Buscar

Administração financeira e orçamentária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 9 
CRÉDITO PÚBLICO E ENDIVIDAMENTO 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
“Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há 
céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio 
quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as 
lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja 
um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina 
produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que 
você ama.” (Augusto Cury). 
"Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você 
faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz) 
Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivação é fundamental, 
porém deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. “É importante 
sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade.” (Marechal 
José Pessoa). 
Motivados e disciplinados, estudaremos nesta aula os temas relacionados ao 
Crédito Público e Endividamento. 
1. EMPRÉSTIMOS 
O crédito público é uma das formas que o Estado dispõe para obter ingressos 
financeiros visando cobrir as despesas de sua responsabilidade. No entanto, os 
recursos deverão ser devolvidos, acrescidos de juros e encargos 
correspondentes. Assim, ao captar os recursos, é gerada uma obrigação 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 2
correspondente ao endividamento. Os empréstimos do Estado podem ser 
compulsórios ou voluntários. 
1.1 Empréstimos compulsórios 
De acordo com a Constituição Federal, a competência para a instituição de 
empréstimos compulsórios é da União, cabendo sua instituição e disciplina 
dependente de lei complementar. Consiste na tomada compulsória de uma 
certa importância do particular, a título de empréstimo, com promessa de 
resgate em certo prazo, e em determinadas condições prefixadas em Lei, para 
atender situações excepcionais ali estabelecidas. Os recursos arrecadados 
terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. De 
acordo com o STF, a restituição do empréstimo compulsório deverá ser feita 
em moeda corrente. 
Segundo o art. 148 da CF/1988, a União, mediante lei complementar, poderá 
instituir empréstimos compulsórios: 
• para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
• no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional. Neste caso deve ser observado o princípio tributário 
da anterioridade, o qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza tributária por 
grande parte da doutrina e jurisprudência. No entanto, apenas para efeito das 
classificações orçamentárias, os empréstimos compulsórios pertencem à 
categoria econômica receitas de capital e sua origem são operações de crédito. 
São considerados créditos públicos impróprios, já que não há o caráter 
voluntário de emprestar os recursos. Não há a manifestação livre da vontade 
do investidor. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 3
1.2 Empréstimos voluntários 
Os empréstimos voluntários são contraídos pelo Estado de forma contratual, 
pela livre manifestação da vontade do investidor. Desta forma, são 
considerados créditos próprios. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os empréstimos 
compulsórios somente podem ser instituídos pelos estados com autorização 
federal e desde que destinados a calamidades públicas. 
De acordo com o art. 148 da Constituição Federal, a competência para 
instituição de empréstimos compulsórios é da União, cabendo sua instituição e 
disciplina dependente de lei complementar. 
Resposta: Errada. 
2. DÍVIDA PÚBLICA 
2.1 Definições 
A dívida pública é a decorrência natural dos empréstimos. São consideradas 
fundamentais para o equilíbrio entre receitas e despesas, em virtude de seu 
potencial para causar danos às contas públicas. O assunto é tão importante 
que o art. 34 da CF/1988 dispõe que a União não intervirá nos Estados nem no 
Distrito Federal, exceto, entre outros motivos, para reorganizar as finanças da 
unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada por 
mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou deixar de 
entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos 
prazos estabelecidos em lei. 
De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dívida flutuante compreende: 
• os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
• os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e juros da dívida 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 4
fundada); 
• os depósitos; 
• os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de 
receita). 
Consoante o art. 98, a dívida fundada compreende os compromissos de 
exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio 
orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. 
O Decreto 93.872/1986 é mais abrangente. Segundo o art. 115, a dívida 
pública abrange a dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada. 
A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento 
independe de autorização orçamentária, assim entendidos: 
• os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
• os serviços da dívida; 
• os depósitos, inclusive consignações em folha; 
• as operações de crédito por antecipação de receita; 
• o papel-moeda ou moeda fiduciária. 
Já a dívida fundada ou consolidada compreende os compromissos de 
exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de 
títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, 
ou a financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de 
autorização legislativa para amortização ou resgate. 
Caiu na prova: 
(FCC – APO/SP – 2010) A dívida adquirida por antecipação de receita 
classifica-se como: 
(A) ativa. 
(B) fundada. 
(C) consolidada. 
(D) patriótica. 
(E) flutuante. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 5
Os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de receita) 
classificam-se como dívida flutuante. 
Resposta: Letra E 
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rígidas para o 
endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e 
do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definições relacionadas ao 
crédito público e ao endividamento. 
A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, 
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, 
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização 
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. 
Também será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à 
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as 
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham 
constado do orçamento. Ainda, para fins de aplicação dos limitesao 
endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a execução do 
orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada. 
A dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos 
emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e 
Municípios. É uma especificação da dívida consolidada geral para que ocorra 
um maior controle. 
Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro assumido em 
razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda 
a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações 
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se à 
operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 6
pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 
15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa. 
A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de 
obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou 
entidade a ele vinculada. 
O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos 
para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. 
O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término 
de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado 
ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e 
efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária. 
Nas restrições às despesas de pessoal, se não alcançada a redução no prazo 
estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá contratar, 
entre outros, operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao 
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das 
despesas com pessoal. 
A Resolução do Senado Federal 43/2001 acrescenta que a dívida 
consolidada líquida é a dívida pública consolidada deduzidas as 
disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres 
financeiros. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Agente Judiciário – Contador – TJ/RO – 2008) O artigo 29, 
Inciso I, da Lei Complementar 101/2000, conhecida como Lei de 
Responsabilidade Fiscal, define dívida pública consolidada ou fundada como: 
a) financiamento da dívida mobiliária com emissão de títulos para pagamento 
do principal acrescido da atualização monetária. 
b) compromisso financeiro assumido para aquisição financiada de bens, 
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e 
serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 7
c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida 
por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. 
d) montante representado por títulos emitidos pela União, inclusive os do 
Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. 
e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente 
da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados 
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 
doze meses. 
a) Errado. O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de 
títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. 
b) Errado. Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro 
assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, 
aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes 
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras 
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. 
c) Errado. A concessão de garantia corresponde a compromisso de 
adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da 
Federação ou entidade a ele vinculada. 
d) Errado. A dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por 
títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e 
Municípios. 
e) Correto. A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao 
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente 
da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados 
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior 
a doze meses. 
Resposta: Letra E 
2.2 Competências 
Sobre o montante da dívida pública brasileira, a CF/1988 atribuiu competências 
ao Congresso Nacional e separadamente ao Senado Federal. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 8
Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, 
dispor sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e 
suas operações; bem como sobre moeda, seus limites de emissão, e 
montante da dívida mobiliária federal. 
Compete privativamente ao Senado Federal: 
• autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
• fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o 
montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios; 
• dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito 
externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo 
Poder Público federal; 
• dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União 
em operações de crédito externo e interno; 
• estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Caiu na prova: 
(FCC – Procurador - Recife – 2008) Em relação à dívida pública, NÃO é 
competência do Senado Federal: 
(A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. 
(B) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
(C) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o 
montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
(D) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em 
operações de crédito externo e interno. 
(E) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 9
É competência do Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas 
pelo Presidente da República, bem como não é assunto de Dívida Pública. As 
demais opções correspondem às competências privativas do Senado Federal 
relacionadas à dívida pública e estabelecidas pela CF/88. 
Resposta: Letra A 
2.3 Limites ao endividamento 
Os limites para a dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia 
serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de 
governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, 
constituindo, para cada um deles, limites máximos. Para fins de verificação do 
atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada seráefetuada ao final de cada quadrimestre. 
Serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder 
Executivo da União: 
• limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados 
e Municípios e de limites e condições relativos às operações de crédito 
externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo 
Poder Público federal; 
• concessão de garantia da União em operações de crédito externo e 
interno e montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. 
Os limites para o montante da dívida mobiliária federal serão estabelecidos 
pelo Congresso Nacional, mediante projeto de lei encaminhado pelo Chefe do 
Poder Executivo da União. 
As propostas também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, 
evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração. 
Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado 
Federal ou ao Congresso Nacional, em razão de instabilidade econômica ou 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 10
alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República 
poderá encaminhar solicitação de revisão dos limites. 
As propostas enviadas e suas alterações conterão: 
• demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as 
normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da política fiscal; 
• estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três 
esferas de governo; 
• razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de 
governo; 
• metodologia de apuração dos resultados primário e nominal. 
2.4 Recondução da dívida aos limites 
Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação 
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele 
reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em 
pelo menos 25% no primeiro. 
Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá 
às seguintes sanções: 
I – estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive 
por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal 
atualizado da dívida mobiliária. Tais restrições são aplicadas imediatamente se 
o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano 
do mandato do Chefe do Poder Executivo. 
II – obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, 
promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho. 
Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o 
excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias 
da União ou do Estado. Ressalto que, para fins da aplicação das sanções de 
suspensão de transferências voluntárias constantes da LRF, excetuam-se 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 11
aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social. 
As normas serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da 
dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas. 
Caiu na prova: 
(CESPE – TFCE - TCU – 2009) Se um município, ao final do primeiro 
quadrimestre de 2009, tiver ultrapassado o limite da sua dívida consolidada em 
R$ 600 milhões, isso significará que, até o final de agosto, ele deverá reduzi-la 
em R$ 200 milhões, sob pena de ficar impedido de receber transferências 
voluntárias a partir de setembro. 
Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação 
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele 
reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em 
pelo menos 25% no primeiro. 
Logo, se um município, ao final do primeiro quadrimestre, tiver ultrapassado o 
limite da sua dívida consolidada em R$ 600 milhões, isso significará que, até o 
final de agosto (primeiro quadrimestre após a ultrapassagem do limite), ele 
deverá reduzi-la em no mínimo R$ 150 milhões, pois o excedente deve ser 
reduzido em pelo menos 25% no primeiro quadrimestre subsequente. 
Resposta: Errada 
2.5 Exceções aos prazos para recondução da dívida aos limites 
Estas são as exceções aos prazos do art. 31 da LRF para recondução da 
dívida aos limites: 
Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso 
Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese 
dos Estados e Municípios; e em caso de estado de defesa ou de sítio 
decretado na forma da constituição, enquanto perdurar a situação, serão 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 12
suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo. 
Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto 
Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior 
a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por 
baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no 
período correspondente aos quatro últimos trimestres. 
Ampliação: ainda, na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na 
condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado 
Federal, o prazo poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Se, em determinado estado da Federação, o crescimento do produto interno 
bruto tiver permanecido, por doze meses, inferior a 1% e a dívida consolidada 
desse estado tiver excedido, nesse período, os limites estabelecidos 
pelo Senado Federal, então o prazo para recondução da dívida ao seu 
respectivo limite será de vinte e quatro meses. 
Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação 
ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a 
ele reconduzida até o término dos três subsequentes, ou seja, até 12 meses. 
Entretanto, em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno 
Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a 
quatro trimestres (12 meses), os prazos do artigo serão duplicados. 
Entendese por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB 
inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres (12 
meses). Logo, o prazo para recondução da dívida ao seu respectivo 
limite será duplicado de 12 para 24 meses. 
Resposta: Certa 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 13
3. OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
3.1 Regras gerais para as operações de crédito 
O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições 
relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, 
inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. O ente 
interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus 
órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o 
interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes 
condições: 
I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da 
lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica; 
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes 
da operação, exceto no caso de operações por antecipação de receita; 
III – observânciados limites e condições fixados pelo Senado Federal; 
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação 
de crédito externo; 
V – atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988); 
VI – observância das demais restrições estabelecidas na LRF. 
Atenção: os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula 
que importe na compensação automática de débitos e créditos. 
A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da 
Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá 
exigir comprovação de que a operação atenda às condições e limites 
estabelecidos. 
A operação realizada com infração do disposto na LRF será considerada nula, 
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, 
vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Se a devolução 
não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada 
reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 14
Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a 
reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3.o do art. 23 (as 
mesmas para despesas com pessoal). Também se constituirá reserva, no 
montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto na LRF sobre a 
regra de ouro. 
3.2 Das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária 
Segundo o art. 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita 
destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e 
cumprirá as exigências para as operações de crédito (tópico anterior) e as 
seguintes: 
I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; 
II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez 
de dezembro de cada ano; 
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de 
juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica 
financeira, ou à que vier a esta substituir; 
IV – estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não 
integralmente resgatada, bem como no último ano de mandato do Presidente, 
Governador ou Prefeito Municipal. 
As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária não serão 
computadas para efeito do que dispõe a regra de ouro, desde que liquidadas 
com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano. 
As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou 
Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição 
financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo 
Banco Central do Brasil, o qual manterá um sistema de acompanhamento e 
controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos limites, 
aplicará as sanções cabíveis à instituição credora. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 15
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Ciências Contábeis – BNDES – 2009) As operações de 
crédito por antecipação de receita são empréstimos destinados a atender 
momentâneas insuficiências de caixa durante o exercício financeiro, e cuja 
autorização depende do atendimento de diversas exigências da: 
a) Constituição Federal. 
b) Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) Lei Orçamentária Anual. 
e) Lei n° 4.320 de 1964. 
A autorização para as operações de crédito por antecipação de receita 
depende do atendimento de diversas exigências da Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
Resposta: Letra B 
4. VEDAÇÕES 
Vamos falar das vedações previstas na LRF. 
Segundo o art. 34 da LRF, o Banco Central do Brasil não emitirá títulos da 
dívida pública a partir de dois anos após a publicação da LRF, o que significa 
que tal determinação já está produzindo efeitos há vários anos. 
Consoante o art. 35, é vedada a realização de operação de crédito entre um 
ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, 
fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da 
administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou 
postergação de dívida contraída anteriormente. Essa vedação não impede 
Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de 
suas disponibilidades. 
Excetuam-se da vedação citada as operações entre instituição financeira 
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração 
indireta, que não se destinem a financiar, direta ou indiretamente, 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 16
despesas correntes; e a refinanciar dívidas não contraídas junto à própria 
instituição concedente. 
Segundo o art. 36, é proibida a operação de crédito entre uma instituição 
financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de 
beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição financeira 
controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender 
investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para 
aplicação de recursos próprios. 
Ainda, de acordo com o art. 37, I a IV, da LRF: 
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: 
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo 
ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem pre-
juízo do disposto no § 7.o do art. 150 da Constituição; 
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público 
detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, 
salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; 
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação 
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante 
emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a 
empresas estatais dependentes; 
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores 
para pagamento a posteriori de bens e serviços. 
O inciso I acima faz referência ao § 7.o do art. 150 da CF/1988, o qual dispõe 
que a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador 
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição 
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 
 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 17
Caiu na prova: 
(CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) É proibida a operação 
de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação 
que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre uma 
instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na 
qualidade de beneficiário do empréstimo. 
Resposta: Certa 
5. BANCO CENTRAL DO BRASIL 
5.1 BACEN na CF/1988 e suas operações na LRF 
O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, é 
uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por missão 
assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema 
financeiro sólido e eficiente. Não se confunde com o Banco do Brasil S.A. (BB), 
que é uma instituiçãofinanceira constituída na forma de sociedade de 
economia mista. 
A Conta Única do Tesouro Nacional é mantida junto ao Banco Central do 
Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do 
Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados 
pelo Ministério da Fazenda. 
As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do 
Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Quanto às atribuições constitucionais do BACEN, tem-se que a competência 
da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco 
central. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 18
A CF/1988 veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. Porém, faculta ao Banco Central comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou 
a taxa de juros. 
Quanto às operações com o Banco Central do Brasil, a LRF dispõe que nas 
suas relações com ente da Federação, o BACEN está sujeito às vedações do 
art. 35 (estudamos no tópico sobre vedações) e às seguintes: 
• emissão de títulos da dívida pública; 
• compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Só 
poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar 
a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, 
tal operação deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas 
no dia, em leilão público; 
• permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira 
ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida 
pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, 
daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta. Não se aplica 
ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, 
existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser 
refinanciado mediante novas operações de venda a termo; 
• concessão de garantia. 
É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal 
existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de 
reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária. 
Caiu na prova: 
(CESPE – TFCE – TCU – 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou 
entidade que não seja instituição financeira. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 19
A CF/1988 veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. 
Resposta: Certa 
5.2 Outras considerações sobre o BACEN 
Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na LOA, as despesas do 
Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio 
administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos 
servidores, e a investimentos. 
O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou 
reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido 
até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. O 
resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central 
do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento. 
O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do 
Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei 
de diretrizes orçamentárias da União. Os balanços trimestrais do BACEN 
conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das 
disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais 
e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da 
União. 
6. GARANTIA E CONTRAGARANTIA 
Consoante o art. 40 da LRF, os entes poderão conceder garantia em 
operações de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, 
as normas do art. 32 (são as normas sobre operações de crédito previstas na 
LRF) e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos 
pelo Senado Federal. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 20
O § 1.º do art. 40 determina que a garantia estará condicionada ao 
oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser 
concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas 
obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado 
o seguinte: 
• não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente; 
• a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos 
Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas 
tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências 
constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e 
empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida. 
No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou 
a instituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos 
externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto 
no § 1.o, as exigências legais para o recebimento de transferências 
voluntárias (estudada no tópico “Transferências”). Ainda, é nula a garantia 
concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal. 
Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a 
União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao 
ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federação cuja dívida tiver 
sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia 
prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos 
ou financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida. 
É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas 
controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de 
fundos. Tal vedação não se aplica à concessão de garantia por: 
I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de 
contragarantia nas mesmas condições; 
II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 21
Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições 
financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições 
financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; bem como a 
prestada pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira 
por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de 
crédito à exportação. 
7. PRECATÓRIOS 
Os precatórios são pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, 
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judicial. Decorrem de 
situações em que a administração não reconhece uma dívida na esfera 
administrativa e o credor ingressa com uma ação no Poder Judiciário. Em caso 
de vitória do credor, haverá um procedimento diferenciado para o pagamento, 
já que os bens públicos são impenhoráveis. A Emenda Constitucional 62, de 9 
de dezembro de 2009, alterou o dispositivo constitucionaldos precatórios. 
O atual art. 100 da CF/1988 determina que os pagamentos far-se-ão 
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à 
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas 
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
São preferências à ordem cronológica: 
• O § 2.º dispõe que os débitos de natureza alimentícia cujos titulares 
tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do 
precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da 
lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o 
valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 
3.º (obrigações definidas em lei como de pequeno valor), admitido o 
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na 
ordem cronológica de apresentação do precatório. 
• Os débitos de natureza alimentícia que serão pagos com preferência 
sobre todos os demais débitos, excetuados os citados acima. Poderão 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 22
ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito 
público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o 
mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência 
social. 
• Exceção: o § 3.º dispõe que a expedição de precatórios não se aplica 
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor 
que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado. 
Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de 
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, 
benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas 
em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado. 
É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de 
valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor 
da execução para fins de enquadramento de parcela do total em 
obrigações definidas em leis como de pequeno valor. 
O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a 
terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando 
ao cessionário o disposto nos já citados §§ 2.° (preferência para maiores de 60 
anos ou com doenças graves) e 3.º (obrigações definidas em lei como de 
pequeno valor). No entanto, a cessão de precatórios somente produzirá efeitos 
após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e 
à entidade devedora. 
Conforme dispõe a CF/1988, é obrigatória a inclusão, no orçamento das 
entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus 
débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de 
precatórios judiciários apresentados até 1.º de julho, fazendo-se o pagamento 
até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados 
monetariamente. As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão 
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 23
Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e 
autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de 
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária 
do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia 
respectiva. O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou 
omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios, 
incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o 
Conselho Nacional de Justiça. 
No momento da expedição dos precatórios, independentemente de 
regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor 
correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e 
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas 
parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução 
esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. Antes da 
expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, 
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de 
abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições 
estabelecidas. 
A CF/1988 faculta ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade 
federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de 
imóveis públicos do respectivo ente federado. 
A atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo 
pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial 
de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de 
compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros 
incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de 
juros compensatórios. 
O art. 100 ainda dispõe que lei complementar poderá estabelecer regime 
especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal 
e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 24
prazo de liquidação. Ainda, a União poderá assumir, a seu critério exclusivo e 
na forma de lei, débitos oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e 
Municípios, refinanciando-os diretamente. 
O art. 10 da LRF determina que a execução orçamentária e financeira 
identifique os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de 
sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância 
da ordem cronológica determinada no art. 100 da CF/1988. 
Relembro que, de acordo com o art. 30 da LRF, para fins de aplicação dos 
limites ao endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a 
execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida 
consolidada. 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Considerando a 
disciplina constitucional dos precatórios: 
I. os créditos decorrentes de obrigações definidas em lei como de pequeno 
valor e devidos em razão de sentença judicial transitada em julgado não se 
submetem ao regime de precatório. 
II. com a apresentação do precatório até 1º de agosto o pagamento far-se-á até 
o último dia do exercício seguinte àquele em que foi inserido. 
III. os créditos de natureza alimentícia estão dispensados do pagamento por 
meio de precatórios. 
IV. é vedada a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor 
pago. 
V. é permitido o fracionamento do valor da execução para que seu pagamento 
se faça parte como crédito de pequeno valor e parte na forma de precatório. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
(A) I e IV. 
(B) III e V. 
(C) I e II. 
(D) II e III. 
(E) I e III. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 25
I) Correto. É exceção ao regime de Precatórios. O § 3º do art. 100 dispõe que a 
expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações 
definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam 
fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. 
II) Errado. Conforme dispõe a CF/88, é obrigatória a inclusão, no orçamentodas entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus 
débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de 
precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento 
até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados 
monetariamente. 
III) Errado. Os débitos de natureza alimentícia seguem o regime de 
precatórios. A especificidade é que serão pagos com preferência. 
IV) Correto. É vedada a expedição de precatórios complementares ou 
suplementares de valor pago. 
V) Errado. Também é vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor 
da execução para fins de enquadramento de parcela do total em obrigações 
definidas em leis como de pequeno valor. 
Logo, os itens I e IV estão corretos. 
Resposta: Letra A 
E assim terminamos a parte teórica da aula 9. Seguem agora o memento, a 
lista de questões comentadas, as questões propostas de concursos anteriores 
referentes a esta aula e os gabaritos. 
Ao final, teremos as questões propostas para o Simulado com o respectivo 
gabarito e a indicação das aulas a que se referem. Na próxima aula teremos a 
resolução. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 26
MEMENTO IX 
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
Segundo a CF/1988, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
• para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; 
• no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o princípio 
tributário da anterioridade, o qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Os recursos arrecadados terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Nas classificações orçamentárias os empréstimos compulsórios pertencem à categoria econômica receitas de 
capital e sua origem são operações de crédito. 
DÍVIDA PÚBLICA 
A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das 
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados 
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Também será 
incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco 
Central do Brasil e as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do 
orçamento. Ainda, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, os precatórios judiciais não pagos 
durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada. 
A dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada por títulos emitidos pela União, 
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. 
Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre matéria financeira, 
cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; bem como sobre moeda, seus limites de 
emissão, e montante da dívida mobiliária federal. 
Compete privativamente ao Senado Federal: 
Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Territórios e dos Municípios; 
Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público 
federal; 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 27
Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e 
interno; 
Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e Municípios. 
Recondução da dívida aos limites: 
Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, 
deverá ser reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no 
1.°. 
Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá às seguintes sanções: 
Estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, 
ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. 
Obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, 
limitação de empenho. 
OPERAÇÕES DE CRÉDITO E VEDAÇÕES 
A LRF define operação de crédito como o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de 
crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores 
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, 
inclusive com o uso de derivativos financeiros. 
É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de 
fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração 
indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída 
anteriormente. Essa vedação não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como 
aplicação de suas disponibilidades. 
Excetuam-se da vedação citada as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, 
inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a financiar, direta ou 
indiretamente, despesas correntes; e a refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição 
concedente. 
É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a 
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição financeira 
controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou 
títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. 
O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, 
demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das 
seguintes condições: 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 28
Existência de prévia e expressa autorização para contratação, na LOA, em créditos adicionais ou lei 
específica; 
Inclusão na LOA ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de ARO; 
Observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal; 
Autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo; 
Atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988); 
Observância das demais restrições estabelecidas na LRF. 
Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: 
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda 
não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7.o do art. 150 da CF/1988; 
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, 
a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; 
III – assunção direta decompromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de 
bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta 
vedação a empresas estatais dependentes; 
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori 
de bens e serviços. 
ARO 
Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e deverá ser liquidada, com juros e 
outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano. 
Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, 
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir. 
É proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada e no último 
ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 
BACEN 
Atribuições do BACEN segundo a CF/1988 
A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo BACEN. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 29
A CF veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Porém, faculta ao BACEN comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
BACEN nas relações com entes da federação: 
Vedação: emitir títulos da dívida pública. 
Vedação: compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. 
Exceção: só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária 
federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operação deverá ser realizada à taxa média e 
condições alcançadas no dia, em leilão público. 
Vedação: permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título da dívida 
de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, 
daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta. 
Exceção: não se aplica ao estoque de Letras do BACEN, Série Especial, existente na carteira das instituições 
financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo. 
Vedação: concessão de garantia. 
Vedação ao Tesouro Nacional: adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do BACEN, 
ainda que com cláusula de reversão. 
Exceção: poderá adquirir para reduzir a dívida mobiliária. 
CONCESSÃO DE GARANTIA 
Corresponde ao compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da 
Federação ou entidade a ele vinculada. 
A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia 
a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao 
garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte: 
Não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente; 
A contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá 
consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências 
constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na 
liquidação da dívida vencida. 
É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, 
conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. Tal vedação não se aplica à concessão de garantia por: 
Empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 30
condições. 
Instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei. 
Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições financeiras estatais, que se 
submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; 
bem como a prestada pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela 
controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação. 
PRECATÓRIOS 
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de 
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à 
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e 
nos créditos adicionais abertos para este fim. 
Preferências à ordem cronológica: 
Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 anos ou mais na data de expedição do 
precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência 
sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 
3.º, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo o restante pago na ordem cronológica de 
apresentação do precatório. 
Os débitos de natureza alimentícia que serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, 
excetuados os citados acima. Poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito 
público, segundo as capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do RGPS. 
Exceção: O § 3.º dispõe que o regime de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas 
em leis como de pequeno valor que as Fazendas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado. 
Dotações: 
É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento 
de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários 
apresentados até 1.º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente. 
As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, 
cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e 
autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de 
precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da 
quantia respectiva. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 31
I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os empréstimos 
compulsórios somente podem ser instituídos pelos estados com autorização 
federal e desde que destinados a calamidades públicas. 
2) (FCC – APO/SP – 2010) A dívida adquirida por antecipação de receita 
classifica-se como: 
(A) ativa. 
(B) fundada. 
(C) consolidada. 
(D) patriótica. 
(E) flutuante. 
3) (CESGRANRIO – Agente Judiciário – Contador – TJ/RO – 2008) O artigo 29, 
Inciso I, da Lei Complementar 101/2000, conhecida como Lei de 
Responsabilidade Fiscal, define dívida pública consolidada ou fundada como: 
a) financiamento da dívida mobiliária com emissão de títulos para pagamento 
do principal acrescido da atualização monetária. 
b) compromisso financeiro assumido para aquisição financiada de bens, 
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e 
serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas. 
c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumidapor ente da Federação ou entidade a ele vinculada. 
d) montante representado por títulos emitidos pela União, inclusive os do 
Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. 
e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente 
da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados 
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 
doze meses. 
4) (FCC – Procurador - Recife – 2008) Em relação à dívida pública, NÃO é 
competência do Senado Federal: 
(A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 32
(B) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
(C) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o 
montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
(D) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em 
operações de crédito externo e interno. 
(E) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
5) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Se um município, ao final do primeiro 
quadrimestre de 2009, tiver ultrapassado o limite da sua dívida consolidada em 
R$ 600 milhões, isso significará que, até o final de agosto, ele deverá reduzi-la 
em R$ 200 milhões, sob pena de ficar impedido de receber transferências 
voluntárias a partir de setembro. 
6) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Se, em determinado estado da Federação, o crescimento do produto interno 
bruto tiver permanecido, por doze meses, inferior a 1% e a dívida consolidada 
desse estado tiver excedido, nesse período, os limites estabelecidos pelo 
Senado Federal, então o prazo para recondução da dívida ao seu respectivo 
limite será de vinte e quatro meses. 
7) (CESGRANRIO – Ciências Contábeis – BNDES – 2009) As operações de 
crédito por antecipação de receita são empréstimos destinados a atender 
momentâneas insuficiências de caixa durante o exercício financeiro, e cuja 
autorização depende do atendimento de diversas exigências da: 
a) Constituição Federal. 
b) Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) Lei Orçamentária Anual. 
e) Lei n° 4.320 de 1964. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 33
8) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) É proibida a operação 
de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a 
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
9) (CESPE – TFCE – TCU – 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta 
ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou 
entidade que não seja instituição financeira. 
10) (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Considerando a 
disciplina constitucional dos precatórios: 
I. os créditos decorrentes de obrigações definidas em lei como de pequeno 
valor e devidos em razão de sentença judicial transitada em julgado não se 
submetem ao regime de precatório. 
II. com a apresentação do precatório até 1º de agosto o pagamento far-se-á até 
o último dia do exercício seguinte àquele em que foi inserido. 
III. os créditos de natureza alimentícia estão dispensados do pagamento por 
meio de precatórios. 
IV. é vedada a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor 
pago. 
V. é permitido o fracionamento do valor da execução para que seu pagamento 
se faça parte como crédito de pequeno valor e parte na forma de precatório. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
(A) I e IV. 
(B) III e V. 
(C) I e II. 
(D) II e III. 
(E) I e III. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 34
II) QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
1) (FGV – Fiscal de Rendas – ICMS/RJ – 2010) Com relação aos empréstimos 
compulsórios, assinale a afirmativa incorreta. 
(A) Os empréstimos compulsórios deverão ser instituídos por meio de lei 
complementar. 
(B) A instituição do empréstimo compulsório se justifica quando, para atender a 
calamidade pública, são necessárias despesas extraordinárias. 
(C) A iminência de guerra externa é fundamento suficiente para a instituição de 
empréstimo compulsório. 
(D) Todos os entes da Federação têm competência para a instituição do 
empréstimo compulsório, desde que haja urgência de investimento público. 
(E) O empréstimo compulsório poderá ser instituído sob o fundamento de 
relevante interesse nacional. 
2) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) 
Considerando que um ente público tenha contratado operação de crédito por 
antecipação de receita (ARO), que não requer prévia e expressa autorização 
orçamentária, caso, no mês de dezembro, não se tenha realizado a 
arrecadação prevista, o ente em questão, coerentemente com a legislação, 
poderá quitar parte do débito mediante contratação de nova operação do 
gênero, a ser quitada até o final do exercício subsequente, com a recuperação 
esperada da arrecadação. 
3) (FCC – APO/SP – 2010) Sobre a disciplina constitucional dos precatórios, é 
correto afirmar: 
(A) Os precatórios de créditos provenientes de obrigações definidas em lei 
como de pequeno valor devem ser pagos antes da sentença transitar em 
julgado. 
(B) A entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do 
ente federado devedor é vedada ao credor. 
(C) O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios 
a terceiros, independentemente da concordância do devedor. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 35
(D) Não se admite a possibilidade de fixação de regime especial para 
pagamento de crédito de precatórios dos Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
(E) Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham mais de 60 anos 
de idade dispensam regime de precatório. 
4) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) O refinanciamento da 
dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos para pagamento do 
principal, não incluídos a atualização monetária e os juros, e se limita, ao final 
de cada exercício, ao montante existente no exercício anterior. 
5) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP - 2010) É considerada 
dívida pública consolidada ou fundada: 
(A) o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual 
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. 
(B) o compromisso financeiro assumido em razão da abertura de crédito bem 
como a emissão de títulos para pagamento do principal. 
(C) o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do 
ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou 
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo 
superior a doze meses. 
(D) a dívida representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco 
Central do Brasil, Estados e Municípios. 
(E) o compromisso financeiro assumido em razão da aquisição financiada de 
bens e recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de 
bens e serviços. 
6) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) Compete a lei complementar dispor sobre 
finanças públicase sobre os limites globais e condições para o montante da 
dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 36
7) (FCC- Especialista em Adm, Orçamento e Fin Públicas – Pref. de SP - 2010) 
Sobre as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária é 
correto afirmar que: 
(A) destinam-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. 
(B) podem ser realizadas a partir do quinto dia do início do exercício financeiro. 
(C) são vedadas enquanto existir mais de uma operação da mesma natureza 
ainda não resgatada integralmente. 
(D) não podem ser contratadas no primeiro ano de mandato do Prefeito. 
(E) deverão ser liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 31 
de dezembro de cada ano. 
8) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) 
A dívida mobiliária do governo federal, constituída pelos títulos da dívida 
pública em poder das instituições financeiras, deve ser contabilizada como 
dívida flutuante. 
9) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Sobre o crédito por 
antecipação de receita, é correto afirmar: 
(A) Pode e deve ser realizada no último ano de mandato do Chefe do 
Executivo, para se evitar restos a pagar para o exercício seguinte. 
(B) Pode ser realizada até um limite de duas operações simultâneas da mesma 
natureza, ambas pendentes de pagamento. 
(C) Classifica-se como dívida pública consolidada, na medida em que o seu 
pagamento pode acontecer em prazo superior ao exercício financeiro em que 
foi contraída. 
(D) É espécie de dívida pública flutuante, devendo ser paga no mesmo 
exercício financeiro em que ocorreu o empréstimo, já que tem por finalidade 
suprir eventual e momentânea insuficiência de caixa. 
(E) Realizar-se-á a partir do primeiro dia do exercício financeiro e deve ser 
liquidada até o último dia do mesmo exercício financeiro. 
10) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A dívida fundada 
refere-se ao montante, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 37
estado do Espírito Santo, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou 
tratados. Refere-se, também, às obrigações decorrentes de operações de 
crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses. 
GABARITO I 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E E A E C B C C A 
GABARITO II 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D E C E C E A E D C 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 38
SIMULADO 
Chegamos ao nosso simulado! 
Serão 30 questões exclusivamente de 2010 das principais bancas (ESAF, 
CESPE, FCC, FGV e CESGRANRIO). Ao final do simulado estarão o gabarito 
e a indicação das aulas onde o estudante encontrará a resposta. Utilize-o como 
revisão. Na aula 10 estará a resolução. 
Ao contrário de uma prova normal, o simulado praticamente não terá questões 
consideradas fáceis, o que exigirá um conhecimento maior do estudante. Assim 
teremos o que chamamos nas Forças Armadas de “Treinamento difícil, 
combate fácil!”. 
E vamos às questões: 
1) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Considerando que o Plano Plurianual – PPA, a 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA são 
os principais instrumentos de planejamento do setor público definidos pela 
Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) a integração do PPA com a LOA se dá por intermédio do programa, 
enquanto a LDO define as metas e prioridades da Administração Federal. 
b) os principais elementos de estruturação do PPA são a função e a subfunção 
de governo. 
c) as propostas de alteração dos projetos de lei relativos ao PPA, a LDO e a 
LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente da República e apreciadas pelo 
Congresso a qualquer tempo. 
d) os recursos que ficarem sem despesa correspondente em razão de veto ou 
rejeição do projeto de lei orçamentária deverão ser transferidos ao exercício 
seguinte. 
e) em razão da soberania do Congresso Nacional, a sua competência para 
alterar o projeto de lei orçamentária não sofre limitações. 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 39
2) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Sobre despesas com 
pessoal é INCORRETO afirmar que: 
(A) não são computadas nos limites as despesas relativas a incentivos à 
demissão voluntária. 
(B) haverá no Poder ou órgão a vedação de criação de cargo, emprego ou 
função, no caso de exceder a 95% do limite. 
(C) tem como limites para a União 60% da receita corrente líquida e para 
Estados, Distrito Federal e Municípios 50% da receita corrente líquida. 
(D) a despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês 
de referência com as dos onze meses imediatamente anteriores. 
(E) os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à 
substituição de servidores e empregados públicos são contabilizados como 
"outras despesas de pessoal". 
3) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A 
execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial, 
caracteriza-se pelo controle rígido do objeto dos gastos, independentemente da 
consecução dos objetivos e das metas. 
4) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O 
Orçamento Geral da União (OGN) é composto por três orçamentos. Aquele que 
engloba os impostos e despesas da administração pública, aí incluídas as 
fundações mantidas pelo Estado e os três poderes, constitui o Orçamento: 
(A) de Investimento das Empresas Estatais. 
(B) da Seguridade Social. 
(C) Fiscal. 
(D) Plurianual. 
(E) Programa. 
5) (FGV – Fiscal de Rendas – ICMS/RJ – 2010) Considere o seguinte 
demonstrativo financeiro hipotético: 
Pessoal e encargos sociais R$ 12,00 
Juros e encargos da dívida R$ 16,00 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 40
Investimentos R$ 2,00 
Inversões financeiras R$ 3,00 
Amortização da dívida R$ 73,00 
Com base nesses dados, assinale o valor correto do total das despesas de 
capital: 
(A) R$ 28,00. 
(B) R$ 30,00. 
(C) R$ 33,00. 
(D) R$ 78,00. 
(E) R$ 89,00. 
6) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Considere 
que a arrecadação efetiva do governo federal, mensalmente, supere as 
receitas previstas na lei orçamentária, indicando que essa seja a tendência do 
exercício financeiro. Nesse caso, é correto afirmar que, descontando os 
créditos extraordinários, esse excesso de arrecadação poderá ser utilizado 
para abertura de créditos suplementares e especiais. 
7) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A 
Constituição da República dedica um capítulo às finanças públicas. Sobre o 
tema, é correto afirmar que: 
a) não é só o Banco Central do Brasil que tem a atribuição de exercer a 
competência constitucional de emitir moeda. 
b) o Banco Central pode conceder empréstimos a instituições financeiras, 
inclusive a órgãos do governo, que não seja instituição financeira, exceto ao 
Tesouro Nacional. 
c) o sistema orçamentário trazido na Constituição da República instituiu a 
possibilidade de um sistema integrado de planejamento/orçamento-programa, 
de sorte que o orçamento fiscal, os orçamentos de investimento

Outros materiais