transferidos ao exercício seguinte. e) em razão da soberania do Congresso Nacional, a sua competência para alterar o projeto de lei orçamentária não sofre limitações. CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 39 2) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Sobre despesas com pessoal é INCORRETO afirmar que: (A) não são computadas nos limites as despesas relativas a incentivos à demissão voluntária. (B) haverá no Poder ou órgão a vedação de criação de cargo, emprego ou função, no caso de exceder a 95% do limite. (C) tem como limites para a União 60% da receita corrente líquida e para Estados, Distrito Federal e Municípios 50% da receita corrente líquida. (D) a despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês de referência com as dos onze meses imediatamente anteriores. (E) os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos são contabilizados como "outras despesas de pessoal". 3) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial, caracteriza-se pelo controle rígido do objeto dos gastos, independentemente da consecução dos objetivos e das metas. 4) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O Orçamento Geral da União (OGN) é composto por três orçamentos. Aquele que engloba os impostos e despesas da administração pública, aí incluídas as fundações mantidas pelo Estado e os três poderes, constitui o Orçamento: (A) de Investimento das Empresas Estatais. (B) da Seguridade Social. (C) Fiscal. (D) Plurianual. (E) Programa. 5) (FGV – Fiscal de Rendas – ICMS/RJ – 2010) Considere o seguinte demonstrativo financeiro hipotético: Pessoal e encargos sociais R$ 12,00 Juros e encargos da dívida R$ 16,00 CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 40 Investimentos R$ 2,00 Inversões financeiras R$ 3,00 Amortização da dívida R$ 73,00 Com base nesses dados, assinale o valor correto do total das despesas de capital: (A) R$ 28,00. (B) R$ 30,00. (C) R$ 33,00. (D) R$ 78,00. (E) R$ 89,00. 6) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Considere que a arrecadação efetiva do governo federal, mensalmente, supere as receitas previstas na lei orçamentária, indicando que essa seja a tendência do exercício financeiro. Nesse caso, é correto afirmar que, descontando os créditos extraordinários, esse excesso de arrecadação poderá ser utilizado para abertura de créditos suplementares e especiais. 7) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A Constituição da República dedica um capítulo às finanças públicas. Sobre o tema, é correto afirmar que: a) não é só o Banco Central do Brasil que tem a atribuição de exercer a competência constitucional de emitir moeda. b) o Banco Central pode conceder empréstimos a instituições financeiras, inclusive a órgãos do governo, que não seja instituição financeira, exceto ao Tesouro Nacional. c) o sistema orçamentário trazido na Constituição da República instituiu a possibilidade de um sistema integrado de planejamento/orçamento-programa, de sorte que o orçamento fiscal, os orçamentos de investimento
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